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APOSTILA de Processo Penal 2014 (JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA) + EXERCÍCIOS

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
DIREITO PROCESSUAL PENAL
JURISDIÇÃO – COMPETÊNCIA – SUJEITOS PROCESSUAIS
 PROFESSOR: JOSÉ DOMINGOS FILHO
2014
JURISDIÇÃO PENAL
 Conceito:
Jurisdição deriva do latim jurisdictio, que significa: ditar ou dizer o direito. Exercer a jurisdição é dizer qual é e como é o direito.
O exercício requer uma autoridade investida de poder para impor a decisão aos interessados, ainda que contra a sua vontade.
Competência jurídica; território sobre o qual exerce o juiz a sua autoridade; (p. ext.) órbita em que qualquer autoridade exerce suas funções.
É uma das funções da soberania do Estado. Função de poder, do Poder Judiciário.
Jurisdição é, pois, a faculdade que tem o poder judiciário de pronunciar concretamente a aplicação do direito objetivo, ou, a função estatal de aplicar as normas da ordem jurídica em relação a uma pretensão.
Ontologicamente, a jurisdição é uma, uma só, pois tem a finalidade de aplicação do direito objetivo público ou privado. Entretanto, está sempre conexa a uma pretensão. Assim, se vai provocar a aplicação de norma penal de Direito Penal, ou de Direito Processual Penal, a jurisdição se diz penal.
2. Função Jurisdicional
Assegurar a ordem jurídica. Dirimir a lide com justiça. Compor a lide por meio da atuação da Lei através dos Órgãos Jurisdicionais.
3. Elementos da Jurisdição
a) Cognitio ou notio: designa-se o conhecimento. Poder atribuído ao juiz para que conheça do processo, isto é, determine a prática de atos que o ponham em contato com os fatos que compõem o litígio, para que se possa aplicar o direito cabível a cada caso concreto.
b) Vocatio (chamamento): É o poder do órgão investido da jurisdição de fazer comparecer em juízo as pessoas cuja presença revela-se necessária ao andamento do feito.
c) coertio ou coertitio: É o poder de determinar medidas coercitivas, ou seja, o poder de impor a realização de certos atos necessários para que sejam eficazes os provimentos judiciais, mediante a cominação de medidas coativas.
d) Judicium: consistente no poder de julgar, determinando a qualificação jurídica dos fatos concretos a ele apresentados, de acordo com os mandamentos abstratos da lei.
e) Executio: o poder de fazer cumprir as sentenças ou acórdãos proferidos jurisdicionalmente.
4. Características:
a) Substitutividade: tendo em vista que o Estado vedou a autotutela, só resta à parte pedir ao mesmo a eliminação dos conflitos de interesses. Assim, o Estado, por intermédio de seus agentes (juízes), substitui-se, com sua atividade, a vontade dos litigantes, com o objetivo de promover a justa composição da lide, pela correta aplicação das regras jurídicas genéricas e impessoais, objetivamente fixadas. Todos têm o direito – garantido pela Constituição (art. 5º XXXV) – de obter uma manifestação do poder judiciário.
b) Inércia: os órgãos jurisdicionais são, por sua índole, inertes (ne procedat judex ex officio), pois a experiência histórica demonstrou que o exercício espontâneo da atividade jurisdicional afeta sobremaneira, a imparcialidade do julgador, que se deixa influenciara pela iniciativa tomada.
c) Imutabilidade (ou definitividade): os atos jurisdicionais, ao contrário dos legislativos e dos administrativos, são os únicos passíveis de transitar em julgado, isto é, de se tornarem imutáveis, não podendo ser revistos ou modificados. No âmbito do direito penal a decisão final absolutória adquire a condição de imutável quando transita em julgado; entretanto, as decisões condenatórias não se submetem a esse efeito, em razão da possibilidade do ingresso do pedido de revisão criminal, no caso de surgirem novos fatos. É uma situação excepcional que privilegia o direito de liberdade daquele que é condenado injutamente. 
d) Indivisibilidade: A jurisdição como manifestação do poder soberano, é uma e indivisível. A referência que se costuma fazer à jurisdição penal, civil, militar, etc. tem apenas o efeito de facilitar a distribuição do trabalho entre os diversos órgãos do Estado, e, no plano teórico, o de facilitar a abordagem didática dos temas relativos a ela.
e) Caráter formal: O caráter formal da jurisdição está diretamente relacionado com o fato de a atividade jurisdicional do Estado somente é prestado por intermédio de um processo que se compõe de vários atos a fim de realizar a atuação do direito.
