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01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
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ASPECTOS
MORFOLÓGICOS E
FUNCIONAIS DO
SISTEMA
CARDIOVASCULAR E
LINFÁTICO
Aula 1
SANGUE E CORAÇÃO
Sangue e coração
Olá, estudante! Nesta videoaula você irá conhecer o sangue e a
anatomia e histologia do coração, suas funções essenciais e a
importância para a manutenção da homeostase corporal. Prepare-
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se para uma jornada de conhecimento que enriquecerá sua
compreensão do corpo humano e fortalecerá suas habilidades
profissionais. Vamos começar?
Ponto de Partida
Nessa aula, você, estudante, continuará o estudo do sistema
circulatório. Você conhecerá as principais características do
sangue e do coração, e os papéis essenciais desempenhados por
eles para garantir o bom funcionamento corporal. Desse modo, os
conteúdos trabalhados permitirão a compreensão e aplicação
desses conhecimentos no seu dia a dia profissional.
A partir de agora, você irá acompanhar o caso de Pedro, um
estudante de graduação da área da saúde que, durante um
almoço em família, descobriu que o bebê de sua prima tinha sido
diagnosticado com hemofilia. Segundo sua tia, o bebê, sexo
masculino, 5 meses, começou a apresentar "manchas rochas
espontâneas no corpo e febre", sem história de traumas ou
possíveis agressões. Como o bebê se encontrava em bom estado
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geral, os médicos optaram por interná-lo para investigar a causa
das manchas. Após a realização de vários exames, ele foi
diagnosticado com hemofilia A grave. Segundo a tia, o bebê fez
uma transfusão de sangue e, em poucos dias, retornou para casa.
Agora, todos precisariam tomar muito cuidado com o bebê, para
evitar lesões ou sangramentos. Além disso, ele necessitaria de
cuidados médicos constantes para garantir sua saúde e qualidade
de vida. Ainda assustado, mas bastante curioso sobre a doença
do bebê de sua prima, Pedro resolveu buscar respostas para as
seguintes dúvidas que tinha: “O que é a hemofilia? O que causa?
Tem cura? Por que precisou de transfusão de sangue? Por que
precisaria ter um cuidado ainda maior com lesões no bebê?”.
Caro estudante, como você responderia a todas essas dúvidas? 
Vamos Começar!
O sistema circulatório é formado por três componentes: o sangue,
o coração e os vasos sanguíneos.
Sangue
O sangue é um tecido conjuntivo especializado composto por
elementos celulares e uma matriz líquida denominada plasma. É
responsável por cerca de 7% do peso corporal total e, em um
indivíduo adulto, seu volume é de aproximadamente 5 a 6 litros. O
sangue desempenha funções vitais para o corpo humano,
incluindo transporte de gases, nutrientes e resíduos, regulação de
pH, temperatura e volume de fluidos, além de proteção contra
patógenos. O plasma constitui cerca de 55% do volume
sanguíneo, sendo composto principalmente por água (± 92%). Os
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outros componentes do plasma sanguíneo incluem as proteínas
plasmáticas (7-8%; albuminas, globulinas, fibrinogênio) e outros
solutos (1-2%), como íons, moléculas orgânicas dissolvidas
(glicose, aminoácidos, lipídios), gases (O2 e CO2), hormônios e
resíduos metabólicos (ureia, amônia, ácido úrico, bilirrubina e
creatinina). Os elementos celulares do sangue incluem eritrócitos,
leucócitos e plaquetas. Os eritrócitos ou hemácias são produzidos
na medula óssea e constituem o tipo celular presente em maior
quantidade no sangue. São células anucleadas e apresentam
formato de disco bicôncavo, o que lhes confere uma ampla área
de superfície para trocas gasosas. Essas células são
fundamentais para o transporte de O2 dos pulmões para os
tecidos e remoção de CO2 dos tecidos para os pulmões. O
transporte de O2 é realizado pela hemoglobina (proteína
carreadora de O2), contida em cada uma das hemácias e que
confere a cor vermelha a essas células. Já os leucócitos são
células esféricas com função de proteção do organismo. São
produzidos na medula óssea ou em tecidos linfoides,
permanecendo temporariamente no sangue. Podem ser
classificados em granulócitos e agranulócitos.
Os leucócitos granulócitos apresentam núcleo com formato
irregular e citoplasma com grânulos específicos que, ao
microscópio eletrônico, aparecem envoltos por membrana. Os três
tipos de granulócitos são: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Além
dos grânulos específicos, essas células apresentam grânulos
azurófilos, que se coram em púrpura, e são lisossomos. Os
neutrófilos, ou leucócitos polimorfonucleares, são células
arredondadas com núcleos formados por dois a cinco lóbulos
(normalmente, três lóbulos) ligados entre si por finas pontes de
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cromatina. São o tipo mais numeroso de leucócitos no sangue,
podendo chegar a 70% do total, e são responsáveis pela defesa
do hospedeiro contra a invasão de bactérias e fungos, resíduos
celulares, além de uma diversidade de substâncias estranhas. Os
eosinófilos apresentam núcleos bilobulados (dois lóbulos), com
grânulos citoplasmáticos corados em vermelho. São encontrados
principalmente nos tecidos e não na circulação. Constituem 1 a
3% dos leucócitos totais. Estão associados à defesa contra
parasitas, reações alérgicas e inflamação crônica. Os basófilos
são os leucócitos presentes em menor quantidade, apresentam
núcleo volumoso, com formato retorcido e irregular, lembrando
uma letra “S”. 
No citoplasma, apresenta grande quantidade de grânulos grandes
que, por vezes, podem esconder o núcleo. Os grânulos contêm
heparina (anticoagulante), histamina (vasodilatador) e outros
mediadores inflamatórios (bradicinina e leucotrienos). Essas
células estão envolvidas em reações alérgicas e de
hipersensibilidade.
Os leucócitos agranulócitos apresentam núcleo com formato mais
regular, e o citoplasma não apresenta granulações específicas,
embora seja possível a presença de grânulos azurófilos
inespecíficos. Os dois tipos de agranulócitos são os linfócitos e os
monócitos. Os linfócitos correspondem a cerca de 30% do total de
leucócitos e são responsáveis pela defesa imunológica do
organismo. Essas células apresentam núcleo redondo,
ligeiramente chanfrado, com coloração escura. O citoplasma cora-
se em azul claro e forma um halo ao redor do núcleo. Quanto
maior o linfócito, mais visível se torna o citoplasma. Existem três
tipos principais de linfócitos: linfócitos B, linfócitos T e células
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natural killer (NK). Os monócitos são produzidos na medula
óssea, apresentam núcleo em formato de rim ou ferradura, e o
citoplasma tem coloração azul acinzentada e com aparência
espumosa. Quando saem dos vasos sanguíneos para os tecidos,
os monócitos se transformam em macrófagos, cuja função
principal é a defesa do hospedeiro (englobamento de materiais
estranhos).
Um outro tipo celular presente no sangue é a plaqueta. As
plaquetas são fragmentos celulares derivados dos megacariócitos
da medula óssea. Desse modo, apresentam-se como corpúsculos
anucleadose Linfático
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Vamos Exercitar?
Agora que você conheceu os fatores que alteram a pressão
arterial e quais são os mecanismos envolvidos no seu controle, a
curto e longo prazo, bem como a importância desse controle para
o bom funcionamento do corpo humano, vamos retomar à nossa
situação-problema. Vamos considerar o caso de Pedro, um aluno
de graduação na área da saúde. Pedro é estagiário junto à equipe
multidisciplinar de sua instituição. Nesse momento, ele está
acompanhando a discussão do caso clínico do paciente S.V.R., 63
anos, que vem sendo acompanhado no ambulatório da
universidade. O paciente possui diabetes tipo 2 não controlada, e
procurou atendimento para renovação da receita de seus
medicamentos a pedido da filha. O paciente foi diagnosticado com
diabetes tipo 2 há três anos e relata que na época foi orientado a
realizar tratamento não medicamentoso, ao qual não aderiu, e uso
de medicamentos, que toma de maneira esporádica. Não realiza
atividade física, apresenta sobrepeso. Relata ingestão de álcool
pelo menos duas vezes por semana e é tabagista. Durante o
exame físico, foi realizada a aferição da pressão arterial, sendo
verificado um valor de 140mmHg/95mmHg. Como somente essa
medição era insuficiente para um diagnóstico preciso, foi
solicitada uma monitoração residencial da pressão arterial
(MRPA). Todos os procedimentos para a realização da
monitoração foram explicados ao paciente, esposa e filha, para a
obtenção de um resultado confiável. Após a realização da MRPA,
o resultado revelou uma pressão arterial média de
140mmHg/94mmHg, fechando o diagnóstico de hipertensão
arterial sistêmica. Como rotina das discussões entre a equipe e
seus estagiários, o caso clínico apresentado foi utilizado para que
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estes fossem instigados a relembrarem conceitos anatômicos e
funcionais importantes sobre o sistema circulatório e, desse
modo, relacioná-los à sua realidade profissional. Para tal, o
supervisor da equipe levantou os seguintes questionamentos a
Pedro e seus colegas: “Vocês saberiam explicar o que é
hipertensão arterial? Que fatores influenciam na pressão arterial?
A curto prazo, como o organismo reage tentando controlar o
aumento da pressão arterial? Qual a importância desses
mecanismos de controle para o nosso organismo?”.
Agora, você já é capaz de ajudar Pedro e seus colegas a
responderem aos questionamentos do supervisor. Vamos lá?
A hipertensão arterial é uma condição crônica na qual a pressão
arterial nas artérias está cronicamente elevada. Isso significa que
o coração está trabalhando mais para bombear o sangue através
dos vasos sanguíneos, o que pode levar a complicações sérias
como ataques cardíacos, derrames e danos aos órgãos vitais.
Vários fatores podem influenciar a pressão arterial, incluindo o
débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração), a
resistência vascular periférica (resistência dos vasos sanguíneos
à passagem do sangue), a viscosidade do sangue e a elasticidade
das paredes arteriais. Além disso, fatores comportamentais como
dieta, atividade física, consumo de álcool e tabagismo também
desempenham um papel importante. O organismo apresenta
diferentes mecanismos para regular alterações na pressão
arterial. A curto prazo, o organismo possui mecanismos rápidos e
eficazes para controlar o aumento da pressão arterial. Um dos
principais mecanismos envolvidos é a atuação dos
barorreceptores, que são receptores sensoriais localizados nas
paredes das artérias, especialmente nas artérias carótidas e na
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aorta. Quando a pressão arterial aumenta, os barorreceptores são
estimulados pela distensão das paredes arteriais. Esses
receptores enviam sinais nervosos para o centro cardiovascular
no tronco encefálico. Em resposta a esse estímulo, o sistema
nervoso autônomo, especialmente o sistema nervoso
parassimpático, é ativado. O sistema nervoso parassimpático
reduz a frequência cardíaca, diminuindo o débito cardíaco. Além
disso, promove a vasodilatação, especialmente nas arteríolas
periféricas. Isso resulta em uma redução da resistência vascular
periférica e, consequentemente, da pressão arterial. Esses
ajustes rápidos permitem que o organismo normalize
temporariamente a pressão arterial elevada, garantindo um fluxo
sanguíneo adequado para os tecidos e órgãos vitais. No entanto,
em condições crônicas de hipertensão ou quando os mecanismos
de controle falham, podem ocorrer danos aos vasos sanguíneos e
órgãos, aumentando o risco de complicações cardiovasculares
graves. 
Saiba Mais
O débito cardíaco e a frequência cardíaca são cruciais para a
manutenção da circulação sanguínea eficaz no corpo. O débito
cardíaco, volume de sangue bombeado pelo coração por minuto,
determina a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam aos
tecidos. Por sua vez, a frequência cardíaca, número de
batimentos por minuto, influencia diretamente o débito cardíaco.
Juntos, eles asseguram que o corpo receba um suprimento
adequado de sangue para sustentar as funções vitais. Alterações
na frequência cardíaca e no débito cardíaco podem indicar
problemas cardiovasculares e afetar a eficiência do coração como
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bomba, impactando a saúde geral do organismo.
Para explorar mais sobre o assunto, leia a seguinte obra
disponível na Biblioteca Virtual:
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem
integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. Cap. 15, p. 484-485.
O controle neural da pressão arterial é fundamental para a
regulação rápida e precisa da pressão sanguínea. Este sistema
envolve os barorreceptores, localizados nas paredes das artérias
principais, que detectam mudanças na pressão arterial e enviam
sinais ao cérebro. O sistema nervoso autônomo responde
ajustando o diâmetro dos vasos sanguíneos e a frequência
cardíaca, mantendo a pressão arterial dentro de limites normais.
