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Processos de Conformação Plástica (TE 0166) Prof. Luiz Soares Júnior Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia MecânicaSemestre 2015-1 LAMINAÇÃO Processos de Conformação Plástica Laminação Observação: Ler capítulo sobre Laminação na apostila Prof. Hélio páginas 23 a 41 disponível no SIGAA/UFC. Leitura complementar pelos livros indicados no plano de aula apresentado e disponíveis na BU/CT. 3 Introdução Importante processo de conformação plástica: Emprego a partir do século XV com aplicações para chumbo e estanho; No século XVI surge a laminação a quente na Inglaterra para barras e no século XVII para placas; Século XVIII surge a laminação a frio; Ano de 1936 – início dos estudos sobre fenômenos físicos relacionados com a deformação; Nos primeiros anos do século XXI mais de 90% dos aços e das ligas de alumínio e cobre passaram por algum processo de laminação. 4 Introdução Importante processo de conformação plástica: Obtenção de formas diversas • Formas planas, perfis, folhas, redondos etc. Melhoria das propriedades mecânicas • Dureza • Tensão de escoamento e ruptura Economia de material • Menor relação peso/resistência se comparado a fundição e usinagem 5 Introdução Importante processo de conformação plástica: atualmente é um dos processos mais utilizados devido sua elevada produtividade e controle dimensional do produto acabado. Os produtos da laminação são empregados em diversas áreas: barras e lâminas para construção civil; trilhos para transportes; tubos (com e sem costura); roscas de parafusos e chapas metálicas para a indústria. 6 Introdução Etapas de refino e lingotamento do aço na usina siderúrgica Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 7 Introdução Etapas de laminação até o produto acabado Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 8 Processo de fabricação por conformação mecânica (ou plástica) onde o metal (corpo sólido ou peça) é forçado a passar entre dois cilindros (ferramentas) que giram a mesma velocidade periférica, mas em sentidos contrários. Conceito de laminação Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 9 Os produtos laminados (materiais ferrosos e não ferrosos) podem ser classificados em semi-acabados e acabados: produtos semi-acabados (ABNT 6215/86): os blocos (blooms), as placas (slabs) e os tarugos (billets). produtos acabados subdividem-se: não-planos: trilhos e perfis estruturais (I, L, U, T, etc.) obtidos a partir de blocos e barras, barras para trefilação e tubos sem costura obtidos a partir dos tarugos; planos: chapas e as tiras laminadas a quente e a frio, as fitas, as folhas e as tiras para fabricação dos tubos com costura. Classificação dos produtos laminados 10 Placas Blocos Tarugos Chapas Folhas Tubos Perfis Trilhos Barras Barras Trefilados Tubos Produtos 11 Piso Bobinas Produtos “Papel” Alumínio 12 Produtos 13 Como a distância entre os cilindros é inferior à espessura da peça, a mesma sofre uma deformação plástica durante a passagem entre os cilindros ocorrendo a diminuição da seção transversal e aumento pequeno da largura e um aumento acentuado do comprimento. Fundamentos teóricos do processo 14 A força de laminação é a força com a qual os cilindros comprimem o material durante a laminação. O motor (ou motores) deve fornecer potência (tipicamente entre 200 até 10000HP) para vencer a resistência do material, as forças de atritos e as resistências passivas (atritos de mancais, engrenagens etc) Fundamentos teóricos do processo Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 15 O laminador se deforma elasticamente (cedagem). Essa deformação depende da força de laminação, das características dos componentes da cadeira(rigidez). Desse modo, a espessura final do produto será maior que a prevista. Fundamentos teóricos do processo Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 16 Fundamentos teóricos do processo Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 17 O contato entre cada cilindro e a perça ocorre segundo o arco de contato CA. A esse arco corresponde ao ângulo de contato ou de ataque. O volume de metal limitado pelo arco CA é denominado de zona de deformação. Fundamentos teóricos do processo Id = arco de contato (mm) ≈ 18 Fundamentos teóricos do processo Como a velocidade periférica dos cilindros permanece constante, existe uma linha ou um ponto no arco de contato em que a velocidade da peça se torna igual a velocidade dos cilindros. Esse ponto é denominado de “ponto neutro” ou “ponto de não deslizamento” e é nele que ocorre a máxima pressão aplicada pelos cilindros na peça. 19 O material é submetido a tensões compressivas elevadas, resultantes da ação de prensagem dos rolos e a tensões cisalhantes superficiais, resultantes do atrito entre os rolos e o material. As forças de atrito atuam tangencialmente ao arco de contato no sentido de arrastar a peça (Vcil > Vp) entre os cilindros até o ponto neutro, invertendo o sentido de atuação após a passagem por este ponto (Vp > Vcil). No ponto neutro tem-se a máxima pressão. Fundamentos teóricos do processo Pressão