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Principias:
Nulidades em Espécie (art. 564)
Obs.O rol elencado no art. 564 é apenas exemplificativo, e não taxativo, pois não esgota todas as
possíveis nulidades que podem acontecer no caso em concreto. Esse rol trata das principais e
possiveis nulidades que podem ocorrer.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
1-por incompetência, suspeição (art. 254 CPP)ou suborno do juiz;
ocorre a nulidade quando houver incompetência. Incompetência estuda a competência e o limite da
jurisdição ou do poder jurisdicional.
Obs. as regras de competência são absolutas, gerando a nulidade absoluta, sendo apenas uJ!l.a
relativa, a competência territorial ou ratione loci, gerando a nulidade relativa.
Obs. o juiz deve se declarar suspeito em se enquadCando em uma das hipóteses do art. 254 CPP.Os
atos praticados por ~~p,elto nas hipóteses do art. 254 CPPsão geradores de nulidade absoluta.
Ob~~~zão" i cofl) etê Cia~ql0ta,gera"nuHdadE>-abs()fotaodos-tftO;_e..QS.GeTeitt>S
de"n'U1i'd1ilrlelâtiva,ge~uli ade-relàtivá Õ!Hltos.
I9bs. as causas de impedimento vem descritas no art. 252 do CPP, o juiz impedido, não possui
jurisdição (poder de dizer o direito), por isso, o ato praticado por um juiz impedido é considerado-ª.1g
inexistente, e não ato nulo.
Suborno quer dizer a desonestidade funcional, é um termo genérico. É decorrente da prática de três
eventuais crimes: crime de concussão, corrupção ativa e corrupção passiva (art. 316, 317 e 333 CP
respectivamente) .
Qualquer ato praticado pelo juiz dentro dessas modalidades de crime gera a nulidade absoluta no
processo.
11- por ilegitimidade de parte;
Obs. a legitimidade se divide em legitimidade ad causam (condição da ação), diz respeito a
capacidade de ser parte, ou seja, pode figurar no pala ativo de uma ação. Se não for respeitada a
I~gi!imidªde3d causam. gera a o,,'idade absglyta dentro do processo. Legitimidade adprocessum
(pressuposto processual) é a capacidade de estar em juizo. Se a legitimidade od pracessum não for
observada, a maioria da doutrina chega a conclusão de que os atos praticados pela parte ilegitima
gera a nulidade relativa, se os atos não forem ratíficados a tempo, permanece sendo tratado como
uma nulidad~~ ••.r'.Os atos praticados no processo com infringência de nulidade ad pracessum
gera nulidade relativa, estes atos devem ser ratificados antes que o processo termine, pois caso o
processo seja sentenciado transitado em julgado, este processo poderá ser questionado para uma
possível nulidade absoluta.
111- por falta das fármulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, la portaria
ou o auto de prisão em flagrante - revogada);
Obs. a representação é um ato formal que deve ser feito pelo representante legal ou da pessoa que
tenha capacidade.
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestigios, ressalvado o disposto no artigo
167;
Obs. a lei exige para os crimes materiais a realização de exame de corpo de delito, sendo
indispensável, ressalvado quando os vestigios tenham desaparecidos do exame de corpo de delito
indireto.
Obs. exame de corpo de delito para os crimes materiais são considerados indispensáveis, desde que
seja possivel confeccionar.
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que a não tiver, ou 00 ausente, e de (curador ao menor
de vinte e um anos-revogado);
Obs.nenhum ato processual pode ser praticado sem o réu estar devidamente assistido por um
profissional habilitado, mesmo que o acusado tenha condições de pagar advogado.
d) a intervenção do Ministéria Público em todos os termas da ação por ele intentada e nas da
intentada pela parte ofendida, quando se trator de crime de ação pública;
c) anomeação de defensoraoréupresente, que 2---nªotiver. oU3-0aUSel)te, e de
curadoraomenor de 21 an0;yülâÍ1erinaLIevogáda, ni;;guémpodeseracusa~~em a
presençed um profissionalhabili tadoacompanhandugeranulidadeabsoluta,
porinfringenciaaoprincipio da ampladefesa).
d) aintervenção do MinistérioPúblicoemtodosostermos da açãoporeleintentada e nos
da. intentad;zpe a parte ldida, uando se tratar de crime de a.ç.ãoPública; (o MP
com autor d ~odevéeslt n!sen naprati£<\ de todos~>ra-p(esença-do MP é
atopriv tivo o ~ en Idequ '0/ atà~atic(dosem a presença do j MP
ge~anuli a erelativa. deven oserrati - cridoa~nárct;;processõ:" podendo se
tJrnarnulidadeabsoluta, emcaso de ação penal públicaousubsidiária da pública. se não
for ratificado.
e) Acitação do réuparaver-se processar, o seuinterrogatório.
quandopresente,(principio da ampladefesa- auto defesa) e osprazosconcedidos à
acusação e à defesa; (geramNulidadesabsolutas) (quando o juiz concede prazopara a
defesadevehaverrnanifestação das partes)
(Nulidades no tribunal do júri)
f) asentença de pronúncia. e a entrega da respectivacópia. com o rol de testemunhas,
nosprocessosperante o Tribunal do Júri;
g) aintimação do réupara a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei
nãopermitir o julgamento à revelia; (se o réu for citadonaprimeirafàse, podeserjulgado
a revelianasegundaíàseemqualquer crime doloso contra vida. o quenecessita é a
comunicaçãoaoréu da sentença e a seuadvogado de todososatosprocessuais)
h) aintimação das testemunlmsarroladas no libelo e nacontrariedade.
nostermosestabelecidospela lei;
i) apresençapelomenos de 15 juradospara a constituição do júri;
j) osorteio dos jurados do conselho de sentençaemnúmero legal e
suaincomunicabilidade; (sob pena de nulidadeabsoluta)
k) osquesitos e as respectivasrespostas;
I) aacusação e a defesa, nasessão de julgamento; (oportunidades de manifestação das
partes)
m) asentença; (dizrespeitoaosrequisitos da senteça. art 581)
n) orecurso de oficio, noscasosemque a lei o tenhaestabelecido; (trata-se de
umadeterminaçãoimpostaaoj uiz, se nãofizertraznul idadeaoprocesso)
o) aintimação, nascondiçõesestabelecidaspela lei, paraciência de sentenças e
despachos de quecaibarecurso;
-J::, p) noSupremo Tribunal Federal e nosTribunais de Apelação, o quorum legal para o
julgamento; (se nãotiver o quórumestabelecidopor lei haveránulidadeabsoluta)
IV poromissão de forrnalidadequeconstituaelementoessencial do
ato. (Fórmulagcnérica)
Parágrafoúnico. Ocorreráainda a nulidade. pordeficiência dos quesitosou das
suasrespostas, e contradição entre estas. (As
repostascontrad itóriasserão \'0 tadasnovamenteapósex pIicação do j uiz)
Obs; o rolelencado no art 564 é apenasexemplificativo e nãotaxativo.
poisnãoesgotatodas as
casoconcreto.Eletrata das
processo.
possíveisNulidades de podemacontecer no
principais e possíveisNulidadesquepossavirocorrer no
Ar!. 565. Nenhuma das partespoderáargüirnulidade a quehaja dado causa,
ouparaquetenhaconcorrido. oureferente a formalidadecujaobservânciasó ã parte
contráriainteresse.
Art. 566. Nãoserádeclarada a nulidade de'
atoprocessualquenãohouverinf1uídonaapuração da verdadesubstancialounadecisão da
causa. (Principio da instrumentalidade das formas)
Arl:.-567. A incompetência do juízoanulasomenteosatosdecisórios, devendo o
processo. quando for declarada a nulidade. serremetidoaojuizcompetente.
-->Momento de arguição da nulidade
Obs: (somente a relativa, pois a absolutanãopreclui, o juizdevcreconhecer de olicio a
qualqueI'Inomentoprocessual)
Art. 571. As nulidadesdeverãoserargüidas:
" I-as da instrução criminal dos processos da competência do júri. nosprazos a que se
refere o ar!. 406 (petição da 2" fase do tribunal do júri)
11 - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos
processosespeciais, salvo os dos Capítulos V e VII do Título 11do Livro 11,nosprazos
a que se refere o ar!. 500; (deveserrealizado no primeiromomentoque a parte pode se
manifestaolicialmente no processo após a ciência da nulidade do ato, sob pena de
preclusão)
III - as do processosumário. no prazo a que se refere o art. 537. ou. se
verilicadasdepoisdesseprazo. logo depois de abertaaaudiência e apregoadasas partes:
IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título 11do Livro 11,logo depois de
abertaaaudiência;
V - as ocorridasposteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e
apregoadas as partes (art. 447);
VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais de Apelação, nosprazos a que se refere o ar!. 500;
VII - se verilicadasapós a decisão da primeirainstância. nasrazões de recursoou logo
depois de anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;
VIII - as do julgamentoemplenário, emaudiênciaouemsessão do tribunal, logo depois
de ocorrerem.
Art. 572. As nulidadesprevistas no ar!. 564, m, d e e, segunda parte, g e h. e IV,
considerar-se-ãosanadas (relativas, as quenãoconstallJ):lqu~ãl\,ç~:n ~ (faz um
divisão do queseriamNulidadesrelativas e absolutas) (regras de conviífdaçao do ato)
Obs: pergunta- se o códigodizquaissão as Nulidadesrelativas e absolutas?
Diretamentenão, porémdescreve no art 572 quaissão as relativas. logo as
demaisserãoabsolutas.
Se a falta de intervenção do MP 110 processoforemratificadas no decorrer do
processo passa a serNulidaderelativa. senãoforemratificadasgeranulidadeabsoluta
(P~~~\'i~ R..e-6J('6~ ):JS L.l.JIv'l/Dt.-;)')IJ (.~.) TX) }JrJ:
.1 - se nãoforemargüidas, em tempo 0p0l1uno. de acordocom o disposto no artigo
anterior;
11- se, praticadoporoutra forma, o atotiveratingido o seufim;
III - se a parte, aindaquetacitamente, tiveraceitoosseusefeitos.
(Regras de convalidação do ato)
- Súmulas do STF quedizemrespeito a Nulidades: ,
. 155
"156
,160
,162
•••.206
,351
......366
- 431
,523
" 564
-706
~ 707
"708
'712
- súmulavinculante n li.