Esse controle é essencial para garantir que todos os órgãos
recebam um suprimento adequado de sangue, especialmente
durante situações de estresse ou atividade física, preservando a
homeostase e prevenindo danos aos órgãos vitais.
Para saber mais sobre o controle neural da pressão arterial,
acesse a seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual.
HALL, J. E.; HALL, M. E. Guyton & Hall: tratado de fisiologia
médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. cap.
18, p. 215-226.
O controle a longo prazo da pressão arterial é crucial para a
manutenção da homeostase cardiovascular. Esse controle
envolvendo mecanismos renais e hormonais, como o sistema
renina-angiotensina-aldosterona, regula o volume de sangue e a
resistência vascular periférica. Os rins ajustam a excreção de
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sódio e água, influenciando diretamente o volume sanguíneo e,
consequentemente, a pressão arterial. Manter a pressão arterial
estável a longo prazo é essencial para prevenir doenças
cardiovasculares, como hipertensão, insuficiência cardíaca e
acidente vascular cerebral, garantindo a saúde e o funcionamento
eficiente dos sistemas corporais ao longo da vida.
Para saber mais sobre o controle a longo prazo da pressão
arterial, acesseAs células pré-T migram para o timo,
localizado no mediastino superior, onde amadurecem e se
transformam em linfócitos T imunocompetentes.
· Órgãos e tecidos linfáticos secundários: são os locais
onde ocorre a maior parte das respostas imunes. Incluem os
linfonodos, baço e os nódulos linfáticos. O baço, localizado no
quadrante superior esquerdo do abdome, filtra o sangue,
removendo células sanguíneas velhas e patógenos. Também é
um local de resposta imune. As tonsilas são um conjunto de
tecidos linfáticos localizados na faringe. Protegem contra
patógenos inalados ou ingeridos. Os nódulos linfáticos são
massas de tecido linfoide ovaladas, que não são envolvidas por
uma cápsula, sendo locais onde ocorre a resposta imune. Os
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linfonodos são pequenas estruturas em forma de feijão
distribuídas ao longo dos vasos linfáticos. Contêm células
imunológicas, como linfócitos e macrófagos, que filtram a linfa e
combatem patógenos e detritos celulares.
Funções do sistema linfático:
· Drenagem do excesso de líquido intersticial: auxilia na
manutenção do equilíbrio de fluidos. Os vasos linfáticos drenam
o excesso de líquido intersticial dos tecidos, retornando esse
excesso em forma de linfa ao sangue venoso, auxiliando na
manutenção do volume do sangue circulante.
· Transporte de lipídios da dieta: os capilares lactíferos, no
intestino delgado, drenam lipídios e vitaminas lipossolúveis (A,
D, E e K) absorvidos da dieta pelo sistema digestório,
transportando-os na forma de quilo para a circulação
sanguínea.
· Defesa do organismo: o tecido linfático inicia respostas
altamente específicas dirigidas contra determinados
microrganismos ou células anormais, mantendo a integridade
do organismo.
Agora que você conheceu a estrutura do sistema linfático e sua
importância para o nosso organismo, você é capaz de
compreender a importância do conhecimento desses temas para
uma boa atuação profissional. 
Vamos Exercitar?
Agora que você conheceu a estrutura do sistema linfático e a sua
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importância para o organismo humano, vamos retomar à nossa
situação-problema. Consideremos o caso de Pedro, um aluno de
graduação na área da saúde, que realiza estágio junto à equipe
multidisciplinar de sua universidade. Nesse momento, Pedro está
acompanhando a discussão do caso clínico da paciente A.M.R, 47
anos, que procurou a Unidade Básica de Saúde de sua cidade,
relatando dor na perna esquerda, inchaço, vermelhidão, sensação
de calor e dificuldade para deambular. A paciente relatou que já
possui diagnóstico de filariose há quinze anos. Devido à queixa do
edema e notável extravasamento de líquido, foi encaminhada ao
Hospital Universitário de sua cidade, onde foi realizada a
drenagem do membro inferior afetado. Após a drenagem, a
paciente apresentou uma lesão no mesmo local, que, com o
passar do tempo, foi aumentando e abrangendo quase toda a
parte posterior da perna esquerda. Devido à ocorrência de quadro
infeccioso no local da drenagem, utilizou-se antibiótico (Cefalexina
500mg) e colagenase + clorafencol, apresentando melhora. A
paciente apresenta sobrepeso e relata hipotireoidismo, tratado
com levotiroxina sódica 50mcg. Como de costume, o caso clínico
apresentado foi utilizado para discussão dos procedimentos
realizados e, também, para que os estagiários relembrassem
conceitos anatômicos e funcionais importantes sobre os diferentes
sistemas corporais. Nesse momento, o foco era o sistema
linfático. O supervisor da equipe levantou os seguintes
questionamentos a Pedro e seus colegas: “Vocês saberiam
explicar o que é a filariose? Qual a sua relação com o sistema
linfático? Por que nessa doença ocorre o edema? Existe cura
para essa doença?”.
Agora, você já é capaz de ajudar Pedro e seus colegas a
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responder os questionamentos do supervisor. Vamos lá?
Primeiramente, é importante lembrar que o sistema linfático
desempenha diversas funções vitais no corpo humano,
contribuindo para a manutenção da homeostase e proteção contra
doenças. Ele drena o excesso de fluidos corporais, absorve e
transporta lipídios e nutrientes lipossolúveis oriundos da dieta e
atua na defesa imunológica do organismo, trabalhando em
conjunto com o sistema circulatório sanguíneo para garantir o
equilíbrio interno e a proteção contra agentes patogênicos. A
filariose linfática ou elefantíase é uma doença parasitária crônica,
causada pelo nematoide Wuchereria bancrofti, também conhecido
como filária. A transmissão da filária ocorre por mosquitos Culex
quiquefasciatus infectados com larvas do parasita. As larvas
infectantes do mosquito migram para os vasos linfáticos, nas
quais se desenvolvem até chegarem a vermes adultos (período
que varia de 6 a 12 meses), machos e fêmeas. Esses vermes se
acasalam, liberando microfilárias na corrente sanguínea,
propiciando a infecção de novos mosquitos e o início de novo
ciclo de transmissão. Alguns indivíduos podem ser
assintomáticos, havendo ou não detecção de microfilárias no
sangue periférico. Outros indivíduos podem apresentar febre
recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, urticária,
pericardite, dor de cabeça e inflamação de nódulos e vasos
linfáticos, com ou sem microfilaremia. Nos casos crônicos mais
graves observa-se linfedema persistente dos membros e órgãos
genitais, hidrocele e aumento de linfonodos, presença de gordura
na urina. A pele pode exibir dilatação de vasos linfáticos dérmicos,
infiltrados linfocíticos disseminados e depósitos focais de
colesterol. A epiderme se torna espessada e hiperceratótica.
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Podem ser encontradas filárias adultas nos linfáticos ou em
linfonodos de drenagem, geralmente circundadas por granuloma.
Com o tempo, os vasos linfáticos vão alterando sua morfologia e
perdendo sua função. Na filariose, o edema ocorre devido à
incapacidade do sistema linfático em drenar adequadamente o
excesso de líquido dos tecidos, uma vez que os parasitas
obstruem o fluxo linfático. Isso acaba resultando em um acúmulo
de líquido intersticial, que causa os sintomas observados na
paciente. Embora não haja cura definitiva para a filariose, o
tratamento inclui medicações antiparasitárias para reduzir a carga
parasitária e terapia para aliviar os sintomas, como drenagem
linfática manual e antibióticos para tratar infecções secundárias. 
Saiba Mais
O sistema linfático é composto por vasos linfáticos, que
transportam a linfa rica em células imunológicas; nódulos
linfáticos, que filtram e ajudam a combater infecções; baço,
envolvido na destruição de células sanguíneas velhas e na
resposta imunológica; e o timo, essencial para o desenvolvimento
de células T. Juntos, esses componentes formam uma defesa
crucial contra patógenos e auxiliam na regulação do volume de
fluidos no corpo.
Para saber mais sobre os componentes do sistema linfático,
acesse a seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual:
· TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de
anatomia e fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2023. cap. 22, p. 845-856.
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Página 63 de 73https://alexandria-html-published.platosedu.io/67e57546-1e5d-4091-879e-942ee454e138/v1/index.htmlO sistema linfático desempenha funções essenciais para a saúde
humana, incluindo a drenagem e transporte de linfa, que contém
células imunológicas e resíduos metabólicos, para circulação de
volta ao sistema circulatório. Esse sistema também atua na
defesa imunológica, filtrando e removendo microrganismos,
células mortas e toxinas nos nódulos linfáticos. Além disso, regula
o equilíbrio hídrico e a absorção de lipídios do sistema digestório,
por meio dos vasos lactíferos. Essas funções são essenciais para
a resposta imune, a manutenção da saúde dos tecidos e a
prevenção de edemas, destacando a importância vital do sistema
linfático no organismo humano.
Para saber mais sobre as funções do sistema linfático, acesse a
seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual:
· WAUGH, A.; GRANT, A. Ross & Wilson: anatomia e
fisiologia integradas. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2021. cap. 6, p. 141-149.
A linfa é um fluido transparente que circula pelo sistema linfático,
transportando células imunológicas, nutrientes e resíduos
metabólicos pelos tecidos. O fluxo da linfa ocorre através dos
vasos linfáticos e envolve diferentes mecanismos, como a
contração muscular esquelética, movimentos respiratórios,
presença de válvulas nos vasos linfáticos e compressão dos
vasos adjacentes. Esse fluxo é essencial para a remoção de
toxinas, a defesa imunológica e a absorção de gorduras no
sistema digestório. A circulação adequada da linfa ajuda a manter
o equilíbrio hídrico e a saúde dos tecidos, prevenindo edemas e
promovendo a resposta imune eficiente no organismo humano.
Para saber mais sobre a formação e fluxo da linfa, acesse a
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
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seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual:
SANTOS, R. A. S. dos; SANTOS, M. J. C. dos; ANDRADE, S. P.
Aspectos morfofuncionais da microcirculação. In: AIRES, M. M.
Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. cap.
34; p. 557-559. 
Referências Bibliográficas
AIRES, M. M. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2018. 
FOX, S. I. Fisiologia Humana. 7. ed. Barueri: Manole 2007.
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran:
patologia: bases patológicas das doenças. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2023.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.
WAUGH, A.; GRANT, A. Ross & Wilson: anatomia e fisiologia
integradas. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
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Encerramento da Unidade
ASPECTOS
MORFOLÓGICOS E
FUNCIONAIS DO SISTEMA
CARDIOVASCULAR E
LINFÁTICO
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante! Nesta videoaula, você irá continuar a jornada
fascinante pelo sistema circulatório, explorando conceitos
fundamentais para a sua prática profissional. Você já desvendou
vários mistérios que envolvem esse sistema, seus componentes e
seu funcionamento, e mergulhou no estudo de algumas patologias
que podem acometer esse sistema. Agora, convidamos você a
continuar nessa jornada! Assista à videoaula e descubra como
conhecer o sistema circulatório pode enriquecer e transformar a
sua prática profissional. Não perca!
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Ponto de Chegada
Olá, estudante! Para desenvolver a competência desta unidade,
que é “Ter senso crítico para identificar e compreender os
componentes do sangue e suas funções no organismo humano.
Conhecer e compreender a anatomia do coração, suas
propriedades mecânicas e elétricas. Conhecer e compreender as
características estruturais e funcionais do sistema linfático”, você
primeiramente conheceu os componentes do sangue, como
hemácias, leucócitos, plaquetas e plasma, e suas funções vitais
no transporte de oxigênio, defesa imunológica e coagulação
sanguínea. Explorou a anatomia do coração, observando suas
câmaras, válvulas e principais vasos sanguíneos, além de
compreender as propriedades elétricas e mecânicas que
garantem o bombeamento eficiente do sangue. Além disso, você
compreendeu os mecanismos neurais e hormonais que mantêm a
pressão arterial, garantindo a homeostase cardiovascular. Por fim,
conheceu o sistema linfático, analisando sua estrutura, função na
drenagem de fluidos, absorção de gorduras e defesa imunológica.
Desse modo, a discussão desses assuntos abordados ao longo
da unidade permitiu consolidar seu entendimento e incentivá-lo a
refletir a respeito desses conteúdos e como se aplicam em seu
contexto prático. 
É Hora de Praticar!