5. Finalidade
1) atuação da vontade da lei;
2) solução de conflitos de interesse;
3) aplicação de justiça a casos concretos.
6. Unidade:
Como função soberana, consubstanciada no Poder Judiciário, a jurisdição é única em si e nos seus fins. A divisão que se estabelece entre a “jurisdição penal” e a “jurisdição civil” assenta, única e exclusivamente, na natureza do conflito intersubjetivo e, assim mesmo, pelas vantagens que a divisão do trabalho proporciona.
7. Espécies:
1) – Quanto à categoria ou graduação: jurisdição inferior e superior;
2) – Quanto à matéria: penal, civil, eleitoral, militar etc;
3) – Quanto ao objeto: contenciosa ou volutária;
4) – Quanto à função: ordinária ou comum e especial ou extraordinária;
5)– Quanto à competência: é determinada pela Lei de Organização Judiciária.
8. Princípios:
a) Inércia (ne procedat judex ex officio): não pode haver jurisdição sem ação. O órgão investido da função jurisdicional não pode, sem provocação da parte interessada, dar início ao processo. Para que o Poder Jurisdicional se movimente, é preciso que o interessado formule o pedido por meio da ação (penal condenatória).
Exceção: habeas corpus e prisão preventiva.
b) Investidura: tal qual ocorre com os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, que são eleitos ou nomeados, para que uma pessoa possa exercer a função jurisdicional é preciso seja investida em tais funções, de acordo com o que prescreve a lei.
c) Indeclinabilidade da jurisdição: importa esse princípio em não poder o Juiz, de modo geral, subtrair-se ao exercício do seu ministério jurisdicional. Tal princípio vem insculpido no inciso XXXV do art. 5° da CF/88. A parte tem o direito público subjetivo de pedir ao Juiz e dele exigir a aplicação da lei objetiva ao caso concreto. Exceção: impedimento (art. 252, CPP) ou suspeição (art. 254, CPP);
d) Indelegabilidade da jurisdição: em decorrência do princípio da indeclinabilidade, isto é, exercendo o poder-dever de julgar, que lhe foi atribuído pelo Estado, é induvidoso deva o Juiz exercer sua função pessoalmente, salvo nos casos de impedimento ou suspeição. Nas hipóteses previstas nos arts. 222, 353, 174, IV, 177 e 230, todos do CPP, não há delegação de poder. O juiz a quem se pediu a prática do ato processual, ao cumprir a diligência, apenas está exercendo sua própria competência, de acordo com a lei. Exceção: carta de ordem.
e) Improrrogabilidade da jurisdição, ou “da aderência”: o juiz somente pode exercer a função jurisdicional dentro nos limites que lhe são traçados por lei. Exceções: conexão ou continência, art. 74 §2° do CPP, art. 85 do mesmo estatuto, art. 424, CPP.
f) Juiz natural: juiz natural é aquele cuja competência resulta, no momento do fato, das normas legais abstratas. É, enfim, o órgão previsto explícita ou implicitamente no texto da Carta Magna, no artigo 5º, LIII, configurando, portanto, no órgão jurisdicional instaurado previamente à ocorrência dos fatos que serão submetidos a sua apreciação. 
g) Unidade da jurisdição: Como função soberana, consubstanciada no Poder Judiciário, a jurisdição é única em si e nos seus fins. A divisão que se estabelece entre a “jurisdição penal” e a “jurisdição civil” assenta, única e exclusivamente, na natureza do conflito intersubjetivo e, assim mesmo, pelas vantagens que a divisão do trabalho proporciona.
h) “Nulla poena sine judicio”: Ninguém poderá ser apenado sem devido processo legal (art. 5º, LIV, da CF). Somente após o processo, conduzido por um juiz competente para acausa, poderá ser aplicada a norma penal, com a imposição de uma pena ao acusado.
i) Duplo grau de jurisdição: possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo juiz de primeiro grau. O princípio em epígrafe não é tratado de forma expressa em todos os textos legais (art. 93, III, CF/88).
Dos juízes de Segunda instância, exercida pelos Desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e Regional Federal e pelos Ministros do STF e STJ.