-->Eventuaisnulidade no InquéritoPolicial:
---7) O IP, nãopossuicontraditório e é um procedimentoadministrativo, busca unilateral
de provas, nãopossuem o mesmo rigor que o processoparasuaconfecção.Nãoháque se
falar a declaração de nulidade do inquéritopolicial no seutodo.
evidentementealgumatopraticado no
inquéritonãopossaposterionnenteserconsideradanula no processo:
1.Não se declarainteiramentenulo no IP;
2. ~tual nulidadeexistente no IP jamaisvaicontaminar a ação penal (pois as
provas1evantadas no IP devemserconfirmadasemjuízoparater valor)
,
Obs. o Ministério Público deve estar presente em todos os atos e os atos praticados pelo MP são
privativos do MP, estando impossibilitado o juiz de nomear qualquer pessoa diferente senão
membro do MP. O STF entende que os atos praticados sem a presença do MP é tratado como
nulidade relativa, se não for ratificado, será tratado como nulidade absoluta, ou seja, deverá ser
ratificado até o final do processo.
eJ a citação da réu para ver -se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos
concedidos à acusação e à defesa;
Obs. ao réu presente, o seu interrogatório é imprescindivel a qualquer tempo antes do trânsito em
julgado, pois faz parte da ampla defesa, sob pena de nulidade absoluta do processo.
Nulidades do Tribunal do Júri
fJ a sentença de pronúncia, a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos
perante o Tribunal do Júri;
gJ a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir
o julgamento à revelia;
obs.qualquer crime doloso contra a vida, o réu pode ser julgado a revelia no tribunal do júri.
hJ a intimação dos testemunhas arroladas na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei}
iJ a presença pelo menos de quinze jurados para a constituição do júri}
jJ o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade}
kJ os quesitos e as respectivas respostas!
IJa acusação e a defesa, na sessão de julgamento!
mJ a sentença!
nJ o recurso de ofício, nos casos em que a lei o tenha estabelecido}
oJ a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, poro ciência de sentenças e despachos de que
caiba recurso!
12/08/14 - aula 03
- Teoria Geral dos Recursos
Recurso tem significado de retorno. Tem por finalidade buscar ou provocar o reexame de uma
determinada matéria. A interposição de um recurso irá provocar o retorno de uma matéria.
Classificacão
Meios de impugnação: é quando uma das partes do processo não concorda com a decisão que foi
proferida.
Meio de impugnação é o gênero no qual recurso é espécie.
Os meio de impugnação se divide em:
aJ recursos: a principal característica do recurso é a continuidade do mesmo processo, ou seja, é a
continuação da mesma relação juridica processual.
bJ açõo autônoma de !mpugnaçõo:é outra forma de se impugnar uma decisão proferida no
processo, porém a questão será discutida em uma outra relação jurídica processual. Ex. habeas
corpus(é uma ação autônoma de impugna'ção).
Obs. a jurisdição é dividida em 1Q e 2Q grau.
Obs. a exceção de decisão monocrática do juiz de primeiro grau é o tribunal do júri, onde a decisão é
formada por um colegiado (júri e juiz togado), as demais decisões em 1Q grau são decisões
monocráticas. As decisões de segundo grau são colegiadas, onde se irá produzir o termo denominado
acórdão (vem de acordo). Em caso de empate a decisão dos tribunais, prevalece a decisão mais
favorável ao réu.
Obs.os decisões de segundo grau quando elas transitam em julgado, passa a receber o nome de
Aresto.
Definicão de Recurso
Recurso é o meio processual voluntário de impugnação, com a finalidade de buscar um resultado
mais vantajoso na mesma relação juridica processual. Sua finalidade é provocar o reexame de uma
decisão por um órgão jurisdicional superior.
Fala-se em fundamento do recurso que o mesmo tem um fundamento constitucional, onde o mesmo
é implícito, ou seja, não tem o dispositivo expresso na CF exclusivo para os recursos, entretanto
implicitamente há uma fundamentação para os recursos na CF. A base constitucional dos recurso é a
previsão no princípio do duplo grau de jurisdição na capítulo da seção do poder ju2]ciário_ e quando
fixa a competência recursal dos Tribunais (art. 108,ss CF). (PROVA) od.q 2 C 1'". ~-
No art. 5º, LV que fala dos recursos a ela inerentes de forma genérica. (PROVA)
, Fundamento doutrinário dos Recursos
a) a inconformismo: natural dos seres humanos;
b) segurança juridica: decorre da maior experiêncía dos integrantes dos tribunais.
c) melhor controle do poder jurisdicional;
d) visa evitara falibilidade humana;
Obs. o princípío do duplo grau de jurisdição não é absoluto porque nem todas as decisões são
recorríveis, haja vista que algumas decisões no processo penal não são passíveis de recurso, ou seja,
o princípio do duplo ~u_de jurisdicão é relatiJIo.
Obs. Não existe recurso cabível para decisão que recebe uma denúncia.
Obs. o recurso por provocar o reexame da matéria, não é possivel trazer no recurso nova tese,
denominada supressão de instância, caso isso ocorra, estará sujeita a Qulldade...absol!J1a.O 5TF já se
pronunciou que matérias que em teses beneficiam o réu não estão sujeitas a supressão de instância.
Classificacão dos Recursos
• quanto a fonte
a) constitucionais: quando vier previsto na CF.
b) Legais:quando vierem previstos nas demais leis.
- quanto a iniciativa:
a) voluntária: todo recurso é voiuntário e somente as partes do processo podem interpor.
b) necessário: quando se fala tecnicamente em recurso, não existe recurso necessário.
- quanto ao motivo:
a) ordinário: quando não se exige do recurso nenhum requisito específico para o seu cabimento.
b)extroordinária: são aqueles que exigem requisitos específicos para o seu cabimento.
1º grau é chamado de juízo o quo e 2º grau é chamado de juízo ad quem.
Pressupostos Recursais
Obs.Os pressupostos dizem respeito a interposição dos recursos. Quando interposto um recurso, o
juiz fará o juízo de admissibilídade devendo preencher os requisitos ou pressupostos.
01 objetivos:
• cabimento: é a previsão legal do recurso, ou seja, o recurso tem que estar previsto em lei.
• adequação: o recurso deve ser adequado a decisão que eudesejo impugnar.
Obs. princípio da fungLbilidade recursai (art. 579 CPP) diz que não havendo ma-fé, a parte não será
prejudicada pela interposição de um recurso inadequado por outro, ou seja, o juiz vai receber o
recurso como se adequado fosse. É aplicado porque a parte demonstra o desejo de impugnar a
decisão, pois o mesmo busca o reexame da decisão. Se naquela hipótese não caber nenhum recurso,
não caberá este princípio.
Obs. princípio da cónversão é quando o recurso for eventualmente f&:t endereçado a um órgão
jurisdicional equivocado, neste caso, aplicando o princípio da conversão, o próprio órgão irá
encaminhar o recurso para o tribunal correto.
Obs. O princípio da fungibilid~e tem limite, quandol-';l' má-fé, não se verifica o princípio da
fungibilidade.
Obs.em razão desses dois princípios, o pressuposto da adequação foi retatiyiz~do .
• O recurso de apelação é reservado para as decisões definitivas .
• tempestividade: o recurso deve ser interposto dentro do prazo previsto em lei, cada recurso tem
um prazo específico em lei. Não existe remédio para a falta de tempestividade.
- regularidade procedimental: a lei para cada recurso traz um procedimento adequado, que deve ser
seguido por aquele que pretende recorrer, é o preenchimento das formalidades procedimentais.
Obs. termos nos autos é recorrer de forma oral. Se a regularidade procedimental não for observada,
o recurso será rejeitado de plano.
Obs. os pressupostos objetivos são cumulatNos.
Obs.principio da unirecorribilidadesignifica que em regra geral, só é possivel um único recurso para
cada decisão, cabendo exceções de interposição, desde que o recurso tenha finalidade distinta. Ex.
recurso extraordinário (visa matéria exclusivamente constitucional dirigida ao STF) e recurso
especial.
. Obs. o sistema processual adotou o sistema multi recursal, ou seja, há múltiplos recursos.
- bl subjetivos:
-legitimidade (art. 577 CPP):
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, au pela réu, seu
pracuradar au seu defensar. Poderá também o.assistente de acusação..
Obs. a iegitimidade do assistente de acusação no processo penal é chamada de legitimidade
supletiva. " .
- interesse:só pode recorrer aquele que tem interesse de recorrer, Ou 'S&:JII ,~,...., çvc»", ':>'''.
Parágrafo. único. Não. se admitirá, entretanto., recurso. da parte que não. tiver interesse na refarma au
madificaçãada decisão.:
Pressu ostos Gerais Fundamentais dos Recursos:
- Sucumbência: é o atendimento de uma pretensão deduzida.
Obs. os requisitos objetivos e subjetivos são cumulativos.
Obs. o juizo de admissibilidade ou juízo de prelibação é reaiizado pelo próprio juiz que proferiu a
decisão, ou seja, o juiz a quo.
Obs. O juízo de admissibilidade é um juízo precárío, não é um juízo definitivo, pois no Tribunal, os
requisitos do recurso serão revistos.
26/08/14 - aula 04
RECURSOS
TEORIA GERAL
• Pressupostos Recursais:
o) objetivos:
b) subjetivos:
~ Fatos:
a) impeditivos:
• renúncia: é a manifestação expressa da vontade de não recorrer. A renúncia tem como
característica essenciala irrevogabilidade, ou seja, a renúncia é sempre írrevogável. Nem todas as
partes no processo podem renuncíar. Renunciar não significa não recorrer, renunciar sígnífica abrir
mão de forma expressa da interposição do recurso. Quem pode renunciar é o réu e seu advogado
constituido, esse advogado tem que ter poderes ,,"specif@:;. O defensor público, mediante renúncia
expressa do acusado pode ratificar esta Renúncia (posicionamento do STF).
o não recolhimento do réu a prisão: a lei de 200B revogou expressamente o' art. 594 CPP e
tacitamente revogou o art. 595. Hoje mesmo o réu condenado, mesmo que a sentença determine o
recolhimento a prisão) Mesmoo réu tendo em sua sentença condenatória determinação de se
recolher a prisão imediata e o mesmo não se apresenta, ele poderá interpor recurso mesmo assim,
8H'€eJ3reb pCQeri:i:t lle I f)Glrre"etIfo5&,
b} extintivos:acontece depois que o recurso está em trâmite, ou seja, o recurso está tramitando e o
fato acontece.
o desistência: interposto o recurso, algumas partes podem desistirdo recurso. O MP não pode desistir
do recurso uma vez interposto ~~i ••G, por expressa disposição legal (art. 576 CPP),m.lk
07
'AioliIl • .r;:.Asdemais partes podem desistir do recurso.
