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Aula 1
Augusto e Bernardo, em virtude de dívida contraída por aquele em favor deste, resolveram criar um documento que pudesse representar tal obrigação.  Dessa forma, questionam você, famoso advogado dessa área:
1 - De que maneira o título de crédito se distingue dos demais tipos representativos de obrigação, quanto à cobrança e circulação do crédito?
Os títulos de crédito tem como características principais a negociabilidade / circulabilidade (fácil circulação do crédito através do endosso ou da tradição) e a executoriedade (em tese, mais fácil de cobrar) os demais títulos respresentativos da obrigação (contrato, carnê, cartão de crédito, confissão de dívida, dentre outros) não tem características.
2 - Porque o título de crédito é considerado, fundamentalmente, um título de apresentação?
Se for este o título escolhido para representar a obrigação, por ser de muito fácil negociação, o devedor somente poderá pagar a dívida àquele que o apresentar, mesmo que saiba quem é o seu credor original, sob o risco de ter que pagar duas vezes.
Aula 2
Antônio emitiu uma nota promissória em favor de Bernardo, que circulou através de diversos endossos até chegar ao atual portador, que decidiu executar um dos endossantes, face à inadimplência do devedor original.  Uma vez executado, o endossante apresentou exceção de pré-executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que que ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia de endossos.
1. A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa?
Não merece acolhimento pelo juiz a defesa apresentada, tendo em vista que ao lançar sua assinatura no título o endossante vinculou sua obrigação de pagar como garantidor, pelo princípio da autonomia conforme arts 7º e 17º da LUG.
Aula 4
Augusto comprou de Bernardo um apartamento no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) que, com o crédito venda de seu imóvel, também comprou um apartamento, pelo mesmo valor, de seu amigo Cardoso.  Por ter ouvido falar em um título capaz de vincular todas as partes, Bernardo lhe procura para prestar as seguintes orientações:
1. É possível a emissão de uma letra de câmbio, a fim de vincular augusto ao pagamento e ainda assim dar garantia a Cardoso?
Sim, é possível, uma vez que Augusto é devedor de Bernardo que é devedor da mesma quantia Cardoso, assim, ao sacar uma letra de cambio, envolverá Augusto como sacado no pgto e dará garantia a Cardoso, pois se aquele não aceitar ou não pagar a letra, Bernardo, como sacador, garante o pgto (Art. 9º, LUG)
2. por nunca ter visto uma letra de câmbio, questiona acerca dos requisitos necessários para validade do título em tela.
Os requisitos necessários para a validade da letra de câmbio estão contidos no art 1º da LUG e da súmula 387, STF. Não poderão ser supridos por ninguém a assinatura do sacador e do aceitante.
Art. 2º da LUG – requisitos: expressão “letra de cambio”, quantia a ser paga, nome do sacado, nome do beneficiário, data e lugar onde deverá ser sacada, assinatura de quem emite letra
Aula 5
Augusto emite uma letra de câmbio em face de Bernardo e a favor de Cardoso, que a endossa em preto para Danilo, o qual também endossa em preto para Eduardo que, porém, endossa em branco para Fernando. Este repassa o título por tradição a Gustavo, e assim vai por Hernani, Ivo, João e Karine. A esta foi exigida por Luiz, no momento da transferência, que fosse realizada por endosso, o que foi feito, porém, em preto.
Indaga-se:
1. Determine a legalidade da cadeia de transferência do título e quais são os obrigados pelo pagamento.
Não há impedimento algum quanto ao titulo nominal passar a ser ao portador e, posteriormente, voltar a ser nominal, mediante a cadeia de endosso nas modalidades em preto ou em branco.
Os obrigados serão: Agusto (Sacador), Bernardo (caso aceite), Cardoso (Tomador Endossante), Danilo (Endossante), Eduardo (Endossante) e Karine (Endossante)
2. Especifique o principal efeito do endosso realizado por Karine.
O principal efeito do endosso em preto é fazer com que o título fique nominal e, caso o portador queira transferi-lo, obrigatoriamente deverá fazê-lo por endosso, em preto ou em branco.
Aula 6
Augusto emitiu uma letra de câmbio no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) contra Bernardo e em favor de seu credor Cardoso, que endossou a cambial para Danilo que ao levar o título a aceite, obteve o aceite parcial modificativo de data de pagamento.
Indaga-se:
a) Pode o sacado, no caso acima, limitar o aceite?
Sim, o aceite parcial é autorizado pela LUG conforme art. 26, II, no caso em tela modificativo.
b) Quais os efeitos produzidos pelo aceite parcial?
O aceite parcial gera o vencimento antecipado, mesmo o modificativo (art. 43, I, LUG). Na realidade, o portador fica com a faculdade de acionar o sacador ou o endossante antes do vencimento ou o aceitante na data estipulada.
Aula 7
Ao receber uma letra de câmbio por endosso, Augusto exigiu de Bernardo um avalista, mesmo a letra já aceita e com a assinatura do sacador e de mais três endossantes. Assim, Bernardo conseguiu com seu pai o aval, porém este não indicou que Bernardo seria seu avalizado e o fez na modalidade parcial.
Indaga-se:
1. Determine a responsabilidade do avalista nesse título.
Por ter sido aval em branco o avalista vai se responsabilizar da mesma maneira que o sacador, conforme o art 31, III, LUG.
2. É possível a modalidade parcial do aval?
Sim, é possível para a letra de cambio, pois se trata de titulo regido por lei especial, conforme art 30, LUG e não se aplica o art. 987, § único, CC, por força do art. 903, CC.
Aula 8
Augusto, portador de Letra de Câmbio, apresentou o título para aceite do sacado Bernardo, que não aceitou, sob alegação de não possuir relação alguma com o sacador. Protestado o título por falta de aceite, Augusto promoveu ação de execução em face de Bernardo que, devidamente citado, alegou ilegitimidade passiva, uma vez que sua assinatura não consta do título, bem como falta a Augusto a qualidade de credor, por falta do aceite.
Indaga-se:
1. Procedentes as alegações de Bernardo?
Sim, procede, em virtude de que o aceite não é obrigatório e o sacado se obriga na letra apenas pelo aceite (art 28, LUG). O sacado não precisa apresentar qualquer justificativa legal para a falta de aceite,
2. Um endossante que eventualmente venha pagar o título em tela, terá direito a alguma ação? 
Sim, o coobrigado que paga o título msubroga-se nos direitos do credor e pode cobrar em ação de regresso dos obrigados anteriores, pelo que libera os posteriores.
Aula 9
Augusto, portador de Letra de Câmbio, apresentou o título para aceite do sacado Bernardo, que não aceitou, sob alegação de não possuir relação alguma com o sacador. Protestado o título por falta de aceite, Augusto promoveu ação de execução em face de Bernardo que, devidamente citado, alegou ilegitimidade passiva,uma vez que sua assinatura não consta do título, bem como falta a Augusto a qualidade de credor, por falta do aceite.
 Indaga-se:
1. Procedentes as alegações de Bernardo?
Sim, procede, em virtude de que o aceite não é obrigatório e o sacado se obriga na letra apenas pelo aceite (art 28, LUG). O sacado não precisa apresentar qualquer justificativa legal para a falta de aceite.
2. Possível o protesto por falta de aceite na letra de Câmbio? 
Sim, a lei admite om protesto por falta de aceite para que seja possível ao portador exercer o seu direito de ação em face dos demais coobrigados (art 44, LUG)
Aula 10
Augusto emitiu uma nota promissória em favor de Bernardo, em 30.04.2006, sem constar a data para pagamento. Em 28.02.2007, o título foi apresentado para pagamento, o qual não foi realizado. A ação executiva, porém, foi intentada somente em 15.01.2010, e o devedor, citado, alegou a prescrição do título. Como juiz da causa, verifique se o prazo para apresentação do título foi respeitado e se realmente ocorreu a prescrição.
A Nota promissória tornou-se titulo à vista por não conter data de vencimento (art 76,I, LUG). Assim, o título à vista deve ser apresentado em até 1 ano da sua emissão (art 77 C/C art 34, LUG) e, após a data da apresentação é que começa a correr o prazo prescricional (art 70, I, LUG), por aplicação do art 78, LUG.
 
