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Qualidade de Software

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Profº EDGAR AUGUSTO GONCALVES GURGEL DO AMARAL 
Olá! Bem-vindo (a) à disciplina Qualidade de Software. 
O estudo dessa disciplina pretende abordar os principais fatores, métodos e métricas para planejar e gerenciar o 
desenvolvimento de um software com qualidade. Para tanto, a proposta é motivar o desenvolvimento de software 
de forma disciplinada e sistemática olhando não só para os aspectos tecnológicos, mas também os aspectos de 
gestão de qualidade. 
A intenção da disciplina é, portanto, proporcionar o aprendizado e a experiência em gestão da qualidade de 
software, de tal forma que o software desenvolvido seja confiável o bastante, isto é, seja eficaz e siga padrões 
exigidos pelo contexto onde irá atuar(Normas ISO/IEC). 
A qualidade pode ser atribuída ao produto de software e ao processo de desenvolvimento de software. A proposta 
da disciplina é oferecer um guia para os alunos de nível superior quanto a importância das empresas implementarem 
normas e modelos que permitam a garantia e a correta avaliação de qualidade tanto de produtos de software 
quanto de processos de desenvolvimento de software. 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1. Apresentar o conceito de qualidade de 
software. 
2. Abordar sobre a importância da qualidade de 
produto e processo de 
software. 
3. Destacar a relevância da certificação oficial de 
qualidade para as empresas de software. 
 
Qualidade de Software, o que é? 
O conceito de Qualidade de Software pode ser considerado como um processo sistemático que focaliza todas as 
etapas e artefatos produzidos com o objetivo de garantir a conformidade de processos e produtos especificados, 
prevenindo e eliminando defeitos. 
 
 
 
Desde então, a realidade de projetos de softwares registram que: 
Mais de 30% dos projetos são cancelados antes de serem finalizados; 
Mais de 70% dos projetos falham nas entregas das funcionalidades; 
Os custos extrapolam em mais de 180% do orçamento inicial; 
Os prazos excedem em mais de 200% os cronogramas originais. 
Uma pesquisa realizada pela agência Reuters, no ano de 2002, em Nova York (EUA), descreve que “bugs” em 
software custaram US$ 60 bilhões por ano aos EUA. A pesquisa também descobriu que a aplicação de melhores 
testes nos programas de software podem eliminar falhas e etapas iniciais de desenvolvimento, promovendo uma 
redução nos custos em US$ 22,2 bilhões. E ainda, cerca de 80% dos custos com desenvolvimento de softwares são 
gerados para identificar e corrigir defeitos de programação em milhares de linhas de código. 
Qualidade é: estar em conformidade com os requisitos dos clientes. antecipar e satisfazer os desejos dos clientes. 
escrever tudo o que se deve fazer e fazer tudo o que foi escrito. 
Qualidade de software é: Conformidade a requisitos funcionais e de desempenho explicitamente declarados a 
padrões de desenvolvimento claramente documentados e a características implícitas que são esperadas de todo 
software profissionalmente desenvolvido. 
Destaca-se que Pressman (2002), faz referência a padrões de desenvolvimento explicitamente documentados, ou 
seja, refere-se à aplicação por órgãos especializados, de normas conjuntas que registrem as próprias condições e 
objetivos propostos pelo desenvolvedor. 
Da mesma forma, o autor cita as características implícitas, que significam aplicação de normas conjuntas com vistas 
a atender as diferenças entre os usuários, a evolução do tempo, as éticas, as questões de segurança e outras 
visões subjetivas do software desenvolvido. 
Para ajudar nessa questão, a International Organization for Standardization – ISO e a International Electrotechnical 
Comission – IEC, orgãos normalizadores com importância internacionalmente reconhecida no setor de software, se 
uniram para editar normas internacionais conjuntas para os mais diversos setores, no mundo inteiro. 
 
Nível internacional: Normas como as da ISO e IEC, resultantes da cooperação e acordo entre determinado número 
de nações com interesses comuns. 
Nível Regional: Normas estabelecidas por um limitado grupo de países de um mesmo continente para benefício 
mútuo e normas editadas após consenso dos interessados em um país por uma organização nacional de normas que 
seja reconhecida como autoridade no respectivo país. 
Por ser assim, Pressman (2002) complementa que: 
Os requisitos de software são a base da medição da qualidade. 
Os padrões especificados (standards) definem um conjunto de critérios de desenvolvimento. 
Existe um conjunto de características implícitas não mencionadas: 
• Facilidade de uso; • Boa manutenção . 
Por outro lado, Sommerville (2007) estabelece que o gerenciamento de qualidade está estruturado em três 
atividades principais: 
Garantia de Qualidade - Padrões que conduzem a um software de alta qualidade. 
Planejamento de Qualidade - Seleção de procedimentos e padrões apropriados adaptados para um projeto de 
software específico. 
Controle de Qualidade - Aprovação de processos que assegurem que o desenvolvimento de software tenha seguido 
corretamente os procedimentos e padrões de qualidade de projeto. 
Enfim, nesta visão, os padrões exigidos devem englobar boas práticas para que sejam gerados produtos de alta 
qualidade. Dessa forma, acredita-se que há muito mais gerenciamento de qualidade do que padrões e burocracia 
associada para assegurar que os padrões foram seguidos. Complementa o autor que a base do gerenciamento da 
qualidade advém de aspectos intangíveis tais como a elegância, a capacidade de leitura do código e da 
documentação de qualidade gerada ao longo da existência de um software. A documentação de qualidade deve 
variar de acordo com o tamanho do software tendo como propósito a comunicação entre a equipe que participa do 
desenvolvimento do software. 
Qualidade de Produto X Qualidade de Processo de Software 
A qualidade de um sistema de software pode ser entendida sob diversas formas e, utilizando-se de diferentes 
abordagens. 
Assim, um conjunto de normas que tratam deste assunto no âmbito da ISO, estabelece um modelo de qualidade 
com os seguintes componentes: 
Processo de Desenvolvimento: Cuja qualidade afeta a qualidade na forma como o produto de software foi gerado. 
Qualidade em Uso: Consiste na qualidade percebida pelo usuário e na aferição da qualidade do software em cada 
contexto específico de usuário. 
Produto: Compreende os atributos de qualidade e dividem-se em atributos internos e externos, que se diferenciam 
pela forma como são aferidos (interna ou externamente ao produto de software) e, em conjunto, compõem a 
qualidade do produto de software em si. 
Destaca-se que a qualidade do processo contribui para a melhoria da qualidade do produto, que, por sua vez, 
contribui para a melhoria da qualidade em uso: 
 
Através da adequação dos atributos internos do software atende-se a um pré-requisito para o alcance do 
comportamento externo desejado, que por sua vez, é um pré-requisito para o alcance da qualidade de uso. 
 
 
Pensar em desenvolver um software com qualidade é considerar o processo correto pelo qual produtos ou serviços 
são convertidos em bens materiais. 
Torna-se relevante considerar que, uma vez o processo realizado corretamente, um bom produto final será 
desenvolvido. Assim, todos os processos de uma determinada atividade são importantes; se os processos forem 
desenvolvidos com qualidade, o produto final terá qualidade. 
Qualidade do software na visão do usuário 
Até aqui, abordamos o conceito de qualidade com foco no processo de desenvolvimento do software e no produto 
final, agora, trataremos de uma importante questão: a visão do usuário do software. 
Muitas vezes os desenvolvedores de software se esquecem das necessidades implícitas de seus clientes, questões 
tais como: 
O cliente pode ter desejos e necessidades diferentes em relação ao mesmo tipo de produto? 
E qual o interesse dos usuários de software? 
Em primeiro lugar, vamosconsiderar que o efeito da globalização expandiu o elenco de atores no mercado 
aumentando a oferta de produtos, tornando assim o cliente mais consciente de seu poder. Dessa forma, esse novo 
cliente vai demandar por produtos e processos de software de melhor qualidade. 
Em outro momento, os clientes vão buscar responder algumas questões como... 
Funciona adequadamente em imprevistos, como, por exemplo, efetuar débito em uma conta com saldo 
insuficiente? 
As funções requeridas estão disponíveis e são executadas eficientemente? 
O software é seguro, ou seja, evita que pessoas ou sistemas não autorizados tenham acesso aos dados para leitura 
ou modificação? 
Permite que pessoas ou sistemas autorizados para acessar os dados não tenham acesso negado a eles? 
É fácil de integrar com outros sistemas existentes? 
O suporte técnico é confiável e atende com a rapidez necessária? 
É certo que essa mudança de postura do consumo vai exigir melhor qualidade de produtos e processos para atender 
a esse novo cliente. 
A utilização de software de qualidade garante a segurança das transações, dos negócios, das pessoas envolvidas e 
mantém alta disponibilidade dos serviços. Produtos e serviços são considerados aceitáveis se apresentarem 
desempenho dentro de certos limites. 
Por fim é relevante afirmar que os esforços pela qualidade nos mais diversos setores organizacionais já provaram 
que os gastos em qualidade se pagam em muito pouco tempo. 
O aumento de qualidade sempre é acompanhado por aumento de produtividade e redução de custos na forma de 
menos retrabalho e menor índice de perdas. 
No caso de software, isto pode significar reaproveitamento de códigos de programa, menor prazo de entrega, menor 
custo de manutenção e maior satisfação do cliente, que vai refletir em maior participação no mercado. 
Para mais informações, leia agora o capítulo 27 de Gerenciamento de Qualidade – Sommerville (2007, pg. 423-
426), e o capítulo 28 de Aprimoramento de Processo – Sommerville (2007, pg. 439-443) 
O INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, é o órgão brasileiro responsável 
pelo credenciamento e supervisão de organismos de certificação, organismos de inspeção e laboratórios de ensaios, 
nas empresas nacionais. 
 A certificação emitida pelo INMETRO, atende de forma criteriosa aos padrões de qualidade exigidos no 
desenvolvimento industrial e consequentemente, atesta que um produto, serviço, sistema ou pessoal cumpre os 
requisitos de uma norma, especificação ou regulamento técnico. 
Considera-se a importância da boa prática de exigir a certificação nos processos de aquisição de software, de acordo 
com a norma brasileira para a gestão de qualidade e garantia de qualidade no processo de desenvolvimento, 
fornecimento e manutenção de software. 
Importância da certificação oficial de qualidade 
Lembre-se de observar e exigir a certificação de qualidade. 
No setor de Tecnologia da Informação tem sido comum, especialmente em órgãos do governo, compradores 
exigirem dos fabricantes de computadores a certificação de qualidade. Tal fato garante que o fornecedor foi avaliado 
e julgado por um organismo certificador pertencente ao Sistema Brasileiro de Certificação. 
esta aula você aprendeu: 
 Sobre a qualidade de produto e processo de software. 
 A importância da percepção das necessidades implícitas dos usuários na aquisição de softwares para as 
organizações. 
 Que a qualidade aumenta a produtividade e reduz custos, trabalho e evita perdas. 
 A necessidade de obter a certificação oficial da qualidade de software como medida de atestar que um 
produto, serviço, sistema ou pessoal cumpre os requisitos de uma norma, especificação ou regulamento 
técnico. 
 
