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Aula 1
Joaquim moveu ação indenizatória por danos morais em face de Alexandre por ter este mantido relação amorosa com Priscila, sua esposa (do autor). Alega que em razão desse relacionamento acabou se separando da sua esposa, o que lhe causou grande abalo psicológico e humilhação. 
Terá Alexandre o dever de indenizar? 
O que você alegaria como advogado de defesa de Alexandre? 
Não há dever originário para Alexandre, não tem o dever de fidelidade conjugal, por ser terceiro a relação, não praticou ato ilícito não gerando dever secundário com obrigação de indenizar. 
Aula 2
Menina morre ao receber vaselina na veia em hospital. Estela, 12 anos, foi internada com quadro de virose, diarréia, febre e dores abdominais. O médico lhe receitou medicamentos e soro na veia. Após receber duas bolsas de soro, Estela começou a passar mal na terceira. Só então foi constatado que em lugar de soro estava sendo injetada vaselina na sua veia. Maria, a enfermeira responsável pelo atendimento de Estela, teria se enganado porque  os frascos usados para guardar soro e vaselina são semelhantes.(Globo, 7/12/2010) 
Considerando apenas a conduta da enfermeira Maria, indaga-se: o caso é de responsabilidade contratual ou extracontratual? 
Responsabilidade objetiva ou subjetiva?  Resposta fundamentada.
Trata-se de conduta subjetiva por culpa grave da enfermeira, por ter agido de forma negligente no manuseio das bolsas conforme art 186 c/c 926 c/c art 14 CDC
Responsabilidade contratual pelo fato de Estela estar internada no hospital.
Aula 3
Augusto, comerciante de bois, vende a Gustavo, lavrador, um boi doente, que, por sua vez, contagia os outros bois do comprador, que morrem. Privado desses elementos de trabalho, o lavrador vê-se impedido de cultivar suas terras. Passa a carecer de rendimentos que as terras poderiam produzir, deixa de pagar seus credores e vê seus bens penhorados, os quais são vendidos por preço abaixo de seu valor. Arruinado, o lavrador suicida-se. Seus filhos e viúva ingressam com ação de indenização em face do comerciante. 
Pergunta-se: quais são os danos ressarcíveis e quem terá de repará-los? Resposta fundamentada. 
Trata-se de caso clássico de Danos Diretos e Imediatos, sendo Augusto responsável em indenizar pelos bois que morreram.
Trata-se de efeito de nexo causal, sendo utilizada a Teoria da Causalidade Adequada ou da Coisa Direta e imediata.
Aula 4
Antonia teve o seu veículo apreendido em ação de busca e apreensão movida pelo Banco X. Pagas as prestações em atraso, seis meses depois o veículo lhe foi devolvido, mas inteiramente danificado, inclusive com subtração de peças e acessórios. Alega também Antonia que não poderá usar o seu veículo, enquanto não for consertado, no fornecimento de quentinhas para cerca de 80 pessoas, o que lhe daria um ganho diário de R$ 120,00. Em ação indenizatória contra o Banco X o que Antonia poderá pedir? 
Antônia faz jus a indenização de danos patrimoniais.
Por ter sido subtraídos peças e acessórios terá direito a indenização por danos emergentes e por ter deixado de lucrar com as quentinhas fará direito a indenização de lucros cessantes.
Poderia pedir indenização por dano moral se for provado que perdeu seus clientes pelo fato de não conseguir entregar as quentinhas.
Aula 5
Joana e João da Silva moveram ação de indenização por dano moral contra o Estado do Rio de Janeiro porque dois servidores estaduais, José da Silva e Aroldo dos Santos, assinaram, divulgaram e promoveram distribuição de aviso de suspeita de caso de AIDS no Município do Rio das Pedras, indicando o nome do filho dos autores, Antonio da Silva, como sendo portador de tal doença. Sustentam que o mencionado aviso, além de violar o direito à intimidade e à vida privada de Antonio, debilitou ainda mais o seu estado de saúde, apressando a sua morte, ocorrida poucos meses depois da divulgação. Em contestação o Estado alega não terem os autores, pais de Antonio, legitimidade para pleitearem a indenização porque o dano moral, por se tratar de direito personalíssimo, é intransmissível, desaparece com o próprio indivíduo, impossibilitado a transmissibilidade sucessória e o exercício da ação indenizatória por via subrogatória. Diante do caso concreto, aborde a possibilidade de os pais de Antonio obterem a reparação civil pelos danos causados ao seu filho. 
Os pais de Antonio tem a possibilidade de recorrer à reparação de dano moral sofrido à intimidade e à vida privada de seu filho com dano a imagem possuindo legitimidade ativa. Os pais de Antonio tem o direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmite-se com a herança conforme disposto no art 943, CC.
Provado o ato ilícito ofensivo contra Antonio da Silva Dano Moral Presumido IN RE IPSA.
Aula 6
O depósito de fogos de artifícios de Aldo explodiu na madrugada do dia 24.10.2009. Embora não tenha havido vítimas, deu-se a perda total do material estocado e a destruição completa do prédio. A perícia não apurou nenhuma irregularidade de estocagem, apontando como possível causa da explosão defeito em alguma peça pirotécnica que estava no galpão. Aldo, pequeno empresário, quer ser indenizado. De quem poderá pleitear a indenização, com que fundamento e o que poderá pedir? 