Aula 11
Augusto, empresário do ramo de peças de automóveis, emitiu duplicata em face de seu Bernardo, pessoa física que comprou uma peça para uso próprio.  Face à falta de aceite e a inadimplência de Bernardo, Augusto ingressou com ação executiva e, em defesa, foi alegado 
que o título foi emitido em operação estranha ao permissivo legal, portanto, indevida a ação executiva.
1. Em que casos são admissíveis a falta de aceite de uma duplicata?
Na duplicata de venda, o aceite é obrigatório salvo nos casos art 8º da Lei 5.474/68. 
- motivo de avaria ou não recebimento das mercadorias / - vícios, defeitos e diferenças mercadorias / - divergência nos prazos ou nos preços
2. A alegação de Bernardo procede?
Deverá ser procedente, tendo em vista que a duplicata é um titulo de credito causal e uma das causas previstas em lei para sua emissão é a compra e venda mercantil, aquela realizada para revenda com intuito lucrativo, o que não ocorreu no caso em tela.
Aula 12
Augusto é titular de conta corrente conjunta com sua esposa, Bruna, e emitiu um cheque no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) em favor de uma clínica médica.  Posteriormente, a beneficiária verificou que não constava da cártula o local de emissão, porém, mesmo com tal omissão, foi promovida execução em face de Bruna, já que esta havia se utilizado do serviço prestado.
 