Obs. o réu pode desistir de interpor recurso, o advogado constituído do réu também pode desistir de
interpor o recurso, de que tenha poderes especiais.
"Obs. havendo desistência do réu e o advogado constituido do mesmo não quiser desistir, vale a
vontade do réu (jurisprudência). Em se tratando de réu assistido por defensoria pública, se houver
divergência entre a vontade do réu e a do defensor público, deve prevalecer a vontade técnica, ou
seja, prevalece a vontade de quem queira manter o recurso, não importa quem seja.
- deserção: era ligada a dois fatores:
"falta de preparo: o pagamento das custas recursais quando era exigida por lei. (art. B06,g2º CPP).
"fuga do réu: a fuga réu gerava causa de deserção, ou seja, fato que extinguia o recurso por
deserção.
Obs. hoje em dia, somente se terá a deserção do recurso pela falta de pagamento nos casos exigidos
por lei (art. B06,92º). Somente se terá fato impeditivo de interposição de recurso pela renú~cia, pois
o não recolhimento do réu a prisão foi revogado.
Obs. o juiz no momento que vai receber um recurso irá analisar os pressupostos recursais e ainda
verificar se não há nenhum fato impeditivo, e durante o trâmite do recurso tem que ficar atento
sobre fatos extintivos.
Obs.O juízo de prelibação existe em 1º grau, onde o mesmo é um juizo precário, pois o juízo de
prelibação definitivo é de 2º grau, para onde o recurso é endereçado, podendo inciusive modificar a
decisão no tocante a receber a decisão. A decisão de primeiro grau não vincula a decisão do 2º grau,
pois a mesma é precária.
Obs. o juiz encerra sua jurisdição com a publicação da sentença e dali em diante o mesmo prestará
auxílio para a instrução do recurso para seu julgamento em 2º grau.
Obs. o juizo de prelibação é um juizo precário porque o destinatário do recurso é o "tribunal, e não o
juiz de primeiro grau, onde o mesmo faz um juízo precário de prelibação, pois presta um auxílio ao
segundo grau. Quando o tribunal receber o recurso preparado para julgamento, o tribunal irá
verificar novamente a pertinência processual do recurso, ou seja, vai novamente verificar todos os
pressupostos processuais.
Pressuposto Fundamental
A sucumbência é pressuposto fundamental que dá sentido ao recurso, o interesse nasce da
sucumbência, ou seja, a sucumbência é aigo que eu tenha pedido e o juiz não tenha deferido.
- Classifica cão da sucumbência:
'a) única:quando atinge apenas uma das partes.
, b) múltipla: quando ela atinge ambas as partes.
,'c) direta: atinge uma das partes da relação processual
.d) reflexa: atinge uma pessoa fora da relação processual.
e) parcial: quando somente parte do pedido não foi acolhido pelo juiz.
f) total: quando o pedido não é acolhido na sua totalidade.
filbs. a decisão de primeiro grau não vincula a decisão de segundo grau, pois há um juízo de
prelibação precário.
Efeitos do Recurso
Obs. quando o recurso é interposto, quais são os efeitos que a interposição do recurso causa no
processo?
1- efeito devolutivo: este efeito é comum a todos os recursos, esse efeíto é ímplicíto ~-=leg!6S.
_s. Efeito devolutivo significa dizer que a interposição do recurso reabre a possibilidade de
análise da questão objeto do recurso, através de um novo julgamento perante o 2Q grau de
jurisdição. O efeito devolutivo também devolve o conhecimento da matéria ao 2Q grau de jurisdição.
Na verdade o efeito devolutivo transfere o conhecimento da matéria ao juízo de 2Q grau, reabrindo a
possibilidade de julgamento. Em alguns casos, a transferência do conhecimento da matéria é
destinada ao mesmo juiz de 1Q grau que prolatoua decisão recorrida. Excepcionalmente, alguns
recursos irão produzir O efeito devolutivo no recurso, mas não ao órgão superior, e sim aojuiz de
primeiro grau que prolatou a decisão. Esses recursos que devolvem o conhecimento da matéria ao
próprio juiz de 1Q grau é denominado de efeito devolutivo iterativo, ou seja, o efeito devolutivo
iteratiyn ocorre_quando o reexame da matéria é devolvido ao p~prio 'uiz que proferiu a decisão
r~ida~grau.
Obs.Quando o recurso devolve o conhecimento da matéria ao 2Q grau exclusivamente se denomina
de reiterativo. <;, F; l~ r.P '
- Efeito devolutivo misto terá um primeiro momento a devolução do conhecimento da matéria ao
próprio juiz que prolatou a sentença, em um segundo momento, terá efeito devolutivo em 2Q grau.' '\(~ ,r.•••
2. efeito suspensivo: funciona como condição de eficácia da decisão recorrida, depende de expressa ~-r,
disposição legal ao recurso. No silêncio da lei, não há efeito suspensivo ao recurso. O efeito
suspensivo significa que a sentença que foi proferida fica congelada aguardando o julgamento do
recurso. O efeito suspensivo depende de previs~o legal ede que o juiz no juízo de prelibação deverá
dizer em gvais efeitos receberá o recurso,
Obs. Recurso de decisão absolutória nunca terá efeito suspensivo no que diz respeito a colocação do
réu em liberdade, ou seja, o réu uma vez absolvido, terá que ser posto em liberdade.
Obs. o juiz em cada caso concreto ao analisar a pertinência processual do recurso, o mesmo vai dizer
se vai receber o recurso com efeito suspensivo ou não e em que parte recebe o efeito suspensivo.
3- efeito regressivo (juiziLde retratação): acontece nos casos de recurso com efeito i~0..2.u
'I!Ato. Acontece nas hipóteses em que a interposição do recurso vai possibilitar que o próprio juiz
que prolatou a decisão recorrida reavalie sua própria decisão, possibilitando ao juiz em um primeiro
momento se retratar. fPHee&.t"~8R'-efei:t8 r gmrrh'~ãcwi8s.t:imt&os~':'deciSÕeDQteçJocutórias,
poisbusca dar maior celeridade ao processo. Esse efeito é excepcional, depende de expressa previsão
legal. No silêncio da lei, não existe efeito regressivo.
4- efeito extensivo lart. 580 CPP): não é um efeito da interposição do recurso, é um efeito que
éconcedido no julgamento do recurso. É aplicável no caso de cQ!)curso de agentes. O efeito extensivo
é efeíto da decisão do recurso, é normalmente aplicado de ofício pelo tribunal julgador. O recurso
de um será estendido aos demais corréus que não recorreram, _5 g scnJ8tl~ ~_, se os
outros estiverem na mesma situação, o recurso será estendido.
Art. 580. No coso de concurso de agentes (Cádigo Penal, artigo 25), o decisão do recurso interposto
por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de coráter exclusivamente pessoal,
aproveitará aos outros.
Proibicão da Reformatio In Pejus Art. 617 CPP
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nos suas decisões ao disposto nos artigos 383, 386 e
387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada o peno, quando somente o réu houver
apelado do sentença.
Obs.se fala em recurso exclusivo da defesa quando somente a defesa recorre.
Quando se fala em caso de recurso exclusivo da defesa, somente nesta hipótese se aplica o art. 617.
Se ambas as partes recorreram, não há a falar-se em proibição da reformatio in pejus. O art. 617 fala
que em recurso exclusivo da defesa, a situação do réu;;'pode ser" piorada em ne.nhuma hipótese, ou
seja, o julgamento do recurso jamais pode piorar a situação do réu no processo, por mais que haja
uma causa de nulidade no processo e se essa nulidade implicar em qualquer piora, essa nulidade não
pode ser reconhecida.
'-Reformotio in pejus direta: consiste em uma sentença onde só defesa recorre, o tribunal no
julgamento do recurso jª-W.<!Jspoderá piorar a situação do réu.
- reforma tio in pejus indireta:produz uma consequência para o processo, instaura um novo processo
para o réu, -onde a sentença anulada serve como parâmetro para o novo processo, ou seja, a
sentença anulada é o limite da nova sentença a ~er dada. O juiz ao julgar o processo novamente fica
limitado quando a prolação da nova sentença a sentença anulada.
Pergunta de prova: é possível um ato nulo reconhecido e declarado pelo juiz ainda gerar efeitos no
processo penal? .
Resposta: sim. Um ato nulo no processo penal é um fator limitador da nova decisão a ser proferida
no novo processo.
Obs. o réu no tribunal do júri alega uma nulidade em seu recurso, apela alegando a nulidade, o
tribunal acolhendo a nulidade, o réu será submetido a um novo julgamento no tribunal do júri, nesse
novojullíamento (conflito do ar!. 617 CPP com o art. 52,XXXVIII,"c" CF), a proibição da reformatio in
pejus'l1'ão's~'aPíica aos jurados, prevalecendo o princípio a soberania dos veredictos.
Obs. aos jurados nunca será aplicado o art. 617, pois prevalece o principio da soberania dos- ','
veredictos.Somente em caso de. coincidência e,ntre o segundo e o primeiro julgamento, ao juiz
togado terá como iimitea decisão que foi anuladaao fazer a dosimetria da pena.
A proibição da reformatio in meliuslteoria doutrinária)
Decorre da interpretação a contrário sensu da reformatio in pejus em caso de recurso exclusivo do
MP, a situação do réu nunca poderia ser melhorada. A proibição da reformo tio in melius não é aceita
pelos tribunais, pois entendem que esta decisão não está prevista em lei e o legislador não quis _
abranger esta situaç~ois se.quisesse teria sido expresso,T'O:- Cl o-,:{,."li .A' u.--c ~ J..oc.vo <-<C»-QfI. <-
Fundamentos: ••••.•.•.~~"~'""'-~-t,-
1- normas excepcionais devem ser interpretadas restritivamente, quando muito inverter o sentido
dela;
2-
- Aula 5
Não haverá aula em 30/09/14
-->Recursos em espécies:
Uma das características essenciais dos recursos é a voluntariedade. Nesse aspecto
o art 574 CPC (recursos interpostos de ofício pelo juiz). Tecnicamente não está correto
denominar de recurso as questões elencadas no ar 574, é um illS~o
denominado: .
