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REUMATOLOGIA Conferência 13 – 31/10/14 CONTINUAÇÃO - VASCULITES ... CRITÉRIOS DE TAKAYASU – 3 DE 6 Idade de início < ou = 40 anos Claudicação de extremidades Diminuição de pulso de 1 ou ambas a. braquiais Variação de 10 mmHg ou + na PA entre MMSS Sopro em 1 ou 2 subclávias ou aorta abdominal Aortografia alterada = aorta/ ramos proximais dos MMSS e MMII ... ARTERITE TEMPORAL Epidemiologia É a mais frequente na Europa; 17/100.000 nos EUA; 18.3/100.000 Suécia; + raça branca; idade média de início = 70 anos. Pode aparecer em pcts acima dos 50 anos; é mais comum em mulheres (3:1). Polimialgia reumática desenvolve em 40% dos pacientes com arterite temporal. 15% dos pacientes com polimialgia reumática têm arterite temporal na biópsia. Acomete ramos primários e secundários da aorta. Pode acometer artérias e veias. Cefaleia temporal, perda de peso, febre, fadiga e sintomas de polimialgia. Claudicação de mandíbula ou língua. Ocular: diplopia, ptosis e cegueira fugaz. Sopro arterial. Diagnóstico Biópsia: 3 cm. Quando negativa: lado oposto 15% positivo. Ecodoppler – arterial. Arteriografia, angioressonância e angiotomografia: para mostrar onde está estreitada. Laboratório: VHS – 80 a 100mm, anemia normo – normo e trombocitose. Cenário Mulher, 60 anos, cefaleia temporal, com sintomas de polimialgia reumática, fadiga e febre. Exame físico = dor escalpe (no couro cabeludo). Cegueira (pode ser bilateral): 15% dos pcts não tratados. Testes laboratoriais: VHS aumentado. *Cuidado: podemos ver nos idosos um vaso saltado (arterioesclerose), o que é comum. Porém, se esse vaso passa a doer é um sinal de alerta. Critérios: 3 de 5 Idade maior ou igual a 50 anos Cefaleia localizada. Início recente ou novo tipo. Sensibilidade ou pulso diminuído na artéria temporal VHS > 50 mm Biópsia: arterite necrosante e células mononucleares ou granuloma com células gigantes multinucleadas. Tratamento Corticoide: 40 a 60 mg/dia diminuir a dose depois de um mês. Duração = dois anos. 0,5 mg/kg/dia. Quadro ocular: pulsoterapia. Cegueira reversível em poucas horas. MÉDIOS VASOS PAN = Poliarterite nodosa, Kawasaki e vasculite isolada de SNC. Poliarterite nodosa ... Clínica Febre, fadiga, perda de peso, mialgia, artralgias e neuropatias. Clássica PAN difere a PAM por apresentar aneurisma em angiografia visceral sem glomerulonefrite e sem anca P. Não acomete pulmão. Orquite: artéria testicular – orqui-epididimite. Pele: úlceras isquêmicas. Vasos renais: hipertensão. Coronoariopatia miocardiopatia. Dor abdominal: isquemia mesentérica (angina mesentérica) Hipertensão, infarto renal e hepatite B (associa muito com a poliarterite nodosa: formação exuberante em pacientes portadores de hepatite B). Laboratório VHS, PCR, anemia normo – normo, HBsAg. Arteriografia: micro-aneurismas saculares = artérias renais, mesentéricas e hepáticas. A arteriografia pode mostrar obstruções (“stop dos vasos”) e microaneurismas saculares Exame histológico: a luz do vaso fica pequena, a parede muito espessada e há presença de fibroblastos. Tratamento Prednisona: 1 mg/kg. Pulsoterapia: Solumedrol 1 g/dia por 3 dias, quando visceral ou neuropatias. Ciclofosfamida: 2 mg/kg/dia se refratário ao tto. Se o paciente é portador de hepatite B, o tto é mais difícil. Kawasaki Vasculite da infância. Febre e inflamação aguda que dura 12 dias. Aneurisma de coronária, infarto e arritmia. Menor que 5 anos de idade. 100 casos por 100 mil habitantes/ano. Meninos 50% mais que meninas. 80 a 90% < 5 anos de idade. Clínica Doença mucocutânea Conjuntivite não purulenta; linfonodomegalia; eritema labial, oral e língua em framboesa; eritema palmo-plantar com descamação; rash cutâneo; 1/3 dos aneurismas > 8mm – IAM – EL (Êxito Letal). Laboratório VHS, anemia normo – normo, trombocitose, LDL e triglicérides aumentados e hipoalbuminemia. *Olho vermelho (eritema conjuntival), porém sem secreção. *Eritema palmar. *Língua em framboesa, com a pela ao redor mais seca. Critérios Febre, 5 dias, + 4 dos 5 achados físicos. Ejeção conjuntival bilateral Língua em framboesa e/ou faringite e/ou fissuras labiais Eritema palmar/ plantar – edema de mãos e pés Rash polimórfico (não é específico; tem várias formas) Linfonodopatia cervical > 1,5 cm Tratamento Imunoglobulina endovenosa e corticoterapia. Vasculite isolada do SNC Angiite primária do SNC; 45 anos em média; crônica: flutuante; cefaleia é o sintoma mais comum; náuseas ou vômitos; lesão focal cerebral; hemorragia ocorre em menos de 4%; confusão mental ou coma (depende do tamanho do vaso que foi ocluído). É uma vasculite apenas da cabeça, não apresentando muita clínica além disso. Diagnóstico Angiografia cerebral e biópsia de tecido do SNC, incluindo leptomeninges. Fluido cérebro-espinhal alterado: aumento das proteínas. TC e RNM não distibguem de outras vasculopatias. Tbm não são utilizadas para seguimento (o seguimento se dará através de exames laboratoriais). Ddx Behçet, LES, PAN, drogas (cocaína), HIV e antifosfolipídica. Critério Não tem sido formulado. É uma desordem rara. Vasculite cerebral visibilizada pela angiografia do SNC.
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