1. Há alguma implicação legal na omissão apontada?
Não haverá implicação alguma, por força do art. 2º, II, Lei 7.3357/85 e ainda a Súmula 387,STF,
2. Será procedente a execução do cheque realizada contra Bruna, por se tratar de conta corrente conjunta?
Impossivel a cobrança em face de Bruna, uma vez que fere o principio da Literalidade, o que acarretará ilegitimidade passiva.
 
Aula 13
Augusto compareceu a uma revendedora de automóveis com o objetivo de adquirir veículo com pagamento à vista. Foi exigido pela revendedora que o pagamento se desse por cheque visado pelo Banco do Brasil.
1. Qual a providência deve ser tomada pelo banco sacado a ser solicitado o visto pelo 
correntista?
Ao visar o cheque o banco sacado deve fazer reserva na conta corrente do seu valor respectivo, cujo numerário ficara retido para pagamento da cambial (art. 7º, §1º, Lei 7.357/85)
2. O visto exonera o emitente e os demais coobrigados as obrigações cambiais?
Não exonera qualquer dos obrigados da cambial, também conforme art. 7º, §1º, Lei 7.357/85)
Aula 14
Em um contrato de comissão, após inúmeras vendas realizadas pelo Comissário, este percebeu que recebeu valor de repasse a menor do que o percentual que havia sido anteriormente combinado verbalmente. ao discutir o referido contrato em juízo, percebeu-se que este não continha cláusula de remuneração. Indaga-se:
1 - Existe saída legal para tal omissão?
Pelo art. 701, CC a remuneração será fixada de acordo com os usos correntes do local, mediante assentamento realizado pela Junta Comercial do Estado (art 8º, VI, Lei 8.934/94)
2 - Percebeu-se, também, a existência no contrato de cláusula del credere, oriente sobre seu signiicado.
Nos termos do art. 698, CC por esta cláusula o comissário responderá o comissário solidariamente com as pessoas que contratar em nome do comitente.
Aula 15
Uma sociedade empresária, com problemas em capital de giro, celebra com uma outra sociedade empresária, financeira não banco, contrato de antecipação de crédito, mediante entrega dos títulos emitidos a seu favor, e recebimento antecipado de um percentual do valor de emissão de cada cambial.
1. Determine a modalidade de contrato celebrado.
Contrato de Fomento Mercantil ou de Factoring.
2. Em caso de inadimplência do título pelo devedor principal, a financeira poderá cobrar o valor da sociedade empresária?
Não, a faturizadora (empresa de Factoring) deve assumir o risco do negócio e cobrar apenas do devedor principal, sob o risco de assumir operação bancária de forma ilegal.
 
Aula 16
Oriente o credor de um contrato de alienação fiduciária em garantia uma vez que não foram pagas várias prestações e depois de lavrado o competente instrumento de protesto, quanto à propositura da competente ação.
Medida cautelar de busca e apreensão visando à imediata recuperação do bem alienado fiduciariamente e, em seguida, à ação principal de cobrança do crédito (art 3º - Decreto Lei 911/1969 com as alterações da Lei 10.931/2004).

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