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IRPJ - Lucro real - Estimativa mensal

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IRPJ - Lucro real - Estimativa mensal 
	
	Sumário
	1. FORMAS E PERIODICIDADE DE APURAÇÃO DO IMPOSTO 
	    1.1 Apuração trimestral (com base no lucro real, presumido ou arbitrado) 
	    1.2 Pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real 
	    1.3 Pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real 
	    1.4 Opção pela tributação com base no lucro presumido 
	    1.5 Empresas que exploram atividades imobiliárias 
	2. FORMA E EFEITOS DA OPÇÃO PELO PAGAMENTO MENSAL 
	3. VANTAGENS DA OPÇÃO PELO PAGAMENTO MENSAL 
	    3.1 Compensação de prejuízos fiscais 
	    3.2 Incidência do adicional de 10% 
	4. BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO MENSAL POR ESTIMATIVA 
	    4.1 Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal 
	    4.1.1 Percentuais aplicáveis sobre a receita financeira das atividades imobiliárias - Fatos geradores ocorridos desde 1º.01.2006 
	    4.1.2 Industrialização 
	    4.1.3 Serviços hospitalares 
	    4.1.4 Software 
	    4.1.5 Sondagem de solo 
	    4.1.6 Atividade de hotelaria 
	    4.1.7 Prestação de serviços com guindaste e locação de guindaste 
	    4.1.8 Serviços de suprimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos e de exploração de rodovias 
	    4.1.9 Escolas e creches 
	    4.2 Conceito de receita bruta e exclusões 
	    4.2.1 Regra geral 
	    4.2.2 Atividades imobiliárias 
	    4.2.3 Receitas decorrentes de contratos de longo prazo 
	    4.2.4 Comercialização de veículos automotores - Receita de venda de veículos usados 
	    4.2.5 Instituições financeiras, empresas de seguro e entidades equiparadas 
	    4.2.6 Receitas provenientes de atividades incentivadas 
	    4.3 Acréscimo dos ganhos de capital e demais receitas e resultados 
	    4.4 Valores que não entram na base de cálculo 
	5. CÁLCULO DO IMPOSTO MENSAL 
	    5.1 Alíquotas 
	    5.2 Dedução de incentivos fiscais 
	    5.3 Compensação de imposto retido na fonte ou pago sobre receitas computadas na base de cálculo do imposto mensal 
	    5.4 Exemplo 
	6. PAGAMENTO DO IMPOSTO MENSAL 
	    6.1 Prazo 
	    6.2 Preenchimento do Darf 
	    6.3 Imposto apurado de valor inferior a R$ 10,00 
	7. OPÇÃO PARA APLICAÇÃO NO FINOR, NO FINAM OU NO FUNRES 
	8. REDUÇÃO OU SUSPENSÃO DOS PAGAMENTOS MENSAIS COM BASE EM BALANÇO OU BALANCETE 
	
	1. FORMAS E PERIODICIDADE DE APURAÇÃO DO IMPOSTO
	1.1 Apuração trimestral (com base no lucro real, presumido ou arbitrado)
	Como regra geral, as pessoas jurídicas devem apurar o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) devido trimestralmente, com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, ressalvados os casos de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades, nos quais a apuração da base de cálculo e do imposto devido deve ser efetuada na data do evento. 
	Nota 
	O imposto devido trimestralmente deverá ser pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do trimestre da sua apuração ou, opcionalmente, em até 3 quotas mensais, iguais e sucessivas, respeitado o valor mínimo de R$ 1.000,00 para cada uma, observado o seguinte: 
	a) as quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subsequentes ao de encerramento do trimestre de apuração; 
	b) o valor de cada quota (exceto a 1ª, se paga no prazo) será acrescido de juros equivalentes à taxa Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do trimestre de apuração, até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento. 
( RIR/1999 , arts. 220 e 856 ) 
	1.2 Pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real
	No regime de tributação pelo lucro real, alternativamente à apuração trimestral, a pessoa jurídica pode optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa, ficando: 
	
	a) obrigada à apuração do lucro real anualmente, em 31 de dezembro, ou por ocasião de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades, para fins de determinação do imposto efetivamente devido no período e ajuste de diferenças - pagamento do saldo positivo apurado ou restituição de saldo negativo apurado; e 
	
	b) com a opção de apurar o lucro real no decorrer do ano, mediante levantamento de balanços ou balancetes periódicos, com base nos quais poderá reduzir ou suspender os pagamentos mensais do imposto (veja o item 8). 
( RIR/1999 , art. 221 ) 
	1.3 Pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real
	Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: 
	
	a) cuja receita total (veja a nota 1 ao final deste subtópico), no ano-calendário anterior seja superior ao limite de: 
	
	a.1) R$ 48.000.000,00, ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses do período, quando inferior a 12 meses (veja nota 2 ao final deste subtópico), em relação aos fatos geradores que ocorrerem até 31.12.2013; 
	
	a.2) R$ 78.000.000,00, ou ao limite proporcional de R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses do período, quando inferior a 12 meses, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.01.2014; 
	
	b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
	
	c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior (veja a nota 2 ao final deste subtópico); 
	
	d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do imposto (veja a nota 2 ao final deste subtópico); 
	
	e) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
	
	f) que optarem pelo pagamento mensal do imposto por estimativa (veja nota 2 ao final deste subtópico); e 
	
	g) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. 
	Notas 
	(1) Para efeito de aferição do limite referido na letra "a", considera-se receita total o somatório dos seguintes valores: 
	a) receita bruta de venda de mercadorias e/ou prestação de serviços; 
	b) demais receitas e ganhos de capital; 
	c) rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações realizadas nos mercados de renda variável; 
	d) parcela das receitas auferidas nas exportações a pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida, determinadas segundo as normas de preços de transferência, que exceder ao valor contabilizado. 
	(2) As pessoas jurídicas mencionadas nas letras "a", "c", "d" e "f" que aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) poderão optar pelo lucro presumido durante o período em que estiverem submetidas ao Refis. 
(Lei nº 9.718/1998 , art. 14; Lei nº 10.637/2002 , art. 46; Lei nº 12.249/2010 , art.22; Lei nº 9.964/2000 , art. 4º ; Lei nº 12.814/2013 , arts. 7º e 9º, parágrafo único; RIR/1999 , arts. 221 , 246 , 518 , 519 e 521 ) 
	1.4 Opção pela tributação com base no lucro presumido
	As pessoas jurídicas não enquadradas em nenhuma das hipóteses relacionadas no subtópico 1.3, bem como as enquadradas nas hipóteses da Nota 2 do referido subtópico quetenham aderido ao Refis, poderão optar pela tributação com base no lucro presumido, devendo essa opção ser exercida com o pagamento da 1ª quota ou quota única do imposto devido no primeiro trimestre do ano-calendário, vencível no último dia útil do mês de abril, observando-se que: 
	
