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Colação: Conceito, Finalidade e Modos

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COLAÇÃO
Conceito:
Colação é o ato pelo qual os descendentes, matrimoniais, extramatrimoniais ou adotivos, e o cônjuge sobrevivente promovem a devolução ao acervo hereditário dos valores recebidos junto ao falecido, a título de doação, para a subseqüente inclusão na partilha, para que esta seja levada a efeito com igualdade entre os herdeiros descendentes e cônjuge sobrevivente.
Finalidade:
A colação tem por fim igualar a legítima dos herdeiros necessários, descendentes e cônjuge sobrevivente (princípio da igualdade entre os quinhões). 
COLAÇÃO
Como a colação será feita em favor da legítima, em particular dos descendentes e do cônjuge, o valor dos bens colacionados deverá ser destinado à parte indisponível do de cujus, sem aumentar a parte disponível.
QUEM DEVE COLACIONAR
De acordo com o art. 2.002, do Código Civil, somente deverão colacionar os descendentes sucessíveis de qualquer grau (sejam eles matrimoniais, extramatrimoniais e os adotivos – essa diferenciação traz conotação negativa) e o cônjuge sobrevivente.
Ascendentes, colaterais e terceiros, que tenham recebido doações, não terão necessidade de colacionar. Se o benefício ultrapassou em valor a parte disponível do falecido, haverá redução, e não colação. Diferentemente do que ocorre na colação, a redução objetiva fazer com que as liberalidades se compreendam no âmbito da metade disponível, quer se beneficie herdeiro, quer se favoreça estranho.
Relativamente ao cônjuge sobrevivente que recebeu adiantamento da legítima, o Código Civil é silente quanto à obrigatoriedade de colacionar os bens recebidos. Cabível o direito de pleitear a redução, para resguardo de sua legítima. Entende-se que se a colação tem por fim igualar a legítima dos herdeiros necessários, descendentes e cônjuge sobrevivente, e se o cônjuge recebeu adiantamento de legítima, deverá sim colacionar os bens recebidos, caso contrário haveria gritante desequilíbrio e injustiça relativamente aos descendentes.
COLAÇÃO PELOS NETOS E DEMAIS DESCENDENTES
Partes na doação
Quem recebeu a herança do avô?
Devem os netos colacionar?
Doação feita pelo avô ao pai
Os netos em representação ao pai pré-morto
SIM. Se o seu pai vivo fosse, deveria colacionar, então os netos, como representantes, devem colacionar.
Doação feita diretamente pelo avô aos netos
Os netos, por direito próprio, e não houve representação
SIM. Os netos deverão colacionar os bens que receberem.
Doação feita direitamente pelo avô aos netos
O pai, pois está vivo no momento da sucessão do avô
NÃO. Os netos não devem colacionar, pois não são herdeiros de seu avô (são descendentes de 2º grau).
Doação feita diretamente pelo avô aos netos
Os netos em representação ao pai pré-morto
NÃO. Os netos não devem colacionar os bens, pois, na sucessão, estão representando seu pai falecido.
BENS QUE DEVERÃO SER TRAZIDOS À COLAÇÃO
a) doações feitas pelo ascendente;
b) quantia correspondente ao total de empréstimos feitos pelo ascendente ao descendente, sem haver o pedido de reembolso;
c) doações verbais de coisas de pequeno valor;
d) doações obtidas pelos pais, na hipótese de estes terem falecido antes do doador, e, assim, terem sido representados por seu descendente; 
e) doações dos avós aos netos, na hipótese de estes concorrerem à herança com tios e primos;
f) dinheiro posto a juros pelo ascendente em nome do descendente;
g) valor do débito do descendente remido pelos pais;
h) gastos de sustento realizados com filhos anteriores;
i) venda ou doação de bens levada a efeito por interposta pessoa, visando lesar a legítima dos herdeiros;
j)	recursos ofertados ao descendente pelo ascendente, objetivando a aquisição de bens.
MODOS DE COLAÇÃO
Colação em por substância ou espécie ou in natura.
Art. 2.003 “os bens doados serão conferidos em espécie, ou ,quando deles já não disponha o donatário, pelo seu valor ao tempo da liberalidade”.
CÁLCULO DO VALOR DO BEM.
Para efeito de atribuição do valor do bem a ser colacionado, deverá ser levado em conta aquele quantum certo ou estimativo fixado pelo doador. (art. 2004)
Se, porventura, o doador deixou de fixar um valor certo ou estimativo, o bem objeto da colação deverá ser avaliado com base no que valia por ocasião da liberalidade, e não por ocasião da abertura da sucessão (art. 2.004, § 1º).
Obs: a doutrina sugere a atualização monetária pelos índices próprios até a data de abertura da sucessão (Euclides de Oliveira e Sebastião Amorim) (Gonçalves, p. 526). 
Cumpre assinalar que estão excluídos do cálculo dos bens doados os rendimentos, os lucros, as benfeitorias acrescidas, assim como as perdas e danos sofridos pelo donatário (art. 2.004, § 2º).
CÁLCULO DO VALOR DO BEM.
Outra posição:
Enunciado 119 do CJF, aprovado na I Jornada de Direito Civil, diz que “para evitar o enriquecimento sem causa, a colação será efetuada com base no valor da época da doação, nos termos do caput do art. 2.004, exclusivamente na hipótese em que o bem doado não mais pertença ao patrimônio do donatário. Se, ao contrário, o bem ainda integrar seu patrimônio, a colação se fará com base no valor do bem na época da abertura da sucessão, nos termos do art. 1.014 do CPC, de modo a preservar a quantia que efetivamente integrará a legítima quando esta se constituiu, ou seja, na data do óbito (resultado da interpretação sistemática do art. 2.004 e seus parágrafos, juntamente com os arts. 1.832 e 884 do Código Civil)”.
PRAZO PARA COLACIONAR
O herdeiro obrigado a colacionar deverá conferir por termo nos autos os bens que recebeu ou, se já não os possuir, restituir o valor correspondente, dentro do mesmo prazo de 10 (dez) dias, a partir de sua citação, para manifestar-se sobre as primeiras declarações (art 1014 do CPC).
HIPÓTESES DE DISPENSA DA COLAÇÃO
a) Dispensa da colação de doações determinadas pelo doador. Poderá o doador, no testamento ou no próprio título da liberalidade, dispensar da colação a doação, que saia de sua metade disponível, a qual não pode ser excedida, devendo ser computado o seu valor por ocasião da liberalidade (art 2005).
b)Dispensa da colação de gastos ordinários do ascendente com o descendente enquanto menor. Dispensa-se a colação de gastos ordinários do ascendente com o descendente, enquanto menor, relativos à sua educação, estudos, sustento, vestuário, tratamento nas enfermidades, enxoval e despesas de casamento e as realizadas no interesse de sua defesa em processo-crime (art 2010). A justificativa é no sentido de que tais gastos são uma obrigação do ascendente, e não uma liberalidade.
c) Dispensa da colação das doações remuneratórias. Também não exigem a colação as doações remuneratórias pagas pelo ascendente ao descendente por serviços feitos por este. Justifica-se a dispensa, porquanto inexiste liberalidade, mas prestação de serviços.
d) Dispensa da colação das benfeitorias acrescidas aos bens doados. 
e) Dispensa da colação dos frutos e rendimentos dos bens, até a data do falecimento do autor da herança.

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