- duplo grau de jurisdição obrigatória/ remessa necessária/recurso de ofício ou
oficial: trata-se do tato dos legisladores ter o entendimento que em certas decisões
judiciais por imposição legal ao juiz, nos casos determinado em lei, deverá remeter o
processo para o segundo grau, para o cumprimento do reexame necessário Uuiz jamais
pode interpo~ recurso. pois não é parte, ele determina que o processo seja encaminhado
para o segundo grau).
A súmula 423 STF relata que não transitará em julgado a sentença que o juiz não
remeter para o reexame necessário.
Nessa hipótese não se làla em razões ou contra-razões, pois o juiz apenas cumpre uma
- determinação legal.
Ex. em uma situação o ju iz esqueceu de escrever sobre a remessa necessária na
sentença, porém houve um recurso voluntário por parte das partes e a decisão seguiu para
o tribunal, a pergunta é: o recurso voluntário das partes supre a omissão do recurso de
....ofício (determinação do juiz no final da sentença)- sim, o recurso voluntário vai suprir a
omissão, pois o recurso voluntário faz cumprir o que o recurso de ofício fazia, ou seja,
que a decisão de primeiro grau seja avaliada em segundo grau.
- Hipóteses legal de remessa necess:iria:
- Ar! 574, 1- sentença que ÇQnced~ ordem de habeas corpus ( a que nega não possui)
• Art 574, 11- decisão que absolve sumariamente o réu (decisão de encerramento da
primeira tllse do procedimento do tribunal do júri) (para alguns doutrinadores não
é cabível em decorrência das mudanças do código; com relação as outras
absolvições sumárias no procedimentos não é cabível, é entendimento dos
tribunais superiores que não foi revogado esse ínciso e que o dispositivo sempre
fez referencia, principalmente por indicar o artigo, ao capítulo do tribunal do
júri).
• Art 7 o da Lei 1521/51- lei contra a economia popular e Lei 459 J /64- lei contra a saúde
pública- prevê que decisão do juiz que determina o arquivamento do inquéritopolicial ou da sentença que absolve o réu, ambas estão sujeitas a remessa
necessárias.
Ar! 746 CPP- decisão que concede a reabilitação criminal (tem finalidade, depois de 2
anos integralmente cumprida a pena, de apagar todos os efeitos da decisão
criminal, inclusive antecedentes);
Decisão que concede MS, art 14 ~ 10 da lei 12016/2009 (nesses casos que tratam de
matéria criminal o juiz deverá mandar para o tribunal, cumprimento da remessa
necessária)
,
OB8: A remessa necessária ~aseia em prejuizo_~ ao Estado
, Para alguns doutrinadores a remessa necessária se trata de uma condição específica
para que a decisão transite em julgado.
'Prova: Mesmo não sendo recurso não se pode negar o carátcr devolutivo da remessa
necessária, ou ,seja; o tribunal ao receber pode mudar a decisão de 10 grau,. se assim
entender.
-->Recurso de Apelação: art 593 a 603 CPP
Apelacio- significa dirigir a palavra à alguém.
- Conceito: Tem por finalidade combatcr sentença definitiva ou com força de
definitiva, levando a questão recorrida a instância superior para que se proceda o reexame
da matéria, com a conseqüente modificação parcial ou total da decisão. Trata-se de meio
ordinário de impugnação de sentenças (absolutórias ou condenatórias), e também
decisões definitivas ou com força de definitiva.
- Características do recu rso de apelação:--• 'Trata-se de um recurso amplo ~
• 'Regido pelo princípio do /an/llt11 del'olll/o quanto apela/llt11 (nas hipótese de sentença
definitiva ou com força definitiva, em tese pode se apelar de toda a decisão, o
recorrente pode recorrer de toda a decisão)
.' É um recurso residual, ou seja, somente é cabível se não houver nenhum ou ro rt;curso
específico previsto para aquela hipótese (para não infringir o?~' (;'iJda
unirrecorribilidade). As hipóteses são genérica.
• Pode ser considerando-se a vontade do recorrente/apelante, art 599 CPC: plena (pode
recorrer de tudo) ou limitada (pode recorrer de parte). Discute-se qual é o
momento que a parte. deve limitar o seu recurso, na prática não se deve limitar no, ,
momento da interposição, tecnicamente no momento da interposição deve ser
pleno, para limitar é indicad~ fazer na motivação
obs: para interpor o recurso tem' o 10 momento que é feito por petição, a interposição
(ideal que seja sempre genérica, sem limitar), expressa a intenção de recorrer, 20
momento é a motivação (razões e contra razões)
-Aula 6:
-- Recurso de Apelação:
pode ser:
• 'Principal: quando interposta pelo MP, que é o titular da ação
• 'Subsidiária ou supletiva: quando esgotado o prazo do MP e o ofendido interpõe o
recurso
Art 598, S único
J.v~J'-J'-~ ~ c~ ~~ oL ~~
cl~J ~i.vvl>u--~ )~ )~J <Sh- cr-~ G-y d. ciJAr-v.-L
1- L: ~ i...--a - ~CA..rv") Cl rv.Á9~. fY'>~ r.>.3-- y:J~~--r.".
~ <O _ ~~ 'i.~<O ,"",-~-L "' a~<- /O~ '-r>' .-C-
,.::::.~-""'~~. JUv...v--v ~ J..--' -1"'---'. deu
te, , Q cJv.... ~ d...... -{7~~ '--'" l' ~
Alguns doutrinadores trabalham subsidiária e supletiva como sinônimo, porém possuem
algumas diferenças. A subsidiária,quando encerrado o prazo do MP ninguém é obrigado a
recorrer/porém a vítima tem um prazo de 15 dias para interpor recurso, não estando
habilitada como assistente de acusação no processo. Em estando o assistente habilitado
no processo e o MP não apelando e passando o prazol o assistente pode
recorrer.A legitimidade supletiva nasce da parte em que o MP não age.
Ex o MP interpõe recurso de apenas cinco pedidos, porém perdeu J 0, o assistente pode
recorrer dos outros cinco que o MP não recorreu
'A legitimidade do assistente de acusação é sempre SUPLETIVA, só pode fazer o que o
MP foi inerte.
- Classificação da apelação tem relação com o rito que a apelação recebe em segundo
grau .
•' Sumária: quando a pena do crime for com detenção. O prazo para manifestação do MP
- é iQias
Ordinária- quando a pena do crime for reclusão. O prazo para manifestação do MP éJ.P
- dgs
- Legitimidade: as partes que podem interpor recurso de apelação são, MP, réu,
defensor, advogado, assistente de acusação (de forma supletiva)
- Ar 591- prazo de cjru;o dias
- Art 593 CPP- trata das hipóteses de cabimento:
;...1- sentença definitiva proferida pelo juiz singular (as que julgam o mérito). Encerram o
processo com julgamento de mérito. condenando ou absolvendo o acusado
(inclusive absolvição sumária- as decisões do 397 CPP são passiveis do recurso
de apelação). A absolvição sumária do rito do jurí art 495 também é passível de
apelação e não o recurso em sentido estrito, pois esse é cabível de decisão
interlocutória. .
• li-São chamadas as decisões definitivas latu sensu ou terminativas de mérito- que
são decisões que encerram o 'processo principal e incidental, com julgamento de
mérito, mas não condenam e nem absolvem, ex decisão que soluciona incídente
de restituição de coisa apreendida. Decisões com força de definitivas- são
decisões que sem julgar o médto encerram o processo. ex decisão interlocutória
mista terminativa. Decisõcs intcrlocutórias não tenninativas- ex decisão de
impronuncia art 416 cpp (encerramento da primeira fase do jurí). SERÁ
CABÍVEL AI'ELAÇAO NESSAS HIPÓTESES DESDE QUE NAO TENHO
OUTRO RECURSO PREVISTO.
1lI: tribunal do júri- completamente diferente da apelação referida até agora. Se refere a
segunda fase do tribunal do júri, pois se refere ao resultado do julgamento de
mérito. Toda decisão definitiva deferida na segunda fase do tribunal do júri É
SEMPRE APELA VEL (condenatória ou absolutória), é o único recurso cabivel.
Esse é um recurso difereilciado por: ser um recurso restrito (súmula 713 STF- o
segundo grau só pode julgar o que está sendo apelado) (é restrita dada a
competência dos jurados. pois o mérito da decisão do tribunal do júri é intocável,
pode recorrer para rever a pena. arguir nulidade)
hipóteses de cabimento do recurso de apelação no tribunal do júri:
a) Nulidade posterior a pronuncia- quando reconhecida, em sedo absoluta, o juiz vai
determinar que o julgamento seja anulado.
b) Quando a sentença do juiz for contrária a lei ou a decisão dos jurados- o juiz não pode
mudar mesmo que a decisão dos jurados seja absurda ... aqui nem sempre o julgamento
s~ anulado, as vezes basta o tribunal corrigir
c) Quando houver erro o injustiça no tocante a aplicação da pena ou medida de
segurança, aqui o próprio tribunal corrige, não há necessidade de anular o julgamento.
d) For a decisão dos jurados m5lnjfestamente contrári51 a provas nos autos- dispositivo de
segurança a soberania do tribunal do júri. Essa decisão manifestamente contrária é aquela
que não tem respaldo. nenhuma prova judicializada constante no processo (nenhuma
prova em contrário ou a favor d51decisão dos jurados, se tiver uma prova apenas não cabe
recurso) os jurados podem decidir contrariamente, porém, definitivamente no segundo
julgamento ~ 3°. A soberania do júri com relação a essa hipótese é relativa no 1°
julgamento e havendo recurso no 2° julgamento é absoluta.