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Nessa semana, um grupo de estudantes da área da saúde irá
acompanhar a rotina do Ambulatório do Hospital de sua
Universidade. Uma das atividades a ser realizada durante esse
período será o acompanhamento de alguns casos clínicos de
pacientes atendidos pelo Hospital Universitário. No primeiro dia de
atividades, um dos alunos do grupo acompanhou o caso do
paciente João, 62 anos, que procurou seu dentista para uma
consulta de rotina, queixando-se de desconforto na mandíbula. O
dentista, suspeitando da presença de um cisto envolvendo alguns
elementos dentais, solicitou uma radiografia panorâmica. Durante
a análise da radiografia, o dentista notou a presença de
calcificações nas áreas das artérias carótidas, sugerindo a
possível existência de placas ateromatosas. João foi então
encaminhado para o Hospital Universitário para uma avaliação
mais detalhada. Durante a consulta, João relatou alguns sintomas
que vinha ignorando: cansaço frequente, sensação de peso no
peito após esforços moderados, e uma leve dor na perna direita
ao caminhar por longos períodos. Relatou ao médico que é
tabagista há mais de 40 anos e sua dieta é rica em carboidratos e
gorduras. Além disso, João tem um histórico de hiperlipidemia não
controlada e não faz uso regular de medicamentos para esse
problema. No exame clínico, foi observado sobrepeso e pressão
arterial elevada (150/95 mmHg). Foram solicitados alguns exames
laboratoriais e de imagem para confirmação do diagnóstico. Os
exames laboratoriais revelaram níveis elevados de colesterol total
(290 mg/dL), LDL (190 mg/dL), triglicerídeos (280 mg/dL), além de
HDL abaixo do normal (32 mg/dL). O ultrassom das carótidas
confirmou a presença de placas ateromatosas significativas,
indicando aterosclerose. Para incentivar as discussões a respeito
do caso apresentado, o supervisor da equipe sugeriu que os
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estagiários iniciassem as discussões relembrando alguns
conceitos anatômicos e funcionais a respeito do sistema
circulatório. Para tal, o supervisor da equipe levantou os seguintes
questionamentos aos alunos de graduação: “Vocês saberiam
explicar o que é a aterosclerose? Quais são os fatores de risco
para essa doença? Qual seria a relação entre os sintomas
apresentados pelo paciente e a presença das placas
ateroscleróticas? Como influencia para o aumento da pressão
arterial?”.
Como você, no lugar desses alunos, responderia a todos esses
questionamentos?
Reflita
Como as diferentes células do sangue contribuem para a
manutenção da saúde e o funcionamento do organismo humano?
Deque maneira as propriedades elétricas e mecânicas do
coração interagem para garantir um bombeamento eficiente de
sangue?
Qual é o papel do sistema linfático na manutenção da
homeostase corporal e na defesa imunológica?
Resolução do estudo de caso
Você já viu vários conceitos importantes a respeito do sistema
circulatório. Você já sabe que cada componente desse sistema
apresenta funções que contribuem para a manutenção da
homeostase corporal. Você também já sabe que alterações no
funcionamento dessas estruturas resultam em diferentes efeitos
que podem ser deletérios ao organismo, acarretando a instalação
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e desenvolvimento de uma patologia. Dentre as patologias
associadas ao sistema circulatório, temos a aterosclerose, que é
uma condição patológica caracterizada pelo acúmulo de placas de
ateroma, ou placas ateroscleróticas, nas paredes internas das
artérias de médio e grande porte, resultando em seu
estreitamento e endurecimento. Essas placas são formadas por
depósitos de lipídios, colesterol, cálcio e outros elementos
celulares, o que pode levar a uma obstrução parcial ou completa
do fluxo sanguíneo. Os principais fatores de risco para
aterosclerose incluem: tabagismo, hiperlipidemia, obesidade,
hipertensão arterial, sedentarismo, diabetes e histórico familiar. A
formação das placas ateromatosas é um processo complexo que
envolve várias etapas e componentes. O processo se inicia com
uma lesão ou disfunção no endotélio, a camada interna das
artérias, causada por fatores como tabagismo, hipertensão,
hiperlipidemia e diabetes. Essas lesões tornam a superfície
endotelial mais permeável a lipídios e permitem a adesão de
células inflamatórias. Os lipídios, particularmente as lipoproteínas
de baixa densidade (LDL), penetram na camada íntima das
artérias através das lesões endoteliais. Uma vez dentro da parede
arterial, esses LDLs sofrem oxidação, tornando-se mais
propensos a serem engolfados por macrófagos. Os macrófagos
ingerem os LDLs oxidados, transformando-se em células
espumosas que se acumulam e formam estrias gordurosas, as
primeiras manifestações visíveis de aterosclerose. A presença de
LDLs oxidados e células espumosas provoca uma resposta
inflamatória crônica, recrutando células inflamatórias como
linfócitos T, que exacerbam a inflamação e promovem a
progressão da lesão. As citocinas inflamatórias, substâncias
liberadas pelas células inflamatórias, estimulam a migração e a
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proliferação de células musculares lisas da camada média da
artéria para a camada íntima. Essas células musculares lisas
produzem matriz extracelular, formada por colágeno, elastina e
outras proteínas, constituindo a capa fibrosa da placa. À medida
que a placa se desenvolve, ela se torna mais complexa,
consistindo em um núcleo lipídico, formado por lipídios
acumulados e células espumosas mortas, e uma capa fibrosa
formada por células musculares lisas e matriz extracelular. Com o
tempo, as placas podem endurecer e calcificar, reduzindo a
elasticidade da artéria. O crescimento da placa pode estreitar o
lúmen da artéria, limitando o fluxo sanguíneo e causando
isquemia, ou seja, falta de oxigênio nos tecidos. Placas instáveis
com uma capa fibrosa fina são propensas a rupturas, e, quando
uma placa se rompe, o conteúdo lipídico é exposto ao sangue,
desencadeando a formação de um trombo que pode obstruir a
artéria. A calcificação das placas endurece as artérias,
contribuindo para a hipertensão e aumentando o risco de ruptura.
Os sintomas da aterosclerose dependem das artérias afetadas.
Quando ocorre nas artérias coronárias, pode causar angina (dor
no peito) e infarto do miocárdio (ataque cardíaco). Nas artérias
carótidas, pode levar a acidentes vasculares encefálicos (AVE).
Nas artérias periféricas, pode causar claudicação intermitente (dor
nas pernas ao caminhar) e, em casos graves, gangrena. A
aterosclerose é uma doença progressiva e multifatorial que requer
uma abordagem integrada para prevenção e tratamento, incluindo
mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos,
intervenções cirúrgicas. Assim, os sintomas relatados por João
estão diretamente relacionados às placas ateroscleróticas nas
suas artérias. O cansaço frequente e sensação de peso no peito
são indicativos de doença arterial coronariana, em que as placas
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nas artérias coronárias reduzem o fluxo sanguíneo para o
coração, podendo causar angina. A dor na perna direita ao
caminhar sugere doença arterial periférica, em que o fluxo
sanguíneo nas artérias das pernas é reduzido devido às placas,
causando dor durante o esforço físico. O desconforto na
mandíbula pode ser um sinal referencial de isquemia cardíaca, em
que a dor se irradia para a mandíbula. 
Dê o play!
Assimile
Olá, estudante! Você está convidado a embarcar a partir de agora
na jornada fascinante pelo sistema circulatório, explorando as
informações ricas e instigantes presentes nesta animação.
Aprecie e aproveite as informações sobre os dispositivos que
podem auxiliar na atividade cardíaca em indivíduos com doença
cardiovascular! Vamos lá?
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Referências
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran:
patologia: bases patológicas das doenças. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2023.
NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2021.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem
integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.e discoides. Participam do processo de coagulação
sanguínea e auxiliam no reparo da parede dos vasos sanguíneos
lesionados, prevenindo a perda sanguínea. É importante lembrar
que o sangue é fluido e circula livremente através dos vasos
sanguíneos. Assim, o corpo precisa lançar mão de mecanismos
que permitam o fluxo de sangue pelo vaso sanguíneo lesionado,
enquanto ao mesmo tempo a parede desse vaso danificado é
reparada, processo denominado de coagulação sanguínea. Esta
envolve uma série de reações coordenadas entre proteínas
plasmáticas, células sanguíneas e componentes vasculares,
culminando na formação de um coágulo que estanca a perda de
sangue de um vaso lesionado. Este processo pode ser dividido
em três fases principais: a fase vascular, a fase plaquetária e a
fase de coagulação propriamente dita. A fase vascular se inicia
imediatamente após a lesão do vaso sanguíneo. A vasoconstrição
local reduz o fluxo sanguíneo, limitando a perda de sangue. Este
efeito é mediado pela liberação de endotelinas e outros
vasoconstritores pelas células endoteliais danificadas. A
vasoconstrição é rapidamente seguida pela segunda fase,
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chamada de fase vascular. Nesta, ocorre um bloqueio mecânico
do orifício presente na parede do vaso sanguíneo por um tampão
plaquetário solto. Quando um vaso sanguíneo é lesionado, as
plaquetas aderem ou são expostas ao colágeno na área
danificada. As plaquetas aderidas são ativadas, mudam de forma
e liberam de seus grânulos serotonina, ADP e fator de ativação
plaquetária na área ao redor da lesão, o que promove a ativação
de mais plaquetas e a agregação de umas às outras, formando
um tampão plaquetário solto. Ao mesmo tempo, o colágeno
exposto e o fator tecidual iniciam a terceira fase, a de coagulação
propriamente dita. Nessa fase, ocorre a formação de uma rede de
fibrina, como resultado de uma série de reações enzimáticas,
denominada cascata da coagulação. Essa rede de fibrina formada
estabiliza o tampão plaquetário, formando o coágulo. Por fim,
quando o vaso sanguíneo é reparado, o coágulo retrai devido à
dissolução da fibrina pela enzima plasmina. A cascata de
coagulação ocorre por duas vias distintas (intrínseca e extrínseca)
que terminam em uma via comum. A via é iniciada pelo contato do
sangue com o colágeno exposto. Essa via envolve os fatores XII,
XI, IX e VIII. O colágeno ativa a primeira enzima da via, o fator XII,
iniciando a cascata, que resulta na ativação do fator X. A via
extrínseca inicia quando o fator tecidual, também chamado
tromboplastina ou fator III, é exposto pelos tecidos danificados. O
fator tecidual ativa o fator VII, iniciando a cascata da via
extrínseca, que também resultará na ativação do fator X. Assim,
ambas as vias ativam fator X, que, juntamente com o fator V,
convertem a protrombina (fator II) em trombina (fator IIa). A
trombina converte o fibrinogênio solúvel em fibrina insolúvel. A
fibrina polimeriza e forma uma rede que, em conjunto com o
tampão plaquetário, forma o coágulo estável. Contudo, conforme
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o vaso sanguíneo danificado é reparado, o coágulo vai sendo
desintegrado. Para tal, a fibrina é quebrada em fragmentos pela
enzima plasmina, processo denominado fibrinólise. Qualquer
disfunção nos componentes da coagulação pode levar a
distúrbios hemorrágicos ou trombóticos. Por exemplo, a hemofilia,
uma desordem genética que afeta a capacidade do sangue de
coagular adequadamente. Ela é caracterizada pela deficiência ou
ausência de certos fatores de coagulação, proteínas essenciais
para a formação de coágulos sanguíneos. Existem dois tipos
principais de hemofilia: tipo A e tipo B. A hemofilia A é a forma
mais comum, representando cerca de 80% dos casos. É
ocasionada pela ausência ou baixa atividade do fator VIII, o que
compromete a via intrínseca da coagulação. A hemofilia B é
menos comum e representa cerca de 20% dos casos. Nesse tipo
de hemofilia, a ausência ou deficiência do fator IX de coagulação
compromete igualmente a via intrínseca da coagulação.
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Figura 1 | Cascata de coagulação. Fonte: Silverthorn (2017, p. 528).
Siga em Frente...
Coração
O coração é um órgão muscular, localizado no mediastino,
ligeiramente deslocado para a esquerda da linha média do corpo.
É responsável por bombear o sangue através do sistema
circulatório, fornecendo oxigênio e nutrientes aos tecidos e
removendo resíduos metabólicos. O coração apresenta formato
de cone invertido, com base voltada para cima e ápice apontando
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para baixo e esquerda. Todos os vasos sanguíneos principais
emergem da base do coração. A aorta e o tronco pulmonar
(artéria) direcionam o sangue do coração para os tecidos e
pulmões, respectivamente. As veias cavas e pulmonares retornam
o sangue para o coração.
