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Aula 1
Numa ação trabalhista Leonardo Maia postulou sua reintegração ao emprego, com fundamento na estabilidade assegurada ao acidentado (art. 118, da Lei nº 8.213/91). Na sentença, o juiz não deferiu a reintegração postulada, apesar de não ter transcorrido o prazo da estabilidade, mas condenou a empregadora ao pagamento dos salários e demais parcelas do período da estabilidade, em virtude do grau de incompatibilidade resultante do dissídio, na forma do art. 496, da CLT. A empresa, inconformada, pretende recorrer da decisão sustentando a nulidade da sentença por julgamento extra petita, pois o obreiro em sua petição inicial não formulou pedido de indenização decorrente da estabilidade.
Diante do caso apresentado, informe se a empresa está correta em sua argumentação, bem como aponte e explique qual o princípio do processo do trabalho envolvido na situação narrada.
A empresa está incorreta. Segundo a Súmula 396, II, do TST, não há nulidade da sentença por julgamento extra petita da decisão que defere salários quando o pedido for de reintegração, de acordo com o previsto no art. 496, da CLT.
O princípio aplicado é o da extrapetição, que dá permissão ao juiz de conceder ao autor mais do que foi pedido na inicial, ou, ainda, conceder pedido diverso do que foi postulado.
Aula 2
O sindicato da categoria profissional dos bancários celebrou com a categoria econômica correspondente - sindicato dos bancos - convenção coletiva de trabalho fixando o reajuste salarial para os bancários no patamar de 8%, dentre outros benefícios.
Já o sindicato da categoria profissional dos professores teve frustrada a tentativa de negociação coletiva junto ao sindicato dos estabelecimentos de ensino, o que resultou na propositura do Dissídio Coletivo perante o Tribunal Regional do Trabalho daquela localidade.
Diante dos casos apresentados, indique e explique qual foi o método de solução dos conflitos coletivos utilizado pelo sindicato dos bancários e pelo sindicato dos professores.
O sindicato dos bancários utilizou a autocomposição, que consiste na forma de resolução dos conflitos trabalhistas realizada pelos próprios interessados, através da negociação coletiva, celebrando um documento de pacificação que consiste no diploma coletivo – acordo coletivo e convenção coletiva.
Já o sindicato dos professores utilizou a heterocomposição que é a forma de solução determinada por um terceiro como por exemplo: Arbitragem, Jurisdição ou Tutela. 
Aula 3
O Banco Ômega S.A. ajuizou ação de interdito proibitório em face do Sindicato dos bancários de determinado Município, nos termos do artigo 932 do CPC, postulando a expedição de mandado proibitório, para obrigar o réu a suspender ou a não mais praticar, durante a realização de movimento paredista, atos destinados a molestar a posse mansa e pacífica do autor sobre os imóveis de sua propriedade, com a retirada de pessoas, veículos, cavaletes, correntes, cadeados, faixas e objetos que impeçam a entrada de qualquer empregado ao local de trabalho, abstendo-se, também, de realizar piquetes com utilização de aparelhos de som, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por agência. Em contestação, o sindicato-réu sustentou que a realização de piquetes decorre do legítimo exercício do direito de greve assegurado pelo artigo 9º da Constituição da República e que o fechamento das agências bancárias visa a garantir a adesão de todos os empregados ao movimento grevista.
Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
a) Qual será a Justiça competente para julgar essa ação de interdito proibitório? 
Compete a justiça do trabalho apreciar e julgar essa espécie de litígio conforme disposto no art 114, II, CFRB/88. Inclusive o STF já se manifestou com a edição da súmula vinculante nº 23. 
b) Durante a greve, é lícita a realização de piquetes pelo Sindicato com utilização de carros de som?  
A lei de greve (Lei 7783/1989) conforme disposto no seu art 6º, I, garante a utilização de meios pacíficos para conseguir a adesão do maior número possível de trabalhadores ao movimento grevista. Os piquetes devem ter como objetivo, apenas, a informação dos motivos que ensejaram a deflagração do movimento paredista e ninguém pode ser impedido de acesso ao local de trabalho.
c) Procede a pretensão veiculada na ação no sentido de que o réu se abstenha de impedir o acesso dos empregados às agências bancárias?