1. 
 Segundo Pressman (2002), a qualidade de software atende a determinadas condições de: 
 1) a) Conformidade com requisitos funcionais e sem adoção de normas de desenvolvimento explicitamente 
declarados. 
 2) b) Conformidade com requisitos funcionais e de desempenho explicitamente declarados, conformidade com 
características implícitas e adoção de normas de desenvolvimento explicitamente documentadas. 
 3) c) Não-conformidade com requisitos funcionais e de desenvolvimento explicitamente declarados. 
 4) d) Adoção de normas implicitamente documentadas e conformidade com requisitos funcionais. 
 2 
 2. 
 No gerenciamento da qualidade são esperadas algumas atividades, quais são: 
 1) a) Apenas garantia da qualidade. 
 2) b) Garantia, controle, custo e planejamento da qualidade. 
 3) c) Somente controle e custo da qualidade. 
 4) d) Apenas o planejamento da qualidade. 
 2 
 3. 
 As organizações normalizadoras da qualidade de produto e processo de software são: 
 
 I. ISO - International Organization for Standardization 
 II. IEEE - Instituto de Engenharia Elétrica e Eletrônica 
 III. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas 
 
 
 1) a) Somente I. 
 2) b) I e II estão corretas. 
 3) c) II e III estão corretas. 
 4) d) I, II e III estão corretas. 
 5) e) I e III são falsas. 
 4 
1. Apresentar uma visão geral dos fatores que afetam a qualidade 
de software. 
2. Abordar sobre aplicação de medidas indiretas de qualidade 
de software. 
3. Conceituar a garantia da qualidade de software (SQA). 
4. Apresentar as principais atividades da equipe de SQA. 
5. Enfatizar a importância da revisão de software como medida preventiva na descoberta de 
defeitos. 
6. Analisar a prática da revisão técnica formal (FTR) como meio efetivo para melhorar a qualidade 
de software. 
Existe uma imensa variedade de coisas diferentes que podem ser medidas sob vários aspectos. 
A medição ajuda a tornar visíveis características específicas de processos e produtos. Sendo assim, os fatores que 
afetam a qualidade de software podem ser categorizados em grupos de fatores que podem ser medidos 
diretamente (unidade de tempo) ou apenas indiretamente (usabilidade ou manutenibilidade). 
Imagine uma lata, dessas que são usadas para refrigerante. Você pode medir a sua altura, pode medir quanto pesa e 
pode medir quanto líquido pode comportar. Cada um desses aspectos (comprimento, massa, volume) implica uma 
grandeza física diferente. Altura =24 cm; Volume 350 ml; Peso = 300g; Diametro=7 cm. 
A intenção em cada um dos grupos de fatores é a medição e a comparação de software com algum dado e obter 
uma indicação de qualidade. 
A garantia da qualidade de software (Software Quality Assurance – SQA) trata-se de uma atividade “guarda-chuva”, 
aplicada ao longo de todo o processo de engenharia de software. 
Abrange uma série de tarefas vinculadas especificamente a sete atividades que compõem um plano que realiza 
avaliações, auditorias, revisões, define padrões para o projeto, procedimentos para relato, acompanhamento de 
erros, documentação necessária e realimenta a equipe com informações conclusivas do projeto. 
Aplicação de métodos e ferramentas técnicas: 
O estudo dos métodos e ferramentas técnicas de análise, projeto, codificação e teste são atribuídos aos princípios 
fundamentais da análise de requisitos de software de sistemas. Ajudam o analista e o projetista a produzirem um 
projeto de elevada qualidade. 
Atividade central de revisão técnica formal(Formal Techinal Review – FTR): 
Tem o propósito único de descobrir problemas de qualidade. Essa atividade é específica da equipe técnica e, em 
muitas situações, tem descoberto que as revisões são tão efetivas quanto os testes para detecção de problemas de 
qualidade. 
Atividade de teste de software: 
Conhecida como “rede de segurança” de garantia de software, combina uma série de métodos de projetos de casos 
de testes que auxiliam a garantir uma detecção de erros efetiva. As atividades de teste aplicadas de forma cuidadosa 
revelam a maioria dos erros, aliviando a necessidade de outras atividades de SQA. Porém, considera-se atualmente 
que não sejaa mais efetiva para todas as classes de erros. 
Padrões e procedimentos formais: 
São aplicados no processo de engenharia de software e validados pelos desenvolvedores quanto ao cumprimento 
dos padrões exigidos pelo software. Em alguns casos, o grupo de SQA pode realizar uma auditoria independente do 
atendimento aos padrões exigidos. 
Atividade de controle de mudanças: 
Formaliza pedidos de mudança, avalia a natureza da mesma e controla o respectivo impacto que ela pode causar. O 
controle de mudança é aplicado durante o desenvolvimento de software e após a manutenção do software. 
Medição de software: 
Coleta um conjunto de medidas técnicas e orientadas para a administração das especificações do software. 
Anotação e manutenção de registros(documentação): 
É essencial para a garantia da qualidade de software no que diz respeito à coleta e à disseminação de informações 
de SQA. Os resultados de revisões, auditorias, controle de mudanças, testes e outras atividades de SQA devem 
torna-se parte de um registro histórico de um projeto documentado. A documentação deve ser acessível a todos que 
participam da equipe de desenvolvimento de software. 
Fatores de qualidade de software 
Alguns fatores afetam a qualidade de software, por isso, determinados aspectos devem ser considerados em um 
software tais como: características operacionais, manutenibilidade de mudanças e adaptabilidade a novos 
ambientes. 
 