O coração está envolvido por um saco membranoso resistente,
denominado pericárdio. Este é formado pelo pericárdio fibroso e
seroso. O pericárdio fibroso é a camada externa e resistente que
protege e ancora o coração. É formado por tecido conjuntivo
denso não modelado e inelástico e, devido a sua constituição,
impede a distensão excessiva do coração. O pericárdio seroso é
mais profundo, sendo constituído por duas lâminas, parietal e
visceral. A lâmina parietal é mais externa no pericárdio seroso. A
lâmina visceral é mais interna, sendo também denominada
epicárdio, constituindo uma das camadas da parede do coração.
Entre as lâminas parietal e visceral há um espaço (espaço
pericárdico) contendo líquido pericárdico, um líquido lubrificante
que reduz o atrito entre as lâminas do pericárdio seroso durante
os movimentos cardíacos. A parede do coração apresenta três
camadas: epicárdio, miocárdio e endocárdio. O epicárdio é a
camada mais externa da parede do coração, composta pela
lâmina visceral do pericárdio seroso e uma camada variável de
tecido fibroelástico delicado e tecido adiposo. O miocárdio é a
camada média da parede do coração e, também, a camada mais
espessa. É composta por músculo cardíaco, responsável pela
contração e bombeamento do sangue. O músculo cardíaco é
formado por fibras musculares cardíacas alongadas, ramificadas e
unidas entre si por junções intercelulares especializadas
chamadas discos intercalares. Esse músculo apresenta estriações
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devido à organização regular dos filamentos de actina e miosina
em sarcômeros, as unidades contráteis da célula muscular. O
epicárdio é a camada mais interna, formada por endotélio e tecido
conjuntivo, que reveste as câmaras cardíacas e recobre suas
valvas.
O coração é dividido em quatro câmaras: dois átrios e dois
ventrículos. Os átrios são as câmaras superiores que recebem o
sangue que retorna ao coração. Essas câmaras são delineadas
externamente por sulcos que contêm vasos sanguíneos e
gordura. O sulco coronário, ou sulco atrioventricular, circunda o
coração horizontalmente e separa os átrios dos ventrículos. O
sulco interventricular anterior, que corre obliquamente na
superfície anterior do coração, e o sulco interventricularposterior,
que corre na superfície posterior, marcam a separação entre os
ventrículos direito e esquerdo. Na superfície anterior de cada átrio
existe uma estrutura sacular enrugada chamada aurícula, que
serve como um reservatório adicional para o sangue que retorna
ao coração. As principais artérias coronárias, que fornecem
sangue ao miocárdio, estão localizadas na superfície externa do
coração. A artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda
(que se bifurca em artéria descendente anterior esquerda e artéria
circunflexa) correm ao longo dos sulcos e são essenciais para a
nutrição do músculo cardíaco.
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Figura 2 | Anatomia do coração. Fonte: adaptada de Silverthorn (2017, p. 445) e Wikimedia
Commons.
Internamente, as câmaras cardíacas são separadas por septos. O
septo interatrial divide os dois átrios, enquanto o septo
interventricular separa os ventrículos direito e esquerdo. Esses
septos evitam a mistura de sangue entre os lados direito e
esquerdo do coração. Dois conjuntos de valvas cardíacas, valvas
atrioventriculares e valvas semilunares, asseguram que o sangue
flua em um único sentido através do coração. As valvas
atrioventriculares estão localizadas entre os átrios e os
ventrículos, enquanto as valvas semilunares (pulmonar e aórtica)
estão localizadas entre os ventrículos e as artérias. O átrio direito
(AD) recebe sangue desoxigenado de todo o corpo através da
veia cava superior, da veia cava inferior e do seio coronário. A
face interna da parede anterior do AD é áspera devido à presença
de cristas musculares denominadas músculos pectíneos, que
também se estendem para a aurícula direita. Entre o AD e o
ventrículo direito (VD), encontra-se a valva atrioventricular direita
ou tricúspide, que impede o refluxo do sangue para o átrio direito
durante a sístole ventricular. O VD desempenha um papel
essencial na circulação pulmonar, bombeando sangue
desoxigenado para os pulmões. Apresenta formato triangular e
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possui paredes mais finas em comparação ao ventrículo esquerdo
(VE), devido à menor resistência encontrada no circuito pulmonar.
Internamente, o VD possui uma superfície irregular devido à
presença de trabéculas cárneas, que são feixes musculares que
ajudam na contração do ventrículo. As válvulas da valva
atrioventricular direita estão ligadas às cordas tendíneas, que, por
sua vez, estão conectadas a trabéculas cárneas em formato de
cone denominadas músculos papilares. Separando o VD do
tronco pulmonar, encontramos a valva pulmonar, que evita o
retorno do sangue para o ventrículo direito após a ejeção do
sangue do ventrículo esquerdo para o tronco pulmonar. O átrio
esquerdo (AE) recebe sangue oxigenado proveniente dos
pulmões, através das veias pulmonares. A parede interna do AE é
relativamente lisa, diferentemente do átrio direito, que apresenta
músculos pectíneos. Na região anterior, próximo ao septo
interatrial, está a aurícula esquerda, que é uma extensão do AE e,
nela, estão os músculos pectíneos. O sangue passa do AE para o
VE através da valva atrioventricular esquerda ou valva bicúspide
ou mitral, que evita o refluxo de sangue para o AE. O VE tem
paredes musculares espessas e fortes, significativamente mais
espessas do que as do VD. Esta diferença se deve à necessidade
de gerar uma pressão alta o suficiente para impulsionar o sangue
através da aorta e por todo o corpo. A espessura das paredes é
fundamental para suportar a alta resistência oferecida pela
circulação sistêmica. Internamente, o VE é revestido por
trabéculas cárneas, que ajudam a melhorar a eficiência da
contração ventricular. Na base do ventrículo, estão localizados os
músculos papilares, que se conectam às cúspides da valva mitral
por meio de cordas tendíneas. Estes músculos papilares se
contraem durante a sístole ventricular para evitar a inversão das
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cúspides da valva mitral, garantindo que o sangue flua
corretamente para a aorta e não de volta para o AE. Na saída do
VE, está localizada a valva aórtica, que durante a sístole
ventricular se abre, permitindo que o sangue seja ejetado do VE
para a aorta. Após a contração, a valva aórtica se fecha para
impedir o retorno do sangue ao VE.
A cada contração, o coração bombeia sangue através de dois
circuitos fechados: a circulação sistêmica e a circulação pulmonar.
A circulação pulmonar se inicia no VD do coração, que bombeia
sangue venoso (baixa concentração de O2) para os pulmões
através da artéria pulmonar. Esta artéria se ramifica em artérias
menores, arteríolas e, finalmente, capilares pulmonares. Nos
capilares pulmonares, o sangue passa pelos alvéolos, onde
ocorre a troca gasosa. O CO2 é liberado do sangue e o O2 é
absorvido. O sangue agora oxigenado retorna ao coração pelo AE
através das veias pulmonares, completando o circuito da
circulação pulmonar. A circulação sistêmica inicia quando o VE
bombeia sangue oxigenado para os tecidos do corpo através da
aorta. Dessa forma, oxigênio e nutrientes são disponibilizados aos
tecidos e resíduos metabólicos são removidos. O sangue
desoxigenado e carregado de resíduos flui em direção ao
coração, desembocando no AD oriundo das veias cavas superior
e inferior, completando o circuito da circulação sistêmica.
Contudo, os gases e nutrientes não conseguem se difundir rápido
o suficiente a partir do sangue presente nas câmaras cardíacas
para suprir as células da parede cardíaca. O coração, sendo um
músculo altamente ativo, requer um suprimento constante de
sangue oxigenado para manter suas funções vitais. De fato, o
miocárdio apresenta sua própria rede de vasos sanguíneos, que
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formam a chamada circulação coronariana. A circulação
coronariana se inicia com as artérias coronárias, que se originam
na porção ascendente da aorta, logo acima da válvula aórtica, e
circundam o coração como uma coroa, daí o nome coronariana.
Existem duas principais artérias coronárias: a artéria coronária
esquerda e a artéria coronária direita. A artéria coronária
esquerda (ACE) se divide em duas principais ramificações: 1)
artéria descendente anterior esquerda (DAE), que desce pela
superfície anterior do coração, fornecendo sangue à maior parte
do VE e ao septo interventricular; e 2) artéria circunflexa, que
envolve o coração pela esquerda, fornecendo sangue à parede
lateral e posterior do ventrículo esquerdo. A artéria coronária
direita (ACD) fornece sangue principalmente ao AD, ao VD e a
partes do sistema de condução do coração, como o nó sinoatrial e
o nó atrioventricular. Além disso, a ACD possui ramos marginais
que suprem a superfície lateral do VD e a artéria descendente
posterior, que, em alguns casos, origina-se da ACD e fornece
sangue à parte posterior do septo interventricular e ao VE. O
retorno do sangue desoxigenado do músculo cardíaco ocorre
através das veias coronárias, que drenam para o seio coronário,
uma grande veia localizada na parte posterior do coração. O seio
coronário então drena diretamente para o AD. A circulação
coronariana é crucial para o funcionamento do coração, pois
qualquer interrupção no fluxo sanguíneo pode resultar em
isquemia e, potencialmente, em um infarto do miocárdio.
Agora que você conheceuas principais características do sangue
e do coração, você é capaz de compreender a importância do
conhecimento desses temas para uma boa atuação profissional. 
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Vamos Exercitar?
Agora que você conheceu e aprendeu a respeito das principais
características do sangue e do coração, bem como a importância
desses componentes do sistema circulatório para o
funcionamento do corpo humano, vamos retomar à nossa
situação-problema. A partir de agora, vamos considerar o caso de
Pedro, um estudante de graduação da área da saúde que,
durante um almoço em família, descobriu que o bebê de sua
prima tinha sido diagnosticado com hemofilia. Segundo sua tia, o
bebê, sexo masculino, 5 meses, começou a apresentar "manchas
rochas espontâneas no corpo e febre", sem história de traumas ou
possíveis agressões. Como o bebê se encontrava em bom estado
geral, os médicos optaram por interná-lo para investigar a causa
das manchas. Após a realização de vários exames, o bebê foi
diagnosticado com hemofilia A grave. Segundo a tia, o bebê fez
uma transfusão de sangue e, em poucos dias, retornou para casa.
Mas todos precisariam tomar muito cuidado com o bebê, para
evitar lesões ou sangramentos, e ele necessitaria de cuidados
médicos constantes para garantir sua saúde e qualidade de vida.
Ainda assustado, mas bastante curioso sobre a doença do bebê
de sua prima, Pedro resolveu buscar respostas para as seguintes
dúvidas que tinha: “O que é a hemofilia? O que causa? Tem cura?
Por que precisou de transfusão de sangue? Por que precisaria ter
um cuidado ainda maior com lesões no bebê?”.
Agora você já é capaz de ajudar a solucionar as dúvidas de
Pedro. Vamos lá?
Primeiro, é importante lembrar que a hemofilia é um distúrbio
hemorrágico hereditário causado pela deficiência do fator de
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coagulação VIII ou o fator IX, dependendo do tipo de hemofilia,
que afeta principalmente indivíduos do sexo masculino e que
resulta na incapacidade do sangue de formar coágulos
adequados, levando a sangramentos prolongados ou
espontâneos. A hemofilia A, que representa cerca de 80% de
todos os casos, é uma deficiência do fator de coagulação VIII. A
hemofilia B é uma deficiência do fator de coagulação IX, sendo
menos comum. O principal sintoma da hemofilia é a hemorragia
excessiva, que pode ocorrer em uma articulação ou músculo,
dentro do abdômen ou da cabeça, ou devido lesões ou cortes, ou
ainda após procedimentos odontológicos ou cirurgia. Em crianças,
é comum o aparecimento de equimoses (manchas roxas) na pele.
Atualmente, não há cura para a hemofilia, mas o tratamento inclui
a reposição regular do fator de coagulação deficiente por meio de
infusões, o que pode prevenir sangramentos e minimizar
complicações. No caso apresentado, o bebê precisou de uma
transfusão de sangue para repor rapidamente o fator VIII e tratar
um episódio agudo de sangramento. Essa medida emergencial é
crucial para estabilizar o paciente, controlando a hemorragia e
prevenindo danos maiores. As transfusões são essenciais em
casos de sangramento grave ou antes de procedimentos
cirúrgicos para garantir a coagulação adequada. Devido à
deficiência de fator VIII, o bebê precisa de cuidados constantes
para evitar lesões que possam resultar em sangramentos
severos. Atividades cotidianas que para outros seriam inofensivas
podem causar hematomas ou sangramentos internos em
indivíduos com hemofilia. Portanto, é fundamental um cuidado
redobrado para minimizar o risco de traumas e garantir que o
bebê receba tratamento imediato em caso de sangramento. 