O caso em tela não se aplica ao CDC por não ser relação de consumo, pois não sendo Aldo consumidor e sim empresário aplicaria-se ao disposto no artigo 931, CC que impõe responsabilidade objetiva do fabricante do produto, independentemente de culpa fundamentada na teoria do risco proveito e do risco empresarial, por ter apresentado defeito causador da explosão no galpão. 
Poderá ser pedir danos materiais (patrimoniais) nas espécies de danos emergentes o que Aldo efetivamente perdeu e de lucros cessantes do que efetivamente deixou de lucrar.
Aula 7
Paulo, 16 anos, dirigindo o carro do pai, atropela e fere B gravemente. A vítima, completamente embriagada, atravessou a rua inesperadamente, sendo certo que Paulo dirigia em velocidade normal. Pretende a vítima ser indenizada por danos materiais e morais, pelo que propõe ação contra Carlos, pai de Paulo. Procede o pedido? Como advogado de Carlos o que você alegaria? 
Embora a responsabilidade fosse dos pais por seu filho estar dirigindo sem habilitação. Mas no caso concreto, por Paulo estar dirigindo em velocidade normal exclui a responsabilidade dos pais, por ter a vítima ter atravessado a rua inesperadamente e estar completamente embriagada, tornou em culpa exclusiva da vítima.
932, I c/c 933
 
Aula 8
O aposentado Antônio Gomes, de 74 anos, morreu ontem, em Realengo, vítima de ataque de abelhas africanizadas. A vítima foi caminhar num lugar perto de sua casa, onde há um apiário, quando foi picado do couro cabeludo aos pés por inúmeras abelhas. Levado para o Hospital Albert Schweitez, com pressão muito baixa e choque anafilático, Antônio não resistiu e morreu. Segundo Célio dos Santos, dono do apiário, na primavera e no verão os enxames crescem e, como as colméias ficam pequenas, as abelhas se tornam mais agressivas. Supondo que a mulher de Antônio pretenda ser indenizada, pergunta-se:
De quem poderá pleitear a indenização e com que fundamento? Poderá o réu alegar com sucesso a excludente de força maior (fato da natureza) por não ter controle sobre as abelhas? Resposta fundamentada.
A viúva poderá pleitear indenização em face de Celio, dono do apiário conforme a Teoria da Guarda, com responsabilidade civil objetiva, conforme art 936, CC, independente de culpa.
Não poderá alegar a excludente de força maior (fato da natureza), como dono do apiário as abelhas, por explorá-las economicamente assumindo o risco proveito do negócio. Deveria ter tido mais cuidado para que as abelhas não atacassem ou causassem dano a ninguém como o infelizmente acometeu Antônio Gomes.
Aula 9
Antonio estava lendo o jornal, na pequena varanda de sua casa, quando foi atingido mortalmente por uma bala proveniente de uma troca de tiros entre policiais e traficantes em um morro próximo. Viúva e filhos de Antonio querem serindenizados pelo Estado por danos materiais e morais. Provado que o projétil partiu efetivamente da referida troca de tiros, examine a responsabilidade do Estado nas seguintes hipóteses: 
a) a bala partiu da arma do traficante; 
b) a bala partiu da arma do policial; 
c) não foi possível apurar de que a arma partiu a bala. Fundamente sua resposta com base na lei, na doutrina e na jurisprudência. 
No caso, não há dúvida de que a bala que atingiu Antônio partiu da troca de tiros entre a polícia e traficantes. Logo, foi atividade administrativa que deu causa à morte de Antonio. Sendo assim, desinfluente que o disparo tenha partido de um dos policiais ou e um dos bandidos. Em qualquer caso, o Estado terá que indenizar. O Estado responderá mesmo que não seja possível apurar de que arma partiu o disparo final. Em caso de bala perdida o Estado só não responde quando não se sabe de onde veio o tiro. Vale dizer, bala perdida mesmo.
Responde o Estado com Responsabilidade Civil Objetiva conforme art 37 § 6º, CFRB pelos danos causados por seus agentes que, nesta qualidade, causarem a terceiros. A expressão seus agentes não indica a necessária relação causal da ação ou omissão de algum agente do Estado e o dano. O Estado tem o dever de segurança e incolumidade em relação a terceiros mesmo quando está desempenhando atividade lícita mas perigosa. Tem a obrigação de desempenhar essa atividade com segurança. Nisso consiste a chamada teoria do risco administrativo. 
Não foi provada nenhuma excludente do nexo causal: Força Maior, Caso Fortuito, Culpa Exclusiva da Vítima ou Culpa exclusiva de terceiro.
Para os 3 casos.
Aula 10
Um prisioneiro do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro faleceu acometido de pneumonia. A viúva propõe ação indenizatória contra o Estado sob o fundamento de que a este cabia zelar pela integridade física do seu marido. Assiste-lhe razão? Resposta fundamentada. 