	a) no caso de início de atividades após o encerramento do 1º trimestre do ano, essa opção será exercida com o pagamento da 1ª quota ou quota única do imposto devido no trimestre de início das atividades, vencível no último dia útil do mês subsequente ao do encerramento desse trimestre; 
	
	b) a opção pela tributação com base no lucro presumido é definitiva em relação a todo o ano-calendário, ou seja, não há mais a possibilidade de mudança para o regime do lucro real no ano em que a empresa iniciar o pagamento do imposto com base no lucro presumido. 
(Lei nº 9.964/2000 , art. 4º ; RIR/1999 , arts. 222 , parágrafo único, 231, 516 e 517) 
	1.5 Empresas que exploram atividades imobiliárias
	As pessoas jurídicas que exploram atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, a partir do ano-calendário de 1999, foram autorizadas a optar pelo lucro presumido. 
	Todavia, se essas empresas, submetidas à tributação pelo lucro real, houverem computado custo orçado no custo de imóveis vendidos antes do término das obras não poderão optar pela tributação pelo lucro presumido enquanto não forem concluídas as operações imobiliárias para as quais houver registro de custo orçado. 
(Lei nº 9.718/1998 , arts. 14, 17, II, e 18, III; Instrução Normativa SRF nº 25/1999 ) 
	
	2. FORMA E EFEITOS DA OPÇÃO PELO PAGAMENTO MENSAL
	A opção pelo pagamento mensal é considerada exercida com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro (ou do início de atividades, quando for o caso), vencível no último dia útil do mês subsequente, observando-se o seguinte: 
	
	a) o exercício dessa opção implica, por si só, a obrigatoriedade de apuração anual do lucro real, em 31 de dezembro ou por ocasião de incorporação, fusão, cisão ou encerramento das atividades, ficando a empresa impedida de optar pela tributação com base no lucro presumido, mesmo que não esteja enquadrada em nenhuma das outras situações que a obrigam à apuração do lucro real (ressalvada a hipótese informada na nota 2 ao final do subtópico 1.3); 
	
	b) a opção pelo pagamento mensal do Imposto de Renda impõe o pagamento mensal também da Contribuição Social sobre o Lucro. 
	
	3. VANTAGENS DA OPÇÃO PELO PAGAMENTO MENSAL
	3.1 Compensação de prejuízos fiscais
	A apuração trimestral é definitiva, de modo que o lucro real de um trimestre não pode ser compensado com o prejuízo fiscal de trimestre subsequente, ainda que do mesmo ano-calendário. Se for apurado prejuízo fiscal em um trimestre, a compensação desse prejuízo com o lucro real apurado nos trimestres seguintes ficará sujeita à observância do limite máximo de 30% do lucro real. Além disso, o prejuízo não operacional de um trimestre somente poderá ser compensado, nos trimestres seguintes, com lucros da mesma natureza. 
	Todavia, no regime de pagamentos mensais, o que prevalecerá será a apuração anual do lucro real, de modo que os resultados positivos e negativos do ano são compensados automaticamente, sem nenhuma restrição, qualquer que seja a sua natureza (operacional ou não operacional). 
	Notas 
	(1) As empresas que optarem pelo pagamento ou parcelamento dos débitos nos termos da Lei nº 11.941/2009 , art. 1º , § 7º, poderão liquidar os valores correspondentes a multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da contribuição social sobre o lucro líquido próprios. Lembre-se que o valor a ser utilizado será determinado mediante a aplicação sobre o montante do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa das alíquotas de 25% e 9%, respectivamente 
	(2) Essas vantagens do regime de pagamentos mensais aplicam-se também à compensação de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro. 
	(3) Conforme a Lei nº 11.941/2009 , art. 60 , que é resultante da conversão da Medida Provisória nº 449/2008 , art. 58 , o disposto no inciso IV do art. 187 da Lei nº 6.404/1976 , com a redação dada por esta Lei, não altera o tratamento dos resultados operacionais e não operacionais para fins de apuração e compensação de prejuízos fiscais. 
	Dispõe o art. 187 da Lei nº 6.404/1976 : 
	"Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
	[...] 
	IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;" 
( RIR/1999 , arts. 510 e 511 ) 
	3.2 Incidência do adicional de 10%
	No regime de apuração trimestral, sobre a parcela do lucro real de cada trimestre que exceder a R$ 60.000,00 haverá a incidência do adicional de 10%, de forma definitiva, ao passo que no regime de pagamentos mensais, embora incida o adicional sobre a parcela da base de cálculo do imposto mensal que exceder a R$ 20.000,00, essa incidência somente será definitiva sobre a parcela do lucro real anual que exceder a R$ 240.000,00. 
	Por exemplo, em uma empresa que tenha optado pela apuração trimestral do lucro real, poderá ocorrer o seguinte: 
		
Trimestre
  
	
Resultado apurado
  
	
Adicional devido R$
  
	
	
Lucro real R$
  
	
Prejuízo fiscal R$
  
	
	1º
  
	100.000,00
  
	  
	10% de 40.000,00 = 4.000,00
  
	2º
  
	120.000,00
  
	  
	10% de 60.000,00 = 6.000,00
  
	3º
  
	80.000,00
  
	  
	10% de 20.000,00 = 2.000,00
  
	4º
  
	  
	(70.000,00)
  
	  
	Somas
  
	300.000,00
  
	(70.000,00)
  
	12.000,00
  
	Essa empresa, por ter optado pela apuração trimestral do lucro real, acabou pagando no ano, de forma definitiva, adicional de R$ 12.000,00, ao passo que, se houvesse optado pelo pagamento mensal do imposto, isso não teria ocorrido porque o seu lucro real anual seria de R$ 230.000,00 (R$ 300.000,00 menos R$ 70.000,00) - abaixo, portanto, do limite de incidência do adicional. 
	Nessa hipótese, no regime de pagamentos mensais, em alguns meses, a empresa poderia ter ficado sujeita ao adicional sobre a parcela do lucro mensal que excedeu a R$ 20.000,00, mas essa incidência seria provisória porque o imposto devido mensalmente durante o ano é deduzido do imposto devido sobre o lucro real anual. 
	