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Saiba Mais
A hemostasia é um processo essencial para prevenir a perda
excessiva de sangue após lesões e garantir a continuidade do
fluxo sanguíneo. Esse processo abrange os mecanismos
envolvidos na coagulação sanguínea, e distúrbios na hemostasia
podem levar a condições como hemofilia ou trombose. Tais
distúrbios podem causar complicações graves, incluindo
hemorragias internas, derrames ou ataques cardíacos,
destacando a importância de um sistema hemostático funcional
para a saúde geral do organismo.
Para saber mais sobre a hemostasia e o papel da coagulação
sanguínea nesse processo, leia a seguinte obra disponível na
Biblioteca Virtual:
· WIMBERLEY, P. Distúrbios da hemostasia. In:
NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2021. Cap. 22, p. 620-623.
O coração é responsável por bombear o sangue através do
sistema circulatório, garantindo a chegada de oxigênio e
nutrientes aos tecidos e a remoção de resíduos metabólicos. Para
desempenhar com eficiência suas funções, o coração conta com
diferentes estruturas que o compõem. Embora suas principais
características anatômicas envolvam a presença de quatro
câmaras (dois átrios e dois ventrículos) separadas por válvulas
que controlam o fluxo sanguíneo e impedem o refluxo do sangue,
o coração apresenta várias outras estruturas que permitem o seu
funcionamento adequado.
Para saber mais sobre as principais características anatômicas do
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coração e a importância de cada estrutura, leia a seguinte obra
disponível na Biblioteca Virtual:
· MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B.
Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. cap.
21, p. 582-595.
O coração bombeia sangue através de dois circuitos fechados: a
circulação sistêmica e a circulação pulmonar, que proporcionam o
suprimento constante de oxigênio e nutrientes ao organismo, além
de remover produtos metabólicos e dióxido de carbono dos
tecidos. Contudo, essas circulações não permitem um suprimento
adequado para a parede do coração. Esse suprimento é fornecido
pela circulação coronariana, que fornece o oxigênio necessário
para manter a função contrátil do músculo cardíaco, além de
remover os resíduos metabólicos dessas células. Sem esses
circuitos eficientes (circulação sistêmica, pulmonar e coronariana),
as células não receberiam os recursos necessários para suas
funções básicas, comprometendo a saúde e o bem-estar do
organismo como um todo.
Para saber mais sobre o assunto, leia a seguinte obra disponível
na Biblioteca Virtual:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023. cap.
20, p. 736-740. 
Referências Bibliográficas
KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Berne & Levy: fisiologia. 7.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2024.
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MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia
humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. cap. 21, p. 582-595.
NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2021.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem
integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.
Aula 2
ELETROFISIOLOGIA E
CICLO CARDÍACO
Eletrofisiologia e ciclo cardíaco
Olá, estudante! Nesta videoaula você irá conhecer os elementos
da função cardíaca, suasfunções essenciais e a importância para
o funcionamento eficiente do coração. Assim, você entenderá
como esse conhecimento impacta na sua prática profissional.
Vamos juntos explorar esse tema tão empolgante e fundamental
para sua atuação profissional! Não perca essa oportunidade e
assista à videoaula agora mesmo!
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Ponto de Partida
Nessa aula, você, estudante, irá continuar o estudo do sistema
circulatório. Você conhecerá os principais elementos responsáveis
pelo funcionamento cardíaco, suas características e funções,
explorando suas aplicações clínicas e considerações terapêuticas.
Você será capaz de compreender como esses temas o tornarão
preparado para desafios do cotidiano profissional, lidando com
situações clínicas complexas de maneira segura e competente.
Portanto, aproveite esta oportunidade de aprendizado e esteja
preparado para aplicar os conceitos aprendidos no seu cotidiano
profissional. Vamos lá?
A partir de agora, você irá acompanhar o caso de Tiago, um
estudante de graduação na área da saúde que iniciou seu estágio
junto à equipe do Programa de Atenção Integral à Saúde de sua
universidade. O programa, realizado em parceria com a prefeitura,
tem como objetivo desenvolver, junto à comunidade, ações de
diagnóstico, prevenção, tratamento e reabilitação de doenças,
bem como acompanhamento psicossocial. Para tal, conta com
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uma equipe multidisciplinar formada por nutricionistas, médicos,
enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, farmacêuticos e
biomédicos. Nesse momento, Tiago está acompanhando as
discussões de casos clínicos de alguns idosos participantes do
programa. Durante essa reunião, realizada pela equipe, foi
discutido o caso clínico do paciente J.M.T., sexo masculino, 65
anos, que vem sendo acompanhado pela equipe. Durante uma
consulta de rotina, o paciente relatou que vinha sentindo
episódios frequentes de tontura, cansaço extremo, falta de ar e
palpitações. Ele também mencionou que, em algumas ocasiões,
quase desmaiou após realizar atividades simples, como subir
escadas ou caminhar pequenas distâncias. Diante do quadro
apresentado, foi solicitado um eletrocardiograma, sendo
observada uma bradicardia severa. Após avaliação clínica e dos
resultados dos exames solicitados, o paciente foi informado que
necessitaria da implantação de um marcapasso artificial, para
ajudar a regularizar seu ritmo cardíaco. Considerando a presença
de vários estagiários junto à equipe, o supervisor do programa
aproveitou para instigar Tiago e seus colegas a relembrarem
alguns conceitos importantes a respeito do funcionamento do
coração, mais especificamente sobre a condução elétrica do
coração. Ele fez os seguintes questionamentos a eles: “Vocês
saberiam explicar que alterações estavam acontecendo no
sistema de condução elétrica do coração para levar ao
aparecimento dos sintomas no paciente? Por que a necessidade
de um marcapasso? Como o marcapasso artificial ajudaria no
alívio dos sintomas?”.
No lugar do Tiago, como você responderia a todos esses
questionamentos? 
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Vamos Começar!
O coração é responsável pelo bombeamento do sangue através
do sistema de vasos sanguíneos distribuídos pelo corpo. Porém,
para que esse bombeamento seja efetivo, é necessário que a
contração e relaxamento do músculo cardíaco presente nas
câmaras cardíacas ocorram de forma sincronizada e rítmica. Além
disso, esses processos precisam fornecer força suficiente para
que o bombeamento do sangue ocorra através das circulações
sistêmica e pulmonar, para suprir, com oxigênio e nutrientes, as
necessidades de todos os tecidos do organismo. As contrações
do músculo cardíaco são geradas por impulsos elétricos
(potenciais de ação) gerados espontaneamente em células
presentes no nó sinoatrial (NSA), localizado na parede
posterolateral superior do átrio direito, imediatamente abaixo e
ligeiramente lateral à abertura da veia cava superior. A partir do
NSA, o marca-passo cardíaco, os impulsos elétricos seguem dois
caminhos até chegarem ao nó atrioventricular (AV):
1. Se espalham pela parede muscular do átrio, uma vez
que as fibras do NSA se conectam diretamente com as
fibras do músculo atrial e, desse modo, qualquer potencial
de ação que se inicie no NSA é transmitida ao miocárdio
atrial, espalhando-se por essa musculatura até alcançar o
nó AV.
2. Ao mesmo tempo, os impulsos elétricos gerados no
NSA são transmitidos pelas vias internodais até o nó AV, a
uma velocidade muito mais rápida do que a condução pelas
fibras musculares atriais. As vias internodais são três feixes
pequenos de fibras especializadas que partem do NSA e
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terminam no nó AV. São chamados de vias internodais
anterior, média e posterior.
O nó AV, localizado medialmente à valva atrioventricular direita,
recebe os impulsos elétricos do NSA, mas atrasa a transmissão
desses impulsos em cerca de 0,1 segundos, permitindo que os
átrios completem a contração e que os ventrículos possam se
encher de sangue antes de se contraírem. O atraso ocorre devido
à constituição dessa estrutura. Os impulsos elétricos são
conduzidos lentamente, em comparação ao restante do sistema
de condução, uma vez que o nó AV apresenta fibras musculares
de menor diâmetro e com menor quantidade de junções
comunicantes nos seus discos intercalares. Como consequência,
ocorre um atraso de 0,11 segundos a partir do momento em que
os impulsos atingem o nó AV até que ocorra a sua passagem para
o feixe atrioventricular (AV). Esse atraso é essencial, pois permite
que contração atrial se complete antes do início da contração
ventricular. É importante destacar que os impulsos elétricos
provenientes tanto da musculatura atrial quanto das vias
internodais só se propagam do átrio para o ventrículo via nó AV.
Entre os átrios e os ventrículos existe uma barreira fibrosa que
atua como um isolante elétrico entre esses compartimentos,
impedindo a passagem direta dos impulsos elétricos entre estas
câmaras, exceto através do nó AV. Este isolamento garante que a
ativação elétrica dos ventrículos ocorra após a contração dos
átrios, permitindo um preenchimento adequado dos ventrículos
antes de sua contração. Sem o isolamento elétrico proporcionado
por esta estrutura, os impulsos elétricos poderiam se propagar
desordenadamente entre os átrios e os ventrículos, resultando em
arritmias graves.
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Fonte: adaptada de Wikimedia Commons.
Quando os impulsos elétricos chegam ao feixe AV, ocorre um
novo atraso, de cerca de 0,04 segundos, principalmente na
porção penetrante ou porção inicial do feixe AV, uma região
composta de inúmeros fascículos que passam pelo tecido fibroso
que separa os átrios dos ventrículos. A partir do final dessa
porção inicial, essas fibras especiais denominadas fibras de
Purkinje propagam os impulsos elétricos para os ventrículos.
Essas fibras de Purkinje se projetam pelo septo interventricular
em direção ao ápice do coração, divide-se em ramos direito e
esquerdo, que se espalham parabaixo em direção ao ápice do
coração, dividindo-se progressivamente em ramos menores.
Esses ramos menores correm lateralmente ao redor de cada
câmara ventricular e voltam em direção à base do coração,
espalhando-se pelas paredes dos ventrículos. As fibras de
Purkinje são fibras muito grandes, ainda maiores do que as fibras
musculares normais dos ventrículos. Por isso, transmitem
impulsos elétricos a uma velocidade cerca de seis vezes maior do
que no músculo ventricular normal. Essa velocidade permite a
transmissão praticamente instantânea do impulso cardíaco por
todo o restante do músculo ventricular, permitindo uma contração
coordenada e eficiente dos ventrículos. Assim, as contrações
disparadas por impulsos elétricos gerados espontaneamente por
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células marca-passo do NSA são transmitidas sequencialmente
ao miocárdio atrial, ao nó AV, ao feixe AV, às fibras de Purkinje e
ao miocárdio ventricular. Normalmente, o impulso elétrico surge
no NSA. Porém, em algumas condições anormais, fibras nodais
AV e as fibras de Purkinje podem exibir excitação rítmica
intrínseca, gerando o impulso elétrico. Contudo, a frequência de
disparo de impulsos elétricos (potenciais de ação) do NSA é
consideravelmente mais rápida do que a frequência de disparo do
nó AV ou das fibras de Purkinje. Dessa forma, o NSA dita a
frequência do batimento cardíaco, já que sua taxa de descarga
rítmica é mais rápida do que a de qualquer outra parte do coração
e, por isso, é considerado o marca-passo natural do coração.
Siga em Frente...
Ciclo cardíaco
O ciclo cardíaco é o conjunto de eventos que ocorre do início de
um batimento cardíaco até o início do próximo, e envolve as fases
de sístole (contração) e diástole (relaxamento) dos átrios e
ventrículos. Esse ciclo é fundamental para o funcionamento
eficiente do coração e para garantir a circulação contínua do
sangue pelo corpo. No ciclo cardíaco, as alterações de pressão
no interior das câmaras cardíacas, ocasionadas pela contração do
músculo cardíaco, movimentam o sangue de regiões de maior
pressão para regiões de menor pressão. Desse modo, alterações
na pressão das câmaras cardíacas, bem como a abertura e o
fechamento das valvas cardíacas, determinam a direção do fluxo
sanguíneo no coração e ao longo dos vasos sanguíneos.