McCall (1977) considera as seguintes categorizações sobre os fatores que afetam a qualidade de software e podem 
ser descritos da seguinte forma: 
Revisão: 
• Manutenibilidade: capacidade de reparação de erros no programa de forma a torná-lo disponível para uso. 
• Flexibilidade: esforço para se modificar um programa operacional. 
• Testabilidade: tempo necessário para se testar um programa a fim de garantir que ele execute a função 
pretendida. 
Operação: 
• Corretitude: é o atendimento do programa às especificações e objetivos visados pelo cliente. 
• Confiabilidade: o quanto um programa executa a função pretendida com a precisão exigida. 
• Eficiência: quantidade de recursos de computação e de código necessária para um programa executar a função 
desejada. 
• Integridade: controle de acesso ao software ou a dados de forma controlada. 
• Usabilidade: esforço para aprender, operar, preparar a entrada e interpretar a saída de um programa. 
Transição: 
Portabilidade: demanda de esforço para transferir um programa de um ambiente de hardware e/ou software para 
outro. 
Reusabilidade: propriedade de reutilizar um programa ou partes de um programa em outras aplicações (refere-se ao 
empacotamento e escopo de funções que o programa executa). 
Interoperabilidade: esforço exigido para se acoplar um sistema a outro. 
Por outro lado, segundo Pressman (2002), existe a dificuldade de se desenvolver medidas diretas dos fatores de 
qualidade desenvolvidos por McCall (1997) por considerar que muitas das métricas só podem ser medidas 
subjetivamente. Cavano e MCCall (1978), citados por Pressman (2002), consideram importante a utilização de uma 
lista de verificação (checklist) para graduar outros atributos específicos do software. 
McCall (1977) considera relevante a utilização de uma escala padrão que varia de 0 (baixo) a 10 pontos (elevado), no 
estabelecimento de métricas de qualidade para cada fator que altera a qualidade de software. 
Para mais informações, leia no texto Métricas de qualidade, como Pressman (2002, pp. 727:729) apresenta as 
métricas usadas no esquema de graduação de McCall (1977). 
Métricas de qualidade 
• Auditabilidade: facilidade na verificação de conformidade aos padrões especificados. 
• Acurácia: precisão das computações e do controle dos padrões. 
• Comunidade de comunicação: o grau em que interfaces padrões, protocolos e larguras de banda são usados. 
• Inteireza: função implementada com sucesso de acordo com a forma requerida. 
• Concisão: programa compacto em termos de linha de código. 
• Consistência: uniformidade no uso de técnicas de projeto e documentação ao longo do projeto. 
• Comunidade de dados: padronização na estrutura e tipos de dados necessários. 
• Tolerância a erros: impacto do dado quando o programa detecta erro. 
• Eficiência de execução: desempenho fantástico na execução. 
• Expansibilidade: capacidade de ampliação da arquitetura, dos procedimentos e dos dados. 
• Generabilidade: aplicação ampla de componentes de programa. 
• Independência de hardware: desvínculo do software em relação ao hardware em que opera. 
• Instrumentação: monitoramento da própria operação do software e a capacidade de identificação rápida de erros. 
• Modularidade: independência funcional dos componentes do programa. 
• Operabilidade: facilidade de operação de um programa. 
• Segurança: mecanismos disponíveis para proteção de programas e dados. 
• Autodocumentação: documentação significativa do código-fonte. 
• Simplicidade: entendimento sem dificuldades de um programa. 
• Independência do software básico: o quanto um programa é independente de particularidades não-padronizadas 
de linguagens de programação. 
• Rastreabilidade: capacidade de rastrear componentes de programa até os requisitos. 
• Treinamento: o quanto o software auxilia novos usuários a aplicarem o sistema. 
Métrica dos fatores de qualidade 
Pressman (2002) comenta que os fatores e atributos da qualidade descritos anteriormente podem ser usados para 
estabelecer métricas de qualidade para cada etapa do processo de desenvolvimento de software. 
Além dos fatores evidenciados pelos autores citados, outros também interferem na aquisição de qualidade durante 
o processo de desenvolvimento de software, tais como: 
Falta de um modelo corporativo de qualidade. 
Ausência de procedimentos de testes automatizados. 
Ausência de profissionais capacitados em qualidade. 
Deficiência no planejamento e aplicação dos testes. 
Qualidade é aplicada tardiamente no processo. 
Em contrapartida, o predomínio da qualidade no processo de desenvolvimento de software traz alguns benefícios, 
como: 
Torna o ciclo de desenvolvimento de software confiável. 
Garante ações corretivas no ciclo de desenvolvimento. 
Evita a ingerência do projeto de software. 
Amplia as chances de sucesso do projeto de software. 
Amplia a produtividade do desenvolvimento. 
Evita a propagação de erros. 
Automação de testes reduz custos do projeto. 
Revisões de software 
As revisões são métodos de validação de qualidade de um processo ou produto amplamente usado pela equipe 
técnica do projeto. São consideradas como verdadeiros “filtros” de erros e inconsistências no processo de 
desenvolvimento de software. 
Qualquer revisão é uma maneira de usar a diversidade de um grupo de pessoas para apontar melhorias necessárias 
ao produto gerado por uma equipe, confirmar partes ou o todo de um produto que devem ser melhorados (ou não) 
e realizar um trabalho mais técnico com uma qualidade mais uniforme e previsível, de forma a tornar o trabalho 
técnico mais administrável. 
Alguns bons exemplos de revisões são levados em consideração a efeito de contribuírem na garantia da qualidade de 
software. Por exemplo, um encontro informal em torno da máquina de café é uma forma de revisão quando 
tratados problemas técnicos. Uma apresentação técnica do projeto a clientes, à administração e ao pessoal técnico 
também pode ser considerada uma forma de revisão. 
São tipos de revisão específicos do gerenciamento de qualidade, segundo Sommerville (2007, pg 431). 
Inspeções de projeto ou de programa - Detectar erros detalhados nos requisitos, projeto ou código. 
Revisões de progresso - Fornecer informações para a gerência sobre o progresso geral do projeto (revisão de 
processo, produto com foco em custos, planejamento e prazos). 
Revisões de qualidade - Conduzir análise técnica de componentes de produto ou documentação para encontrar 
inconsistências entre especificaçãoe projeto, código ou documentação; assegurar que padrões de qualidade 
definidos foram seguidos. 
Custos da qualidade 
Um outro aspecto importante é referente aos custos da qualidade. Vários são os estudos conduzidos por 
especialistas da área de qualidade intencionados em obter um referencial para os custos reais da qualidade, a fim de 
poderem identificar maneiras de reduzir custos da qualidade e fornecer uma base de comparação entre os demais 
custos envolvidos no processo de desenvolvimento de software. 
Os custos operacionais da função qualidade podem ser classificados em quatro categorias: prevenção, avaliação, 
falhas internas e falhas externas. Veja a seguir esses quesitos detalhadamente: 
 
Interessante ressaltar que na medida em que migramos dos custos de prevenção para os de detecção de falhas 
internas até os de falhas externas aumentamos significativamente os custos de identificação e reparo de um defeito. 
Uma análise numérica justifica o impacto de custo de detecção de erros feita precocemente. Considere que, na 
descoberta de um erro durante a fase de projeto, o custo seja de uma (1,0) unidade monetária para ser corrigido. 
Em relação a esse custo, o mesmo erro, descoberto logo antes que as atividades de teste se iniciem, custará 6,5 
unidades; durante os testes, 15 unidades; e, após o lançamento, entre 60 e 100 unidades (PRESSMAN, 2002). 
Como sugestão de prática da revisão, os especialistas recomendam não terem medo de assumir custos de prevenção 
significativos. Seu investimento terá excelente retorno. 
Revisões técnicas formais 
As revisões técnicas formais são consideradas como a principal atividade de um SQA. 
Conhecida como walkthroughs, inspeções, reuniões round - robin e outras avaliações técnicas de software, as 
revisões técnicas formais têm como objetivos: 
1. descobrir erros de função, lógica ou implementação do software; 
2. verificar se o software em revisão atende aos requisitos; 
3. garantir que o software está representado de acordo com padrões predefinidos; 
4. obter um software desenvolvido de forma uniforme; e 
5. tornar os projetos mais administráveis (SOMMERVILLE, 2007). 
Assim como a revisão de software, a revisão técnica formal (Formal Technical Review - FTR) deve contar com 
algumas etapas, segundo Pressman (2002): 
Reunião da revisão: entre três a cinco pessoas com preparação antecipada de 2 horas de trabalho de cada pessoa 
para uma duração de não mais que 2 horas. 
A reunião ocorre a partir da informação do produtor do software ao líder do projeto quanto a necessidade de 
revisão. 
O líder de projeto comunica ao líder de revisão que avalia o produto e demais materiais e os distribui aos revisores 
selecionados. 
Os revisores selecionados revisam o produto fazendo anotações devidas para efeito de posteriores reuniões. 
Por fim, o líder de revisão toma conhecimento das anotações e convoca nova reunião para tomadas de decisão 
quanto à aceitação com correção, rejeição devido a erros graves, solicitação de nova revisão ou aceitação provisória 
do produto. 
Comunicação e manutenção de registros de revisão: consiste na atividade de um revisor atuar durante a FTR para 
registrar todas as questões que foram levantadas para efeito de revisão do produto de software em estudo. No final 
da reunião, um relatório de revisão resumido simples é concluído e distribuído ao líder do projeto e a outras partes 
interessadas. 
O objetivo da lista de questões de revisão é identificar as áreas problemáticas do produto de software e servir de 
conferência de itens de ação que apóiem o produtor nas correções a serem feitas. 
Interessante enfatizar que a comunicação deve ser contínua durante o processo de revisão e por isso, requer um 
procedimento de resposta aos itens da lista de questões levantadas para efeito de confirmar a devida correção das 
questões levantadas. 
Diretrizes de revisão: estabelecida antecipadamente e distribuída a todos os revisores para a concordância de todos 
e assim ser encaminhada mantendo a organização no processo de revisão técnica formal. 
Requer um conjunto de diretrizes necessárias para a perfeita realização do processo: 
• Revisar o produto, não o produtor: responsabilidade do líder de revisão conduzir o encontro a fim de garantir que 
o tom e a atitude comportamental dos participantes sejam mantidos de forma cordial e respeitosa, mas, em situação 
oposta, deve interromper imediatamente uma revisão, caso tenha saído do controle. 
• Fixe e mantenha uma agenda: a orientação para o líder de revisão é evitar a divagação, o desvio no cumprimento 
do cronograma previamente definido para a reunião; caso isso aconteça, o líder de revisão é o responsável pela 
chamada de atenção dos participantes. 
• Limite ao debate e a refutação: questões levantadas que não obtenham concordância geral devem ser registradas 
para posterior discussão offline, ou seja, em outro momento à parte da reunião. 
• Foco nas áreas problemáticas: nem todos os problemas serão resolvidos em uma única sessão e, por isso, é 
interessante enunciar somente as áreas problemáticas, mas não tentar resolver cada problema anotado. A resolução 
de problemas deve ser transferida para depois do encontro da revisão. 
• Registre as anotações por escrito: a intenção é compartilhar a redação das anotações entre todos a fim de se 
avaliarem e se determinarem prioridades em conjunto. 
• Reduzir número de participantes: o líder de revisão deve manter o número de pessoas envolvidas ao mínimo 
necessário e solicitar a preparação antecipada de todos. 
• Definir uma lista de conferência (checklist) para cada produto revisado: uma lista de conferência ajuda o líder da 
revisão a estruturar o encontro de FTR e ajuda cada revisor a se concentrar em questões mais importantes. 
• Atribuir recursos e uma programação de tempo para as FTRs.: a efetividade das revisões requer a programação de 
tempo para as modificações que serão realizadas durante o processo de desenvolvimento de software e os 
resultados findos da FTR. 
• Realizar treinamento para os revisores: capacitar formalmente os revisores para melhor desempenho tanto em 
processos como em relações humanas. 
• Rever antigas revisões: as diretrizes da revisão devem ser revistas a fim de desvendar problemas gerados pelo 
próprio processo de revisão. 
Lista de conferência de revisão – cada etapa do processo de engenharia de software pode realizar uma FTR a partir 
de um produto derivado de outras FTRs anteriores. 
Dessa forma, importante considerar a lista de conferência como parâmetro ou ponto de partida para cada revisão. 
Algumas questões pertinentes a cada etapa do processo de desenvolvimento abrangem determinados 
questionamentos. As listas de conferência não pretendem ser abrangentes o suficiente, mas apenas oferecem um 
ponto de partida para cada revisão. 
Para mais informações, acesse agora uma lista com itens que o ajudarão na conferência da revisão. Você poderá 
utilizá-la em seu processo de revisão de software. 
 