	4. BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO MENSAL POR ESTIMATIVA
	No regime de pagamentos por estimativa, a base de cálculo do Imposto de Renda mensal é o somatório dos seguintes valores: 
	
	a) resultado da aplicação dos percentuais informados nos subitens 4.1 e 4.1.1 sobre a receita bruta mensal proveniente das vendas de mercadorias ou produtos, da prestação de serviços e de outras atividades compreendidas no objeto da empresa; 
	
	b) ganhos de capital e outras receitas ou resultados auferidos no mês (por inteiro), não compreendidos na receita bruta proveniente das atividades referidas na letra "a". 
	4.1 Percentuais aplicáveis sobre a receita bruta mensal
	Sobre a receita bruta mensal auferida na(s) atividade(s) que constitua(m) o objeto da empresa, aplicam-se os seguintes percentuais ( RIR/1999 , art. 223 ; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 3º , § 2º; Ato Declaratório Normativo Cosit nº 6/1997 ): 
		
Espécies de atividades geradoras da receita
  
	
Percentuais aplicáveis sobre a receita
  
	- Revenda para consumo de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural
  
	1,6%
  
	- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revendas de combustível para consumo)
- Transporte de cargas
- Serviços hospitalares
- Atividade rural
- Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o produto intermediário ou o material de embalagemtenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização
- Atividades imobiliárias
- Construção por empreitada com emprego de materiais, a contratação por empreitada de construção civil, na modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra
- Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços), para a qual não esteja previsto percentual específico
  
	8%
  
	- Serviços de transporte (exceto o de cargas)
- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00 (veja a nota 2)
- Instituições financeiras e entidades a elas equiparadas (veja o subitem 4.2.5)
  
	16%
  
	- Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas
- Intermediação de negócios, inclusive representação comercial e corretagem (de seguros, de imóveis etc.)
- Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza
- Factoring 
- Serviços de mão de obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra
- Administração de consórcios
- Hotelaria e estacionamento
  
	32%
  
	Notas 
	(1) No caso de exploração de atividades diversificadas, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o respectivo percentual. 
	(2) A pessoa jurídica exclusivamente prestadora de serviços (exceto serviços hospitalares, de transporte e os relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas) poderá utilizar o percentual de 16% enquanto a sua receita bruta acumulada no ano em curso se comportar dentro do limite de R$ 120.000,00, observando-se que: 
	a) se a receita bruta acumulada até determinado mês ultrapassar o referido limite, a pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% ficará sujeita ao percentual normal de 32%, retroativamente ao mês de janeiro do ano em curso, impondo-se o pagamento das diferenças de imposto, apuradas em cada mês, até o último dia útil do mês subsequente ao da verificação do excesso; 
	b) dentro do prazo mencionado na letra "a", as diferenças de imposto poderão ser pagas sem acréscimos moratórios. 
	(3) De acordo com as Decisões nºs 246 e 247/2000 da Superintendência da Receita Federal do Brasil da 8ª Região Fiscal (Estado de São Paulo), não poderão utilizar o percentual de 16%, nas condições informadas na nota 2, por caracterizarem-se como prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas, as pessoas jurídicas que prestem serviços: 
	a) de natureza artístico-cultural, tais como a apresentação de peças teatrais e a realização de cursos de teatro; 
	b) de intermediação no comércio de mercadorias em geral. 
	(4) Desde 1º.01.2009, os serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora desses serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também estarão sujeitos ao percentual de 8%, aplicáveis sobre a receita bruta mensal, para fins da apuração da base de cálculo do Imposto de Renda devido mensalmente por estimativa (Lei nº 9.249/1995 , art. 15 , III, "a"; Lei nº 11.727/2008 , arts, 29 e 41 , VI). 
( RIR/1999 , arts. 223 , § 3º; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 3º , § 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012 , art. 2º , § 7º, II; Ato Declaratório Normativo Cosit nº 6/1997 ) 
	4.1.1 Percentuais aplicáveis sobre a receita financeira das atividades imobiliárias - Fatos geradores ocorridos desde 1º.01.2006
	As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, e venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda, quando esta receita for decorrente da comercialização de imóveis e apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato, devem acrescentar à base de cálculo mensal do Imposto de Renda o percentual de 8% sobre a receita financeira, para os fatos geradores ocorridos desde 1º.01.2006. 
(Lei nº 11.196/2005 , art. 34 ) 
	4.1.2 Industrialização
	De acordo com o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 26/2008 (que revogou o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 20/2007 ), para fins de apuração das bases de cálculo do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), consideram-se industrialização as operações definidas no Decreto nº 4.544/2002 , art. 4º (revogado pelo Decreto nº 7.212/2010 ), observadas as disposições do art. 5º c/c o art. 7º do mesmo decreto. 
	Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como: 
	
	a) a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação); 
	
	b) a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); 
	
	c) a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); 
	
	d) a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou recondicionamento); ou 
	
	e) a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). 
	São irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados. 
	Não se considera industrialização: 
	
	a) o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: 
	
	a.1) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou 
	
	a.2) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a corporações, empresas e outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; 
	
	b) o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; 
	
	c) a confecção ou preparo de produto de artesanato; 
	
	d) a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador; 
	
	e) o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; 
	
	f) a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; 
	
	g) a moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como atividade acessória; 
	
	h) a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: 
	
	h.1) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); 
	
	h.2) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicaçãoe telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou 
	
	h.3) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; 
	
	i) a montagem de óculos, mediante receita médica; 
	
	j) o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI , adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal e semelhantes; 
	
	k) o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; 
	
	l) o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; 
	
	m) a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura; e 
	
	n) a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas. 
	Notas 
	(1) No caso da letra "c", produto de artesanato é o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural nas seguintes condições: 
	a) quando o trabalho não conte com o auxílio ou participação de terceiros assalariados; e 
	b) quando o produto seja vendido a consumidor, diretamente ou por intermédio de entidade de que o artesão faça parte ou seja assistido. 
	(2) Nos casos das letras "d" e "e": 
	a) oficina é o estabelecimento que emprega, no máximo, 5 operários e, caso utilize força motriz, não dispuser de potência superior a 5 quilowatts; e 
	b) trabalho preponderante é o que contribui no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra, no mínimo com 60%. 
	4.1.3 Serviços hospitalares
	Conforme vimos no subtópico 4.1, a base de cálculo do imposto, tratando-se de serviços hospitalares, será determinada mediante a aplicação do percentual de 8% sobre a receita bruta auferida. 
	De acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012 , art. 30 , são considerados serviços hospitalares aqueles prestados por estabelecimentos assistenciais de saúde que dispõem de estrutura material e de pessoal destinada a atender à internação de pacientes, garantir atendimento básico de diagnóstico e tratamento, com equipe clínica organizada e com prova de admissão e assistência permanente prestada por médicos, que possuam serviços de enfermagem e atendimento terapêutico direto ao paciente, durante 24 horas, com disponibilidade de serviços de laboratório e radiologia, serviços de cirurgia e/ou parto, bem como registros médicos organizados para a rápida observação e o acompanhamento dos casos. São também considerados serviços hospitalares, para os fins dessa Instrução Normativa, aqueles efetuados pelas pessoas jurídicas: 
	
	a) prestadoras de serviços pré-hospitalares, na área de urgência, realizados por meio de UTI móvel, instaladas em ambulâncias de suporte avançado (Tipo "D") ou em aeronave de suporte médico (Tipo "E"); e 
	