Procede a pretensão da empresa, porque não se pode impedir os empregados que não concordarem com o movimento e quiserem prestar seus serviços normalmente, o façam, conforme art 6º § 3º da Lei 7783/1989.
As manifestações e atos de persuação utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho, nem causar ameaça ou dano à propriedade ou a pessoa.
 
Aula 4
As partes foram intimadas da sentença prolatada pelo juiz do trabalho em determinada ação trabalhista no dia 04/10/2013 (sexta-feira). Em 11/10/2013 o advogado da empresa opôs recurso de embargos de declaração via fac-símile. O recurso original foi protocolizado no dia 18/10/2013 (sexta-feira).
Sabendo-se que o recurso de embargos de declaração tem prazo de 5 (cinco) dias e o prazo para juntada dos originais do recurso interposto via fac-símile também é de 5 (cinco) dias, informe, justificadamente, se foram observados os prazos processais para a apreciação do recurso.OUT: 04(sex)05(sab)06(dom)07(seg)08(ter)09(qua) 10(qui) 11(sex) 12(sab) 13(dom) 14(seg) 15(ter) 16(qua) 17(qui) 18(sex)
Considerando o prazo de 5 dias para embargos de declaração e a da intimação o do dia 04/10/2013 a qual está em conformidade com artigo 775, CLT, é excluída da contagem do prazo e considerando que os dias subseqüentes foram sábado e domingo (dias que não temos expediente forense), contarse-á a partir do primeiro dia útil subseqüente que será a sexta-feira, dia 11/10/2013. Com relação ao recurso original deveria ter sido protocolizado no dia 16/10/2013 e não dia 18/10/2013 conforme previsão da Súmula 387, II, TST, o prazo é contado direto, sem haver necessidade de nova citação.
         
Aula 5
Marcelo Antonio, por intermédio do seu advogado, ajuizou ação trabalhista postulando a condenação da ex-empregadora ao pagamento das horas extras. Na sentença o juiz do trabalho julgou improcedente o pedido condenando o Autor ao pagamento das custas processuais. O advogado de Marcelo, inconformado, interpôs recurso ordinário requerendo o deferimento da gratuidade de justiça, declarando, expressamente, no recurso que o Autor não tem condições financeiras para recolher o valor das custas sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, mas não juntou declaração de miserabilidade nem na petição inicial nem no recurso.
Diante do caso narrado responda de forma justificada, se de acordo com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado de Marcelo terá êxito quanto ao deferimento da gratuidade de justiça para o processamento do seu recurso.
Sim, o advogado do autor não precisaria solicitar em na petição inicial e nem no recurso constar a juntada da declaração de miserabilidade. A situação econômica do autor poderá sofrer “baques” com perda ou diminuição da sua capacidade econômica ao longo do processo, conforme OJ 269 c/c OJ 304. A gratuidade de justiça poderá ser requerida a qualquer tempo ou grau de jurisdição ou bastando alegar impossibilidade de arcar com as custas.
O art 790 § 3º, CLT é facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância, conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, para os empregados que não puderem pagaras custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.
O réu só será condenado ao pagamento de custas se perder todos os pedidos. Em via de regra quem paga é o reclamado.
Aula 6
DEMÉTRIO ajuizou reclamação trabalhista pleiteando o pagamento de multas previstas no instrumentonormativo de sua categoria, cujo destinatário é o empregado lesado, em virtude do descumprimento, pelo empregador, da quitação do adicional de 50% sobre as horas extras e do acréscimo de 1/3 nas férias. Em contestação, a reclamada sustentou que tais multas eram indevidas porque se tratava de meras repetições de dispositivo legal, sendo que a CLT não prevê multa para o empregador nessas hipóteses. Adiciona e comprova que, no tocante à multa pelo descumprimento do terço de férias, isso já é objeto de ação anterior ajuizada pelo mesmo reclamante e que tramita em outra Vara, atualmente em fase de recurso.