 
Leia o capítulo 1 de Pfleeger (2004, p. 27-29). Referência sobre o tema “Métricas e Qualidade de Software”. 
 
Explorar conhecimentos sobre como usar as Sete Ferramentas Básicas do controle da Qualidade: Fluxograma, 
Histograma, Diagrama de Pareto, Carta de Controle, Diagrama de Dispersão, Lista de Verificação, Diagrama 
Ishikawa (Espinha-de-Peixe), para auxílio nos processos de ação corretiva e preventiva e solução de problemas. 
Nesta aula, você aprendeu: 
 A importância da aplicação de métricas orientadas à função, ou seja, que oferecem 
medidas indiretas à funcionalidade do software e não a leitura de linhas de código. Tais 
métricas destacam a valorização das funções executadas pelos programas. 
 A importância da aplicação de métricas orientadas às pessoas, as quais dão indicações 
sobre a forma como as pessoas desenvolvem os programas de computador. Quando não 
há a definição de métricas, ou quando os objetivospara o desenvolvimento de software 
não são claros, as pessoas tendem a criar produtos dentro das suas próprias visões, 
levando a projetos inadequados para a função de negócio a ser atendida. 
 Sobre a organização das métricas da qualidade, que permitem indicar o nível de resposta 
do software às exigências explícitas e implícitas do cliente. As pessoas são sensíveis aos 
estímulos externos e por meio de tais estímulos são influenciadas suas atitudes e 
pensamentos. 
 A garantia de qualidade de software consiste nas funções gerenciais de auditar e relatar. O 
objetivo é fornecer à gerência os dados necessários para que fique informada sobre a 
qualidade do produto, a fim de obter compreensão e confiança de que a qualidade do 
produto está satisfazendo as metas. 
 Revisões, embora tenham eficácia duvidosa, são simples e, se bem realizada, têm 
mostrado bons resultados. 
 As revisões visam promover a simplicidade da prática de técnicas para descoberta de 
erros e inconsistências. Promovem eficácia apesar de informais e tendem a encontrar o 
número significativo de defeitos. Se feitas por pessoas treinadas em aspectos formais 
podem ser muito mais eficazes. 
 O custo da revisão é amplamente compensado pela redução do retrabalho inútil e além do 
mais, é baixo a partir da remoção de problemas potenciais, defeitos e inconsistências. 
Porém, a qualidade das revisões depende excessivamente da habilidade de revisores 
quanto à proficiência, confiabilidade quanto ao rigor adotado pelo revisor em suas 
opiniões e diretrizes. 
 A importância de treinar e capacitar efetivamente os revisores nas práticas das revisões 
técnicas formais para amenizar os problemas decorrentes da informalidade. 
 É fato a dificuldade de se determinar com precisão a eficácia da revisão quanto à 
existência de defeitos desconhecidos e a gravidade e impacto destes nos produtos de 
software. 
 
1. 
 Um software de qualidade deve atender a determinadas características. Assinale aquelas que você considera pertinentes ao 
alcance da referida qualidade. 
 a) Inflexível 
 b) Confiável 
 c) Difícil de usar 
 d) Reutilizável 
 e) Portável 
 f) Correto 
As alternativas corretas são: 
 1) a), b), d), f) 
 2) b), d), e) e f) 
 3) a), b), c) e f 
 4) Todas as alternativas corretas 
 2 
2. 
O fator de qualidade “usabilidade” refere-se a: 
 1) quantidade de recursos de computação e de código necessário para um programa executar sua função 
 2) esforço para aprender, operar, preparar a entrada e interpretar a saída de um programa 
 3) atendimento do programa às especificações e objetivos visados pelo cliente 
 4) controle de acesso ao software ou a dados de forma controlada 
 5) capacidade de reparação de erros no programa de forma a torná-lo disponível para uso 
 2 
3. 
Dentre as métricas apresentadas abaixo escolha as que são pertinentes no alcance de qualidade de software. 
 a) Retração 
 b) Auditabilidade 
 c) Pouca comunicação 
 d) Acurácia 
 e) Inteireza 
 f) Concisão 
 g) Inconsistência 
 h) Despadronização de dados 
 i) Intolerância a erros 
 j) Eficiência de execução 
Marque as alternativas corretas: 
 1) a), c), d), i) e j) 
 2) c), d), e), f) e j) 
 3) e), f), g), h) e i) 
 4) b), d), e), f) e j) 
 4 
4. 
Como conclusão do estudo, pode-se enfatizar que as medidas servem favorecer para determinadas atividades de qualidade. 
Marque as alternativas corretas: 
a) Analisar qualidade e produtividade do processo de desenvolvimento e manutenção bem como do produto de software 
construído, 
b) Qualificar o desempenho técnico dos produtos do ponto de vista do usuário 
c) Medidas funcionais são necessárias para qualificar o desempenho dos produtos pela perspectiva do usuário 
d) Devem ser dependentes das decisões do desenvolvimento técnico e de implementação 
 1) a), c) 
 2) c), d) 
 3) a), b) e d) 
 4) Todas as alternativas corretas 
 1 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
1. Descrever os passos necessários para realizar a SQA estatística. 
 
2. Discorrer sobre a diferença entre confiabilidade de software e segurança de 
software. 
3. Abordar os princípios da ISO 9000 e suas vertentes. 
4. Discorrer sobre os modelos ISO 9000 para sistemas de garantia da qualidade. 
Aula 3: Garantia estatística da qualidade e a abordagem da NBR ISO 9000 
Nas aulas anteriores, enfatizou-se que a qualidade de software é responsabilidade de todos os participantes envolvidos no desenvolvimento de 
software. 
 
Qualidade de software  Pode ser conseguida através de análise, projeto, codificação e teste de componente, mas, 
com toda certeza, uma efetiva aplicação de revisões técnicas formais para controle de produtos de trabalho de 
software e de modificações feitas neles são consideradas técnicas eficientes de obtenção de qualidade de software. 
Garantia estatística de qualidade de software  Reflete uma tendência entre os profissionais da área de 
computação e apóia-se na questão quantitativa a respeito da freqüência de ocorrência de erros e inconsistências nos 
softwares rastreados ao longo de um período específico de tempo. 
Com o decorrer da industrialização acelerada, algumas questões relativas à padronização começaram a ser 
questionadas no sentido de estimular procedimentos quanto à gerência de processos e a obtenção de qualidade nos 
produtos fabricados. 
Ao iniciar o século XX, Frederick Taylor, se destacou nos estudos quanto a racionalização das etapas de produção 
visando a maior produtividade de seus funcionários. Logo após, seguiram os estudos de Henry Ford que apoiado pela 
idéia de racionalização no processo industrial implantou a linha de montagem com a implementação de processos 
padronizados. 
Desde então, criaram-se vários órgãos normativos que perseveraram no propósito da padronização e assim em 
1906, surge a International Electrotechnical Commission (IEC) com ênfase na eletrotécnica. 
Em 1926, surge a International Federation of the National Standardizing Associations (ISA), com ênfase na 
engenharia mecânica. 
Mais tarde, com o fim da II Guerra Mundial, em Londres, estabelece a nova organização, a Organização Internacional 
para Padronização, iniciando oficialmente as suas operações em 23 de fevereiro de 1947 com sede em Genebra, na 
Suíça. 
Com a acentuação da globalização na década de 1980, aumenta a necessidade de normas internacionais, 
nomeadamente a partir da criação da União Européia que suplantou a norma padrão internacional, a ISO 9000 
(International Organization for Standardization), através da criação de uma organização não-governamental, cuja 
função é a de promover a normatização de produtos e serviços, para que a qualidade dos mesmos seja 
permanentemente melhorada. 
ISO 9000  Grupo de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão da qualidade para organizações em 
geral, qualquer que seja o seu tipo ou dimensão. 
Passos para a SQA estatística 
Pressman (2004), destaca alguns passos necessários para realizar a SQA estatística e criar um processo adaptativo de 
engenharia de software no qual são feitas modificações para aprimorar os elementos do processo que promovem 
erro: 
Coletar e categorizar os defeitos de software encontrados. Rastrear o defeito até sua causa subjacente. 
Considerar que 20% do código têm 80% dos defeitos. Corrigir os problemas que causaram os defeitos. 
 