	b) prestadoras de serviços de emergências médicas realizados por meio de UTI móvel, instaladas em ambulâncias classificadas nos Tipos "A", "B", "C" e "F", que possuam médicos e equipamentos que possibilitem oferecer ao paciente suporte avançado de vida. 
	Desde 1º.01.2009, o percentual de 8% aplica-se também aos serviços de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora desses serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
	Nota 
	Consideram-se serviços de saúde como espécies de auxílio diagnóstico e terapia: exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica. 
(Lei nº 9.249/1995 , art. 15 , § 1º, III, "a"; Lei nº 11.727/2008 , art. 29 e art. 41 , VI; Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012 , art. 30 ) 
	4.1.4 Software 
	O software por encomenda é prestação de serviços cuja receita se sujeita ao percentual de 32%, enquanto o software-padrão ou de prateleira, elaborado pela própria empresa e colocado à disposição dos clientes, indistintamente, sendo vendido como se fosse mercadoria, se sujeita ao percentual de 8% sobre a respectiva receita (Decisão nº 329/1997 da 8ª RF). 
	Segundo as Decisões nºs 165 e 167/1998 da 9ª RF, deve-se aplicar o percentual de 8% sobre as receitas de revenda de programas de computador elaborados por terceiros e 32% sobre as receitas de programação e manutenção de softwares específicos, sob encomenda. 
	4.1.5 Sondagem de solo
	Em conformidade com as Decisões nºs 651/1997 e 89/2000 da 6ª RF e com as Soluções de Consulta nºs 35 e 36/2007 da 2º RF, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta relativa a serviços de sondagem de solo, como tais compreendidos apenas a perfuração e a coleta de amostra, com emprego de materiais, é de 8%. 
	4.1.6 Atividade de hotelaria
	De acordo com a Decisão nº 106/1999 da 8ª RF, as receitas provenientes de atividade de hotelaria sujeitam-se ao percentual de 32% e, no caso de atividades diversificadas, desde que segregadas as respectivas receitas, aplica-se o percentual de 8% sobre a receita de venda de refeições e de 32% sobre a receita de prestação de serviços de hotelaria. 
	4.1.7 Prestação de serviços com guindaste e locação de guindaste
	Segundo a Decisão nº 99/1998 da 8ª RF, sobre a receita de prestação de serviços com guindaste aplica-se o percentual de 8% e, sobre a receita de locação de guindaste, aplica-se o percentual de 32%. 
	4.1.8 Serviços de suprimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos e de exploração de rodovias
	Estão sujeitas ao percentual de 32% as concessionárias e subconcessionárias de serviços públicos que exploram as seguintes atividades: 
	
	a) de prestação de serviços de suprimento de água tratada e a consequente coleta e tratamento de esgotos, cobrados diretamente dos usuários dos serviços; e 
	
	b) de exploração de rodovia mediante cobrança de preço dos usuários, que envolve execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais. 
(Ato Declaratório Normativo Cosit nº 16/2000 ) 
	4.1.9 Escolas e creches
	As escolas, inclusive as creches, são consideradas sociedades prestadoras de serviços relativos ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, razão pela qual as receitas delas originadas estão sujeitas ao percentual de 32%, ficando proibida a utilização do percentual de 16%, ainda que a receita bruta anual se comporte dentro do limite de R$ 120.000,00. 
(Ato Declaratório Normativo Cosit nº 22/2000 ) 
	4.2 Conceito de receita bruta e exclusões
	4.2.1 Regra geral
	A receita bruta sobre a qual se aplicam os percentuais informados no subitem 4.1, conforme a atividade geradora, é constituída pelo produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações de conta própria, pelo preço dos serviços prestados e pelo resultado auferido nas operações de conta alheia (comissões auferidas na venda de bens ou serviços por conta deterceiros, por exemplo), observando-se o seguinte: 
	
	a) a receita deverá ser computada pelo regime de competência, excluídos os valores relativos: 
	
	a.1) às vendas canceladas e às devoluções de vendas; 
	
	a.2) aos descontos incondicionais concedidos, entendidos como tais aqueles constantes da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços e não dependentes de evento posterior à emissão desses documentos; 
	
	a.3) ao IPI incidente sobre as vendas e ao ICMS devido pelo contribuinte substituto, no regime de substituição tributária; 
	
	b) integram a receita bruta e não podem dela ser excluídos: 
	
	b.1) o ICMS incidente sobre as vendas e o ISS incidente sobre os serviços; 
	
	b.2) o custo do financiamento, nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou dos serviços ou destacado na nota fiscal; 
	
	c) desde 1º.01.2009, ficam isentas as receitas decorrentes de valores em espécie pagos ou creditados pelos Estados, Distrito Federal e municípios, relativos ao ICMS e ao ISS, no âmbito de programas de concessão de crédito voltados ao estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição de mercadorias e serviços (Lei nº 11.945/2009 , art. 4º - conversão da Medida Provisória nº 451/2008 , art. 3º ). 
	Notas 
	(1) Não se incluem na receita bruta os valores relativos às doações e aos patrocínios realizados sob a forma de prestação de serviços ou de fornecimento de material de consumo para projetos culturais amparados pela Lei nº 8.313/1991 - Lei Rouanet. 
	(2) De acordo com o Ato Declaratório SRF nº 7/2000 : 
	a) os valores recebidos por empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público de transporte urbano de passageiros, subordinadas ao sistema de compensação tarifária, que devam ser repassados a outras empresas do mesmo ramo, por meio de fundo de compensação criado ou aprovado pelo Poder Público Concedente ou Permissório, não integram a receita bruta, para os fins da legislação tributária federal; 
	b) os valores auferidos, a título de repasse, de fundo de compensação tarifária integram a receita bruta, devendo ser considerados na determinação da base de cálculo dos impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). 
( RIR/1999 , art. 224 ; Instrução Normativa SRF nº 51/1978 ; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 5º , § 1º; Ato Declaratório Normativo Cosit nº 7/1993 ) 
	4.2.2 Atividades imobiliárias
	As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, deverão considerar como receita bruta o montante efetivamente recebido relativo às unidades imobiliárias vendidas. 
( RIR/1999 , art. 227 ) 
	4.2.3 Receitas decorrentes de contratos de longo prazo
	Nos casos de contratos com prazo de execução superior a 1 ano de construção por empreitada ou de fornecimento a preço predeterminado, de bens ou serviços a serem produzidos, será computada, na receita bruta, parte do preço total da empreitada, ou dos bens ou serviços a serem fornecidos, determinada mediante a aplicação, sobre esse preço total, da percentagem do contrato ou da produção executada em cada mês, nos termos da Instrução Normativa SRF nº 21/1979 , observando-se que: 
	
	a) no caso de construções ou fornecimentos contratados com base em preço unitário de quantidades de bens ou serviços produzidos em prazo inferior a 1 ano, a receita deverá ser incluída na base de cálculo do Imposto de Renda no mês em que for completada cada unidade; 
	