9. Jurisdição e sistema acusatório:
O Processo Penal brasileiro adota o sistema processual acusatório. Sendo assim, na relação jurídico-processual cada sujeito processual figura com uma função (o Ministério Público acusa, o Advogado defende e o Juiz decide). A esse respeito, o Juiz pode requisitar abertura de inquérito, decretar de ofício prisão preventiva, conceder habeas corpus de ofício, determinar a realização de provas que bem entender. Além disso, permite-se às partes uma gama de recursos, buscando afastar a pretensão punitiva estatal. Enfim, o processo penal caracteriza-se por eminentemente contraditório.
2. COMPETÊNCIA
 Noções Preliminares
Competência é a delimitação do poder jurisdicional (fixa os limites dentro dos quais o juiz pode prestar a jurisdição). Aponta quais os casos que podem ser julgados pelo órgão do Poder Judiciário. A competência é, assim, a medida ou o limite em que poderá o julgador exercer o poder de jurisdição. Representa a porção do poder jurisdicional que é conferido a cada órgão investido de jurisdição. Não obstante, todo o magistrado (juiz) seja dotado de jurisdição, as regras de competência é que concretamente atribuem a cada um desses órgãos o efetivo exercício da função jurisdicional. É, portanto, uma 
Mas essa limitação de poder não é significante somente ao território. Existem ainda vários outros elementos que fazem com que um juízo não seja competente para aquele ato, assim como o Juiz Trabalhista de uma cidade não pode atuar sobre as causas penais e cíveis, até por que sua competência é limitada à área trabalhista, e a competência para julgar os outros atos penais e cíveis é de outro juízo.
De acordo com a dicção de Vicente Greco Filho, a competência é “o poder de fazer atuar a jurisdição que tem um órgão jurisdicional diante de um caso concreto. Decorre esse poder de uma delimitação prévia, constitucional e legal, estabelecida segundo critérios de especialização da justiça, distribuição territorial e divisão de serviço. A exigência dessa distribuição decorre da evidente impossibilidade de um juiz único decidir toda a massa de lides existente no universo e, também, da necessidade de que as lides sejam decididas pelo órgão jurisdicional adequado, mais apto a melhor resolvê-las.”
Juiz Natural
Previsto no art. 5.º, LIII, da CF/88, que dispõe que “ninguém será sentenciado senão pelo Juiz competente”. Juiz natural é, portanto, aquele previamente conhecido, segundo regras objetivas de competência estabelecidas anteriormente à infração penal, investido de garantias que lhe assegurem absoluta independência e imparcialidade.
É aquele que consiste na aplicação da lei pelo juiz competente, pois “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” - o que afasta a possibilidade de existência de Juízo ou Tribunal de exceção.
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Critérios de Fixação
A determinação de competência é das matérias de maior complexidade no que diz respeito ao estudo do processo, e essa complexidade se deve, em boa parte, à existência de numerosos critérios segundo os quais a competência para o julgamento de um caso concreto pode ser estabelecida. O artigo 69 do Código de Processo Penal estabelece os critérios de competência. São eles:
I – o lugar da infração;
II – o domicílio ou residência do réu;
Observação: Os dois primeiros incisos determinam a competência territorial ou foro competente.
III – a natureza da infração;
IV – a distribuição;
V – a conexão ou continência;
VI – a prevenção;
VII – a prerrogativa de função.
Observação 1: a conexão e a continência não são critérios de fixação de competência, são critérios de modificação de competência.
Observação 2: Foro é o território dentro do qual determinado órgão judicial exerce sua parcela de jurisdição.
Foro da Justiça Estadual:
· 1.ª instância – comarca
· 2.ª instância – Estado
Foro da Justiça Federal:
· 1.ª instância – seção judiciária
· 2.ª instância – Região
       Competência Material 
A competência material é a própria divisão dos órgãos jurisdicionais, sendo todas as suas funções e atribuições expressas na Constituição Federal de 1988, assim como a Justiça Militar atua somente nas causas taxativamente expressas no artigo 124; a Justiça Eleitoral que está competente nos casos expostos no artigo 121 e outros casos que estão sob a competência da Justiça Federal previstos no artigo 109, todos da Constituição Federal.
Os órgãos jurisdicionais de competência militar, eleitoral, trabalhista, e ainda o senado federal (que não é integrante do Poder Judiciário, mas é utilizado para fiscalizar, processar e julgar crimes específicos, como o do Presidente da República, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos membros do Conselho Nacional de Justiça, dos membros do Conselho Nacional do Ministério Público, dos Ministros de Estado, do Procurador Geral da República, dos Comandantes das Três Armas e do Advogado-Geral da União) fazem parte de órgãos jurisdicionais especiais ou Justiças Especiais, enquanto a Justiça Federal e a Justiça Estadual são denominados comuns.