Informe que fenômeno jurídico processual ocorreu em relação ao pedido de multa pela ausência de pagamento do terço das férias. 
Ocorreu o fenômeno jurídico da litispendência, previsto no art. 301, §§ 1º e 3º, do CPC.
Aula 7
José Augusto ajuizou ação trabalhista em face da empresa Megalinks S/A postulando o pagamento de horas e reflexos nas verbas trabalhistas. Na audiência de conciliação, instrução e julgamento o empregador se fez substituir pelo preposto Sr. João Alves, que era conhecedor dos fatos, mas não possuía vínculo trabalhista ou societário. O advogado do Reclamante requereu a aplicação da revelia e confissão ficta, o que foi acolhido pelo juiz pelo fato de o preposto não ser empregado do Reclamado.
 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, responda à luz da legislação aplicável na espécie e da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, as seguintes indagações:
 
a) O juiz agiu corretamente? Justifique.
De acordo com o disposto no art. 843, §1º, da CLT basta que o preposto tenha conhecimento do fato, não havendo necessidade de ser empregado. O entendimento contido na Súmula nº 377, do TST, o preposto tem que ser empregado do reclamado, o juiz agiu corretamente. Salvo quando se tratar de ação trabalhista de empregado doméstico ou microempresa ou empresa de pequeno porte. No caso, sendo a empresa uma Sociedade Anônima não se enquadra nas exceções, razão pela qual o preposto tem que ser empregado.
b) Caso a ação tivesse sido ajuizada em face da empresa NetclubLtda-EPP., empresa de pequeno porte, a solução seria a mesma?
Não, na hipótese de microempresa ou empresa de pequeno porte, o art. 54 da Lei Complementar nº 123/06, prevê a possibilidade de o empregador se fazer substituir perante a Justiça do Trabalho por terceiros que tenham conhecimento dos fatos, mesmo que não tenham vínculo trabalhista ou societário. Nesse sentido é o entendimento consubstanciado na Súmula nº 377, do TST que exclui a exigência da condição de empregado do preposto quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte.
Aula 8
(OAB/FGV  - 2011.2) Reginaldo ingressou com ação contra seu ex-empregador, e, por não comparecer, o feito foi arquivado. Trinta dias após, ajuizou nova ação com os mesmos pedidos, mas dela desistiu porque não mais nutria confiança em seu advogado, o que foi homologado pelo magistrado. Contratou um novo profissional e, 60 dias depois, demandou novamente, mas, por não ter cumprido exigência determinada pelo juiz para emendar a petição inicial, o feito foi extinto sem resolução do mérito.
 
Com base no relatado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
 a) Para propor uma nova ação, Reginaldo deverá aguardar algum período? Em caso
 afirmativo, qual seria? 
A questão envolve a aplicação do instituto processual da perempção no Processo do Trabalho.
Nos termos do art. 732, da CLT, incorre na pena de perda do direito de reclamar na Justiça do Trabalho, pelo prazo de 6 meses, o reclamante que, por duas vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844, da CLT, ou seja, quem promove e não comparece à audiência inaugural da reclamação trabalhista.
No caso em tela não ocorreram dois arquivamentos. A primeira extinção decorreu de arquivamento por ausência do reclamante à audiência e o segundo, de homologação de desistência.
Sendo assim, Reginaldo não deverá aguardar nenhum prazo caso queira mover nova reclamação, pois não se configurou a perempção.
b) Quais são as hipóteses que ensejam a perempção no Processo do Trabalho? 
Existem duas hipóteses de perempção previstos na lei trabalhista: dois arquivamentos seguidos, em virtude de ausência injustificada à audiência inaugural (art. 732, CLT) e quando o trabalhador efetuar reclamação verbal e não comparece à Secretaria da Vara em cinco dias para reduzi-la a termo (art. 731, CLT).