	b) a receita decorrente de fornecimento de bens e serviços para pessoa jurídica de direito público ou empresas sob seu controle, empresas públicas, sociedades de economia mista ou sua subsidiária, inclusive na hipótese da letra "a", será reconhecida no mês do recebimento; quando os créditos forem quitados pelo Poder Público com títulos de sua emissão, inclusive com Certificados de Securitização emitidos especificamente para essa finalidade, a receita será considerada recebida por ocasião do resgate desses títulos ou de sua alienação sob qualquer forma. 
( RIR/1999 , arts. 227 , parágrafo único, e 407 a 409; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 5º , II a IV, e § 2º) 
	4.2.4 Comercialização de veículos automotores - Receita de venda de veículos usados
	As pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em seus atos constitutivos, a compra e a venda de veículos automotores computarão como receita de vendas de veículos usados (adquiridos para revenda ou recebidos como parte do preço da venda de veículos novos ou usados) a diferença entre o valor pelo qual o veículo usado houver sido alienado, constante da nota fiscal de venda, e o seu custo de aquisição, constante da nota fiscal de entrada, o qual deve corresponder ao preço ajustado entre as partes. 
	Por parte da Receita Federal do Brasil, não há manifestação a respeito. Contudo, algumas regiões fiscais têm se posicionado de forma diferente. São exemplos a 5ª Região Fiscal (Bahia e Sergipe) e a 9ª Região Fiscal (Paraná e Santa Catarina). Ambas têm informado, por meio de Soluções de Consulta, que o percentual aplicável sobre a receita bruta para determinação do lucro presumido corresponde a 32% (Soluções de Consulta nºs 21 e 100/2001, respectivamente). 
	Recentemente, por meio das Soluções de Consulta nºs 61/2003 e 456/2008, a 8ª Região Fiscal (São Paulo) veio a se posicionar no mesmo sentido, agora em relação à venda de motocicletas usadas. De acordo com essa solução, o valor a ser computado na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda será apurado segundo o regime aplicável às operações de consignação, aplicando-se, para apuração do lucro presumido, o percentual de 32%. 
(Lei nº 9.716/1998 , art. 5º ; Instrução Normativa SRF nº 152/1998 ) 
	4.2.5 Instituições financeiras, empresas de seguro e entidades equiparadas
	No cálculo do lucro estimado de bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta, o percentual de 16% aplica-se sobre a receita bruta ajustada pelas seguintes deduções: 
	
	a) no caso de instituições financeiras, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários: 
	
	a.1) despesas incorridas na captação de recursos de terceiros; 
	
	a.2) despesas com obrigações por refinanciamentos, empréstimos e repasses de recursos de órgãos e instituições oficiais e do exterior; 
	
	a.3) despesas de cessão de créditos; 
	
	a.4) despesas de câmbio; 
	
	a.5) perdas com títulos e aplicações financeiras de renda fixa; 
	
	a.6) perdas nas operações de renda variável; 
	
	b) no caso de empresas de seguros privados: o cosseguro e o resseguro cedidos, os valores referentes a cancelamentos e restituições de prêmios que houverem sido computados em conta de receita, assim como a parcela dos prêmios destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas; 
	
	c) no caso de entidades de previdência privada abertas e de empresas de capitalização: a parcela das contribuições e dos prêmios, respectivamente, destinada à constituição de provisões ou reservas técnicas. 
	Notas 
	(1) Integrarão também a receita bruta: 
	a) os rendimentos obtidos em aplicações financeiras de renda fixa de titularidade de instituição financeira, sociedade de seguro, de previdência e de capitalização, sociedadecorretora de títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários ou sociedade de arrendamento mercantil; 
	b) os ganhos líquidos e rendimentos auferidos nas operações de renda variável realizadas em bolsa, no mercado de balcão organizado, autorizado por órgão competente, ou por meio de fundos de investimento, para a carteira própria das entidades referidas na letra "a". 
	(2) É vedada a dedução de qualquer despesa administrativa. 
	(3) Desde 1º.01.2013, nas operações de crédito realizadas por instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Bacen, nos casos de renegociação de dívida, o reconhecimento da receita para fins de IRPJ e da CSL ocorrerá no momento do efetivo recebimento do crédito. 
(Lei nº 9.430/1996 , art. 12, § 2º; Lei nº 12.715/2012 , arts. 48 e 78 , § 1º; RIR/1999 arts. 223 , II, "b", e 226, parágrafo único; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 3º , §§ 8º e 9º) 
	4.2.6 Receitas provenientes de atividades incentivadas
	As receitas provenientes das atividades incentivadas, como no caso das empresas instaladas nas áreas da Sudene ou da Sudam, não comporão a base de cálculo do imposto na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real, fizer jus. 
	Por exemplo, as receitas provenientes de uma atividade que goza de redução de 37,5% do imposto serão computadas na base de cálculo pela parcela equivalente a 62,5%. 
	As receitas provenientes de atividades que gozam de isenção total não entram na base de cálculo do imposto mensal estimado. 
	Notas 
	(1) É oportuno observar que somente as empresas que tiverem projetos próprios aprovados com base na Lei nº 8.167/1991 , art. 9º , poderão efetuar aplicação em incentivos fiscais regionais e se beneficiar das reduções mencionadas (Medida Provisória nº 2.199-14/2001 ). 
	(2) O conceito de modernização total a ser observado, para fins de gozo do benefício fiscal estabelecido pela Medida Provisória nº 2.199-14/2001 , art. 1º , será o estabelecido pelo Decreto nº 6.539/2008 , com as alterações do Decreto nº 6.674/2008 , conforme traz a Solução de Consulta nº 5/2010 - DOU 1 de 02.09.2010. Assim, considera-se projeto de modernização total o destinado à introdução de novas tecnologias ou novos métodos ou meios mais racionais na linha de produção original ou, ainda, de alterações do produto, visando melhoria no processo produtivo, ou no produto final, capaz de apresentar resultados mais eficientes em relação ao processo produtivo ou à produção anterior, independentemente de alteração da capacidade real instalada do empreendimento. 
	Esse conceito será aplicado inclusive na análise dos pedidos: 
	a) não admitidos ou indeferidos que forem reapresentados nas unidades da RFB; 
	b) não definitivamente apreciados pelas unidades da RFB. 
( RIR/1999 , art. 223 , § 6º; Medida Provisória nº 2.199-14/2001 ) 
	4.3 Acréscimo dos ganhos de capital e demais receitas e resultados
	Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto mensal, aos valores resultantes da aplicação dos percentuais sobre a receita bruta mensal proveniente das atividades compreendidas no objeto da empresa (na forma tratada nos subtópicos anteriores), deverão ser adicionados ganhos de capital e demais receitas e resultados auferidos no mês (regime de competência), tais como: 
	