 
Concluindo... 
A Tabela indica que os erros I, II e V são as poucas causas vitais que correspondem 53% de todos os erros. 
Entretanto, os erros I, V, X e VIII seriam selecionados como as poucas causas vitais, se apenas fossem considerados 
erros sérios. 
Dessa forma, o importante é criar uma lista de possíveis causas e quantificar, por um determinado período de 
tempo, a incidência dos erros e assim desenvolver ações que eliminem os erros e inconsistências mais impactantes 
no desempenho do software. 
A ação corretiva focaliza principalmente as poucascausas vitais. Logo que as poucas causas vitais são corrigidas, 
novos erros despontam no topo da pilha. 
É certo que toda ação que visa eliminar e corrigir erros em softwares é suscetível a geração de novas causalidades 
mais ou menos graves que as anteriores, portanto, atente para o caso de realizar testes exaustivos para não 
comprometer de fato todo um sistema. 
Confiabilidade de software é: 
Em termos gerais, “a probabilidade de operação livre de falhas de um programa de computador num ambiente 
específico durante determinado tempo especificado”. Musa (1987) citado por Pressman(2002, pg. 768). 
Também considerar que um número mínimo de falhas ocorrerá na execução de um software dada garantia de que 
atenderá ao estabelecimento de parâmetros de conformidade para o sucesso do processo. 
EXEMPLO: 
Suponha um software que tenha como confiabilidade de 0,98, por oito horas corridas de processamento. Significa 
dizer que, se o software for executado 100 vezes por um tempo de oito horas de tempo de execução, é provável que 
funcione corretamente 98 das 100 vezes. 
Confiabilidade de Software 
A confiabilidade consiste em considerar que um número mínimo de falhas ocorrerá na execução de um software 
dada a garantia de que atenderá ao estabelecimento de parâmetros de conformidade para o sucesso do processo. 
O percentual de confiabilidade definido para cada processo na engenharia de software é muito relativo, pois 
dependerá da complexidade e importância do processo para o sucesso do sistema. Por exemplo, o sistema que 
monitora todo o processo de aquecimento da caldeira de uma siderúrgica precisa de um percentual de 
confiabilidade muito próximo a 100 %. Trata-se de um processo ininterrupto, ativo por 24 horas, pois, caso ocorra o 
desligamento da caldeira, o custo de reaquecimento será extremamente alto. Portanto, alguns processos 
automatizados precisam necessariamente de percentuais de confiabilidade altos e outros nem sempre. 
Alguns fatores são responsáveis pela presença de falhas nos softwares decorrentes de falhas de hardware devido a 
desgaste físico e não a defeitos. Exemplos comprovados desse fato estão presentes nos efeitos de temperatura, 
de corrosão e de choque térmico. Todavia, nos softwares, essas falhas não são justificadas plenamente, apesar de 
alguns estudiosos da área de qualidade considerarem a existência de uma relativa ligação irrefutável – confiabilidade 
de hardware e sua aplicabilidade ao software.Nesse contexto, ainda há de se considerar a questão da 
disponibilidade de software como a probabilidade de que um programa esteja operando de acordo com os 
requisitos em determinado ponto do tempo. Quando se tem uma medida de disponibilidade alta para um software, 
a razão torna-se inversamente proporcional à capacidade de manutenção do software. 
Segurança de software é: 
Uma atividade de garantia da qualidade de software que detecta e avalia riscos em potencial, que podem provocar 
falhas e impactar o desempenho de todo o sistema. 
É também considerada uma atividade de garantia de qualidade de software, que se concentra na identificação e 
avaliação de causalidades em potencial que possam exercer impacto negativo sobre o software e provocar falhas no 
sistema. 
Para a implementação da segurança, considera-se a necessidade de identificar a presença de riscos o mais cedo 
possível, de forma a possibilitar que estratégias sejam traçadas no projeto de software que eliminem ou controlem 
esses riscos em potencial. Atualmente, o hardware e o software de computador são usados regularmente para 
controlar sistemas de segurança críticos. O passo seguinte seria analisar, por meio de técnicas, a gravidade e a 
probabilidade de ocorrência. Algumas técnicas são aplicáveis tais como a análise da árvore de falhas e a lógica de 
tempo real. 
 
Após a identificação e análise das causalidades, uma lista de requisitos de segurança pode ser especificada para o 
software. A lista contém os requisitos indesejáveis e paralelamente, são elaboradas as respostas desejadas do 
sistema a esses eventos. A partir dessa ação, o software se encarrega de gerenciar os eventos indesejáveis. 
Princípios da ISO 9000 
Até aqui, conhecemos um pouco mais sobre a garantia estatística da qualidade. A partir de agora, trataremos da 
abordagem da norma ISO 9000. 
A ISO 9000 descreve os elementos de garantia em termos genéricos, que podem ser aplicados a qualquer negócio 
independentemente dos produtos ou serviços oferecidos. 
Dessa forma, um sistema de garantia da qualidade que promove a estrutura organizacional, define 
responsabilidades, cria procedimentos e processos, capacita recursos para implementar a gestão da qualidade em 
todo ciclo de vida de um produto, certamente, demanda de uma intervenção normativa para que materiais, 
produtos, processos e serviços satisfaçam as expectativas do cliente, de acordo com suas especificações. 
A adoção das normas ISO é vantajosa para as organizações, uma vez que lhes confere: 
Gestão: Prover confiança a própria administração de que seus produtos atenderão à satisfação dos clientes. 
Garantia: Prover confiança aos clientes de que os produtos atenderão à sua satisfação. 
O ganho para as organizações com a adoção das normas ISO está na produtividade e credibilidade aumentando a sua 
competitividade nos mercados nacional e internacional. 
Modelos da norma ISSO 9000: 
ISO 9001: Garantia da qualidade em projetos/desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica. 
ISO 9002: Garantia da qualidade em produção e montagem, instalação, prestação de serviço. 
ISO 9003: Garantia da qualidade em inspeção e testes finais. 
ISO 9004: Gestão da qualidade e elementos do sistema de qualidade – diretrizes. 
 
 
Princípios ISO 9000:2000 
• Foco no cliente. 
• Liderança. 
• Envolvimento das pessoas. 
• Abordagem de processo. 
• Abordagem sistêmica para a gestão. 
• Melhoria contínua. 
• Abordagem para tomada de decisões. 
• Benefícios mútuos nas relações com fornecedores. 
 
 
Segundo Pressman (2002), os modelos de garantia da qualidade ISO 9000 tratam uma empresa como uma rede de 
processos interconectados. Todos os processos organizacionais devem se referir às áreas identificadas na norma e 
devem ser documentados e praticados como descrito na imagem. Dessa forma, afirma-se que a organização dispõe 
de um sistema de qualidade que esteja em conformidade com a ISO. 
Nesta aula, você aprendeu: 
 Para conduzir adequadamente a garantia da qualidade de software, dados sobre o 
processo de desenvolvimento de software devem ser coletados, avaliados e disseminados. 
 SQA estatística ajuda a aperfeiçoar a qualidade do produto e o próprio processo de 
software. 
 Modelos de confiabilidade de software ampliam as medições, permitindo que dados de 
defeitos coletados sejam extrapolados para taxas projetadas de falha e previsões de 
confiabilidade. 
 A certificação ISO 9000 surge como uma alternativa à melhoria do processo produtivo, 
gerando produtos e serviços de alta qualidade para o cliente. 
 Atualmente, a certificação ISO 9000 é considerada como estratégia competitiva nas 
organizações empresariais para alcançar a diferenciação e galgar novas oportunidades em 
um mercado global cada vez mais competitivo. 
Na próxima aula, continuaremos com o estudo sobre a ISO 9000 com uma descrição mais detalhada das principais 
normas aplicadas a qualidade do produto de software ou a qualidade do processo de software. 
 
1. 
A garantia estatística de qualidade de software apóia-se na freqüência de ocorrência de erros e inconsistências nos 
softwares rastreados ao longo de um período específico de tempo. Escolha a alternativa que classifica o tipo de 
análise para a ocorrência de erros. 
 1) Qualitativa 
 2) Quantitativa 
 3) Descritiva 
 4) Subjetiva 
 5) Objetiva 
 2 
2. 
A confiabilidade consiste em considerar que um número de falhas ocorrerá na execução de um software dadagarantia de que atenderá ao estabelecimento de parâmetros de conformidade para o sucesso do processo. A 
quantidade determinada de ocorrência de falhas é: 
 1) Máxima 
 2) Média 
 3) Mínima 
 4) Ponderada 
 3 
3. 
Em termos gerais, Musa (1987) citado por Pressman(2002, pg. 768), define a confiabilidade de um software como : 
 1) a probabilidade de operação livre de falhas de um programa de computador num ambiente específico durante 
determinado tempo especificado. 
 2) a probabilidade de operação com falhas de um programa de computador num ambiente aberto durante determinado 
tempo especificado”. 
 3) a probabilidade de operação com falhas de um programa de computador num ambiente aberto durante um tempo 
especificado e indeterminado”. 
 4) a probabilidade de operação sem falhas de um programa de computador num ambiente aberto durante determinado 
tempo especificado”. 
 1 
4. 
Trata-se de uma atividade de garantia da qualidade de software que detecta e avalia riscos em potencial, que podem 
provocar falhas e impactar o desempenho de todo o sistema. O conceito é pertinente a: 
 1) Confiabilidade de software 
 2) Gerência de risco 
 3) Qualidade de software 
 4) Segurança de software 
 4 
 