-->Processamento ou procedimeuto da apelação:
- Prazo: regra geral é de sinco dias(para a interposição de apelação) (art 593, caput e
súmula 710 STF que fala da contagem de prazo da data da imimaçi!,o) art 798 CPP
explicita as regras processuais para contagem de prazo. Uma das exceções é art 598, ~
único que é a apelação supletiva ou subsidiária é de 15 dias (após o encerrainento do
prazo para o MP), súmula 448 STF; art 82 da lei 9099 apelação no prazo de 10 dias no
j~rim. -
- Interposição: devc ser feita perante o juízo recorrido (1° grau, que irá fazer o juízo de
prelibação). A decisão que denega o recurso de apelação £!lbe o recurso em sentido
estrito (art 581, XV CPP). Se recebida a apelação o juiz vai determinar que seja
processado o recurso, determina que.o recorrente seja intimado do recurso e para o
oferecimento das razões recursais (c'om prazo de 8 dias). para que o recorrente alegue as
mzões do recurso (tàse de motivação), naseqüência a parte contrária será intimida para a
apresentação de contra-razões também no prazo de .t.9ias. A interposição da apelação
poderá ser por petição ou termos no autos (oral).
08s: processo relativo a contravençào penal o prazo de razões e contra-razões é de 3
dias (nos casos em que o réu não seja encontrado ou a complexidade do caso o pro~
no juizado especial pode seguir o rito comum sumário) Ar! 600 CPP.
Se no processo houver assistente de acusação sempre se manifesta após o MP no prazo
de t~dias, 51rt600 ~ 1° -
Na ação penal privada (oriunda de subsidiúria da pública) o MP apresentará suas
razões no prazo de 3 dias. sempre após o querelante
Se ambas as partes interpõem recursos. cada uma terá 8 dias para razões e 8 dias para
contra-razões.
Art 600,~ 4° abre faculdade para que o apelante apresente suas razões recursais em
segunda circunstância (acaba voltando para o primeiro grau)
Razões e contra-razões são peças imprescindíveis, o processo só segue com elas.
~ -----
- Preparado o recurso de apelação em I° grau é remetido ao 2° grau para julgamento:
- Primeiramente o recurso é distribuído para alguma câmara tribunal, onde é sorteado
o relator .do processo (processamentp dos re ursos nos tribunais é regido pelo
processamento interno dos tribunais e não CPP)--> primeiramente os autos seguirão ao
MP de 2°' grau para mani festação C0l110custo legis te não como parte, parte é o promotor
do 1° grau)--> retornando o processo do MP para o TJ, ao relator, terá o mesmo prazo
para apresentar o relatório e também o pedido de designação de dia e hora para
julgamento (inclusão em pauta)--> é possível a sustentação oral pelas partes (deve ser
prevíamente requerido pelas partes nas razões e contra-razões) COI11um tempo de 15
minutos-o> reunidos relator, revisor e vogal, MP de 2° grau e representante da parte-o>
sustentação oral-- relator declara seu voto-- revisor diz se acompanha ou não relator e pq_
- vogal-- resultado do recurso
- Extinção anômala do rccurso dc apclaçãu- em caso de desistência(desistência da
parte) pu dese[ção(falt~ d_e_p_re_p_a_ro)(sem julgamento dq mérito) ,::.
- Efeitos: b. R;L. ~ C:..60
.' Devolutivo- tudo que é objeto do recurso é devolvido ao tribunal para julgamento
.,'(efeito cOl11um a todos os recursos), O recurso de apelação é chamado de efeito
'<devolutivo reiterativo (exclusivamente o conhecimento da matéria ao tribunal)
• Suspcnsivo- depende de expressa previsão legal. Art 597 CPP a apelação terá efeito
suspensivo). ressalvada as hipóteses do 393. ,
.• Regressivo: que é a possibilidade do juiz de I° grau se retratar da própria decisão-
NAO É CABÍVEL NA APELAÇAO
• Exte~ art 580 é aplicável ao recurso de apelação, não é efeito da interposição. mas
sim do julgamento. --
- Apclação no juizado espccial:
- Cabimcn to:
a) Art 76, ~ 5° lei 9099
b) Art 82, caput
c) Art 82 caput
Obs: Prazo de 10 dias
No juizado somente pode ser interposta por petição, não é permitido por termo nos
autos
Junto com a interposição já deve vim as razões recursais (pois o prazo é maior) e
contra-razões no mesmo prazo de 10 dias
Esse recurso de apelação interposto pelo juizado é julgado pela turma recursal
(composta por três juizes que tem suas funções no 1° grau de jurisdição)
23/09/14 - aula 07
Recurso em Sentido Estrito
É destinado as decisões interlocutórias do processo. É o recurso mediante o qual se procede ao
reexame da decisão do juiz nas matérias específicas em lei permitindo ao juiz sentencíante a
retrata cão da decisão antes do julgamento pela instância superior. A retratação do juiz sentenciante
pode resultar em ~ao julgamento do recurso pelo tribunal.
Nem todas as decisões interlocutórias são recorriveis. Só é cabivel recurso se houver previsão legal.
Recurso de decisão interlocutória é específico, porque dependendo de como ele é tratado e como é
previsto em lei, pode trazer transtorno para o processo. O recurso em sentido estrito tem
semelhança com o agravo de instrumento.
Obs. o recurso em sentido estrito é dotado do efeito regressivo.
No processo penal, não há o agravo retido, o mecanismo criado para que a interposição do recurso
não atrapalhe o andamento do processo são dois:
a) a retratação do juiz: é uma forma de evitar que o processo siga para o tribunal.
b) na grande maioria das hipóteses de cabimento, o recurso sobe por instrumento, e não nos
próprios autos, não suspendendo o seu trãmite.
Hipóteses de Cabimento do Recurso em Sentido Estrito (art. 581 CPP)
Possui 24 incisos, dentre os quais os incisos 12, 17 e 19 ao 24 estão revogados. Estes dispositivos
regulavam o procedimento de execuções penais, onde os mesmos estão revogados pela lei de
execuções penais (lei 7210/84). Antes da lei de execuções penais era o CPP que regulava as
execuções penais. O recurso agravo em execução substituiu o recurso em sentido estrito (art. 197 da
LEP).
O incíso 06 também foi revogado por outro motivo, pela lei 11.689/08.
A natureza juridica do art. 581 era um rol taxativo, onde somente cabia recurso nas hipóteses
previstas em lei.
O STJmudou o entendimento em razão do incíso I, afirmando que foi uma omissão involuntária do
legislador, sendo possivel que o art. 581 admita uma interpretação extensiva dos seus dispositivos,
devido a uma omissão involuntária do legislador, sendo o rol apenas exemplificativo, sendo possivel
uma interpretação extensiva dos dispositivos previstos, desde que não contrarie o sentido original da
disposição.
Obs. no processo penal há o aditamento da denúncia ou da queixa, podendo ser feito desde o
recebimento da denúncia até o juiz proferir a sentença no processo, tem a finalidade de incluir fatos
na denúncia.
O art. 109 traz as hipóteses em que o juiz pode se declarar incompetente.
No incíso 11, o juiz de ofícío se declara incompetente para julgar o processo, cabendo recurso em
sentido estrito.
111- Quando o juiz julgar procedente as exceções cabe recurso em sentido estrito, salvo a suspeição,
pois a mesma não cabe recurso em hipótese nenhuma, pois na suspeição o mesmo se declara
suspeito ao julgar procedente a suspeição.
Obs. exceções são requeridas pela parte, onde a parte entendendo presente qualquer das exceções,
poderá pedir para o juiz, onde será um pedido autuado em apartado.
IV - que pronunciar a réu: decisão de pronúncia está prevista no art. 413 CPP (prevista no
encerramento da primeira fase do tribunai do júri), estando diante de uma decisão interlocutória
mista não terminativa. É uma decisão estritamente processual, não julga mérito. Este inciso também
falava da decisão de impronunciar o réu, onde a decisão de impronúncia não é uma decisã5: _ ..1__
interlocutória, é uma decisão com força de definitiva., {"'h'''lõ<t, ,~c.o~t.. C<>~ --<."0 '-'1-"<./V'7'"'.
O inciso VI tirou a hipótese de absolvição sumária do júri, pois é uma decisão excepcionalíssima,
onde decisões definitivas ou com força de definitiva é passivel de apelação.
"Obs. decisão que pronuncia o réu cabe recurso em sentido estrito, decisão de impronúncia e decisão
de absolvição sumária são passíveis de recurso de apelação.
V. que conceder, negar, arbitror, cassar ou julgar inidônea a fiança,! indeferir requerimento de prisão
preventiva ou revogá -lo, conceder liberdade provisório ou relaxar a prisão em flagronte:
Obs. toda decisão que o juiz proferir sobre fiança é recorrível, ou seja, cabe recurso em sentido
estrito.
Obs. a decisão que defere a prisão preventiva não cabe recurso.
VII- que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor:
ObSJt()da<de<;isà.o'"'lu=-iuÍi-ptOfetif-s~co,<ÍlI~~cu m-sentido-
~.
VIII- que decretar a prescríção ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outro causo extintiva da
punibilidade:
X - que conceder ou negar a ardem de habeas corpus: habeas corpus é uma ação penal popular
constitucional. Quando o pedido de habeas corpus é feito aojuiz de 1Qgrau, se o mesmo não for
rejeitado de plano por não preencher os seus requisitos mínimos, o juiz vai conceder ou negar.
Obs. Qualquer decisão proferida em habeas corpus cabe recurso em sentido estrito e a decisão que
concede está sujeita remessa necessária (art. 574,1).
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte: somente a decisão do juiz
que não reconhece a nulidade não é recorrível, só a que defere a nulidade.
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta: em caso de rejeíção do recurso de apelação do juiz
de 1Q grau, cabe recurso em sentido estrito, pois o processo não encerrou ainda. A apelação é
julgada deserta somente por falta de preparo, sendo passível recurso em sentido estrito.
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial (art. 93 e 94 CPP): a
decisão do juiz que entende que o processo deve ser suspenso para se apurar questão prejudicial,
essa decisão é passível de recurso em sentido estrito.
XVIII - que decidir o incidente de falsidade (art. 145,ss CPP): se a parte entender que algum
documento no processo seja falso, o mesmo fará um requerimento ao juiz alegando a possibilidade
da falsidade do documento, sendo processado em apartado dos autos principais. Qualquer que for a
decisão cabe recurso em sentido estrito, pois o verbo utilizado é amplo.