	a) os ganhos de capital (lucros) auferidos na alienação de bens do Ativo Não Circulante (antigo Ativo Permanente), inclusive os obtidos na alienação de participações societárias em sociedades coligadas e controladas e de participações societárias que permaneceram no Ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; 
	
	b) a receita de aluguel de bens, se a locação dos bens não estiver compreendida no objeto da empresa, deduzida dos encargos necessários à sua percepção; 
	
	c) os juros equivalentes à Selic, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; 
	
	d) as variações monetárias ativas, observando-se que, desde 1º.01.2000, as receitas de variações cambiais, decorrentes da atualização monetária de direitos de crédito e obrigações expressas em moeda estrangeira, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do imposto mensal, à opção da pessoa jurídica: 
	
	d.1) no momento da liquidação da operação correspondente (regime de caixa); ou 
	
	d.2) pelo regime de competência, aplicando-se a opção escolhida para todo o ano-calendário; 
	Nota 
	A partir do ano-calendário de 2011: 
	a) o direito de efetuar a opção pelo regime de competência referido em "d.2" supra somente poderá ser exercido no mês de janeiro; 
	b) o direito de alterar o regime adotado, no decorrer do ano-calendário, é restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio, considerando-se, para esse efeito, aquela superior a percentual a ser determinado pelo Poder Executivo; 
	c) a opção ou sua alteração deverá ser comunicada à Secretaria da RFB: 
	c.1) no mês de janeiro de cada ano-calendário, no caso da letra "a" desta Nota; 
	c.2) no mês posterior ao de sua ocorrência, no caso da letra "b" desta Nota. 
	
	e) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital, ao titular ou aos sócios ou acionistas, em bens e direitos avaliados a preços de mercado; nesse caso, o ganho de capital corresponderá à diferença entre o valor de mercado e o valor contábil dos bens ou direitos entregues; 
	
	f) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor dos bens e direitos que tenham sido entregues para a formação do referido patrimônio. 
( RIR/1999 , arts. 225 e 238 , § 1º; Lei nº 9.532/1997 , art. 17, § 4º, "a"; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 4º ; Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 30; Lei nº 12.249/2010 , art. 137 ; Instrução Normativa RFB nº 1.079/2010 ) 
	4.4 Valores que não entram na base de cálculo
	Não entram na base de cálculo do imposto mensal estimado: 
	
	a) os rendimentos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, submetidos à incidência do Imposto de Renda na Fonte; 
	
	b) os ganhos líquidos auferidos em operações financeiras de renda variável, se submetidos à tributação mensal separadamente; 
	
	c) os lucros e os dividendos recebidos de participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição; 
	
	d) o resultado positivo da avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial; 
	
	e) as recuperações de créditos que não representem ingresso de novas receitas; 
	
	f) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas; 
	
	g) os juros remuneratórios do capital próprio auferidos em decorrência da participação em outras sociedades; 
	
	h) as receitas decorrentes de valores em espécie pagos ou creditados pelos Estados, Distrito Federal e municípios, relativos ao ICMS e ao ISS, no âmbito de programas de concessão de crédito voltados ao estímulo à solicitação de documento fiscal na aquisição de mercadorias e serviços (Lei nº 11.945/2009 , art. 4º - conversão da Medida Provisória nº 451/2008 , art. 3º ) - vigência desde 1º.01.2009. 
( RIR/1999 , art. 225 , § 1º; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 7º ) 
	
	5. CÁLCULO DO IMPOSTO MENSAL
	5.1 Alíquotas
	O imposto mensal será calculado mediante a aplicação, sobre a base de cálculo determinada, de acordo com os procedimentos explanados no item anterior: 
	
	a) da alíquota normal de 15% sobre a totalidade da base de cálculo apurada; 
	
	b) da alíquota adicional de 10% sobre a parcela da base de cálculo que exceder ao limite de R$ 20.000,00. 
( RIR/1999 , art. 228 ) 
	5.2 Dedução de incentivosfiscais
	Poderão ser deduzidos do imposto mensal de 15% os incentivos fiscais a seguir relacionados, respeitados os limites máximos indicados: 
	
	a) Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT): até 4% do imposto, observadas as demais condições pertinentes; 
	
	b) doações e patrocínios realizados em favor de projetos culturais previamente aprovados pelo Ministério da Cultura: até 4% do imposto, observadas as demais condições pertinentes; 
	
	c) valores aplicados na aquisição primária de Certificados de Investimento em projetos, previamente aprovados pelo Ministério da Cultura, de produção de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras, desde que os Certificados de Investimento tenham sido emitidos e colocados no mercado com observância das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários: até 3% do imposto, observando-se que a dedução cumulativa desse incentivo, com o incentivo referido na letra "b", fica limitada a 4% do imposto; 
	
	d) Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente: as doações até o limite de 1% do imposto devido, vedada a dedução da doação como despesa operacional dedutível; 
	
	e) Fundo Nacional do Idoso: as doações e contribuições feitas aos Fundos controlados pelos Conselhos Municipais, Estaduais, cuja soma fica limitada a 1% do imposto, vedada a dedução da doação como despesa operacional; 
	
	f) Incentivo ao Desporto: desde o ano-calendário de 2007 e até o ano-calendário de 2015, inclusive, até o limite de 1% do imposto, vedada a dedução para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSL (Lei nº 11.438/2006 , alterada pela Lei nº 11.472/2007 ); 
	
	g) Programa Empresa Cidadã: o valor total da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a dedução como despesa operacional. A dedução fica limitada ao valor do imposto devido em cada período de apuração (Lei nº 11.770/2008 ; Decreto nº 7.052/2009 ; Instrução Normativa RFB nº 991/2010 ; Instrução Normativa RFB nº 1.292/2012 ); 
	
	h) Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD): a dedução fica limitada a 1% do imposto devido em cada período de apuração trimestral ou anual com relação ao Pronon, e a 1% do imposto devido em cada período de apuração trimestral ou anual com relação ao Pronas/PCD, vedada a dedução como despesa operacional; 
	
