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FORJAMENTO CP 2015 1

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Prof. Luiz Soares Júnior 
Universidade Federal do Ceará – UFC 
Departamento de Engenharia Mecânica – DEM 
 
FORJAMENTO 
2015 1 
Processos de 
Conformação Plástica (TE 0166) 
2 
Processos de 
Conformação Plástica 
Forjamento 
Observação: 
Ler capítulo sobre Forjamento na apostila (páginas 43 a 58). 
Livros indicados no programa da disciplina disponível no 
SIGAA/UFC 
3 
FORJAMENTO: introdução 
Um dos processos de conformação 
mais antigos. Data de 5000 AC. 
Processo de conformação 
plástica através do qual se 
obtém a forma desejada da 
peça ou objeto por 
prensagem gradativa ou 
martelamento. 
 
FORJAMENTO: peças típicas forjadas 
Diversos materiais metálicos podem ser forjados, tais como: aços-carbono, 
aços-liga, aços para ferramentas, aços inoxidáveis, ligas de alumínio, ligas 
de cobre e ligas de titânio. 
 
A matéria prima é um metal fundido ou laminado, sendo o último mais 
indicado pois possui estrutura mais homogênea. 
http://www.ascentcn.com/ 
5 
FORJAMENTO: divisão dos processos 
Pode ser feita: 
6 
FORJAMENTO: a quente 
Características gerais 
 A peça ou tarugo é aquecido a uma temperatura acima da temperatura 
de recristalização do metal; 
 
Ocorrem alterações microestruturais antes, durante ou após a 
deformação; 
 
 Com dilatação do material e a forte oxidação superficial, que ocorre 
em diversos metais a alta temperatura, obtêm-se de peças com 
tolerâncias da ordem de ± 2,5 a ± 1,3 mm. 
 
 As matrizes são normalmente mais simples e as prensas podem ter 
menor capacidade, do que nos outros processos. 
 
7 
FORJAMENTO: a frio 
 A peça ou tarugo original não é submetido a nenhum processo de 
aquecimento antes da deformação plástica. 
 
 Permite a obtenção de peças com excelente exatidão dimensional e 
acabamento superficial. Tolerâncias da ordem de ± 0,1mm. 
 
 Geralmente emprega matrizes de grande complexidade e exige o uso 
de prensas de maior capacidade, quando comparado aos outros 
processos. 
 
 Como limitação, na temperatura ambiente ou próximo a ela, os 
metais apresentam menor ductilidade e maior resistência a deformação. 
Características gerais 
8 
FORJAMENTO: a frio 
Operações 
Exemplo de operação por recalque Exemplo de aplicação por cunhagem. 
9 
FORJAMENTO: divisão dos processos 
Pode ser feita: 
10 
Forjamento livre (Matriz aberta) 
Ferramentas planas ou de formato 
simples. 
Compressão direta. 
Distribuir a massa de uma peça para 
obtenção de formas mais 
complexas. 
O material escoa perpendicular à 
direção de aplicação da força. 
Grandes peças ou quando o número 
a ser produzido é pequeno. 
11 
As peças precisam ser usinadas ou conformadas por 
outro processo para se chegar ao produto acabado. 
Campo de aplicação: 
- Geração de peças para o forjamento de matriz fechada 
- peça única ou séries pequenas 
- eixo de turbinas, laminadores,etc. 
Forjamento livre (Matriz aberta) 
12 
Forjamento livre (Matriz aberta) 
13 
FORJAMENTO LIVRE: operações básicas 
Recalque, estiramento e o alargamento 
RECALQUE 
O material escoa numa direção 
transversal da peça 
F 
F 
Ocorre uma restrição de escoamento da 
peça na superfície em comparação com 
a região central, devido a troca de calor 
rápida entre a peça e a matriz. 
A altura máxima da peça a ser recalcada 
não deve exceder 3,5 da espessura (ou 
diâmetro) para evitar o risco da peça 
flambar. 
14 
FORJAMENTO LIVRE: operações básicas 
RECALQUE 
15 
Forjamento livre 
O material escoa na direção do eixo 
da peça, alongando-a. 
 
 
Ferramentas iniciais são abauladas 
e posteriormente são utilizadas 
ferramentas planas para realizar o 
alisamento. 
ESTIRAMENTO 
16 
Forjamento livre 
Ocorre como uma expansão 
perpendicular ao eixo da peça . 
 