máxima 20 A laminação pode ser realizada a quente ou a frio. Laminação a frio: a peça é laminada numa temperatura abaixo da temperatura de recristalização, apresentando uma maior qualidade de acabamento e tolerância. Laminação a quente: ocorre numa temperatura acima da temperatura de recristalização, não apresentando um bom acabamento superficial. Aspectos metalúrgicos do processo 21 Na LAMINAÇÃO A QUENTE, a peça inicial é normalmente um lingote fundido. A temperatura de trabalho situa-se acima da temperatura de recristalização do metal da peça, a fim de reduzir a resistência à deformação plástica em cada passagem e permitir a recuperação da estrutura do metal, evitando o encruamento para os passes posteriores. A laminação a quente normalmente é aplicada em operações iniciais (operações de desbaste) onde são necessárias grandes reduções de seções transversais. Aspectos metalúrgicos do processo 22 Laminação a quente Aspectos metalúrgicos do processo Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 23 Na LAMINAÇÃO A FRIO, a peça inicial para o processamento é um produto semi-acabado, previamente laminado a quente. Como a temperatura de trabalho situa-se abaixo da temperatura de recristalização, o material da peça apresenta uma maior resistência à deformação e um aumento dessa resistência com a deformação (encruamento), não permitindo com isso, intensidades elevadas de redução de seção transversal. A laminação a frio é aplicada para as operações finais (normalmente operações de acabamento). Aspectos metalúrgicos do processo 24 Laminação a quente Equipamentos 25 Laminação a frio Equipamentos 26 Os principais equipamentos de laminação são: laminadores, sistema de acionamentos dos cilindros e equipamentos de manuseio; transporte das peças. Os laminadores são compostos por: cilindros; mancais; carcaça (gaiola) estrutura que sustenta os cilindros. motor potência aos cilindros e controlar a velocidade de rotação. Equipamentos 27 LaminadoresComponentes de um laminador • Mesa - onde se realiza a laminação, e pode ser lisa ou com canais; •Pescoço - onde se encaixam os mancais; •Trevos - acoplamento com o eixo motor. • Os cilindros são aquecidos pelo material laminado a quente e é de grande importância um resfriamento adequado deles, usualmente através de jatos de água. 28 Componentes de um laminador – detalhes da mesa Canais usinados nos cilindros (Gerdau). Laminadores Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 29 • Os quadros são construídos de aço ou ferro fundido e podem ser do tipo aberto ou fechado . Laminadores 30 Componentes de um laminador (gaiola) Laminadores Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 31 Etapas de fabricação de um laminador (gaiola) Laminadores Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 32 Laminadores 33 Laminadores Pode ser não reversível (a) e reversível (b). Laminador duo Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 34 Trio: dois de seus cilindros, o superior e o inferior (maiores que o intermediário) são acionados por motores e o cilindro intermediário se movimenta pela ação de atrito. Laminadores Fonte: Processos de laminação dos aços: uma introdução. Autor: Rizzo, E.M.S, 2007 35 Quádruo é utilizado para trabalho a quente e a frio de produtos planos (chapas grossas e finas). São necessários dois cilindros de encosto maiores que os cilindros de trabalho, podendo ser todos acionados por motores. Laminadores 36 Quádruo Laminadores 37 LAMINADORES SENDIZIMER Tipos de laminadores 38 LAMINADORES SENDIZIMER Sistema de troca rápida de cilindros (1 a 2 minutos) “Cartuchos” inseridos hidraulicamente Tipos de laminadores 39 LAMINADORES UNIVERSAL Tipos de laminadores 40 LAMINADOR MANNESMANN Tipos de laminadores 41 LAMINADOR MANNESMANN Tipos de laminadores 42 Tipos de laminadores 43 LAMINADOR DE ANÉIS Tipos de laminadores 44 LAMINADOR DE ANÉISTipos de laminadores 45 LAMINADORES DE ROSCAS Tipos de laminadores 46 Seqüência de fabricação de perfis 47 Defeitos dos produtos laminados Os defeitos dos produtos laminados são: nervuras, blocos ou tarugos torcidos ou tortos, defeitos superficiais, colarinhos. As tensões residuais surgem devido à deformação plástica não homogênea na abertura entre os cilindros. 48 Defeitos nos cilindros 49 Defeitos nos cilindros 50 Defeitos nos cilindros 51 Defeitos nos cilindros 52 Defeitos nos cilindros 53 Defeitos nos cilindros 54 O controle da qualidade através de ultra-som é utilizado para detectar falhas, tais como: trincas e vazios internos. Controle geométrico do processo Controle geométrico: através de um rigoroso controle sobre: o alinhamento entre os cilindros; temperatura de processamento; intensidade de redução, ondulação superficial; desgaste das superfícies dos cilindros. 55 Controle dimensional (durante e após o processamento): emprega-se instrumentos baseados na radiação penetrante, rugosímetros, micrômetros mecânicos e magnéticos; Controle de qualidade final: ensaios químicos; Metalográficos; mecânicos. Controle geométrico do processo 56 Controle geométrico do processo
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