            A competência material se delimita por três elementos básicos:
A competência material divide-se em três aspectos: o direito material que rege a relação jurídica; a qualificação das partes envolvidas e o território.
4.1. Competência “ratione materiae”
No âmbito constitucional, o critério ratione materiae é adotado para estabelecer a competência dos diversos órgãos em que se divide o poder judiciário. Especificamente no que diz respeito ao direito processual penal, a competência pode ser determinada, também, por certas características relativas ao direito material incidente sobre o fato apreciado; ou seja, em razão da natureza da infração. É o caso da competência do Tribunal do Júri, nos crimes dolosos contra a vida. Além disso, o critério da natureza da infração é adotado pelas leis de organização judiciária (art. 74, caput, do CPP), cuja elaboração fica a critério do Estado da Federação.
4.2. Competência ratione personae
De acordo com uma qualidade das pessoas envolvidas no litígio, a competência pode ser de um ou outro órgão jurisdicional. Por questão de política criminal, entende-se que determinadas pessoas, ao desempenhar certas funções ou ocupar certos cargos, devem ser julgados por órgãos diferentes daqueles que normalmente julgariam os demais infratores. Nos processos em que figurem como rés essas pessoas, a competência será de determinado órgãos, que serão competentes segundo o critério ratione personae. Também é esse o critério adotado nos caso em que se estabelece a competência por prerrogativa de função (conhecido como foro privilegiado). Ex: Presidente da República pelo STF. Os Governadores pelo STJ. Deputados e Senadores pelo STF. Os desembargadores pelo STJ. Os Juízes de Direito e os Promotores de justiça pelo Tribunal de Justiça.
Competência “ratione loci”
O poder judiciário é uno. A jurisdição pode ser exercida em todo o território nacional. No entanto, os casos que se apresentam ao poder judiciário somente poderão ser julgados pelos órgãos julgadores situados em locais que guardem alguma relação com os fatos que os originam. Essa é a essência da competência em razão do território. Para a sua fixação, ora se adota como critério o local em que os fatos ocorreram, ora o local do domicílio ou residência do réu. Determinada a Justiçacompetente (a instituição judiciária competente para o julgamento da causa), insta determinar dentro do território do País, o foro competente para processar e julgar o feito.
O critério territorial de determinação de competência pressupõe uma distribuição geográfica de juízes investidos pela Constituição Federal do poder jurisdicional, cada qual competente para julgar fatos que de alguma maneira se relacionem com as respectivas localidades (art. 110, CF).
Em relação à Justiça Comum, as subdivisões territoriais dos Estados são denominadas comarcas, nas quais os órgãos jurisdicionais de primeira instância exercerão sua competência. A comarca representa, assim, o limite territorial da competência dos juízes estaduais.
A fixação do foro competente ora se opera em face do local em que os fatos ocorrem (lócus comissi delicti), ora em local do domicílio ou residência do réu.
Regra geral, a competência para julgar a infração penal será do foro do local em que for consumada a infração (lócus comissi delicti). Essa a determinação do Código de Processo Penal, art. 70, caput.
Reputa-se como local da infração, o local em que houver ocorrido o resultado da prática criminosa. O critério diferente daquele determinado no art. 6º do Código Penal, que estabelece que o local do crime é tanto aquele “em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte”.
A definição do artigo 6º do Código Penal não se aplica a determinação do foro competente para o julgamento (regra processual), mas sim à determinação a lei penal (material). Daí dizer-se que a lei processual adotou a teoria do resultado, enquanto a lei material teria adotado a teoria da ubiqüidade.
Via de regra, uma vez praticado o delito, cumpre identificar o território de qual comarca ou seção judiciária (conforme competência para julgamento seja da Justiça Federal ou Estadual) consumou-se o delito. Nos crimes tentados, será competente o foro em que foi realizado o último ato de execução (art. 70, caput, parte final, do CPP).
A opção do legislador, ao eleger como foro competente o local da consumação do delito, é calcada por dois motivos. O primeiro leva em conta razões de política criminal: para que a repressão penal atinja a sua finalidade exemplificativa, é mais adequado o julgamento da causa no local em que houve a violação da norma, em que, via de regra, o delito causa maior repercussão social. É a melhor forma do Estado demonstrar a população local a prevalência da ordem jurídica vigente. O segundo motivo e de ordem instrumental, pois o lugar da infração é onde mais provavelmente se encontrarão os vestígios e provas do crime.