 É necessário, na maioria das vezes, 
ter que girar a peça durante o 
forjamento para se obter a geometria 
desejada. 
ALARGAMENTO 
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FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
Fendilhamento 
Consiste em separar o material, geralmente aquecido, por meio de um 
mandril de furação provido de gume; depois que a ferramenta foi 
introduzida até a metade da peça, esta é virada para ser fendilhada do 
lado oposto. 
18 
FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
Encalcamento 
Variedade de estiramento em que se reduz a secção de uma porção 
intermediária da peça, por meio de uma ferramenta ou impressão 
adequada. 
19 
FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
Rolamento 
Operação de distribuição de massa ao longo do comprimento da 
peça, mantendo-se a secção transversal redonda enquanto a peça é 
girada em torno do seu próprio eixo. 
20 
FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
Furação 
Abertura de um furo em uma peça, geralmente por meio de um punção 
de formato apropriado. 
 
21 
FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
Laminação de forja 
Reduz e modifica a secção transversal de uma barra passando-a entre 
dois rolos que giram em sentidos opostos, tendo cada rolo um ou mais 
sulcos de perfil adequado, que se combina com o sulco correspondente 
do outro rolo. 
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FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
Laminação de forja “ROLL FORGING” 
23 
FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
24 
FORJAMENTO LIVRE: outras operações 
Caldeamento 
Visa produzir a soldagem de duas superfícies metálicas limpas, postas 
em contato, aquecidas e submetidas a compressão. 
25 
Forjamento em matriz fechada 
Matrizes ou estampos 
Alta produção 
Peças simples ou complexas 
Tolerância dimensional 
apertada 
Matrizes com ou sem bacia 
rebarba 
 
26 
Forjamento em matriz fechada 
Bacia de rebarba 
 
 
 
Funções: 
 
 válvula de escape para o excesso de 
material. 
 
 controle do escape do material, pois 
quanto mais fina a rebarba, maior será 
a resistência do escoamento do 
material. 
27 
Forjamento em matriz fechada 
Etapas do forjamento em matriz fechada 
Grain flow resulting from the 
forging process. (Courtesy of 
Forging Industry Association, 
Cleveland, OH.) 
28 
Forjamento em matriz fechada 
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FORJAMENTO MATRIZ FECHADA: operações 
Forjamento a partir de barras: 
Emprega-se para forjar peças pequenas e com peso máximo em torno de 
0,3 kg. 
A barra é aquecida em uma extremidade, sendo manipulada através da 
outra extremidade pelo operador.. 
Geralmente utiliza barras de 2 m e com peso de 2 a 3 kg. 
30 
FORJAMENTO MATRIZ FECHADA: operações 
Forjamento a partir de tarugos: 
Utilizado para peças de maiores dimensões em comparação com o 
forjamento a partir de barras. 
 
O tarugo é cortado na dimensão adequada , aquecido, porém não 
ocorre normalmente a manipulação do operador durante a aplicação 
dos golpes de martelo ou atuação da prensa de forjamento. 
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FORJAMENTO MATRIZ FECHADA: operações 
Forjamento de elementos estampados: 
As peças forjadas estão posicionadas com o eixo longitudinal 
perpendicular ao eixo de aplicação da carga. 
 
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FORJAMENTO MATRIZ FECHADA: operações 
Peças complexas: 
 
 São aplicadas as seguintes 
etapas de trabalho: 
 
Corte, aquecimento, forjamento 
livre, forjamento em matriz, 
rebarbação e tratamento térmico. 
 
Forjamento 
por etapas 
em matriz 
Fluxo do material na matriz 
(Courtesy of Bethlehem 
Steel Corporation, Bethlehem, PA.) 
Exemplo: blank engrenagem forjada à quente 
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FORJAMENTO: 
Aspectos metalúrgicos 
As peças forjadas são submetidas
a tratamentos térmicos 
posteriores com as seguintes finalidades: 
 
 remoção das tensões internas introduzidas durante o forjamento 
e o esfriamento do forjado; 
 homogeneização da estrutura da peça forjada; 
 melhoria de sua usinabilidade e de suas propriedades 
mecânicas. 
34 
FORJAMENTO: Aspectos metalúrgicos 
Os principais tratamentos térmicos empregados para aço forjado 
 