SQA Garantia de Qualidade de Software 
1. O que é e o que faz a ISO? 
• ISO=International Organization Standardization. 
• Orgão, de origem inglesa, que produz normas internacionais. 
• 150 países participantes e cerca de 50 mil especialistas(Mundo) 
2. O que é e o que faz a IEC? 
• IEC=International Eletrotechnical Commision 
3. O que é o o que faz a ABNT? 
• Orgão brasileiro responsável pelas normas de qualidade 
• Representa, no Brasil a ISO e a IEC 
• Cuida da preparação das normas técnicas, mas também pode verificar a implantação e uso das normas em empresas 
4. O que representa a adequação a uma norma, para uma empresa? 
• A adequação a uma norma consiste em colocar em prática, total ou parcialmente, a que ela se propõe. 
• A adequação pode ser obtida por consultoria ou de forma autônoma. 
5. O que representa a certificação em uma norma, para uma empresa? 
• Envolve a participação de organismo ou empresa externa, credenciada e que possa atestar que a empresa segue a resptiva 
norma, 
• Obviamente a adequação deve preceder a certificação. 
6. A certificação deve abranger todas as partes da norma? 
• Não. Normalmente a certificação é pontual, podendo ater-se a partes específicas da norma. 
7. O fato de uma empresa ter certificação ISO 9000, significa que seus produtos ou serviços possuem qualidade? 
• Não, Pode ser que apenas um determinado setor cumpra a norma. 
8. A certificação é válida para sempre, uma vez que foi obtida? 
• Não. A certificação vale por certo período de tempo, durante o qual há acompanhamento da certificadora: Testes com 
amostras (produtos) ou visitas e inspeções (gerenciamento e processos) 
• A empresa pode até perder seu certificado 
 
• SQA Estatístico é importante pois temos uma noção numérica de falhas, problemas e erros por CATEGORIAS. 
• Ajuda a aperfeiçoar Processo de Produto 
• Confiabilidade é uma métrica importante, mas dificil de mensurar  é um quesito base : confiar no resultado é fundamental. 
• Segurança é essencial ao SW moderno, levando a uma análise de riscos. 
• A ISO 9000 surge como alternativa para melhoria do processo produtivo das empresas, gerando produtos e servicos mais 
competiticos no mercado Nacional e Internacional. 
• A certificação ISO surge como diferencial competitivo, sendo estratégico para corporação atingir patamares diferenciados e 
oportunidades num mercado Global. 
Aula 4: NBR ISO/IEC 9126 (produto de software) e NBR ISO/IEC 12119 (pacote 
de software) 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1. Definir o modelo de qualidade do produto de software da Norma NBR ISO/IEC 9126. 
2. Descrever as características de qualidade internas e externas. 
3. Apresentar as métricas de softwares da Norma NBR ISO/IEC 9126. 
4. Definir o modelo de qualidade do produto de software da Norma NBR ISO/IEC 12119. 
5. Compreender o que significa um pacote de software a partir da definição de um conjunto de requisitos de 
qualidade. 
6. Definir as instruções de requisitos de qualidade para a realização de testes. 
Normas – Qualidade de Produto de Software 
A NBR ISO/IEC 9126-1, publicada em 1991, apresenta uma definição de qualidade como sendo a "totalidade de 
características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas" 
(2003, p.17). 
As necessidades explícitas (ou externas) dependem do que foi especificado nos requisitos referentes às condições 
em que o produto deva ser utilizado, seus objetivos, funções e o desempenho esperado. Já as implícitas (ou 
diretas) são necessidades que embora não estejam especificadas nos requisitos, devem ser levadas em 
consideração, pois se baseiam em princípios básicos e óbvios, necessários para que o usuário execute a sua tarefa. 
Essas duas necessidades são muito importantes, pois são elas que fornecem subsídios para a criação das validações 
e verificações que ocorrem durante todo o ciclo de vida do sistema. Dentre elas, pode-se citar o teste de software 
como uma grande ferramenta para garantir a qualidade do software. 
No entendimento da NBR ISO/IEC 9126 as necessidades explícitas e implícitas são entendidas como características 
e subcaracterísticas básicas de um produto de software que vise à presença da qualidade. As definições de 
características e subcaracterísticas de qualidade nos permitem perceber um possível universo de requisitos que se 
enquadram no conceito de qualidade. 
A Norma ISO/IEC 12119 é aplicável a pacotes de software, como por exemplo, pacotes de software voltados para 
funções administrativas, técnicas ou científicas, comunicação de escritórios e outras finalidades, tal como são 
produzidos. Outros exemplos, incorporados aos pacotes de software compreendem os processadores de texto, 
planilhas eletrônicas, bancos de dados, softwares gráficos, programas para funções técnicas ou científicas e 
programas utilitários. Aplicável à avaliação de pacotes de software na forma em que são oferecidos e liberados para 
uso no mercado e não aos processos de desenvolvimento e fornecimentos de software. 
Por pacotes de software entende-se como o conjunto completo e documentado de programas fornecidos a diversos 
usuários para uma aplicação ou função genérica. É conhecido também como software de prateleira. A norma 
estabelece um conjunto de requisitos de qualidade para pacotes de software, instruções em como executar testes 
em um pacote de software, em destaque para testes realizados por terceiros. 
Os requisitos de qualidade incluem que: i) cada pacote de software deve ter uma descrição do produto e 
documentação do usuário; ii) a descrição de produtos deve conter informações que sejam testáveis e corretas e, iii) 
requisitos para a documentação do usuário, programas e dados que façam parte do pacote. 
A descrição do produto inclui as principais propriedades do pacote. A documentação do usuário nada mais é que um 
documento que será avaliado em relação à sua completitude, correção, consistência, inteligibilidade, apresentação e 
organização. 
A garantia e controle de qualidade no desenvolvimento de software ao operarem simultaneamente, visam garantir 
que os artefatos de software sejam desenvolvidos e entregues com melhor aceitabilidade, menos defeitos e 
menores custos. 
Garantia de software  Promove a gerência sênior da organização uma melhor visibilidade apropriada sobre o 
processo de desenvolvimento. 
Controle de Qualidade  Objetiva testar os produtos de software de modo a encontrar, relatar e remover seus 
defeitos. 
Em contrapartida, na visão do usuário do software , são percebidas as necessidades de qualidade em uso do produto 
de software no contexto especificado para uso. Essas necessidades identificadas, por sua vez,podem ser usadas 
quando se especifica qualidade externa e interna usando características e subcaracterísticas de qualidade do 
produto de software. 
A qualidade do produto de software pode ser avaliada pela medição: dos atributos internos (tipicamente medidas 
estáticas de produtos intermediários); dos atributos externos (tipicamente medidas do comportamento do código 
quando executado); dos atributos de qualidade em uso. 
O objetivo é que o produto tenha o efeito desejado em um contexto particular de uso. 
Modelo de qualidade de software 
A qualidade de produto de software deveria ser avaliada utilizando um modelo de qualidade previamente definido. 
O modelo de qualidade deve ser usado quando se estabelecem metas de qualidade para produtos de software e 
produtos intermediários. A qualidade do produto de software deve ser hierarquicamente decomposta para um 
modelo de qualidade com características e subcaracterísticas que podem ser usadas como um checklist de assuntos 
relacionados à qualidade. 
É praticamente impossível medir todas as subcaracterísticas de todas as partes de um grande produto de software. 
Similarmente, não é prático medir qualidade em uso de todos os possíveis cenários de tarefas do usuário. Recursos 
para avaliação precisam ser alocados entre os diferentes tipos de medições dependendo dos objetivos do negócio e 
da natureza do produto e do processo. 
 Qualidade de uso e Qualidade Interna e Externa. 
A norma NBR ISO/IEC 9126 apresenta, de certa maneira, os instrumentos necessários para realizar uma avaliação, 
descrevendo de forma ampla como medir qualitativamente e quantitativamente a “presença” de qualidade, 
formando assim um modelo de qualidade para produto. De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas 
– ABNT, a série da NBR ISO/IEC 9126 se subdivide da seguinte forma: 
 
O modelo de qualidade para produto de software tem como público alvo desenvolvedores de software, adquirentes, 
equipe de qualidade assegurada e avaliadores. 
Por adquirente entende-se uma organização que obtém, adquire ou intermedia a compra de um sistema, produto de 
software ou serviço de software de um fornecedor. O adquirente pode ser um comprador, cliente, proprietário ou 
usuário. 
No âmbito da norma NBR ISO/IEC 9126-1, um modelo de qualidade cujo componente seja o produto de software 
deve estabelecer metas de qualidade tanto para produtos finais e intermediários. 
Assim, torna-se interessante considerar o uso de um modelo de qualidade composto de características e 
subcaracterísticas que podem ser usadas como uma lista de verificação (checklist) de assuntos relacionados à 
qualidade interna e externa de produtos. 
Para Pressman (2002), o uso de um modelo de qualidade apoia a categorização de fatores de McCall (1997), o 
contexto, a partir da qualidade interna e externa, passa a ser categorizado por seis características: 
 
São subdivididas em subcaracterísticas, conforme apresentado na Figura 1 que segue a especificação da NBR ISO/IEC 
9126-1. Cada subcaracterística pode ser medida por meio de métricas internas e externas. 
Para cada característica e subcaracterística, a capacidade do software é determinada por um conjunto de atributos 
internos que podem ser medidos. As características e subcaracterísticas atuam como fatores que alteram a 
qualidade de software interna e externa. Como veremos a seguir. 
 
Princípios da ISO 9000 
Até aqui, conhecemos um pouco mais sobre a garantia estatística da qualidade. A partir de agora, trataremos da 
abordagem da norma ISO 9000. 
A ISO 9000 descreve os elementos de garantia em termos genéricos, que podem ser aplicados a qualquer negócio 
independentemente dos produtos ou serviços oferecidos. 
Dessa forma, um sistema de garantia da qualidade que promove a estrutura organizacional, define 
responsabilidades, cria procedimentos e processos, capacita recursos para implementar a gestão da qualidade em 
todo ciclo de vida de um produto, certamente, demanda de uma intervenção normativa para que materiais, 
produtos, processos e serviços satisfaçam as expectativas do cliente, de acordo com suas especificações. 
 