Os §§ 1º e 2º do art. 70 tratam da fixação da competência nas hipóteses dos chamados crimes a distância, cuja execução se inicia em um país e a consumação se dá em outro. Assim, se iniciada a execução em território nacional, a infração se consumar no território de outro país, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato executório. Quando o último ato de execução ocorrer fora do território brasileiro, a competência será do juiz do lugar onde o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
Em determinados caso, entretanto, não haverá, no momento do ajuizamento da ação penal, elementos suficientes para determinar a prática do delito. Para esses casos, determina o § 3º do artigo 70, do CPP, que a competência será firmada por prevenção. O critério da prevenção será aplicável quando: 
For incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições;
For incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições.
Pela prevenção, portanto, serão competentes os juízos de qualquer dos foros onde se suspeita haja ocorrido o fato delituoso, até que a ação seja ajuizada. Tão logo isso ocorra, o primeiro juízo que conhecer a causa tornar-se-á prevento, cessando a competência, no caso concreto, dos juízes das demais localidades.
Tratando-se de infração continuada (art. 71, caput, do CP) ou crime permanente (aquele em que a consumação se protrai no tempo, como, por exemplo, o seqüestro) praticados nos territórios de duas ou mais localidades, a competência, do mesmo modo, firmar-se-á pela prevenção. Se no caso do crime continuado, for instaurado mais de um processo, aplica-se o disposto no Art. 82 do CPP, segundo o qual caberá a autoridade prevalente (aquela que houver primeiro conhecido da ação) avocar os demais processos, que se reunirão sob a sua competência.
4.4. Regras Especiais
a) Fraude no pagamento por meio de cheque (artigo 171, § 2.º, inciso VI, do Código Penal)
Trata-se do crime de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos. A conduta descrita no tipo penal é “emitir cheque sem fundos”. Emitir significa colocar o cheque em circulação, entregando-o ao beneficiário. 
Ocorre que os Tribunais Superiores, considerando a possibilidade de o emitente estar de boa-fé e se, no mesmo dia, depositar os valores correspondentes em sua conta, passaram a decidir que o crime só se consuma quando o cheque é apresentado ao banco sacado e este recusa o pagamento por subsistir a insuficiência de fundos.
 O foro competente será o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado, qualquer que tenha sido o local da emissão do cheque sem fundos.
 Exemplo: Se alguém tem sua conta corrente na cidade Campinas/SP e faz compras na cidade de Presidente Prudente/SP com cheques sem fundos, o foro competente será o de Campinas/SP, local em que situa o banco sacado (do emitente do cheque). Esse é o entendimento consubstanciado nas Súmulas n. 521 do Supremo Tribunal Federal e n. 244 do Superior Tribunal de Justiça.
b) Estelionato cometido mediante falsificação de cheque
 Neste caso, o agente emite cheque de terceiro, fazendo-se passar pelo correntista, falsificando a sua assinatura. Como em qualquer modalidade de estelionato comum, descrita no caput do artigo 171, do Código Penal, a consumação se dá no momento da obtenção da vantagem Ilícita. 
É, por isso que o foro competente é o local em que o cheque foi passado e o agente recebeu os bens. Assim, se uma pessoa faz uma compra em um estabelecimento comercial da cidade de Santos/SP e falsifica o a folha de cheque de pessoa cuja conta corrente é de Araçatuba/SP, o foro competente é de Santos, local em que o agente recebeu mercadorias compradas; ou seja, obteve a vantagem ilícita.
Esse é o entendimento da Súmula n. 48 do Superior Tribunal de Justiça. Outro exemplo: Amorosa encontra uma folha de cheque na rua, vai até uma loja e faz uma compra, fazendo-se passar por titular do cheque. O lojista enganado entrega a mercadoria. O foro competente é o local da loja.
c) Homicídio
O homicídio se consuma no local da morte (cessação da atividade encefálica) e o julgamento deve ser no Tribunal do Júri da Comarca, onde tal resultado tenha se operado. 
A jurisprudência; entretanto, abriu exceção a esta regra na hipótese de a vítima ser atingida em uma cidade pequena e, posteriormente, levada a um grande centro para atendimento hospitalar mais adequado, onde, todavia, acaba falecendo em razão da gravidade dos ferimentos.