Aula 9
(OAB/FGV 2011.3) Tício ajuizou ação trabalhista em face da empresa Hora Certa Ltda., na qual pretendia receber horas extras e reflexos. Na própria petição inicial já havia impugnado os controles de ponto aduzindo que não havia variação de horário. Na audiência, a ré trouxe os documentos, juntando-os com a contestação e declarou que pretendia produzir prova testemunhal acerca do pedido do autor. O juiz, após examinar a documentação, indeferiu a prova testemunhal da ré. Na sentença, o juiz julgou procedente o pedido do autor. Considerando as regras de distribuição do ônus da prova, o juiz agiu corretamente? Fundamente. 
Não, a decisão foi incorreta. Considerando que os controles de ponto não tinham variação de horário, nos termos da Súmula 338, III, do TST presume-se verdadeira a jornada da inicial, porém, com a possibilidade da empresa elidir a presunção por prova em contrário, dada a inversão do ônus da prova. O juiz deveria ter autorizadoa oitiva da testemunha.
Aula 11
(OAB/FGV) Numa reclamação trabalhista movida em litisconsórcio passivo, o autor e a empresa reclamada “X” (sociedade de economia mista) foram vencidos reciprocamente em alguns pedidos, tendo ambos se quedado inertes no prazo recursal. Porém, a empresa reclamada “Y” (pessoa jurídica de direito privado), vencida também em relação a alguns pedidos na referida ação trabalhista, interpôs recurso ordinário, com observância dos pressupostos legais de admissibilidade, tendo inclusive efetuado o preparo. Em seguida, o Juiz do Trabalho notificou as partes para que oferecessem suas razões de contrariedade, em igual prazo ao que teve o recorrente.
Considerando os fatos narrados acima, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir.
a) Analise a possibilidade de o autor recorrer, ou não, dos pedidos em que foi vencido, e de que maneira isso se daria, se possível for. 
Ainda é possível ao reclamante manifestar seu inconformismo, que deverá materializar-se num recurso ordinário adesivo, já que aplicável o Art. 500 do CPC em sede trabalhista, conforme Súmula nº 283, TST, no prazo das contrarazões.
b) Caso ambas as empresas tivessem recorrido ordinariamente, e tendo a empresa “Y” requerido sua exclusão da lide, analise e justifique quanto à necessidade, ou não, de a reclamada “X” efetuar preparo. 
A empresa “X”, por ser sociedade de economia mista, estará obrigada a efetuar o preparo, pois não é dele isento. Aplica-se, ainda, os termos da Súmula nº 128, III,TST, verbis: “Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide”.
Aula 12
(OAB/FGV) Um recurso de revista é interposto em face de acórdão proferido por Tribunal Regional do Trabalho em recurso ordinário, em dissídio individual, sendo encaminhado ao Presidente do Regional.
Diante desta situação hipotética, responda, de forma fundamentada, às seguintes indagações:
a) Se o Presidente admitir o recurso de revista somente quanto a parte das matérias veiculadas, cabe a interposição de agravo de instrumento? 
Não cabe a interposição de agravo de instrumento, que somente seria possível se o recurso tivesse o seguimento negado. Segundo o posicionamento contido na Súmula nº. 285 do TST, o fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto à parte das matérias veiculadas, não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superiordo Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento. 
b) É cabível a oposição de embargos de declaração contra decisão de admissibilidade do recurso de revista?
Não é cabível a oposição de embargos de declaração contra decisão de admissibilidade do recurso de revista. Os embargos declaratórios, nos termos da lei (artigos 897-A da CLT e 535 do CPC), são opostos em face de decisões, ou seja, pronunciamentos jurisdicionais revestidos de cunho decisório. Contudo, o despacho proferido pelo Presidente do Tribunal Regional não se reveste dessa natureza. Neste sentido, o entendimento consubstanciado na OJ n. 377 da SDI-1 do TST: “Não cabem embargos de declaração interpostos contra decisão de admissibilidade do recurso de revista, não tendo o efeito de interromper qualquer prazo recursal”.

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