	i) Programa de Cultura do Trabalhador: a partir do ano-calendário de 2013 até o ano-calendário de 2016 (exercício de 2017), o valor despendido a título de aquisição do vale-cultura poderá ser deduzido do Imposto de Renda devido pela pessoa jurídica beneficiária tributada com base no lucro real, observando-se que a dedução é limitada a 1% do imposto devido, sem a inclusão do adicional, e somente se aplica em relação ao valor do vale-cultura distribuído ao usuário. Sem prejuízo, a pessoa jurídica beneficiária do Programa de Cultura do Trabalhador que tiver por objetivo estimular a visitação a estabelecimentos culturais e artísticos poderá deduzir o valor despendido a título de aquisição do vale-cultura como despesa operacional, devendo, entretanto, adicionar o valor para fins de apuração da base de cálculo da CSL (Lei nº 12.761/2012 , arts. 1º a 12). 
	Notas 
	(1) Os limites de dedução desses incentivos fiscais são calculados, exclusivamente, com base no imposto devido à alíquota de 15% (sem o adicional de 10%), diminuído da parcela do imposto incidente sobre lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior. 
	(2) O incentivo do PAT, calculado com base nas despesas de custeio incorridas no mês, que exceder o limite de 4% do imposto poderá ser aproveitado até o segundo ano-calendário subsequente, sempre respeitando o referido limite. 
	(3) Os incentivos referidos nas letras "a" a "d" que não puderem ser aproveitados no mês da realização dos dispêndios incentivados, em virtude do limite de dedução do imposto, poderão ser aproveitados nos meses subsequentes até o mês de dezembro do ano-calendário em curso, inclusive no ajuste anual (Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , arts. 9º , § 4º, e 23, §§ 3º e 4º). 
	(4) A pessoa jurídica poderá aderir ao Programa Empresa Cidadã mediante Requerimento de Adesão formulado em nome do estabelecimento matriz, pelo responsável perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), conforme regras estabelecidas na Instrução Normativa RFB nº 991/2010 . O Requerimento de Adesão deverá ser formulado exclusivamente no site da Secretaria da RFB na Internet, www.receita.fazenda.gov.br, e o acesso ao endereço eletrônico será através de código de acesso ou mediante certificado digital válido. 
( RIR/1999 , arts. 229 , 394 , § 11, 475 a 489, 543 e 581 a 588; Lei nº 12.213/2010 ; Lei nº 9.874/1999 ; Lei nº 9250/1995 , art. 12 , I; Medida Provisória nº 2.189-49/2001 ; Decreto nº 794/1993 , art. 1º ; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 9º , § 4º, e 23, §§ 3º e 4º; Instrução Normativa SRF nº 267/2002 , art. 9º ) 
	5.3 Compensação de imposto retido na fonte ou pago sobre receitas computadas na base de cálculo do imposto mensal
	Pode ser deduzido do imposto mensal o valor do Imposto de Renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto mensal, que compreende: 
	
	a) o imposto retido na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados por outras pessoas jurídicas, a título de: 
	
	a.1) remuneração de serviços profissionais; 
	
	a.2) comissões e corretagens ou qualquer outra remuneração pela intermediação de negócios; 
	
	a.3) serviços de limpeza e conservação de imóveis, segurança, vigilância e locação de mão de obra; 
	
	a.4) multas ou quaisquer outras vantagens, inclusive indenização, em virtude de rescisão de contratos; 
	
	a.5) serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber (Lei nº 10.833/2003 ); 
	
	b) o imposto retido na fonte sobre pagamentos efetuados por órgãos públicos federais pelo fornecimento de bens ou serviços; 
	
	c) o imposto pago pela agência de propaganda, incidente sobre serviços de propaganda e publicidade. 
	Nota 
	Do imposto mensal calculado por estimativa, não poderão ser deduzidos o imposto retido na fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa nem o imposto pago separadamente sobre ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável, pois os rendimentos e ganhos líquidos submetidos a essas formas de tributação não integram a base de cálculo do imposto mensal. 
( RIR/1999 , arts. 229 , 647 a 651 , 653 e 681 ) 
	5.4 Exemplo
	Admita-se que, em determinado mês, uma empresa: 
	
	a) auferiu receita de vendas de mercadorias, no valor total de R$ 1.950.000,00, e receita de prestação de serviços, no total de R$ 280.000,00, sem inclusão do IPI e líquidas de descontos incondicionais e de devoluções feitas por clientes (veja o subitem 4.2); 
	
	b) alienou bens do Ativo Não Circulante (antigo Ativo Permanente), tendo apurado ganho de capital no valor de R$ 60.000,00 (veja o subitem 4.3); 
	
	c) não auferiu outras receitas ou rendimentos que devam ser incluídos na base de cálculo do imposto mensal. 
	Nesse caso, admitindo-se que os percentuais aplicáveis sobre a receita bruta sejam de 8% sobre a receita de vendas de mercadorias e de 32% sobre a receita de prestação de serviços, teremos: 
	
	a) determinação da base de cálculo do imposto: 
		8% sobre R$ 1.950.000,00 (receita de vendas de mercadorias)
  
	R$ 156.000,00
  
	32% sobre R$ 280.000,00 (receita de prestação de serviços)
  
	R$ 89.600,00
  
	Ganho de capital (lucro) na alienação de bens do Ativo Não Circulante
  
	R$ 60.000,00 
  
	Base de cálculo do imposto mensal
  
	R$ 305.600,00b) cálculo do imposto devido: 
		Imposto normal: 15% sobre R$ 305.600,00
  
	R$ 45.840,00
  
	Adicional: 10% sobre R$ 285.600,00 (R$ 305.600,00 - R$ 20.000,00)
  
	R$ 28.560,00 
  
	Imposto e adicional devido
  
	R$ 74.400,00
  
	
	c) determinação do valor do imposto a pagar, considerando que a empresa tem direito à dedução do incentivo do PAT pelo limite máximo admitido e não sofreu desconto do imposto na fonte sobre receitas computadas na base de cálculo do imposto mensal: 
		Imposto e adicional devido
  
	R$ 74.400,00
  
	Dedução: PAT: 4% sobre R$ 45.840,00
  
	R$ (1.833,60) 
  
	Imposto líquido a pagar
  
	R$ 72.566,40
  
	
	6. PAGAMENTO DO IMPOSTO MENSAL
	6.1 Prazo
	O imposto devido em cada mês deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao mês de apuração. 
	Nota 
	Se o pagamento for efetuado com atraso, deverá ser acrescido de multa e juros de mora. 
( RIR/1999 , art. 858 ) 
	6.2 Preenchimento do Darf
	No preenchimento do Darf para o pagamento do IRPJ deverão ser utilizados os seguintes códigos: 
	
	a) pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real: 
	
	a.1) entidades financeiras: 2319; 
	
	a.2) demais pessoas jurídicas: 2362; 
	
	b) pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real: 5993. 
	6.3 Imposto apurado de valor inferior a R$ 10,00
	O Darf não pode ser utilizado para pagamento de tributos e contribuições de valor inferior a R$ 10,00. 
	Se o imposto mensal a pagar for inferior a R$ 10,00, deverá ser adicionado ao imposto devido em mês(es) subsequente(s), até que o valor total seja igual ou superior a R$ 10,00, quando, então, deverá ser pago no prazo para o pagamento do imposto devido no mês em que esse limite for atingido, juntamente com esse e sem nenhum acréscimo moratório. 
	Nota 
	De acordo com a Lei nº 11.941/2009 , art. 29 - conversão da Medida Provisória nº 449/2008 , que incluiu o art. 68-A ao texto da Lei nº 9.430/1996 , o Poder Executivo poderá elevar para até R$ 100,00 os limites e valores de que tratam os arts. 67 e 68 da citada lei, inclusive de forma diferenciada por tributo, regime de tributação ou de incidência, relativos à utilização do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), podendo reduzir ou restabelecer os limites e valores que vier a fixar. 
( RIR/1999 , art. 873 , §§ 4º e 5º) 
	