XIV - que incluir jurodo na lista gerol ou desta o excluir: lista geral do júri é um procedimento
administrativo judicial. É um recurso administrativo, cabível no processo admínistrativo judicial. O
prazo para a interposíção do recurso é de vinte dias a partir da publicação da lista, podendo ser
intentado por qualquer do povo.
Art. 447 fala da confecção da lista de jurados.
~O inciso XIV do art. 581 ficou tacitamente revogado pelas novas disposições do art. 42691Q do CPP
que regulou a mesma questão, prevalecendo a nova lei, corrigindo uma outra impropriedade técnica,
que transforma"o recurso em sentido estrito em um recurso administrativo, havendo uma revogação
tácita.
A lista dos jurados pode ser alterada de ofício ou impugnada por qualquer do povo por meio de uma
lista de reclamação ao juiz no prazo de 10 de outubro (publicação) até 10 de novembro.
Processamento do Recurso em Sentido Estrito
- Prazo de interposição (art. 586): 05 dias a contar da intimação da decisãol~I?Iõ'\l"Gr "3"1) I~ BJ/E; ':>~Lb-..:>..l
, u J~JS.Q3
-4> E possível recurso em sentido estrito subsidiário somente na hipótese da decisão que declara extinta
a punibilidade (art. 584, 91Q), tendo o prazo de 15 dias (somente neste caso).
- O recurso pode ser interposto por petição ou por termo nos autos (art. 578 CPP).
Pode se processar mediante formação no instrumento (quando vai ser extraído cópia e remetido ao
tribunal), ou pode subir nos próprios autos (art. 583 CPP). Salvo estas exceções, o recurso vai ser
processado por formação de instrumento.
Obs. as razões recursais serão apresentadas no prazo de 22Lsdias.
Razões e contra razões são peças imprescindíveis para o recurso em sentido estrito, o processo não
pode seguir sem elas.
Razão e contrarrazão será dirigida ao juiz que proferiu a decisão. A manifestação do juiz tem que ser
expressa no juízo de retratação e a mesma é obrigatória.
~ A hipótese de apresentação de razões de recurso em sentido estrito só e apresentada em 1Qgrau,
não se aplicando analogicamente o art. 600,94Q por ser uma norma excepcional.
o juízo de retração (efeito regressivo do recurso) acontece uma única vez. Se a decisão é prevista no
rol do art. 581 a parte tem direito a recorrer.
Recurso em sentido estrito tem efeito devolutiv<xmis!8Jporque em um primeiro momento vai para o
próprio juiz que proferiu a decisão. Se ele não se retratar, ai subirá para o tribunal.
07/10/14 - aula 08
Recurso em Sentido Estrito
Processamento
Prazo: regra geral é de cinco dias, comportando várias exceções.
A interposição do recurso em sentido estrito pode ser por petição ou por termo nos autos,
aplicando-se analogicamente o art. 578 CPP.
O art. 583 fala que o recurso em sentido estrito poderá ser processado de duas formas:
• a) mediante formação de instrumento;
• b) nos próprios autos.
Obs. Será processado nos próprios autos o recurso que não prejudicar o andamento do processo.
As hipóteses em que o recurso processará por instrumento é por exclusão.
Se na hipótese de interposição a situação não tiver contemplada no art. 583, o recorrente quando da
interposição do recurso deve indicar quais são as peças que deverão ser transladadas para a
formação do instrumento.
A interposição é exclusivamente a manifestação da vontade de recorrer, tendo o momento da
interposição e o momento da motivação.
O recorrente terá o prazo de dois dias para a apresentação das razões do recurso.
Pergunta: é possível tanto na apelação quanto no recurso em sentido estrito junto com a
interposição já trazer as razões recursais?
Resposta: sim. Se a parte quiser junto com a interposição já apresentar as razões não há
irregularidade, o juiz não poderá rejeitar o recurso, tendo apenas como hipóteses o juiz rejeitar a
interposição do recurso no juízo de prelibação e perder as razões.
Apresentada as razões recursais, o juiz irá intimar a parte contrária para que em dois dias apresente
as contra razões recursais. Razões e contrarrazões são manifestações essenciais, devendo o juiz de
primeiro grau zelar para que as mesmas sejam efetivamente apresentadas.
O juiz vai rejeitar o recurso quando o mesmo for intempestivo porque o mesmo foi interposto fora
...• do prazo. Uma vez interposto o recurso e o juiz recebendo o recurso, razões e contrarrazões não
apresentadas tempestivamente são mera irregularidade .
.•• No recurso em sentido estrito, as razões valem somente em primeiro grau, não comportando
apresentação de razões e contrarrazões em segundo grau, pois é uma norma excepcional.
Pergunta de prova: é possível a apresentação de razões recursais em recurso em sentido estrito por
analogia ao ar!. GOO,g4Q Cpp no recurso em sentido estrito?
Resposta: não, os tribunais não admitem porque é uma norma excepcional e normas excepcionais
tem que ser interpretadas restritivamente.
No processamento do recurso em sentido estrito, que é reservado para decisões interlocutórias, tem
o juízo de retratação (é a possibilidade do próprio juiz que proferiu a decisão recorrida
obrigatoriamente terá que se manifestar sobre eventual retratação).
O juiz irá se manifestar sobre se mantem ou não a decisão proferida, se o processo for encaminhado
ao tribunal sem a manifestação do juiz, o processo deverá retornar para o mesmo, devendo haver
manifestação expressa, sendo passivo de nulidade absoluta.
No juízo de retratação (prazo de dois dias), se o juiz mantém sua decisão, tudo fica igual, nada se
altera. Em caso de o juiz se retratar, a parte contrária (recorrido) pode ter interesse em recorrer, não
sendo mais possivel o juiz rever sua decisão. Somente pode recorrer se a nova decisão do juiz for
passiva de recurso, por meio de uma simpíes petição, requerendo que o processo seja remetido ao
tribunal, não sendo necessário novas razões e contrarrazões.
Obs. o juizo de retratação só é possível uma única vez, sendo vedado um segundo juizo de
retratação.
~o
-I!> Caso o juiz rejeite uma denúncia, no juízo de retratação volta atrás e recebe a denúncia, a parte
contrária não pode interpor recurso, pois não cabe recurso a decisão que recebe a denúncia.
Em segundo grau, o recurso em sentido estrito será julgado por quem em tese tem competência para
julgar o recurso principal, ou seja, terá o processamento muito parecido com o de apelação.
Sendo recebido, ele será distribuído e seguirá para o MP de segundo de grau, tendo o prazo de cinco
dias para manifestar-se como custos/egis, em seguida os autos retornará para o TJ para o reiator que
terá também o prazo de cinco para apresentar o relatório e solicitar a inclusão em pauta. No dia do
julgamento, o relatorvai determinar que as partes sejam apregoadas e relator fara a exposição dos
fatos e na sequência havendo feito o pedido, aso-po'ãerão fazer sustentação oral pelo prazo de dez
minutos cada e na sequência se dará o julgamento do recurso nos moldes da apelação.
A partir da retratação do juiz e a parte contrária é intimada para tomar conhecimento da retratação,
cabe recurso por simples petição no prazo de cinco dias, aplicando neste caso por analogia o art. 586.
Efeitos do Recurso em Sentido Estrito
a) efeito devolutivo: o recurso em sentido estrito tem efeito devolutivo misto, pois tem efeito
reiterativo mais o iterativo. Em um primeiro momento devolve o conhecimento da matéria ao
próprio juiz que proferiu a decisão. Em um segundo momento devolverá o conhecimento da matéria
ao próprio tribunal.
A regra do recurso em sentido estrito é que não haja efeito suspensivo, ou seja, não suspende os
efeitos da decisão recorrida, tendo como exceção (art. 584 CPP)em suas hipóteses:
-- no caso de perdimento da fiança;
• decisão que denego a apelação: o que é suspenso neste caso são apenas as consequências da
decisão que negou a apelação, quanto ao mérito não suspende.
- a decisão que julga quebrada a fiança (perde metade da fiança);
- decisão de pronúncia.
Obs. O efeito suspensivo tem haver com a irreversibilidade da decisão.
b) efeito regressivo: possui o efeito regressivo (juizo de retratação), também chamado de efeito
iterativo; .
c) efeito extensivo: em tese, é aplicável a todos os recursos. Não é efeito da interposição, mas sim
efeito da decisão do recurso.
O protesto por novo júri (art. 607 a 608) - revogado
Esse dispositivo era um recurso exclusivo da defesa, era cabível da decisão proferida pelo tribunal do
júri e era cabível quando o réu era condenado por um único crime com a pena igualou superior a
vinte anos. Quando o réu era condenado a prisão perpétua ou a pena de morte, o mesmo tinha o
direito a um pedido de revisão, era como se fosse de clemência. Foi extinguida a pena de morte e a
prisão perpétua e o recurso se manteve. Esse recurso era um direito do réu a um novo julgamento do
tribunal do júri em caso de um único crime a pena de vinte anos ou mais. Dispensava qualquer
fundamentação, era uma simples petição tendo três requisitos:
- - um julgamento pelo júri,
...- condenação por um único crime;
. - pena de vinte ou mais anos.
Embargos Infringentes e de Nulidades
É uma consequência do julgamento da apelação e do recurso em sentido estrito.
Serão opostos no tribunal em decorrência da decisão do julgamento de uma apelação ou recurso em
sentido estrito no prazo de dez dias. No julgamento de qualquer um desses dois recursos, a decisão
não foi unâníme, cujas decisões são exclusivamente desfavorável ao réu, ou seja, é um recurso que
tem a legitimidade iimitada onde somente a defesa pode interpor esse recurso. É um recurso
exclusivo da defesa do réu.
Diferença entre Embargos Infringentes e Embargos de Nulidade
Os embargos serão infringentes quando a questão objeto for relativo ao mérito da questão;
Serão embargos de nulidade quando o seu objeto for matéria exclusivamente processual.
Os embargos infringentes visa modificar o acórdão; já os embargos de nulidade visa anular o
acórdão.
Cabimento
Serão possíveís contra acórdãos não unanlmes, decorrente do julgamento de uma apelação ou
recurso em sentido estrito, desde que a questão desfavoreça o réu.
