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História econômica e social da Idade Média

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História econômica e social da Idade Média
Henri Pirenne
“evolução social e econômica da Europa Ocidental, desde os fins do Império Romano até meados do século XV”;
“um todo único”;
“caráter essencial do fenômeno que descrevia”
Preferência aos países onde “a atividade econômica se desenvolveu mais rápida e completamente durante a Idade Média, tais como Itália e os Países Baixos, cuja influência, direta ou indireta, no resto da Europa, pode-se descrever com frequência”;
Pretensão de deixar “guiar-me pelos fatos”
Preocupação principal do autor: “o renascimento econômico que teve lugar na Europa Ocidental, a partir do século XI”. 
Reinos bárbaros fundados a partir do século V conservaram seu caráter mediterrânico. 
Apenas no século VII, com a ascensão do Islã altera-se as linhas de comunicação estabelecidas pelo mar mediterrânico. 	
Islã e mulçumano = religião baseada nos ensinamentos de Maomé;
Árabe = etnia e também a língua comum de 22 países tais como Egito, Líbia, Síria, Palestina, Iraque, Israel, etc.
A conquisa do norte da África e do sudoeste da Europa, Portugal, Espanha, França e ilhas italianas irá fechar o Mar Mediterrâneo enquanto uma via de comércio e de comunicação. 
Reorientação do comércio para Bagdá, no extremo leste do mediterrâneo. 
“a partir do início do século VIII, os cristão “não conseguem que flutue no Mediterrâneo nem uma tábua” (8). 
Confronto de duas civilizações, dois mundos estranhos e hostil, o da “Cruz e o do Crescente”. 
A invasão mulçumana rompe o equilíbrio econômico e social existente desde a antiguidade. 
Império Carolingio impede o avanço árabe, mas, em contraste com a história europeia de então, não será mais um império marítico, mas “puramente terrestre ou, se se quiser, continental” (9). 
Com o fechamento do Mediterrâneo, o comércio europeu se extingue. Com isso, o comércio e a vida urbana, a partir do século VII, desaparecem. 
As cidades romanas, centros da administração da igreja católica, permaneceram enquanto centros administrativos, mas sem importância econômica. 
Desaparecimento do ouro e adoção da prata carolíngia, indício de rompimento com a economia antiga. 
Merovíngios (séculos V – VIII). 
Carolíngios ( VII – IX). 
Batalha de Poitier 732, onde Carlos Martel derrota o Califado de Córdoba e marca o final da expansão mulçumana no continente europeu. 
Carlos Magno (742-814). 
Rei dos Francos em 768 e Imperador do Ocidente em 800.
Renascimento carolíngio
Para Pirenne:
É uma decadência em relação ao período anterior.
Consequências do fim do comércio são mais presentes no Sul de que no Norte
A atividade comercial nos rios do norte continuou, mas representava uma atividade antiga e que também foi sufocada aos finais de IX, pelos normanos
Aos finais do VIII Europa se torna uma grande região “exclusivamente agrícola”;
Todas as classes da população dependiam do solo enquanto lugar de trabalho, de riqueza e de sustento;
Toda a organização social deriva da posse da terra e, dessa forma, o poder se desintegra entre os senhores, os senhores feudais.
O feudalismo “é a repercussão, na ordem política, do retorno da sociedade a uma civilização puramente rual” (13). 
Características Econômicas
Latifúndio = Existiam desde o Império Romano, como zonas subordinadas (vassalas). Possuíam sua própria organização, mas pagam tributo à Roma. Reinos Bárbaros. 
Inexistência de comércio com o exterior ou, “economia sem mercados externos”;
O latifúndio, o feudo, se torna autossuficiente.
A compra e a venda de produtos em caso de extrema prosperidade ou carestia é ocasional. 
As inúmeras feiras e os mercados indicam apenas a sua inexpressividade. 
Judeus e o comércio de especiarias (o Judeu é o elemento por natureza fora do sistema feudal, que vaga, viaja e professa uma religião diferente da dominante europeia.
Sociedade feudal
Rural
Ausência quase total de circulação de mercadorias;
Proprietários leigos e eclesiásticos;
Rendeiros;
Servos;
“o fato essencial não é a condição jurídica, mas a condição social, e esta reduz à condição de dependentes e de explorados, ao mesmo tempo que protege os que vivem na terra senhorial” (18)
Igreja
Ascendência Econômica (extensão territorial)
Ascendência Moral (cultural)
Concentra a elite instruída
Trabalho não serve para enriquecer, mas para permanecer onde está
Proibição à usura
Pirenne indica uma relação entre a proibição da usura e a reprovação da riqueza, do comércio, do lucro pelo lucro enquanto um ideal que corresponde ao feudo autossuficiente, fechado

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