Assim, a jurisprudência tem o posicionamento de que o foro competente é o da ação ou omissão, e não o do resultado (Superior Tribunal de Justiça, 5.ª T., RHC 793, DJU, 5 nov. 1990, p. 12435). Esta posição é majoritária na jurisprudência, e tem por fundamento a maior facilidade que as partes têm de produzir provas no local em que ocorreu a conduta. Contudo, ela é contrária à letra expressa da lei, que dispõe competente o foro do local do resultado.
Em tal hipótese o julgamento deve se dar no local da ação, pois é lá que o crime produziu os seus efeitos perante a coletividade. É certo, ainda, que é no local da execução que se encontram as testemunhas do fato que, por sua vez, não podem ser obrigadas a se deslocar a outro local para serem ouvidas no dia do julgamento em plenário.A ausência das testemunhas poderia prejudicar o julgamento, motivo pelo qual deve se dar no local em que realizados os atos executórios.
Nesse sentido, ainda, “o juízo competente para processar e julgar o acusado de homicídio é da Comarca de Aimorés/MG, onde a vítima foi alvejada com tiros de revólver que lhe causaram os ferimentos mortais, e não do juízo da comarca de Vitória/ES, onde em busca de melhor assistência médica veio a falecer” (STJ – CC 2.104 – Rel. Min. Edson Vidigal – RT 678/378.
Assim, na busca da verdade real, a ação penal deve, então, se desenrolar no local que facilite a melhor instrução a fim de que o julgamento projete a melhor decisão. 
O crime de homicídio é julgado pelo Tribunal do Júri na Justiça Estadual, salvo se presente alguma condição capaz de modificar a esfera jurisdicional, como, por exemplo, o fato de o crime ter sido cometido por Servidor Federal no exercício das funções, quando o julgamento estará afeto a Justiça Federal (art. 109, IV e IX, da CF).
O homicídio praticado por um militar contra outro é de competência da Justiça Militar; porém, se a vítima for civil, o julgamento será feito pelo Júri, na Justiça Comum, conforme art. 125, § 4º, da CF e art. 9º, da Lei 9.299/96, que estabelecem que crimes dolosos contra a vida de civis, ainda que praticados no exercício da atividade militar, são julgados na Justiça Comum.
d) Homicídio Culposo
Em relação a essa modalidade de homicídio a questão não se encontra pacificada quanto em relação à figura dolosa, naqueles casos em que a conduta culposa se passa em uma cidade e resultado em outra, havendo julgados em sentidos diversos.
A tese que se deva aplicar o artigo 70, caput, do CP e não a exceção jurisprudencial atinente ao homicídio doloso.
Como o homicídio culposo é julgado no juízo singular, não há problema em a ação ser proposta no local do resultado, conforme regra do art. 70, do CPP, e as testemunhas serem ouvidas por carta precatória, o que não provocará qualquer dificuldade para a elaboração da sentença.
Nesse sentido de que deve ocorrer no local da morte: “competência territorial: homicídio culposo em que a conduta do agente e a morte da vítima ocorreram em comarcas diferentes do País. Competência do foro cujo território, com o resultado fatal, se consumou o delito” (STF – 1ª Turma – HC 69.088/SP – Rel. Min. Sepúlveda Pertence – DJ. 12.06.1991 – p. 9029.
Há também decisão em sentido contrário: “tendo sido a vitima removida para hospital de outro município que não o da ocorrência da infração, não faz o juízo incompetente para o processamento do feito. A competência ratione loci é determinada pela localidade da ocorrência da infração, e não pelo local da morte da vítima” (STJ – RHC 793/SP – Rel. Min. Edson Vidigal – RT 667/338).
 e) Crimes Tentados
Nos termos da parte final do art. 70, do CPP, nas hipóteses de tentativa, a competência é firmada pelo local da prática do último ato de execução. 
f) Crime de falso testemunho praticado mediante precatória
A jurisprudência entende que o foro competente será o juízo deprecado. Assim, o local onde ocorreu a oitiva da testemunha será o competente.