	7. OPÇÃO PARA APLICAÇÃO NO FINOR, NO FINAM OU NO FUNRES
	Desde 26.05.2001, somente a pessoa jurídica tributada pelo lucro real que mantenha projeto próprio aprovado com base na Lei nº 8.167/1991 , art. 9º , poderá optar pela aplicação de parte do imposto mensal no Finor, no Finam ou no Funres (este último restrito às empresas domiciliadas no Estado do Espírito Santo), observando-se o seguinte ( RIR/1999 , art. 601 , com a redação da Medida Provisória nº 2.199-14/2001 ): 
	
	a) a opção é exercida mediante recolhimento, em Darf específico, no mesmo prazo do Imposto de Renda, da parcela do imposto mensal de valor equivalente a até: 
	
	a.1) 18% para o Finor ou para o Finam e 25% para o Funres, no período de 1º.01.1998 até 12.2003; 
	
	a.2) 12% para o Finor ou para o Finam e 17% para o Funres, no período de 1º.01.2004 até 12.2008; 
	
	a.3) 6% para o Finor ou para o Finam e 9% para o Funres, no período de 1º.01.2009 até 12.2013; 
	Nota 
	A opção por aplicar parte do imposto nos Fundos de Investimentos Regionais ficará extinta a partir de 1º.01.2014. 
(Instrução Normativa SRF nº 267/2002 , art. 105 ) 
	
	b) no campo 04 do Darf, deverá ser indicado o código de receita relativo ao fundo pelo qual a empresa optar, a saber: 
	
	b.1) 9017 - Finor - Opção Lei nº 8.167/1991 , art. 9º ; 
	
	b.2) 9032 - Finam - Opção Lei nº 8.167/1991 , art. 9º ; 
	
	b.3) 9058 - Funres - Opção Lei nº 8.167/1991 , art. 9º ; 
	
	c) a opção será irretratável para todo o ano-calendário e não poderá ser alterada, importando alertar para o seguinte: 
	
	c.1) se os valores destinados para os fundos durante o ano excederem ao total a que a pessoa jurídica tiver direito, apurado com base no imposto devido sobre o lucro real anual, a parcela excedente será considerada: 
	
	c.1.1) para as empresas que têm direito de aplicação em projeto próprio, como recursos próprios aplicados nesse projeto; 
	
	c.2) se ocorrer pagamento a menor de imposto em virtude de excesso de valor destinado para os fundos, a diferença deverá ser paga com acréscimo de multa e juros de mora. 
( RIR/1999 , art. 601 ; Medida Provisória nº 2.199-14/2001 ) 
	
	8. REDUÇÃO OU SUSPENSÃO DOS PAGAMENTOS MENSAIS COM BASE EM BALANÇO OU BALANCETE
	A pessoa jurídica que optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa poderá, com base em balanço ou balancete periódico, levantado com observância da legislação comercial e fiscal e transcrito no Diário ( RIR/1999 , art. 230 ): 
	
	a) suspender o pagamento do imposto relativo ao mês em que levantar o balanço ou balancete, quando o valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do ano-calendário em curso, até esse mês, for igual ou inferior à soma do imposto pago correspondente aos meses anteriores do mesmo ano-calendário; 
	
	b) reduzir o valor do imposto a pagar ao montante correspondente à diferença positiva entre o imposto devido sobre o lucro real do ano-calendário em curso, até o mês em que levantar o balanço ou balancete, e a soma do imposto pago, correspondente aos meses anteriores do mesmo ano-calendário; 
	
	c) suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido no mês de janeiro se, com base em balanço ou balancete levantado nesse mês, apurar prejuízo fiscal ou se o imposto calculado sobre o lucro real apurado for inferior ao calculado por estimativa. 
	Nota 
	A não escrituração do livro Diário e do Lalur até a data fixada para o pagamento do imposto do respectivo mês (último dia útil do mês subsequente), constatada pelo Fisco, implicará a desconsideração do balanço ou do balancete de suspensão ou redução, ficando a empresa sujeita à cobrança dos valores indevidamente suspensos ou reduzidos, com os acréscimos legais previstos na legislação. 
( RIR/1999 , art. 230 ; Instrução Normativa SRF nº 93/1997 , art. 15 , § 3º) 
		Legislação Referenciada
	
  Ato Declaratório SRF nº 7/2000 
  Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 20/2007 
  Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 26/2008 
  Ato Declaratório Normativo Cosit nº 16/2000 
  Ato Declaratório Normativo Cosit nº 22/2000 
  Ato Declaratório Normativo Cosit nº 6/1997 
  Ato Declaratório Normativo Cosit nº 7/1993 
   RIR/1999 
  Decreto nº 4.544/2002 
  Decreto nº 6.539/2008 
  Decreto nº 6.674/2008 
  Decreto nº 7.052/2009 
  Decreto nº 7.212/2010 
   TIPI 
  Decreto nº 794/1993 
  Decisão nº 106/1999
  Decisão nº 329/1997
  Decisão nº 99/1998
  Instrução Normativa RFB nº 1.079/2010 
  Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012 
  Instrução Normativa RFB nº 1.292/2012 
  Instrução Normativa RFB nº 991/2010 
  Instrução Normativa SRF nº 152/1998 
  Instrução Normativa SRF nº 21/1979 
  Instrução Normativa SRF nº 25/1999 
  Instrução Normativa SRF nº 267/2002 
  Instrução Normativa SRF nº 51/1978 
  Instrução Normativa SRF nº 93/1997 
  Lei nº 10.637/2002 
  Lei nº 10.833/2003 
  Lei nº 11.196/2005 
  Lei nº 11.438/2006 
  Lei nº 11.472/2007 
  Lei nº 11.727/2008 
  Lei nº 11.770/2008 
  Lei nº 11.941/2009 
  Lei nº 11.945/2009 
  Lei nº 12.213/2010 
  Lei nº 12.249/2010 
  Lei nº 12.715/2012 
  Lei nº 12.761/2012 
  Lei nº 12.814/2013 
  Lei nº 6.404/1976 
  Lei nº 8.167/1991 
  Lei nº 8.313/1991 
  Lei nº 9.249/1995 
  Lei nº 9250/1995 
  Lei nº 9.430/1996Lei nº 9.532/1997 
  Lei nº 9.716/1998 
  Lei nº 9.718/1998 
  Lei nº 9.874/1999 
  Lei nº 9.964/2000 
  Medida Provisória nº 2.158-35/2001 
  Medida Provisória nº 2.189-49/2001 
  Medida Provisória nº 2.199-14/2001 
  Medida Provisória nº 449/2008 
  Medida Provisória nº 451/2008 
  Solução de Consulta nº 5/2010

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