Portanto, durante o repouso, a maior parte do movimento de
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sangue em direção às câmaras cardíacas é um processo passivo,
resultante da maior pressão nas grandes veias comparado às
câmaras cardíacas. À medida que o sangue se move para os
átrios, vai preenchendo essa câmara, o que aumenta a pressão
nesse local. Esse aumento de pressão nos átrios promove a
abertura das valvas atrioventriculares (AV). Como a pressão é
maior nos átrios do que nos ventrículos, grande parte do volume
de sangue presente no átrio (cerca de 80%) flui para os
ventrículos. O NSA gera um potencial de ação (impulso elétrico)
que percorre a musculatura atrial e vias internodais, estimulando a
contração atrial e começando o ciclo cardíaco. Quando os átrios
se contraem, os 20% restantes de sangue presentes nos átrios
são forçados a fluir em direção aos ventrículos. O potencial de
ação passa pelo nó AV, desce o feixe AV e suas ramificações, e
pelas fibras de Purkinje, levando à contração ventricular (sístole
ventricular). A contração ventricular promove um aumento na
pressão ventricular, empurrando o sangue de volta para os átrios,
o que acarreta o fechamento das valvas AV. Esse fechamento das
valvas AV gera o primeiro som cardíaco (primeira bulha cardíaca),
que pode ser observado por meio do uso de um estetoscópio. A
contração ventricular continua aumentando ainda mais a pressão
ventricular; porém, como as valvas AV e semilunares estão
fechadas, o sangue não sai dos ventrículos, um período chamado
contração isovolumétrica (não há alteração do volume de sangue
nos ventrículos, mesmo com a contração ocorrendo). A contração
ventricular continua causando um aumento adicional na pressão
ventricular. Essa pressão se torna maior que a pressão no tronco
da artéria pulmonar e aorta, forçando a abertura das valvas
pulmonar e aórtica. O sangue flui dos ventrículos para as artérias.
Esse período do movimento do sangue dos ventrículos para as
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artérias é chamado de período de ejeção. Com a diástole
ventricular, os ventrículos relaxam, a pressão dentro dessas
câmaras diminui, tornando-se menor que as pressões no tronco
da artéria pulmonar e na aorta, e o sangue flui de volta para os
ventrículos, levando ao fechamento das valvas semilunares e,
consequentemente, à geração do segundo som cardíaco
(segunda bulha cardíaca). Nesse momento, as valvas cardíacas
estão fechadas e não flui sangue para os ventrículos. Esse
período é chamado de período de relaxamento isovolumétrico.
Durante a sístole ventricular, inicia a diástole atrial, ou seja, os
átrios estão relaxando e o sangue chega pelas veias e vai
enchendo os átrios. Os ventrículos estão relaxando e, com isso, a
pressão ventricular cai, ficando menor que a pressa nos átrios,
acarretando a abertura das valvas AV. O enchimento ventricular
inicia novamente e, quando o próximo potencial de ação é gerado
no NSA, outro ciclo cardíaco se inicia.
Figura 2 | Ciclo cardíaco. Fonte: Silverthorn (2017, p. 463).
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Agora que você conheceu as principais características do sistema
de condução elétrica do coração, bem como os eventos que
ocorrem durante um ciclo cardíaco, você é capaz de compreender
a importância do conhecimento desses temas para uma boa
atuação profissional. 
Vamos Exercitar?
Agora que você conheceu as principais características do sistema
de condução elétrica do coração, bem como os eventos que
ocorrem durante um ciclo cardíaco, vamos retomar à nossa
situação-problema. A partir de agora, vamos considerar o caso de
Tiago, um estudante de graduação na área da saúde que iniciou
seu estágio junto à equipe do Programa de Atenção Integral à
Saúde de sua universidade. Nesse momento, Tiago está
acompanhando as discussões de casos clínicos de alguns idosos
participantes do programa. Durante essa reunião, realizada pela
equipe, foi discutido o caso clínico do paciente J.M.T., sexo
masculino, 65 anos, que vem sendo acompanhado pela equipe.
Durante uma consulta de rotina, o paciente relatou que vinha
sentindo episódios frequentes de tontura, cansaço extremo, falta
de ar e palpitações. Ele também mencionou que, em algumas
ocasiões, quase desmaiou após realizar atividades simples, como
subir escadas ou caminhar pequenas distâncias. Diante do
quadro apresentado, foi solicitado um eletrocardiograma, sendo
observada uma bradicardia severa. Após avaliação clínica e dos
resultados dos exames solicitados, o paciente foi informado que
necessitaria da implantação de um marcapasso artificial, para
ajudar a regularizar seu ritmo cardíaco. Para aproveitar a
presença de vários estagiários junto à equipe, o supervisor do
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programa aproveitou para instigar Tiago e seuscolegas a
relembrarem alguns conceitos importantes a respeito do
funcionamento do coração, mais especificamente sobre a
condução elétrica do coração. Ele fez os seguintes
questionamentos: “Vocês saberiam explicar que alterações
estavam acontecendo no sistema de condução elétrica do
coração para levar ao aparecimento dos sintomas no paciente?
Por que a necessidade de um marcapasso? Como o marcapasso
artificial ajudaria no alívio dos sintomas?”.
Agora, você já é capaz de ajudar Tiago a responder aos
questionamentos do supervisor. Vamos lá?
Primeiramente, é importante ressaltar que os sintomas
apresentados pelo paciente indicam problemas no sistema de
condução elétrica do coração. No coração saudável, o ritmo
cardíaco é controlado pelo nó sinoatrial (NSA), que gera impulsos
elétricos que se propagam pelos átrios, levando à sua contração.
Esses impulsos chegam ao nó atrioventricular (AV). Nesse local,
ocorre um retardo na condução do impulso elétrico, antes que se
propague para o feixe AV, ramos direito e esquerdo, e finalmente
para as fibras de Purkinje, levando à contração coordenada dos
ventrículos. A bradicardia severa sugere uma falha no NSA ou em
algum ponto do sistema de condução elétrica, resultando em uma
frequência cardíaca anormalmente baixa. Essa falha impede o
coração de bombear sangue de maneira eficiente, causando os
sintomas de cansaço, falta de ar e quase desmaios devido à
perfusão inadequada dos órgãos. Nesses casos, no qual o
sistema de condução elétrica do coração não funciona com
eficiência para manter um ritmo cardíaco adequado, há indicação
de colocação de um marcapasso artificial. O marcapasso
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implantado assume a função de regulador do ritmo cardíaco,
gerando impulsos elétricos regulares para garantir que o coração
bata a uma frequência apropriada. O marcapasso detecta a
frequência cardíaca do paciente e, quando necessário, emite
impulsos elétricos para estimular o coração a bater em um ritmo
regular e adequado. Isso ajuda a manter uma perfusão adequada
dos órgãos e tecidos, aliviando os sintomas de cansaço extremo,
falta de ar, e prevenindo episódios de quase desmaio. O
marcapasso, portanto, assegura que o coração bombeie sangue
de maneira eficiente, melhorando a qualidade de vida do paciente
ao evitar os perigos de uma frequência cardíaca excessivamente
baixa. 
Saiba Mais
O sistema de condução elétrica do coração é fundamental para o
funcionamento coordenado e eficiente do órgão. Ele é composto
pelo nó sinusal (ou sinoatrial), nó atrioventricular, feixe de His,
ramos direito e esquerdo, e fibras de Purkinje. Este sistema gera
e transmite impulsos elétricos que iniciam e regulam as
contrações cardíacas, permitindo que o coração bata
ritmicamente. A coordenação entre as contrações dos átrios e
ventrículos garante o bombeamento eficaz de sangue para todo o
corpo, fornecendo oxigênio e nutrientes essenciais. Qualquer
disfunção nesse sistema pode levar a arritmias, comprometendo a
circulação sanguínea e podendo resultar em sintomas graves
como tontura, cansaço extremo e, em casos severos, a
necessidade de intervenção médica.
Para saber mais sobre o sistema de condução elétrica no
coração, acesse a seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual:
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
Página 32 de 73https://alexandria-html-published.platosedu.io/67e57546-1e5d-4091-879e-942ee454e138/v1/index.html
· HALL, J. E.; HALL, M. E. Guyton & Hall: tratado de
fisiologia médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2021. cap. 10, p. 125-131.
O ciclo cardíaco é crucial para a circulação sanguínea eficiente e
a manutenção da homeostase. Ele consiste em fases de
contração (sístole) e relaxamento (diástole) dos átrios e
ventrículos, garantindo que o sangue oxigenado seja bombeado
para o corpo e o sangue desoxigenado para os pulmões. Durante
a sístole, os ventrículos contraem, ejetando o sangue para a
circulação sistêmica e pulmonar. Na diástole, os ventrículos
relaxam e se enchem de sangue proveniente dos átrios. Este ciclo
contínuo e coordenado mantém a pressão arterial adequada,
fornece oxigênio e nutrientes aos tecidos e remove resíduos
metabólicos. Qualquer interrupção ou irregularidade no ciclo
cardíaco pode levar a disfunções cardíacas graves, afetando a
saúde geral do organismo.
Para explorar mais a respeito do ciclo cardíaco, acesse a seguinte
obra disponível na Biblioteca Virtual:
· SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma
abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
cap. 14, p. 461-465.
As bulhas cardíacas são sons produzidos pelo fechamento das
válvulas cardíacas durante o ciclo cardíaco. São essenciais para
avaliar a função cardíaca e a integridade das válvulas. Alterações
nos sons, como sopros ou cliques adicionais, podem indicar
doenças cardíacas ou valvulares. Assim, a ausculta das bulhas
cardíacas é uma ferramenta diagnóstica vital na prática clínica.
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
Página 33 de 73https://alexandria-html-published.platosedu.io/67e57546-1e5d-4091-879e-942ee454e138/v1/index.html
Para saber mais sobre as bulhas e funcionamento das valvas
cardíacas, acesse a seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023. Cap.
20, p. 743-751. 
Referências Bibliográficas
CURI, R.; PROCOPIO, J. Fisiologia básica. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
HALL, J. E.; HALL, M. E. Guyton & Hall: tratado de fisiologia
médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem
integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023. 
Aula 3
CONTROLE DA PRESSÃO
ARTERIAL
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
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Controle da pressão arterial
Olá, estudante! Nesta videoaula você irá compreender os
mecanismos envolvidos no controle da pressão arterial e sua
importância para o funcionamento eficiente do coração. Prepare-
se para uma jornada de conhecimento enriquecedora e relevante
para sua prática profissional! Vamos lá!
Ponto de Partida
Nesta aula, você, estudante, continuará a conhecer o sistema
circulatório. Primeiramente, você irá compreender como o débito
cardíaco e a frequência cardíaca influenciam a circulação
sanguínea e a eficiência do coração como bomba. Em seguida,
você será capaz de compreender como o sistema nervoso regula
a pressão arterial em resposta a mudanças imediatas. Por fim,
você irá explorar os mecanismos homeostáticos que mantêm a
pressão arterial dentro de limites saudáveis ao longo do tempo, o
que proporcionará uma visão abrangente e prática para desafios
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enfrentados na sua rotina profissional. Prepare-se para mergulhar
nesse universo fascinante de conhecimento! Vamos lá!
A partir de agora, você irá acompanhar Pedro, um aluno de
graduação na área da saúde. Pedro é estagiário junto à equipe
multidisciplinar de sua instituição. Nesse momento, ele está
acompanhando a discussão do caso clínico do paciente S.V.R., 63
anos, que vem sendo acompanhado no ambulatório da
universidade. O paciente possui diabetes tipo 2 não controlada, e
procurou atendimento para renovação da receitade seus
medicamentos a pedido da filha. O paciente foi diagnosticado com
diabetes tipo 2 há três anos e relata que, na época, foi orientado a
realizar tratamento não medicamentoso, ao qual não aderiu, e uso
de medicamentos, que toma de maneira esporádica. Não realiza
atividade física, apresenta sobrepeso. Relata ingestão de álcool
pelo menos duas vezes por semana e é tabagista. Durante o
exame físico, foi realizada a aferição da pressão arterial, sendo
verificado um valor de 140mmHg/95mmHg. Como somente essa
medição era insuficiente para um diagnóstico preciso, foi
solicitada uma monitoração residencial da pressão arterial
(MRPA). Todos os procedimentos para a realização da
monitoração foram explicados ao paciente, esposa e filha, para a
obtenção de um resultado confiável. Após a realização da MRPA,
o resultado revelou uma pressão arterial média de
140mmHg/94mmHg, fechando o diagnóstico de hipertensão
arterial sistêmica. Como rotina das discussões entre a equipe e
seus estagiários, o caso clínico apresentado foi utilizado para que
estes fossem instigados a relembrar conceitos anatômicos e
funcionais importantes sobre o sistema circulatório e, desse
modo, relacioná-los à sua realidade profissional. Para tal, o
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supervisor da equipe levantou os seguintes questionamentos a
Pedro e seus colegas: “Vocês saberiam explicar o que é
hipertensão arterial? Que fatores influenciam na pressão arterial?