Nesse sentido “firma-se a competência, em regra, pelo local em que o delito é consumado, nos termos do art. 70 da Lei Processual Penal. O crime de falso testemunho consuma-se com o encerramento do depoimento prestado pela testemunha, quando a mesma profere afirmação falsa, nega ou cala a verdade, razão pela qual, para a sua apuração, sobressai a competência do juízo do local onde foi aprestado o depoimento, sendo irrelevante o fato de ter sido realizado por intermédio de carta precatória” (STJ – CC 30.309/PR – Rel. Min. Gilson Dipp – DJ 11.03.2002 – p. 163).
g) Crime permanente
Crime permanente é aquele cuja consumação se prolonga no tempo., como, por exemplo, o crime de extorsão mediante seqüestro, que se considera ainda em execução enquanto a vítima não for libertada. Tal delito se consuma com a captura da vítima, porém, como sua liberdade está a todo tempo sendo ceifada, diz-se que o crime está ainda em andamento enquanto ela não for liberada. É comum que a vítima seja seqüestrada em uma cidade e mantida em cativeiro em outra. Exemplo: um empresário seqüestrado em São Paulo é levado para cativeiro em Campinas; depois o cativeiro é mudado para Americana. A consumação desse crime ocorreu em todos esses lugares. A competência, nesse caso, fixa-se pela prevenção (artigo 71 do Código de Processo Penal). Note-se que apesar de o crime ter se consumado em São Paulo (no momento em que a vítima foi capturada), o fato de se tratar de crime permanente faz com que seja possível a solução acima.
h) Crime de Contrabando ou Descaminho 
Existe divergência em torno da natureza desses crimes, sendo para alguns de instantâneos efeitos permanentes (consumação no momento em que os produtos ingressam no território nacional de forma indevida ou sem pagamento de tributos) e, para outros, delitos de natureza permanente, cujo momento consumativo se prolonga no tempo, após o ingresso indevido no território nacional.
A questão ganha relevância em relação ao tema da competência porque é comum comprovar-se que os produtos ingressam indevidamente em Guaira/PR, por exemplo, mas que foram apreendidos na cidade de Santos. Caso se trate de crime instantâneo, a competência é da Justiça Federal de Guaira/PR, porém, em se tratando de crime permanente a ação também pode ser proposta na cidade de Santos, nos termos do art. 71, do CPP.
A fim de resolver a questão, o STJ aprovou a Súmula 151, segundo a qual “a competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens”.
i) Crime que se consuma na divisa entre duas comarcas
 A competência será firmada pela prevenção (artigo 70, § 3.º, do Código de Processo Penal). 
j) Crime praticado em local incerto na divisa de duas ou mais comarcas
Nessa hipótese, não se sabe o local exato da consumação, mas se tem a certeza de que o ilícito ocorreu no trajeto de uma para outra cidade. É o que ocorre, por exemplo, quando um furto é cometido em um ônibus que faz viagem entre duas cidades, sendo a ocorrência do delito descoberta na chegada. Como não se sabe ao certo quando o delito se consumou, o art. 70, § 3º, do CPP determina que a competência será fixada pela prevenção.
l) Crime praticado em local certo, havendo incerteza quanto a pertencer a uma ou outra comarca
Neste caso, discute-se sobre uma certa localidade pertencer a um ou outro município. O art. 70, § 3º, do CPP igualmente determina a utilização do critério da prevenção.
m) Crime à distância (ou de espaço máximo)
É aquele cujo iter criminis envolve o território de dois ou mais países:
a) Se a execução se inicia no Brasil, será competente o local do último ato executório no território nacional. Nos termos do art. 70, § 1º, do CPP, quando iniciada a execução de um crime em nosso País e havendo a consumação fora dele, será competente, para processar e julgar o delito, o lugar no Brasil onde foi praticado o último ato de execução.
 b) Se a execução se inicia no exterior, será competente o local em que ocorreu ou deveria ocorrer a consumação em território nacional. Neste caso a solução encontra-se no § 2º do art. 70, do CPP, que estabelece que se o último ato de execução for praticado fora de nosso território, será competente para processar a infração penal o juiz do local em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir o resultado,
Exemplo: terrorista envia carta-bomba da Argentina para explodir em São Paulo, sendo que a explosão vem a acontecer. O foro competente para propor a ação será São Paulo.
n) Crime praticado no exterior
Se um crime foi cometido integralmente no exterior, normalmente não será julgado no Brasil. Ocorre, entretanto, que o art. 7º do Código Penal estabelece algumas hipóteses de extraterritorialidade da lei penal brasileira, ou seja, algumas hipótesesem que o agente será julgado no Brasil, apesar de o crime ter-se verificado fora do país. 