Depende, se o estado prestou atendimento médico e o preso morreu mesmo assim não cabe responsabilização do estado.
Se o estado não prestou atendimento médico:
1ª corrente: Teoria da Culpa Anônima, responderá o estado pela responderá civil subjetiva
2ª corrente: Omissão Específica, com responsabilidade objetiva do estado.
Aula 11
João adquiriu vidros na loja X, fabricados por Indústria Y, para coloca-los na janela de sua casa. Atendidas as regras técnicas para instalação do referido material, uma semana depois o vidro veio a estilhaçar-se sem uma causalidade externa aparente, tão pouco por conduta do próprio comprador. O evento causou ferimentos no rosto da esposa de João, que necessitou de internação hospitalar por 10 dias. Quem pode pleitear indenização, contra quem, com que fundamento e em que prazo? Resposta fundamentada.
João como consumidor padrão por ter adquirido, consumidor direto e a sua esposa por cosumidor por equiparação.
Por ser tratar de fato do produto, somente a Indústria Y, responsabilidade civil objetiva se configura independente de culpa fundada no risco do empreendimento.
No prazo de 5 anos poderá pleitear indenização conforme art 12 C/C art 14 C/C art 27 todos do CDC.
Aula 12
Em 05/01/2009, Áurea comprou um carro 0 km, da marca FORD, na Concessionária Xavante. Decorridos quatro meses de uso, apresentou o veículo problemas no sistema de freio. A Concessionária Xavante recusou-se a fazer o reparo alegando ter ocorrido a decadência do direito de Áurea reclamar. Ao sair da Concessionária, em um sinal de trânsito Áurea é assaltada por Berto, que assumiu a direção do veículo. Perseguidos pela polícia, que tomou conhecimento do assalto, Berto acaba colidindo com a traseira do veículo de Carlos, em virtude do freio do carro de Áurea não ter funcionado adequadamente. Ficaram gravemente feridos Áurea, Carlos e o assaltante Berto, além de destruídos os dois veículos. Áurea e Carlos ajuízam ações com pedido de indenização em face do fabricante e da Concessionária, em que pleiteiam danos morais e materiais. Em contestação, alega o fabricante que houve fato exclusivo de terceiro (ato do assaltante) e a Concessionária sustenta ser parte ilegítima, além de insistir na ocorrência da decadência. Decida a questão, fundamentando-a. Analise, também, se houve decadência e se há possibilidade do assaltante Berto pleitear indenização.
Não ocorreu fato exclusivo de terceiro (ato do assaltante), após a recusa da concessionária em consertar o freio do veículo – art 14, CDC. Houve fato do produto, com responsabilidade do fabricante conforme art 12, CDC. Responsabilidade solidária.
Aurea é consumidora direta deverá ser indenizada com base no art 12 C/C art 27, CDC
Carlos é um terceiro envolvido, sendo consumidor por equiparação conforme art 17 C/C art 27, CDC
Quanto ao assaltante Berto, duas correntes:
1ª corrente: em função de estar cometendo ato ilícito, não deverá ser indenizado em nada para que não haja encorajamento dos meliantes a buscar indenização em casos similares.
2ª corrente: consumidor por equiparação conforme art 17 C/C art 27, CDC
Aula 13
Famoso pintor se obrigou a fazer um quadro para exposição em galeria de arte, pelo preço certo de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). O quadro teria que ser entregue até quinze dias antes do inicio da exposição, sob pena do pagamento de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais). Se mesmo assim o quadro não fosse entregue até o dia do início da exposição, o pintor pagaria a multa de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Como o quadro não foi entregue no prazo previsto, o dono da galeria (adquirente do quadro), três dias antes da exposição adquiriu outro quadro em substituição e moveu ação indenizatória contra o pintor, formulando os seguintes pedidos: 
I – pagamento de R$ 15.000,00(quinze mil reais) correspondentes à multa pelos dias de atraso na entrega do quadro; 
II- pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) correspondentes à multa pela não entrega do quadro; 
III – reparação dos danos materiais, emergentes e lucros correntes, estimados em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) assim distribuídos: 
a) R$ 10.000,00(dez mil reais) pela diferença a mais pelo preço pago pela compra do quadro em substituição; 
b) R$ 15.000,00 (quinze mil reais) devidos pela melhor cotação dos quadros do pintor inadimplente. 
Dando os fatos como provados, responda se será possível acolher todos os pedidos fornecidos pelo dono da galeria, autor da ação? 
Poderá pedir Claúsula Penal Moratória de R$ 12.000,00 (R$ 1.000,00 x 12 dias = R$ 12.000,00) que é uma antecipação de perdas e danos e a Claúsula Penal Compensatória de R$ 30.000,00. Os demais pedidos são excessivos.
No caso, o melhor para o autor, dono da galeria, é optar pela multa compensatória, já que superior ao valor que está pleiteando a título de perdas e danos, e para recebê-la, não precisará provar o prejuízo. É considerado bis in idem pedir indenização por danos e perdas e penal compensatória. 
Terá que escolher entre as duas. Escolhe-se na prática a penal compensatória (título executivo > não precisa passar pelo processo de conhecimento), ou propor a ação de perdas e danos.

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