Obs. Do julgamento de um recurso de apelação ou de um recurso em sentido estrito somente cabe
embargos infringentes, não cabe em outras hipóteses.
Será cabível embargos infringentes da parte da decisão que não é unânime sendo o mesmo oposto,
pois é um recurso direto do segundo grau, é um recurso contra acórdão.
Da parte do acórdão que não for unânime cabe embargos infringentes.
Enquanto embargos infringentes visa modificar o acórdão, os embargos de nulidade visa anular o
acórdão, devendo ser limitado pela divergência. Somente aquela matéria que foi objeto de
divergência que é passivel de embargos, pois somente essa parte que será rediscutida. "'''SDE, QVG ?.et:yc''JK,
o'l~'v.
• O MP não pode interpor este recurso porque é um recurso exclusivo da defesa e a legitimidade é
limitada, porém há corrente minoritária que sustenta que o MP pode em tese interpor esse recurso
na condição de custus legis em favor do réu.
A corrente majoritária diz que a capacidade postulatória para opor embargos é obrigatória, por ser
um recurso diretamente manejado no Tribunal, ou seja, a capacidade postulatória é imprescindivel
onde o réu não tem legitimidade para recorrer, somente o seu advogado ou o seu defensor.
_Obs. O prazo para oposição dos embargos infringentes e de nulidade é de dez dias a partir da
publicação do acórdão. A petição já deve vir com razões, não existe prazo para apresentação das
razões. Deve ser dirigida ao relator do acórdão embargado, devendo fazer o juízo de prelibação onde
receberá ou não o recurso.
--,O recebimento desse recurso sempre produzirá efeito suspensivo em relação a parte embargada. O
resto o acórdão transita em julgado. O objetivo desse recurso é rever a divergência.
Obs. o processamento dos embargos infringentes depende do regulamento de cada Tribunal. Aqui
em Rondônia o processamento dos embargos infringentes e de nulidade se dará por Câmaras
Reunidas.
Obs. No novo julgamento dos embargos infringentes, os juízes que já julgaram novamente irão se
manifestar, sendo possivel a retratação.
Obs. No julgamento dos embargos infringentes será sorteado um novo relator que ainda não tenha
tomado parte no julgamento anterior, da mesma forma o revisor.
Para impugnação dos embargos, o Tribunal sempre abrirá vista dos autos a parte contrária para o
cumprimento do contraditório, sendo colhida também a manifestação do MP de segundo grau, aí vai
para o relator apresentar o relatório e solicitar inclusão em pauta para julgamento.
É possivel a retratação por parte daqueles que já julgaram anteriormente, pois é um novo
julgamento, podendo manter ou não a decisão.
Do julgamento dos embargos infringentes ou de nulidade, ainda que não unânime, não caberão
novos embargos infringentes. É uma única vez a possibilidade de interposição desse recurso.
14/10/14 - aula 09
Embargos de Declaracão
- ar!. 382 CPP(sentença de 1º grau):
Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de dois dias, pedir 00 juiz que declare a sentença,
sempre que nela houver obscuridode, ambiguidode, contradição ou omissão.
- ar!. 619 CPP(acórdão, TJ):
Art. 619. Aos acárdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmoras ou turmas, poderão ser
opostos embargas de declaração, no prazo de dois dias cantada da sua publicação, quando houver na
sentenço ombiguidode, obscuridade, contradição ou omissão.
No tange ao objeto e a finalidade, os embargos de declaração tem semelhança com o processo civil.
- Conceito: Os embargos de declaração é um meio ou instrumento de reparação e o eventual
gravame prejuizo que aquela declaração defeituosa poderá causar a parte.
- Natureza Jurídica: havendo divergência doutrinária, uns dizem que apenas é uma divergência
administrativa, com a finalidade de complementar a decisão quando ela possuir qualquer um desses
defeitos, outra corrente afirma que se trata de um recurso, porque é uma medida colocada a
disposição das partes no processo penal com a finalidade de reparar algum defeito da sentença. Os
tribunais tratam os embargos como recurso, pois o mesmo tem efeito recursal, uma vez que é
instrumento para reparação de eventual gravame prejuízo que a decisão defeituosa poderá causar a
parte .
• Hipóteses de Cabimento
a)'ambiguidade: a sentença será ambígua quando parte dela permitir duas ou mais interpretações
incompatíveis ou inconciliáveis de forma que impeça a conclusão acerca do seu real significado.
b)"obscuridade: é a falta de clareza da decisão que pode tornar a decisão no todo ou em parte
ininteligível (não tem como se entender).
c) contradição:quando alguma das proposições que estão incertas na decisão ou sentença não se
concilia com outra.
d) omissão: ocorre quando há o silêncio da decisão acerca de matéria que deveria apreciar.
A finalidade dos embargos de declaração é esclarecer uma decisão que já foi proferida, ou seja, de
reparar uma decisão, haja vista que a mesma contém uma falha.
- Legitimidade
Q~em pode embargar a decisão é o réu (defensor e advogado), Ministério Público, querelante ou
assistente de acusação,
Obs. a sucumbência de embargos de declaração é especifica, diz respeito exclusivamente as
hipóteses de cabimento, mesmo a parte tento êxito total em todas as pretensões, se na decisão
existir uma das hipóteses de cabimento dos embargos de declaração, poderá a parte interpor
embargos de declaração. Mesmo não havendo a sucumbência objetiva com relação as pretensões
esboçadas na inicial, houve a sucumbência especifica, no que diz respeito aos requisitos dos
embargos de declaração, onde havendo qualquer um deles a vencedora pode embargar a
decisão. fX>'L
- Processamento dos Embargos
Prazo de ínterposição: dois dias partir da intímação da decisão. O art. 83,91º da íei 9099 (lei do
Juizado Especial) dispõe que no referido juizado o prazo é de cinco dias.
Nos termos do art. 620 o requerimento deve indicar fundamentadamente o ponto especifico que a
decisão necessita de complemento ou esclarecimento, sob pena de rejeição liminar dos embargos.
Obs. Os embargos de declaração são opostos perante o juiz ou a câmara que proferiu a decisão. No
caso da câmara, o juízo de prelibação será analisado pelo relator.
Há divergência doutrinária quanto a parte contrária se manifestar nos embargos
Obs. os embargos de declaração tornam-se ímprescindíveis pra configurar o prequestionamento,
para que se possa interpor recurso extraordinário.
Obs. se o juiz de primeiro grau deixou de se manifestar sobre qualquer matéria que se busque íevar
para os tribunais superiores, tem que ser utilizado os embargos de declaração, para que o mesmo
obrígue ao juiz se manifestar. Caso a parte não faça isso, o recurso poderá ser rejeitado de plano por
não atender os requisitos especificos de procedíbilidade do recurso.
Os embargos de declaração excepcionalmente pode ter o chamado efeito modificativo, ou
modificador ou infringente, pois em regra os embargos de declaração não tem a finalidade de
modificar a decisão, e sim de complementar algum ponto contraditório ou ambíguo da decisão.
-j,Se o juiz no processamento dos embargos verificar que o defeito questionado poderá modificar a
decisão, a parte contrária obrígatoriamente deverá se manifestar, para que se possa garantir o
contraditório, evitando assim que futuramente haja alguma causa geradora de nulidade absoluta no
processamento do procedimento recursal.
Obs. em caso de contradição ou omissão eventualmente é mais comum acontecer o efeito
infringente.
- Efeitos
a) devolutivo iterativo: porque devolve exclusívamente ao próprio juiz que proferiu a decisão .
.23
Obs. Os embargos de declaração somente poderá ser declarado pelo juiz que proferiu a decisão.
Nessa circunstância, a questão que não poderá ser declarada, transformar-se-á em uma preliminar
do recurso principal a ser interposto, sendo analisada pelo tribunal.
"'Pergunta de prova: Qual a consequência da oposição dos embargos no que se refere a fluência dos
prazos para os demais recursos?
Resposta: Por analogia, aplica-se o art. 538 CPC, que fala em interrupção do prazo para os demais
recursos. No juizado especial, o art. 83,!i2Q diz que a oposição dos embargos suspende.
~5e.Pjuiz rej~)ta~ embargos e taxa-o de.~otelatóriosromesmo espera0 prazo de 15dias para que
niÍphâjkm"àif'prazo pa iíir1terpo5Íção de! qualqJer outr67e.curfo e jÚlga prÓtelatório, nem
\ \\ \../ ~ '\ ./ ~ I '
int rrp Ile 0te em suspendendo o prazo para õs demaiÇrecursos, é-como se fosse uma
penaliqáde.para a parte.
Obs. A à~utrina chama os embargos de declaração da sentença de 1Q grau de embarguinhos e de
embargos o dos acórdãos.
A diferença entre embarguinhos e embargos é somente quanto ao grau de interposição, pois
embarguinhos são os embargos opostos contra decisão de juiz de primeiro grau e embargos são
opostos contra acórdãos.
- Carta Testemunhável (art. 639/646 CPP)
- conceito: é o recurso que tem por fim provocar o reexame de uma decisão que denegou ou
impediu o seguimento de um recurso em sentido estrito ou agravo em execução. Com relação ao
agravo em execução há divergência.
- natureza jurídica: tem natureza jurídica de recurso.
- Hipóteses de Cabimento (art. 639 CPP)
É um recurso residual, somente é cabível quando não houver a previsão de outro recurso especifico.
Ex. se a parte interpõe apelação, o juiz denegar de plano a apelação, a parte poderá interpor recurso
em sentido estrito, sendo que se o juiz denegar o recurso em sentido estrito, a parte poderá interpor
a carta testemunhável, porque não há nenhum recurso previsto para a denegação do recurso em
sentido estrito.
- prazo para ínterposição: 48 horas nos termos da lei.
Obs. A carta testemunhável vai tirar do juiz a possibilidade dela ser rejeitada. A carta testemunhável
não passa pelo juiz.
- Processamento
O processamento da carta nos termos da lei é uma petição que é dirigida ao escrivão e o recorrente
(quem recorre) é chamado de testemunhante. O processamento será o mesmo do recurso em
sentido estrito. O escrivão antes de encaminhar a carta ao tribunal tem a obrígação de formar o
instrumento e tem que dar vista dos autos ao juiz para que o mesmo possa exercer o juízo de
retratação ou efeito regressivo, sob pena de suspensão de 30 dias em face de representação do
testemunhante.
