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A Revolução Industrial no século XVIII

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A Revolução Industrial Inglesa do século XVIII [1906]
Paul Mantoux
Surgimento da indústria moderna “na terça parte do século XVIII”;
“a revolução industrial ligava-se a causas longínquas e deveria acarretar efeitos cujo desenvolvimento continua incompleto, passado mais de um século” (1);
Grande Indústria: “uma certa organização, um certo regime de produção”;
Concentra e multiplica os meios de produção;
Emprego de máquinas;
Substituição da força muscular pela forma motriz;
Homens = “engrenagens entre as engrenagens”;
Capital, “mola dessa formidável atividade”, “levado por sua própria lei, a do lucro” (2). 
Monumento visível: Fábrica = produção de mercadorias, rapidamente, em quantidade ilimitada;
Venda dos produtos; expansão e criação de mercados;
Distribuição de riquezas: “os produtores se dividem em duas classes: uma que dá seu trabalho, e nada mais possui, que vende a força de seus braços e o tempo de sua vida por um salário; a outra que detém o capital, à qual pertencem as fábricas, as matérias primas, as máquinas, e à qual revertem lucros e benefícios; e, no cimo, os grandes chefes das empresas, os capitães da indústria, organizadores, dominadores e conquistadores” (3)
“O regime social próprio à civilização contemporânea... deriva de um conjunto de causas puramente econômicas, reunidas em torno do fator central, a grande indústria” (3);
Crescimento populacional urbano;
Questão social;
“esse conjunto de fenômenos, cuja extensão percebemos hoje, não se deixa encerrar nos limites de uma definição estreita, onde só as condições materiais de produção entrariam em linha de conta” (4). 
A grande indústria pode proporcionar a inteligibilidade que “esclarece toda uma época”: 
“grande indústria na ordem econômica, ciência positiva na ordem intelectual; a democracia na ordem política”. 
Definição de Grande Indústria:
Pequena Ind: mercado local x Grande Ind: mercado mundial
Caracteriza-se por “um certo regime de produção”. 
Paul Mantoux descarta a indústria no século XVII
 as manufaturas do Estado: Gobelins [a margem das necessidades da vida econômica];
as manufaturas reais: fábricas de mercadorias para consumo público, designadas, planejadas e concedidas pelo Estado [subvenções e incentivos do Estado];
Manufaturas privilegiadas: monopólio de fabricação e venda de produtos
Indústrias que surgiram sob o apoio do Estado
Industrias de lã nos séculos XVI, “às vezes mesmo nos séculos XV e XVI” (10).
Inglaterra: mercadores manufatureiros: montaram sua própria oficina
Jack de Newbury: “devia sua fortuna à atividade de suas grandes oficinas, onde um pessoal numeroso cardava, fiava e tecia lã” (11)
Prosperidade da classe dos mercadores manufatureiros e expansão dessas manufaturas:
Ameaça aos tecelões dos campos e às corporações de ofício;
Emprego de trabalhadores jornaleiros; sem aprendizagem;
Redução dos salários dos tecelões treinados;
Essas manufaturas, de grandes proporções encontradas na Inglaterra, sob controle dos mercadores manufatureiros ainda não podem ser consideradas como a Grande Indústria, mas sim: manufaturas
Marx: Formação do capitalismo se divide em dois períodos:
Século XVI até meados do XVIII: “produção estava submetida ao regime da manufatura”;
A partir de 1760: “começou a era da grande indústria” (13). 
Distinção entre Manufatura e Grande Indústria
Manufatura já pressupunha a separação entre o capital e o trabalho;
Manufatura é baseada na divisão do trabalho;
A distinção entre Manufatura e Grande Indústria se dá pelo uso de máquinas;
Uso das máquinas aumentou o capital fixo investido, tornando cada vez mais inacessível ao operário deter meios de produção;
Fatos elementares da evolução econômica: “a troca e a divisão do trabalho” (19). 
A troca e a produção de mercadorias dá lugar a uma divisão do trabalho.
O Surgimento das maquinas, do maquinismo, marca um momento de crise, de crise da evolução natural da evolução das trocas e da divisão do trabalho;
A forma de resolução dessa crise dá origem à Revolução Industrial
Limites da manufatura: 
divisão do trabalho;
Produção ainda depende da habilidade dos artesãos;
Há separação do trabalhador e dos meios de produção, porém o trabalhador ainda domina o processo produtivo;
Controla os instrumentos manipulados;
Crescimento da produção dependia da ampliação do número de trabalhadores, do tempo de trabalho e das áreas produtivas
Regulamentações de trabalho e de aprendizagem;
Limites geográficos e de transporte
Salários de subsistência seriam necessários para obrigar o trabalhador a aumentar o tempo de produção;
Surge, nesse sentido, uma contradição entre:
Relações sociais de produção: divisão do trabalho e separação do trabalhador de seus meios de produção;
Forças produtivas: nível técnico da produção, que impunha limites à expansão da produção. 
Limites da análise
Geográfico: Inglaterra;
Temporal: 1760 até primeiros anos do século XIX;
Objeto: alguns ramos industriais: lã, algodão, ferro, hulha [tipo de carvão]

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