A curto prazo, como o organismo reage tentando controlar o
aumento da pressão arterial? Qual a importância desses
mecanismos de controle para o nosso organismo?”.
Como você, no lugar de Pedro, responderia a todos esses
questionamentos? 
Vamos Começar!
A pressão arterial é a força exercida pelo sangue contra as
paredes das artérias enquanto é bombeado pelo coração para o
resto do corpo. É um indicador crucial da saúde cardiovascular e
é geralmente medida em milímetros de mercúrio (mmHg). A
pressão arterial é composta por duas leituras: a pressão sistólica
e a pressão diastólica. A pressão sistólica é a pressão máxima
nas artérias durante a contração do ventrículo esquerdo do
coração. Representa o primeiro número na leitura da pressão
arterial e reflete a força com a qual o sangue é empurrado para as
artérias. Já a pressão diastólica é a pressão nas artérias quando o
coração está em repouso entre os batimentos, durante a fase de
enchimento ventricular. Representa o segundo número na leitura
da pressão arterial e indica a resistência das artérias ao fluxo
sanguíneo. A pressão arterial é determinada pelo débito cardíaco
(DC) e pela resistência vascular periférica (RVP). O DC é o
volume de sangue que o coração bombeia por minuto, calculado
pela fórmula: DC = frequência cardíaca (FC) x volume sistólico
(VS). A FC é definida como o número de batimentos por minuto, e
é controlada pelo sistema nervoso autônomo e por fatores
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hormonais. A FC se ajusta rapidamente em resposta às
demandas do corpo. Desse modo, durante exercícios ou
situações de estresse, o sistema nervoso autônomo simpático
aumenta a FC e, consequentemente, o DC. O aumento da FC
permite um maior suprimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos.
O VS é definido como a quantidade de sangue ejetada por cada
ventrículo em um batimento. Ele depende da pré-carga (volume
de sangue no ventrículo ao final da diástole), contratilidade (força
de contração do músculo cardíaco) e pós-carga (resistência
contra a qual o ventrículo deve bombear). A RVP é a resistência
encontrada pelo sangue ao fluir pelos vasos sanguíneos. A
vasoconstrição (diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos)
aumenta a RVP, elevando a pressão arterial, enquanto a
vasodilatação (aumento do diâmetro dos vasos sanguíneos)
diminui a RVP, reduzindo a pressão arterial. Alterações no volume
sanguíneo também promovem mudanças na pressão arterial, uma
vez que influenciam diretamente no DC. Assim, o aumento do
volume sanguíneo resulta em aumento do VS, que por sua vez
aumenta o DC, levando ao aumento da pressão arterial. Já a
diminuição do volume sanguíneo, como ocorre em hemorragias,
reduz o volume sistólico, diminuindo o DC, resultando em uma
redução na pressão arterial.
Regulação a curto prazo da pressão arterial
A regulação da pressão arterial envolve mecanismos complexos
que garantem a homeostase do fluxo sanguíneo nos tecidos do
corpo. Essa regulação ocorre tanto a curto quanto a longo prazo,
envolvendo diferentes sistemas e mecanismos fisiológicos que
atuam para manter a pressão arterial normal ou próxima do
normal. A curto prazo, o principal mecanismo de controle da
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pressão arterial é o reflexo barorreceptor, que envolve a
ativação de receptores de estiramento denominados
barorreceptores, localizados principalmente no seio carotídeo e
arco aórtico. O aumento da pressão arterial promove um
estiramento nos barorreceptores, ativando-os. Os sinais oriundos
dos barorreceptores são enviados ao centro de controle
cardiovascular no bulbo, localizado no sistema nervoso central
(SNC). Em resposta, o centro de controle cardiovascular aumenta
a atividade parassimpática e diminui a atividade simpática,
diminuindo a frequência e contratilidade cardíaca, reduzindo a
pressão arterial. Nos vasos sanguíneos, a redução da atividade
simpática promove dilatação das arteríolas, reduzindo sua
resistência periférica e, consequentemente, a pressão arterial até
o nível normal. É importante lembrar que o reflexo barorreceptor
funciona o tempo todo, monitorando a pressão arterial. Contudo.
quando a pressão arterial permanece elevada por um período
prolongado, os barorreceptores podem se adaptar a esse novo
estado. Isso significa que eles se tornam menos sensíveis ao
estímulo da pressão arterial elevada, perdendo parte de sua
capacidade de enviar sinais robustos ao SNC. Essa adaptação
pode dificultar a regulação adequada da pressão arterial e
contribuir para a manutenção da hipertensão arterial. Por isso, é
um mecanismo de regulação a curto prazo da pressão arterial.
Um outro reflexo envolvido no controle a curto prazo da pressão
arterial é o reflexo quimiorreceptor. Os quimiorreceptores são
receptores localizados nas artérias carótidas (quimiorreceptores
carotídeos) e aorta (quimiorreceptores aórticos). Esses receptores
são sensíveis a variações nos níveis baixos de oxigênio ou níveis
altos de dióxido de carbono e íons hidrogênio. Assim, quando
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esses receptores são ativados, as informações são enviadas ao
centro vasomotor do tronco encefálico e, como resposta, há um
aumento da pressão arterial ao nível normal. Porém, o reflexo
quimiorreceptor não é tão eficiente no controle da pressão arterial
até que ela esteja abaixo de 80 mmHg. Desse modo, esse reflexo
se torna bastante importante em pressões mais baixas, ajudando
a prevenir novas quedas da pressão arterial.
Regulação a longo prazo da pressão
arterial
É constituído por um conjunto de mecanismos que vão ajustar
rigorosamente a pressão arterial, no período de horas, dias e
semana, desempenhando papel fundamental na regulação da
homeostase cardiovascular e na prevenção de condições como
hipertensão arterial. Esse controle a longo prazo da pressãoarterial está intimamente vinculado à homeostase do volume de
líquido corporal, que é determinada pelo equilíbrio entre a
ingestão e a eliminação de líquidos. Esses mecanismos incluem
ajustes hormonais, mecanismos renais e adaptações vasculares
que trabalham de forma contínua para manter a pressão arterial
dentro de limites saudáveis.
Um dos mecanismos que atuam a longo prazo no controle da
pressão arterial é o sistema rim-volume plasmático. Esse
sistema atua de forma lenta, mas bastante eficiente. Quando o
volume de sangue (volume plasmático) aumenta, sem que haja
alteração na capacitância vascular, a pressão arterial também
aumenta. Esse aumento da pressão faz com que os rins
aumentem a excreção do excesso de volume. Assim, diminui o
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volume plasmático, retornando a pressão arterial ao valor normal.
De fato, os rins exercem um papel fundamental no controle da
pressão a longo prazo, não somente por controlar a pressão
arterial por meio de alterações no volume do líquido extracelular,
mas também por meio de outro mecanismo denominado sistema
renina-angiotensina-aldosterona. Esse sistema atua por meio
de uma série de reações hormonais complexas que resultam em
vasoconstrição e retenção de sódio e água. A primeira etapa
envolve a liberação de renina pelas células justaglomerulares dos
rins, desencadeada por uma queda na pressão arterial,
diminuição do volume do líquido extracelular ou pela redução da
concentração de sódio no túbulo distal do néfron. A renina é uma
enzima proteolítica que converte o angiotensinogênio, uma
proteína produzida pelo fígado e que circula no plasma na forma
inativa, em angiotensina I (ANG I). Em seguida, a ANG I é
convertida em angiotensina II (ANG II) pela enzima conversora de
angiotensina (ECA), encontrada principalmente nos pulmões. A
ANG II é um potente vasoconstritor que aumenta a resistência
periférica, elevando a pressão arterial. A ANG II também estimula
a secreção de aldosterona pela zona glomerulosa do córtex
adrenal, promovendo o aumento da reabsorção de sódio pelos
túbulos renais. O aumento de sódio faz com que a água também
seja retida, aumentando gradativamente o volume de líquido
extracelular e, consequentemente, aumentando a pressão arterial
durante as horas e dias subsequentes. Além disso, a ANG II ativa
os centros de sede no cérebro, promovendo o aumento da
ingestão de água, o que aumenta o volume sanguíneo e, por fim,
a pressão arterial. A ANG II estimula a liberação de vasopressina
ou hormônio antidiurético (ADH) pela neuro-hipófise. O ADH atua
nos rins aumentando a reabsorção de água, o que, por sua vez,
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aumenta o volume sanguíneo, levando ao aumento da pressão
arterial. Por fim, a ANG II também provoca a constrição das
arteríolas eferentes nos rins, aumentando a pressão de filtração
glomerular.
Siga em Frente...
Hipertensão arterial
A hipertensão é a pressão arterial cronicamente elevada, o que
pode levar a várias complicações cardiovasculares, renais e
neurológicas. A etiologia e a patogênese da hipertensão são
multifatoriais e complexas, envolvendo uma interação entre
fatores genéticos, ambientais e fisiológicos. A hipertensão pode
ser classificada em primária (essencial) e secundária. A
hipertensão primária representa 90-95% dos casos e não tem
uma causa única definida, sendo influenciada por fatores como
genética, dieta rica em sódio e pobre em potássio, obesidade,
sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo e
estresse. Já a hipertensão secundária, responsável por 5-10%
dos casos, é causada por condições médicas secundárias a
causas conhecidas, como doenças renais, distúrbios endócrinos,
apneia do sono, medicações e doenças cardiovasculares. A
patogênese da hipertensão arterial envolve vários mecanismos
inter-relacionados. Um dos principais é o aumento da resistência
vascular periférica, frequentemente iniciado por disfunção
endotelial, onde há redução na produção de óxido nítrico
(vasodilatador) e aumento de endotelina (vasoconstritor). Além
disso, ocorre o remodelamento vascular, com espessamento das
paredes das arteríolas, aumentando a resistência ao fluxo
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sanguíneo. Alterações no volume sanguíneo também
desempenham um papel importante, com a retenção de sódio e
água pelos rins sendo influenciada pelo sistema renina-
angiotensina-aldosterona, que eleva o volume sanguíneo e,
consequentemente, a pressão arterial. A ativação do sistema
nervoso autônomo simpático contribui para a hipertensão arterial,
pois aumenta a liberação de catecolaminas, que promovem
vasoconstrição e aumentam a frequência cardíaca e a força de
contração do coração. Disfunções no sistema renina-
angiotensina-aldosterona levam à produção de ANG II, um
potente vasoconstritor, e à secreção de aldosterona, que promove
a retenção de sódio e água. Alterações hormonais, como
concentrações plasmáticas elevadas de insulina em casos de
resistência à insulina, podem causar retenção de sódio, ativação
do sistema renina-angiotensina-aldosterona e aumento da
atividade simpática. Por fim, fatores genéticos também
influenciam a função renal, a reatividade vascular e a regulação
hormonal, predispondo os indivíduos à hipertensão arterial.
O tratamento da hipertensão arterial envolve uma combinação de
mudanças no estilo de vida (dieta saudável, exercício físico
regular, perda de peso em indivíduos com sobrepeso ou
obesidade, redução do consumo de álcool, cessação do
tabagismo e gestão do estresse) e intervenções farmacológicas,
visando reduzir a pressão arterial para níveis normais, prevenir
complicações cardiovasculares e melhorar a qualidade de vida do
paciente. No tratamento farmacológico, várias classes de
medicamentos podem ser utilizadas:
1. Diuréticos, que auxiliam na eliminação do excesso de
sódio e água do organismo, reduzindo o volume sanguíneo
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e a pressão arterial.
2. Inibidores da ECA, que reduzem a produção de ANG II,
levando à vasodilatação e redução da pressão arterial.
Exemplos incluem enalapril e lisinopril.
3. Bloqueadores dos receptores da ANG II, que impedem
a ação da ANG II nos vasos sanguíneos, promovendo
vasodilatação. Exemplos incluem losartana e valsartana.
4. Beta bloqueadores, que reduzem a frequência cardíaca
e a força de contração do coração, diminuindo a pressão
arterial. Exemplos incluem metoprolol e atenolol.
5. Bloqueadores dos canais de cálcio, que relaxam os
vasos sanguíneos ao impedir a entrada de cálcio nas
células musculares lisas dos vasos, reduzindo a pressão
arterial. Exemplos incluem amlodipina e verapamil.
6. Inibidores da renina, que bloqueiam diretamente a
atividade da renina, acarretando uma diminuição da pressão
arterial.
7. Vasodilatadores diretos, que atuam diretamente nas
paredes dos vasos sanguíneos causando dilatação.