 RECOZIMENTO NORMALIZAÇÃO 
Temperatura de 750 a 900ºC 
Recuperar as propriedades inciais 
Resfriamento lento. 
 (comumente dentro de forno). 
Temperatura próxima do recozimento 
Obter granulação mais fina e 
homogeneização 
Resfriamento ao ar livre 
35 
FORJAMENTO: defeitos dos produtos 
36 
FORJAMENTO: defeitos dos produtos 
37 
FORJAMENTO: defeitos dos produtos 
38 
FORJAMENTO: defeitos dos produtos 
39 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Máquinas de forjamento 
São classificadas de acordo com o princípio 
de operação em martelos e prensas de 
forjamento. 
40 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Martelos de forjamento 
a força é provocada por um peso cadente 
pode aplicar de 60 a 150 golpes por minuto 
tipos de acionamento: cintas, tábuas, cilindros pneumáticos e hidráulicos. 
Os três tipos básicos de martelo de forjamento são: 
martelos de queda livre 
martelos de dupla-ação 
martelos de contra-golpe. 
41 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Martelo queda livre 
Trabalho máximo (T) 
42 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Martelo de dupla ação 
Energia fornecida pelo peso da massa 
cadente e por uma força F exercida por 
meio de um acionamento pneumático 
ou hidráulico 
Trabalho máximo (T) 
Courtesy of Erie Press Systems, Erie, PA 
43 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Martelo de contra golpe 
Duas massas que se chocam no meio 
do percurso com a mesma velocidade. 
Vantagens em relação aos anteriores 
são: 
 maior rendimento pois a energia do impacto não é 
dissipada no piso 
 maior velocidade de acionamento para mesma 
capacidade. 
Trabalho máximo (T) 
44 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Prensas de forjamento 
Compressão à baixa velocidade (geralmente para prensas hidráulicas). 
Prensas hidráulicas, prensas mecânicas (excêntricas e de fricção) e prensas 
recalcadoras. 
Prensas mecânicas é de 300 a 12000 toneladas e para as prensas 
hidráulicas é de 500 a 18000 toneladas. 
JING DUANN Machinery Industrial Co. 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Prensas de forjamento 
Prensa de fricção por parafuso. 
Prensa excêntrica Prensa hidráulica 
46 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Velocidades das Prensas de Forjamento 
47 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Matrizes para forjamento 
Possuem várias cavidades de impressão, sendo uma para cada etapa de 
processamento do produto por forjamento. 
48 
FORJAMENTO: equipamentos utilizados 
Materiais para matrizes 
São submetidas a altas tensões de compressão (podendo chegar a 2000 
MPa), a altas solicitações térmicas e ainda a choque mecânico. 
Características desejadas: alta dureza, boa tenacidade, boa resistência à 
fadiga, alta resistência mecânica a quente e a alta resistência ao 
desgaste. 
Os aços liga com 0,3 a 0,55% de carbono, com Cr, Ni, Mo, Va e W como 
elementos de liga. 
 
Aços Cr-Ni e Cr-Ni-Mo possuem elevada tenacidade e são preferidos na 
conformação de metais leves. 
 
Aços ligados ao tungstênio, em função de sua elevada resistência a 
quente, são utilizados predominantemente no forjamento de aço em 
matriz. 
49 
FORJAMENTO: vantagens e limitações 
 Elevado aproveitamento do material e a grande capacidade 
de produção; 
 
 Melhoria da microestrutura (grãos refinados); 
 
 Resistência maior e melhor acabamento superficial que a 
fundição; 
 
 Possibilidade de redução das dimensões (e peso) de um 
elemento de máquina; 
 
 Melhor distribuição das fibras. 
Vantagens 
50 
FORJAMENTO: vantagens e limitações 
 Acentuada oxidação das superfícies das peças forjadas se 
comparada com outros processos ; 
 
 Tolerâncias mais estreitas são difíceis de alcançar; 
 
 De uma forma geral o forjamento está limitado a peças com 
geometrias simples; 
 
 Nem todo material pode ser forjado com facilidade; 
 
 Custo alto para manutenção de máquinas e matrizes. 
 
Limitações 
51 
FORJAMENTO: vantagens e limitações 
52 
FORJAMENTO: escolha do processo 
Fatores importantes na 
escolha: 
 
 Material 
 Tamanho do lote 
 Forma 
 Redução de peso 
 Integridade do produto 
 
 
 
Fonte: IME/2003 
 
 
 
 
PROJETO 
 
 
 
 
53 
FORJAMENTO: exercício para casa 
Considerando o que foi abordado na sala de aula e complementando com a 
literatura indicada, procure classificar as variáveis dependentes e independet4es 
no processo de forjamento (considere pelo menos 5 de cada). 
 
54 
Outras referências bibliográficas 
Apostila da Universidade Estadual de Campinas - Dept. de Engenharia de Materiais 
PLANEJAMENTO DO PROCESSO E PROJETO DE MATRIZES 
PARA O FORJAMENTO A QUENTE 
PROF. DR. SÉRGIO TONINI BUTTON - 1998 
Apostila da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Dept. de Engenharia 
Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos 
PMR – 2202 Introdução Manufatura Mecânica 
Prof. Dr. Gilmar Ferreira Batalha

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