Seguindo a carta de retratação para o Tribunal, o processamento da carta no tribunal seguirá pelo
rito do recurso que foi denegado (art. 643 e 645 CPP).
A carta testemunhável não terá efeito suspensivo (art. 646 CPP) e não será acompanhada de razões,
sendo um simples requerimento ao escrivão.
Obs. a parte que dispões recurso extraordinário no ar!. 641 do CPP está revogado. Quando um
recurso extraordinário é denegado, o recurso cabível normalmente é o agravo regimental.
Obs. A carta testemunhável faz subir ao tribunal a decisão anterior que negou o recurso, sendo esta
sua finalidade exclusiva.
21/10/14 aula 10
Correicão Parcial _ .: l[6Gvll'sa
Conceito: É o instrumento de impugnação de decisões que importem em inversão tumultuária de
atos do processo, e em relação as quais não caiba recurso específico.
Natureza jurídica: era uma providência administrativo-disciplinar, justamente porque se destinava a
tomar medidas disciplinares contra o ato do juiz e apenas secundariamente visava produzir efeitos
no processo. Na atual concepção, muito embora ainda a correição parcial possa gerar consequências
disciplinares para o juiz, ela principalmente visa corrigir um ato praticado no processo.
A correição parcial tem por objeto a inversão tumultuária de ato no processo e essa inversão
tumultuária diz respeito a algum ato praticado pelo juiz no processo que não tem amparo legal.
Caso o juiz toma um rito não amparado por lei, gerando tumulto no processo. Nesse caso, não
havendo nenhum outro recurso cabivel, aplica-se a correição parcial.
-h Correição parcial não está prevista no código de Processo Penal e o ar!. 22,1 CF estabelece que cabe
privativamente a União legislar sobre matéria processual. Lei 5.010/66, lei que organiza a justiça
federal de 1~instância e o art. 32,1 da lei orgânica nacional do MP. Eventuais leis estaduais que
existam tratando da correição parcial fica ofuscada em razão da existência dessa lei, porque o art.
24,XI CF permite a união, Estados e DF legislar concorrentemente sobre procedimentos em matéria
processual, pois caso não houvesse lei federal, as leis estaduais seriam inconstitucionais.
Obs. o regimento interno do TJ/RO prevê a correição parcial.
Legitimidade: pode interpor correição parcial o réu (advogadoou seu defensor), o MP, o querelante
e o assistente de acusação.
Quando se fala em correição parcial, a doutrina se divide em duas, usando em latim: error in
procedendo e error in judicondo. A correição parcial se destina a impugnar erros ou abusos quanto a
atos e fórmulas do processo desde que importem essa inversão tumultuária.
Somente é cabivel a correição parcial no error in procedendo, qualquer decisão do juiz ligada ao
procedimento, nunca ao mérito.
Error in judicondo tem ligação com o mérito. Decisões contra o mérito não cabe correição parcial,
exclusivamente algum ato causado pelo juiz que cause tumulto procedimental no processo, desde
que não haja outro recurso.
A correição parcial tem caráter totalmente subsidiário, pois somente é permitido correição parcial se
não houver nenhum recurso especifico para a hipótese.
Exemplos de situações que são cabíveis correição parcial
a) juiz não remete inquérito palicial já cancluido a delegacia para realização de diligências
requisitadas pelo MP;
b) já havendo pedido de arquivamento do inquérito policial feito pelo MP, o juiz ignorando esse
pedido determina que o inquérito retorne a delegacia para o procedimento das investigações;
c) decisão que indeferir oitiva de testemunha arrolada dentro do prazo.
Processamento
A correição parcial vem prevista no regimento interno dos tribunais, no geral, em caso de correição
parcial em primeiro grau, determina a aplicação do rito procedimental do agravo de instrumento do
CPC, assim sendo, o prazo de interposição é de l.Q.Qjas. O julgamento da correição é realizado pelo
tribunal competente para julgar os demais recursos e justamente por isso, a petição será endereçada
diretamente ao tribunal competente e também conterá a exposição do fato e do direito e bem assim
as razões do pedido de reformà"'O Código também estabelece que no mínimo a correição deverá ser
instruida com a cópia da decisão impugnada, a certidão da intimação do recorrente para demonstrar
a tempestividade e por fim a procuração contendo os poderes recursais dentre outros documentos
que a parte entender necessária, sob pena de rejeição de plano.
Recebido e distribuído no tribunal o pedido, o relator ~~derá conceder efeito suspensivo a correição,
normalmente solicitando informações ao juiz corrigido e logo após determinará a parte contrária a
intimação para que apresente resposta ou contrarrazões diretamente ao tribunal. Na sequência, será
colhido a manifestação do MP de segundo grau agindo como custus legis e na sequencia retornará ao
relator que solicitará inclusão em pauta de julgamento, por fim será julgada a correição.
Obs. a doutrina fala que o recorrente deve juntar uma cópia da interposição aos autos principais,
para que o juiz tome conhecimento da interposição da correição parcial. A partir do momento que
toma ciência da interposição da correição parcial, ele em tese pode se retratar nesse momento ou
também quando o mesmo presta informações ao tribunal.
~A correição tem dupla finalidade, primeiramente reparar um eventual tumulto processual que lhe
cause prejuízo, depois em sendo dado provimento a uma correíção parcial, ela possui caráter
disciplinar.
Obs. a correição parcial pode gerar dois efeitos: processual (corrigir o ato que em tese gerou o
prejuízo) e em um segundo momento evitar abusos do juiz por meio de um procedimento disciplinar.
Normalmente quando do julgamento da correição parcial, instaura-se um procedimento disciplinar
contra o juiz, r(lesmo o juiz se~tratando.
Obs. alguns doutrinadores afirmam que a correição parcial é prevista na própria CF com outro nome
jurídico, qual seja reclamação. A reclamação tem por finalidade preservar a competência dos
tribunais e a garantir a autoridade de suas decisões. A CF no art. 102, I, alínea I prevê reclamação ao
STF e o art. 105, I, alínea f, para o STJ. Os doutrinadores que seguem essa corrente, dizem que
autoridade dos Tribunais Superiores e a esfera de atuação não pode ser ofuscada ou impedida por
qualquer outro órgão jurisdicional, se eventualmente isso acontecer, através da reclamação se
instaura então a nulidade dessas decisões.
Obs. continuação da aula 10.
Revisão Criminal (art. 621 ao 631 CPP)
Conceito: é um instrumento processual que somente pode ser utiiizado em favor do acusado e que
visa rescindir sentença penal condenatória transitado em julgado. Funda-se no princípio de que a
verdade formal estampada na sentença deve ceder ante a necessidade de se corrigir eventual
injustiça. Deve prevalecer a verdade real e não a fo'rmal.
Natureza Jurídica: trata-se de uma ação penal autônoma de impugnação de natureza constitutiva.
ação de conhecimento.
Legitimidade
A princípio, a revisão criminal possui legitimidade iimitada, ou seja, em alguns casos re60lveu limitar
a legitimidade em favor da defesa. (art. 623 CPP).
Alguns doutrinadores mais modernos afirmam que o ar!. 623 é inconstitucional. A revisão criminal
visa rescindir uma condenação penal transitada em julgado, sendo uma medida extremamente
drástica, haja vista que a regra é a estabiiidade da decisão transitada em julgado.
O legislador infraconstitucional que regulou a revisão criminal, disse que a revisão criminal fosse
exclusivamente do réu. Pautado em princípios constitucionais, principalmente o da
proporcionalidade, a revisão poderia em tese ser julgado inconstitucional na sua essência.
Hoje há fortes correntes sustentando a inconstitucionalidade do ar!. 623, embora os tribunais
superiores não tenham ainda este entendimento, porém alguns tribunais vem acompanhando o
entendimento da corrente moderna, ou seja, a revisão criminal pro societote ou contra o réu.
O art. 623 traz algumas especificidades sobre a legitimidade:
o) dispensa a capacidade postulatório, o próprio réu pode postular em juizo, sendo uma exceção ao
art. 133 da CF,isto em razão da grandeza do objetivo dessa medida;
b) mesmo o réu jó falecido, é possivel que intentem a revisão criminal em seu favor, pelo cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
c) se o réu falecer durante o tramite da revisão criminal, isso não impediró o prosseguimento da
ação, o juiz apenas deveró nomear um curador e o processo seguiró normalmente.
No que tange a legitimidade do MP, alguns doutrinadores sustentar que eventualmente o MP
poderia intentar revisão criminal, desde que em favor do réu, sendo esta posição minoritária. O que
prevalece é que o MP não tem legitimidade, pois não foi contemplado pelo ar!. 623 CPP.
Pressupostos
A revisão criminal por se tratar de uma ação autônoma, ela se submete as condições gerais da ação.
Tendo que se verificar:
a) a presença das condiçães gerais da ação;
b) pressupõe a existência de uma sentença penal condenatória transitada em julgado, se ainda não
houve o transito em julgado, não cabe revisão criminal, haja vista que a mesma tem caróter
rescisório. (pressuposto específico).
--t>c)a revisão criminal pode ser intentada a qualquer tempo, ou seja, não possui prazo, tendo apenas
termo inicial (art. 622CPP).
A súmula 393 STF ainda diz que para requerer revisão criminal o condenada não é obrigado a
recolher-se a prisão.
04/11/14 - aula 12
Revisão Criminal
É uma norma excepcional e deve ser interpretada da forma mais restritiva possível nos seus termos e
todo o seu processamento.
- Hipóteses de Cabimento(art. 621)
a) quando a sentença. condenatória for contrória a texto expresso da lei penal ou sentença
condenatória for contrória a prova dos autos:lei penal se entende tanto por lei penal quanto
processual penal. Ex. quando uma sentença que condena o réu pela prática de uma conduta atípica,
ou uma sentença penal condenatória que impõe o réu uma pena acima do iimite máximo permitido.
"Obs. Não é admitido revisão criminal para aplicação de lei penal mais nova que venha a beneficiar o
. ""réu. Y) -wv-. -r>"oi.. -><--.. ~""'d} ~ f''''- Abo'V";PJ (""'~~"'" • ,.,..--. ~ IV~-LDÚ>..
O>.>v'> ôlis.Sêntentr c~a.tória for contrária

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