Exemplos incluem hidralazina e minoxidil.
Agora que você conheceu os fatores que alteram a pressão
arterial e quais são os mecanismos envolvidos no seu controle, a
curto e longo prazo, você é capaz de compreender a importância
do conhecimento desses temas para uma boa atuação
profissional. 
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema CardiovascularO sistema linfático desempenha funções essenciais para a saúde
humana, incluindo a drenagem e transporte de linfa, que contém
células imunológicas e resíduos metabólicos, para circulação de
volta ao sistema circulatório. Esse sistema também atua na
defesa imunológica, filtrando e removendo microrganismos,
células mortas e toxinas nos nódulos linfáticos. Além disso, regula
o equilíbrio hídrico e a absorção de lipídios do sistema digestório,
por meio dos vasos lactíferos. Essas funções são essenciais para
a resposta imune, a manutenção da saúde dos tecidos e a
prevenção de edemas, destacando a importância vital do sistema
linfático no organismo humano.
Para saber mais sobre as funções do sistema linfático, acesse a
seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual:
· WAUGH, A.; GRANT, A. Ross & Wilson: anatomia e
fisiologia integradas. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2021. cap. 6, p. 141-149.
A linfa é um fluido transparente que circula pelo sistema linfático,
transportando células imunológicas, nutrientes e resíduos
metabólicos pelos tecidos. O fluxo da linfa ocorre através dos
vasos linfáticos e envolve diferentes mecanismos, como a
contração muscular esquelética, movimentos respiratórios,
presença de válvulas nos vasos linfáticos e compressão dos
vasos adjacentes. Esse fluxo é essencial para a remoção de
toxinas, a defesa imunológica e a absorção de gorduras no
sistema digestório. A circulação adequada da linfa ajuda a manter
o equilíbrio hídrico e a saúde dos tecidos, prevenindo edemas e
promovendo a resposta imune eficiente no organismo humano.
Para saber mais sobre a formação e fluxo da linfa, acesse a
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
Página 64 de 73https://alexandria-html-published.platosedu.io/67e57546-1e5d-4091-879e-942ee454e138/v1/index.html
seguinte obra disponível na Biblioteca Virtual:
SANTOS, R. A. S. dos; SANTOS, M. J. C. dos; ANDRADE, S. P.
Aspectos morfofuncionais da microcirculação. In: AIRES, M. M.
Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. cap.
34; p. 557-559. 
Referências Bibliográficas
AIRES, M. M. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2018. 
FOX, S. I. Fisiologia Humana. 7. ed. Barueri: Manole 2007.
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran:
patologia: bases patológicas das doenças. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2023.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.
WAUGH, A.; GRANT, A. Ross & Wilson: anatomia e fisiologia
integradas. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
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Encerramento da Unidade
ASPECTOS
MORFOLÓGICOS E
FUNCIONAIS DO SISTEMA
CARDIOVASCULAR E
LINFÁTICO
Videoaula de Encerramento
Olá, estudante! Nesta videoaula, você irá continuar a jornada
fascinante pelo sistema circulatório, explorando conceitos
fundamentais para a sua prática profissional. Você já desvendou
vários mistérios que envolvem esse sistema, seus componentes e
seu funcionamento, e mergulhou no estudo de algumas patologias
que podem acometer esse sistema. Agora, convidamos você a
continuar nessa jornada! Assista à videoaula e descubra como
conhecer o sistema circulatório pode enriquecer e transformar a
sua prática profissional. Não perca!
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
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Ponto de Chegada
Olá, estudante! Para desenvolver a competência desta unidade,
que é “Ter senso crítico para identificar e compreender os
componentes do sangue e suas funções no organismo humano.
Conhecer e compreender a anatomia do coração, suas
propriedades mecânicas e elétricas. Conhecer e compreender as
características estruturais e funcionais do sistema linfático”, você
primeiramente conheceu os componentes do sangue, como
hemácias, leucócitos, plaquetas e plasma, e suas funções vitais
no transporte de oxigênio, defesa imunológica e coagulação
sanguínea. Explorou a anatomia do coração, observando suas
câmaras, válvulas e principais vasos sanguíneos, além de
compreender as propriedades elétricas e mecânicas que
garantem o bombeamento eficiente do sangue. Além disso, você
compreendeu os mecanismos neurais e hormonais que mantêm a
pressão arterial, garantindo a homeostase cardiovascular. Por fim,
conheceu o sistema linfático, analisando sua estrutura, função na
drenagem de fluidos, absorção de gorduras e defesa imunológica.
Desse modo, a discussão desses assuntos abordados ao longo
da unidade permitiu consolidar seu entendimento e incentivá-lo a
refletir a respeito desses conteúdos e como se aplicam em seu
contexto prático. 
É Hora de Praticar!
01/03/2025, 12:27Aspectos Morfológicos e Funcionais do Sistema Cardiovascular e Linfático
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Nessa semana, um grupo de estudantes da área da saúde irá
acompanhar a rotina do Ambulatório do Hospital de sua
Universidade. Uma das atividades a ser realizada durante esse
período será o acompanhamento de alguns casos clínicos de
pacientes atendidos pelo Hospital Universitário. No primeiro dia de
atividades, um dos alunos do grupo acompanhou o caso do
paciente João, 62 anos, que procurou seu dentista para uma
consulta de rotina, queixando-se de desconforto na mandíbula. O
dentista, suspeitando da presença de um cisto envolvendo alguns
elementos dentais, solicitou uma radiografia panorâmica. Durante
a análise da radiografia, o dentista notou a presença de
calcificações nas áreas das artérias carótidas, sugerindo a
possível existência de placas ateromatosas. João foi então
encaminhado para o Hospital Universitário para uma avaliação
mais detalhada. Durante a consulta, João relatou alguns sintomas
que vinha ignorando: cansaço frequente, sensação de peso no
peito após esforços moderados, e uma leve dor na perna direita
ao caminhar por longos períodos. Relatou ao médico que é
tabagista há mais de 40 anos e sua dieta é rica em carboidratos e
gorduras. Além disso, João tem um histórico de hiperlipidemia não
controlada e não faz uso regular de medicamentos para esse
problema. No exame clínico, foi observado sobrepeso e pressão
arterial elevada (150/95 mmHg). Foram solicitados alguns exames
laboratoriais e de imagem para confirmação do diagnóstico. Os
exames laboratoriais revelaram níveis elevados de colesterol total
(290 mg/dL), LDL (190 mg/dL), triglicerídeos (280 mg/dL), além de
HDL abaixo do normal (32 mg/dL). O ultrassom das carótidas
confirmou a presença de placas ateromatosas significativas,
indicando aterosclerose. Para incentivar as discussões a respeito
do caso apresentado, o supervisor da equipe sugeriu que os
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estagiários iniciassem as discussões relembrando alguns
conceitos anatômicos e funcionais a respeito do sistema
circulatório. Para tal, o supervisor da equipe levantou os seguintes
questionamentos aos alunos de graduação: “Vocês saberiam
explicar o que é a aterosclerose? Quais são os fatores de risco
para essa doença? Qual seria a relação entre os sintomas
apresentados pelo paciente e a presença das placas
ateroscleróticas? Como influencia para o aumento da pressão
arterial?”.
Como você, no lugar desses alunos, responderia a todos esses
questionamentos?
Reflita
Como as diferentes células do sangue contribuem para a
manutenção da saúde e o funcionamento do organismo humano?
Deque maneira as propriedades elétricas e mecânicas do
coração interagem para garantir um bombeamento eficiente de
sangue?
Qual é o papel do sistema linfático na manutenção da
homeostase corporal e na defesa imunológica?
Resolução do estudo de caso
Você já viu vários conceitos importantes a respeito do sistema
circulatório. Você já sabe que cada componente desse sistema
apresenta funções que contribuem para a manutenção da
homeostase corporal. Você também já sabe que alterações no
funcionamento dessas estruturas resultam em diferentes efeitos
que podem ser deletérios ao organismo, acarretando a instalação
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e desenvolvimento de uma patologia. Dentre as patologias
associadas ao sistema circulatório, temos a aterosclerose, que é
uma condição patológica caracterizada pelo acúmulo de placas de
ateroma, ou placas ateroscleróticas, nas paredes internas das
artérias de médio e grande porte, resultando em seu
estreitamento e endurecimento. Essas placas são formadas por
depósitos de lipídios, colesterol, cálcio e outros elementos
celulares, o que pode levar a uma obstrução parcial ou completa
do fluxo sanguíneo. Os principais fatores de risco para
aterosclerose incluem: tabagismo, hiperlipidemia, obesidade,
hipertensão arterial, sedentarismo, diabetes e histórico familiar. A
formação das placas ateromatosas é um processo complexo que
envolve várias etapas e componentes. O processo se inicia com
uma lesão ou disfunção no endotélio, a camada interna das
artérias, causada por fatores como tabagismo, hipertensão,
hiperlipidemia e diabetes. Essas lesões tornam a superfície
endotelial mais permeável a lipídios e permitem a adesão de
células inflamatórias. Os lipídios, particularmente as lipoproteínas
de baixa densidade (LDL), penetram na camada íntima das
artérias através das lesões endoteliais. Uma vez dentro da parede
arterial, esses LDLs sofrem oxidação, tornando-se mais
propensos a serem engolfados por macrófagos. Os macrófagos
ingerem os LDLs oxidados, transformando-se em células
espumosas que se acumulam e formam estrias gordurosas, as
primeiras manifestações visíveis de aterosclerose. A presença de
LDLs oxidados e células espumosas provoca uma resposta
inflamatória crônica, recrutando células inflamatórias como
linfócitos T, que exacerbam a inflamação e promovem a
progressão da lesão. As citocinas inflamatórias, substâncias
liberadas pelas células inflamatórias, estimulam a migração e a
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proliferação de células musculares lisas da camada média da
artéria para a camada íntima. Essas células musculares lisas
produzem matriz extracelular, formada por colágeno, elastina e
outras proteínas, constituindo a capa fibrosa da placa. À medida
que a placa se desenvolve, ela se torna mais complexa,
consistindo em um núcleo lipídico, formado por lipídios
acumulados e células espumosas mortas, e uma capa fibrosa
formada por células musculares lisas e matriz extracelular. Com o
tempo, as placas podem endurecer e calcificar, reduzindo a
elasticidade da artéria. O crescimento da placa pode estreitar o
lúmen da artéria, limitando o fluxo sanguíneo e causando
isquemia, ou seja, falta de oxigênio nos tecidos. Placas instáveis
com uma capa fibrosa fina são propensas a rupturas, e, quando
uma placa se rompe, o conteúdo lipídico é exposto ao sangue,
desencadeando a formação de um trombo que pode obstruir a
artéria. A calcificação das placas endurece as artérias,
contribuindo para a hipertensão e aumentando o risco de ruptura.
Os sintomas da aterosclerose dependem das artérias afetadas.
Quando ocorre nas artérias coronárias, pode causar angina (dor
no peito) e infarto do miocárdio (ataque cardíaco). Nas artérias
carótidas, pode levar a acidentes vasculares encefálicos (AVE).
Nas artérias periféricas, pode causar claudicação intermitente (dor
nas pernas ao caminhar) e, em casos graves, gangrena. A
aterosclerose é uma doença progressiva e multifatorial que requer
uma abordagem integrada para prevenção e tratamento, incluindo
mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos,
intervenções cirúrgicas. Assim, os sintomas relatados por João
estão diretamente relacionados às placas ateroscleróticas nas
suas artérias. O cansaço frequente e sensação de peso no peito
são indicativos de doença arterial coronariana, em que as placas
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nas artérias coronárias reduzem o fluxo sanguíneo para o
coração, podendo causar angina. A dor na perna direita ao
caminhar sugere doença arterial periférica, em que o fluxo
sanguíneo nas artérias das pernas é reduzido devido às placas,
causando dor durante o esforço físico. O desconforto na
mandíbula pode ser um sinal referencial de isquemia cardíaca, em
que a dor se irradia para a mandíbula. 
Dê o play!
Assimile
Olá, estudante! Você está convidado a embarcar a partir de agora
na jornada fascinante pelo sistema circulatório, explorando as
informações ricas e instigantes presentes nesta animação.
Aprecie e aproveite as informações sobre os dispositivos que
podem auxiliar na atividade cardíaca em indivíduos com doença
cardiovascular! Vamos lá?
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Referências
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins & Cotran:
patologia: bases patológicas das doenças. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2023.
NORRIS, T. L. Porth: fisiopatologia. 10. Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2021.
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem
integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e
fisiologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2023.

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