Então, a avaliação e melhoria de um processo é um meio para melhorar a qualidade do produto, e a avaliação e 
melhoria da qualidade do produto é um meio de melhorar a qualidade em uso. Similarmente, a avaliação da 
qualidade em uso pode dar um feedback para melhorar o produto e a avaliação da qualidade do produto pode dar 
feedback para melhorar o processo. 
Pense nisso... 
Os atributos internos adequados do software tornam-se um pré-requisito para alcançar o comportamento externo 
desejado, que por sua vez, é um pré-requisito para alcançar a qualidade. Os requisitos de qualidade do produto de 
software geralmente incluem critérios de avaliação para qualidade interna, qualidade externa e qualidade em uso, 
para corresponder às necessidades dos desenvolvedores e usuários finais. 
Um processo pode ser avaliado indiretamente pela medição e avaliação do produto, e o produto pode ser avaliado 
indiretamente pela medição do desempenho da tarefa de um usuário (utilizando métricas de qualidade em uso). 
Interessante observar que um software nunca é executado sozinho, mas sempre como parte de um sistema maior, 
que tipicamente, consiste de outros produtos de software que tem sua interface, hardware, operadores e fluxo de 
trabalho. O produto de software completo pode ser avaliado pelos níveis de métricas externas escolhidas. 
Nos primeiros estágios de desenvolvimento somente recursos e processos podem ser medidos. 
Quando produtos intermediários se tornam disponíveis (especificações, código fonte, etc), eles podem ser avaliados 
pelas métricas internas escolhidas. Essas métricas podem ser usadas para prever valores de métricas externas. 
Considera-se que a qualidade do usuário pode ser especificada como requisitos de qualidade por métricas de 
qualidade em uso, por métricas externas e algumas vezes, por métricas internas. Tais requisitos especificados por 
métricas deveriam ser usados como critério quando um produto é validado. 
É importante considerar que a qualidade em uso consiste na qualidade percebida pelo usuário e na aferição da 
qualidade do software em cada contexto específico de usuário. 
Essas métricas visam descrever a interação com o ambiente e são avaliadas pela observação do software em 
operação. Qualidade em uso pode ser medida pelo quanto um produto em uso atinge as necessidades do usuário 
em termos de efetividade, produtividade, segurança e satisfação. 
A qualidade do usuário pode ser especificada como requisitos de qualidade por métricas de qualidade em uso, por 
métricas externas e algumas vezes, por métricas internas. Tais requisitos especificados por métricas deveriam ser 
usados como critério quando um produto é validado. 
A execução de um produto que satisfaça as necessidades do usuário normalmente requer uma abordagem interativa 
no desenvolvimento do software, com contínuo feedback da perspectiva do usuário. Para tanto, algumas 
características de qualidade são pertinentes à aquisição de qualidade de produto de software, na visão do usuário. 
Qualidade em Uso é a visão de qualidade que o usuário tem do software e é medida em termos do resultado da 
utilização do software. É a capacidade que o produto de software tem de atender aos anseios e às necessidades dos 
usuários em seu próprio ambiente de trabalho. É, portanto, a capacidade de software permitir a usuários específicos 
atingir metas especificadas com efetividade, produtividade, segurança e satisfação em um contexto de uso 
especificado. 
Qualidade em uso 
A Norma ISO/IEC 9126-4 define as métricas de qualidade para as seguintes características: 
Eficácia: Usuários são capazes de atingir metas especificadas com acurácia e completitude. 
Produtividade: Usuários empregam quantidade adequada de recursos em relação à eficácia obtida. 
Segurança: Presença de níveis aceitáveisde riscos de danos a pessoas, negócios, software, propriedades ou ao 
ambiente. 
Satisfação: Satisfazer usuários de acordo com as especificações do produto de software. 
 
 
Métricas de qualidade de acordo com a Norma ISO/IEC 9126-1 
A precisão da qualidade depende, em grande parte, das métricas escolhidas. Para aumentar a confiabilidade dos 
resultados são necessárias algumas características que as métricas deveriam apresentar, de acordo com o requisitos 
especificados na NBR ISO/IEC 9126-1(item 6.4). 
Significância: As métricas relevantes devem agregar informações sobre o comportamento do software, porém as não 
relevantes devem ser descartadas. 
Custo e complexidade: Aplicação da métrica deve ser econômica e tecnicamente viável. Destaca-se que algumas 
métricas não satisfazem esse critério por demandarem um investimento acima do orçamento(laboratórios e 
usuários-teste) ou demandar técnicas sofisticadas como métodos estatísticos. 
Repetibilidade: Os resultados gerados devem ser idênticos ao aplicar a medição: i) no mesmo produto; ii) com a 
mesma especificação de requisitos; iii) com os mesmos avaliadores, usuários-testes e ambiente. 
Reprodutibilidade: s resultados gerados devem ser idênticos ao aplicar a medição: i) no mesmo produto; ii) com a 
mesma especificação de requisitos; iii) com diferentes avaliadores, usuários-testes e ambiente. 
Validade: Necessidade de demonstrar correção e precisão em todos os fatores que podem influir no resultado como: 
> característica de hardware como por exemplo, uma má conexão de cabos de rede; 
> característica de configuração de parâmetros do sistema operacional e do próprio software em desacordo ; 
> percepção dos avaliadores no processo de julgamento de definições de botões, janelas, menus em discordância; 
> utilização de modelos matemáticos passíveis de manipulação devem ser explicitados. 
Objetividade: Ausência de subjetividade dos resultados da medição, isto é, não devem sofrer influência de opinião 
de avaliadores, usuários-teste, etc. A medição estatística deve ser aplicada caso não seja possível manter a 
objetividade. 
Imparcialidade: A medição não deve ser tendenciosa, ou seja, preservar a publicação dos resultados na íntegra e, 
distribuir o resultado em um ambiente que seja o mais confiável possível. 
Considera-se que a aplicação das métricas de avaliação do software depende em grande parte do grau de 
sofisticação do processo de avaliação. 
Estrutura da ISO/IEC 12119 
Até aqui, tratamos de modelos de qualidade de produto de software focados na norma NBR ISO/IEC 9126. Agora , 
focaremos na norma NBR ISO/IEC 12119. IMPORTANTE: será iniciada uma outra norma 12119. 
 
Requisitos de Qualidade 
Descrição do produto: Consiste em um documento expondo as propriedades de um pacote de software, com o 
principal objetivo de auxiliar os potenciais compradores na avaliação da adequação do produto antes de sua 
aquisição. Fornece informações sobre a documentação do usuário, programas e, se existirem, sobre os dados. Inclui 
as principais propriedades do pacote e é um documento disponível ao usuário independente da aquisição do 
produto. As declarações sobre funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e 
portabilidade devem ser avaliadas. 
Documentação do Usuário: Trata-se de um conjunto completo de documentos disponível na forma impressa ou 
não, que é fornecido para a utilização de um produto, sendo também uma parte integrante do produto. Deve incluir 
todos os dados necessários para a instalação, para o uso da aplicação e para a manutenção do software produto. 
Deve fazer referência a completude, correção, consistência, inteligibilidade, apresentação e organização. 
Programas e dados: Os requisitos de qualidade para Programas e Dados utilizam as mesmas definições das 
características da norma ISO/IEC 9126. Descreve em detalhes cada uma das funções do software, incluindo 
declarações sobre funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade. 
Instruções para teste 
 
Os usuários da Norma ISO/IEC 12119 são em grande parte os fornecedores de software, órgãos de certificação, 
laboratórios de teste, auditores, compradores e usuários de software. 
Vamos ver todos esses conceitos na prática? 
Visite uma empresa de desenvolvimento de software e solicite uma participação na equipe de testes para o 
acompanhamento e levantamento de dados a respeito do tipo e dos tempos entre a ocorrência de falhas, a fim de 
mostrar se a confiabilidade está aumentando. 
 Elabore uma tabela de tipos e incidência de falhas, de acordo com a tabela apresentada para identificação dos 
passos para a SQA estatística (aula anterior). Elabore uma análise crítica da qualidade de software utilizando as 
características e subcaracterísticas pertinentes a NBR ISO/IEC 9126, tais como: 
Maturidade: capacidade de evitar defeitos no software. 
Tolerância a Falhas: capacidade de manter um nível de desempenho estabelecido em caso de defeito no software 
Recuperabilidade: capacidade de recuperar dados diretamente afetados no caso de falhas. 
Conformidade: capacidade de aderir a padrões, convenções, leis e prescrições similares relativas à confiabilidade. 
Estude a questão que trata sobre as diferenças de confiabilidade de hardware e de software. 
Nesta aula você aprendeu que: 
 
Um dos grandes méritos desta norma está na profundidade com que são descritas cada uma das características e 
subcaracterísticas mencionadas na norma 9126. A norma inclui detalhes que devem estar presentes no produto, tais 
como: 
 Descrição do produto compreensível e completa para ajudar o usuário ou comprador em 
potencial na avaliação da adequação do produto a sua realidade e fornecer informações 
comerciais; 
 Documentação do usuário de fácil compreensão, permitindo uma visão geral do produto e 
de todas as suas funções, identificando conhecimento necessário para uso da aplicação; 
 Identificação do tipo de interface com o usuário: interface gráfica, linha de comando, 
menu de comandos, janelas, etc; 
 Instruções detalhadas sobre como instalar o produto, caso a instalação possa ser 
conduzida pelo usuário; 
 Possibilidade de verificar se a instalação foi bem sucedida; 
 Especificação de valores-limite para quantidade de registros e dados de entrada, como, 
por exemplo, precisão de casa decimal; 
 Operação normal, mesmo quando os dados informados estão fora dos limites 
especificados; 
 Consistência de vocabulário entre as mensagens e a documentação; 
 Função de auxílio (help) sensível ao contexto; 
 Mensagens de erro com informações necessárias para solucionar o problema; 
 Diferenciação de tipos de mensagem: confirmação, consulta, advertência e erro; 
 Clareza e padronização nos formatos de telas de entrada, relatórios e outras entradas e 
saídas; 
 Capacidade de reverter funções de efeito drástico; 
 Capacidade de recuperar dados após uma falha de hardware ou software, queda de 
energia ou erro fatal; 
 Alertas claros para o usuário das conseqüências de uma determinada confirmação; 
 Identificação dos arquivos utilizados pelo programa; 
 Identificação da função do programa que está sendo executada no momento; 
 Capacidade de interromper um processamento demorado. 
Também estão incluídos o teste de inspeção dos documentos e o teste funcional (caixa preta - 
considera se os dados de entrada e observa se a saída está de acordo com o esperado). 
O teste estrutural não é incluído por requerer a disponibilidade do código-fonte. Somente o 
produto, no seu ambiente de hardware e software, é testado. A avaliação ergonômica do 
ambiente de uso do sistema computacional não é considerada na Norma NBR 12119. 
Os anais da International Conference on Software Engineering geralmente contêm bons artigos sobre as mais 
recentes teorias de teste. Por exemplo, alguns casos de estudo examinam as diferenças entre os testes para 
aumentara confiabilidade e os testes para encontrar defeitos. Investigue também sobre o teste de usabilidade. 
Um sistema correto e confiável, mas difícil de ser utilizado, pode, na verdade, ser pior do que um que seja fácil 
de ser utilizado, mas não seja confiável. 
Na próxima aula será tratada a questão da usabilidade de software de acordo com os principais pressupostos da 
norma NBR ISO/IEC 9241. 
 
 
 
 
1. 
Segundo McCall (1977), muitas das métricas só podem ser medidas subjetivamente. Por isso, considera importante, mais uma 
vez, a utilização de uma técnica para graduar atributos específicos do software. Qual seria essa métrica? 
 1) Diagrama de Causa-Efeito 
 2) Gráfico de Pareto 
 3) Lista de Verificação (checklist) 
 4) Diagrama PERT-COM 
 5) Seis Sigma 
 3 
2. 
Segundo a ISO/IEC 9126-1, a precisão da qualidade depende, em grande parte, das métricas escolhidas para que se possa 
aumentar a confiabilidade dos resultados. Escolha a alternativa que melhor especifica todas as métricas necessárias para o 
alcance de resultados positivos na qualidade de produto de software. 
 1) significância, custo e complexidade, repetibilidade, reprodutibilidade, validade, objetividade, imparciabilidade. 
 2) complexidade, repetibilidade, significância, validade, imparciabilidade, continuidade 
 3) custo e complexidade, reprodutibilidade, validade, objetividade, significância 
 4) simplicidade, objetividade, custo, unicidade, subjetividade 
 5) significância, repetibilidade, reprodutibilidade, simplicidade, unicidade, validade, continuidade, imparcialidade. 
 1 
3. 
A ISO/IEC 9126 determina a especificação de qualidade interna, externa e em uso para os produtos de software. Escolha as 
alternativa que determina somente a qualidade externa. 
 1) Funcionalidade 
 2) Maturidade 
 3) Tolerância a erros 
 4) Recuperabilidade 
 1 
Aula 5: ISO/IEC 9241 – Usabilidade de Produto 
1. Entender a norma ISO/IEC 9241 com foco na parte que destaca as orientações para usabilidade de software. 
O objetivo de projetar e avaliar computadores buscando usabilidade consiste em proporcionar que os objetivos 
sejam alcançados pelos usuários bem como satisfaçam suas necessidades em um contexto particular de uso. 
Desta forma, a ISO/IEC 9241-11 esclarece os benefícios de medir usabilidade em termos de desempenho e 
satisfação do usuário, a usabilidade dos computadores depende do contexto de uso e afirma que o nível de 
usabilidade alcançado dependerá das circunstâncias específicas nas quais o produto é usado. 
Para tanto, a ISO/IEC 9241 consiste das seguintes partes, sob o título geral de Requisitos ergonômicos para 
trabalho de escritório com computadores: 
Parte 1: Introdução Geral 
Parte 2: Orientações sobre requisitos da tarefa 
Parte 3: Requisitos para apresentação visual 
Parte 4: Requisitos para teclado 
Parte 5: Requisitos posturais e de layout para posto de trabalho 
Parte 6: Requisitos para ambiente 
Parte 7: Requisitos para monitores quanto à reflexão 
Parte 8: Requisitos para apresentação de cores 
Parte 9: Requisitos para outros dispositivos de entrada que não o teclado 
Parte 10: Princípios de diálogo 
Parte 11: Orientações sobre usabilidade 
Parte 12: Apresentação da informação 
Parte 13: Orientações ao usuário 
Parte 14: Diálogos por menu 
Parte 15: Diálogos por linguagem de comando 
Parte 16: Diálogos por manipulação direta 
Parte 17: Diálogos por preenchimento de formulário 
Especificamente, nessa aula, o foco será dado a parte da norma 9241-11 que emprega o termo usabilidade 
algumas vezes para referenciar mais precisamente os atributos de um produto que o torna mais fácil de usar 
(hardware, software ou serviços), além das medidas relevantes de usabilidade. 
A orientação é mais na forma de princípios e técnicas gerais, em vez de requisitos para usar métodos específicos 
quando considerada as fases de aquisição, projeto, desenvolvimento, avaliação, e comunicação da informação 
sobre usabilidade. 
A ISO 9241-11 também explica como medidas de desempenho e satisfação do usuário podem ser usadas para 
medir como qualquer componente de um sistema afeta todo o sistema de trabalho em uso. 
Complementando, a ISO 9241, partes 12 a 17, fornece recomendações condicionais que são aplicadas em 
contextos de uso específico. As partes orientam para identificar a aplicabilidade de recomendações individuais. 
A ISO 9241-11 não cobre os processos de desenvolvimento de sistema. Os processos de projeto centrados no ser 
humano para sistemas interativos são descritos na ISO 13407. 
A seguir, definem-se alguns efeitos da norma: 
Usabilidade: Medida na qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos 
específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso. 
Eficácia: Completude com as quais usuários alcançam objetivos específicos. 
Eficiência: Recursos gastos em relação à acurácia e abrangência com as quais usuários atingem objetivos. 
Satisfação: Ausência do desconforto e presença de atitudes positivas para com o uso de um produto. 
Contexto de uso: Usuários, tarefas, equipamento (hardware, software e materiais), e o ambiente físico e social no 
qual um produto é usado. Sistema, composto de usuários, equipamento, tarefas e o ambiente físico e social, com o 
propósito de alcançar objetivos específicos. 
Usuário: Pessoa que interage com o produto. 
Objetivo: Resultado pretendido. 
Tarefa: Conjunto de ações necessárias para alcançar um objetivo. 
Produto: Parte do equipamento (hardware, software e materiais) para o qual a usabilidade é especificada ou 
avaliada. 
Medida (substantivo): Valor resultante da medição e o processo usado para obter tal valor. 
A justificativa da usabilidade de produtos se faz pela incorporação de características e atributos conhecidos como 
capazes de beneficiar os usuários em um contexto particular de uso. A partir disso, para se determinar o nível de 
usabilidade alcançado junto ao usuário é necessário medir o desempenho e satisfação destes trabalhando com um 
produto. A medição possibilita visualizar a complexidade das interações entre o usuário, os objetivos, as 
características da tarefa e os outros elementos do contexto de uso. A cada circunstância ambiental, diferentes 
níveis de usabilidade podem ser definidos. 
 
Contexto de uso 
O nível no qual o objetivo global pretendido é estabelecido é uma função do limite do sistema de trabalho em 
consideração e que fornece o contexto de uso, no que diz respeito a determinados elementos. Veja os 
componentes que requerem uma especificação de características de uso. 
Usuários: Consiste em definir as características de conhecimento, habilidade, experiência, educação, treinamento, 
atributos físicos e capacidades sensoriais e motoras. As experiências individuais dos usuários também são levadas 
em consideração quando desempenha diferentes funções. 
Ambiente: As características relevantes do ambiente físico e social precisam ser descritas. Os aspectos que podem 
ser necessários, por exemplo, a rede de trabalho local, o local de trabalho, mobiliário, temperatura, umidade, 
práticas de trabalho, estrutura organizacional e atitudes. 
Tarefas: Necessita da descrição das características das atividades que visam o alcance de um objetivo e que podem 
influenciar a usabilidade, como por exemplo, a freqüência e a duração de uma tarefa. Convém que qualquer 
descrição das atividades e passos envolvidos no desempenho da tarefa estejam relacionados aos objetivos a serem 
alcançados. 
Equipamentos: As características relevantes do equipamento tais como o hardware, software e materiais 
associados com o computador precisam ser descritos. O conjunto de produtos podem ser o foco da especificação 
ou avaliação de usabilidade, ou um conjunto de atributos ou características de desempenho do hardware, software 
ou outros materiais. 
A escolha e o nível de detalhes de cada medida (eficácia, eficiência e satisfação)

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