Crime cometido por brasileiro no exterior. A execução e a consumação do crime ocorreram no exterior, entretanto, será julgado pelas leis brasileiras em razão da extraterritorialidade da lei penal.
Quando isso ocorre, o art. 88 do CPP determina que o réu será julgado na capital do Estado onde por último tenha residido no território nacional, e, caso nunca tenha tido residência no país, será julgado na capital da República; ou seja, em Brasília.
o) Crime praticado a bordo de embarcação
Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da República, ou nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais, em alto-mar, serão processados e julgados pela Justiça do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do país, no último em que houver tocado (art. 89, do CPP); ou seja, o foro competente será o local do porto nacional onde ocorreu o primeiro atracamento após o crime ou o porto de onde a embarcação saiu do Brasil para o exterior. 
Para os crimes cometidos a bordo de aeronave nacional, dentro do espaço aéreo correspondente ao território brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao território nacional, serão processados e julgados pela justiça da comarca cujo território verificar o pouso, após o crime, ou pela comarca de onde houver partido a aeronave (art. 90, do CPP).
Observação: “Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto- mar” (§ 1.º do artigo 5.º do Código Penal).
Juizados Especiais Criminais 
No caso dos crimes de menor potencial ofensivo, sujeitos ao procedimento da Lei n. 9.099/95, adotou-se a teoria da atividade. Esta é a redação do artigo 63 da lei: “A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal”. Assim, entendemos que a infração é praticada no local da ação ou omissão. Esse é o entendimento da Profª. Ada Pellegrini Grinover. Há na doutrina, entretanto, pensamento diverso: para o Prof. Mirabete, o foro competente será o local da ação ou do resultado (teoria da ubiqüidade); para o Prof. Tourinho, o foro competente será o local do resultado (teoria do resultado).
Competência pelo Domicílio ou Residência do réu – Critério Subsidiário
Conforme o artigo 72 do Código de Processo Penal, não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. Exemplo: uma passageira de um ônibus que fazia o percurso São Paulo/Bahia, ao desembarcar, percebe que teve sua carteira furtada. O ônibus esteve o tempo todo em trânsito, não havendo como precisar o local da infração. A ação será proposta no local do domicílio ou residência do réu. Se o réu tiver mais de um domicílio, ou quando não tiver residência certa, bem como nos casos em que for ignorado seu paradeiro, a competência, conforme o artigo 72, § 1.º e 2º, do Código de Processo Penal, a competência firmar-se-á pela prevenção. Assim, não tendo o réu domicílio certo, ou seja, ignorado seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomou conhecimento do fato. 
OBSERVAÇÃO: Na ação penal privada, o ofendido poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu, mesmo quando conhecido o lugar da infração. O critério é optativo, de acordo com o artigo 73 do Código de Processo Penal.
Competência Funcional
O processo, em seu aspecto procedimental, pode ser encarado como uma série de atos encadeados. Em princípio, o juízo competente em face dos critérios materiais é competente para a prática de todos os atos no âmbito de um mesmo processo. Entretanto é também muito comum que os atos processuais, ainda que no escopo de um único processo, sejam praticados atos diversos:
Distribuição conforme a fase do processo: Por vezes, pode-se determinar a competência de diversos órgãos jurisdicionais conforme as fases pelas quais transita o processo. É o que ocorre, por exemplo, no Tribunal do Júri, em que a instrução é conduzida por um órgão e julgamento por outro. Também a execução penal poderá ser conduzida por juízo diverso daquele que presidiu o processo de conhecimento.
Distribuição quanto ao objeto de juízo: Fala-se em objeto do juízo quando os órgãos julgadores apenas podem atuar no processo em relação a uma parcela específica do seu objeto. Mais uma vez o exemplo é o Tribunal do Júri, em que a competência do juiz caberá decidir as questões controversas, enquanto o juiz caberá decidir as questões de direito, lavrando a sentença e aplicando a pena cabível.
Distribuição Vertical: Podem atuar no processo órgãos julgadores alocados em diferentes instâncias. Interposto o recurso de apelação, por exemplo, deixará de ser competente para conduzir o processo o juízo do primeiro grau, passando a ser competente o tribunal a qual se dirige o recurso.
COMPETÊNCIA PELA NATUREZA DA INFRAÇÃO
Com os dois primeiros critérios doa art. 69 do CPP, necessariamente, já estará fixada a comarca (foro) competente. O próximo passo será descobrir a Justiça em que deverá se dar o julgamento naquela comarca, sendo que é a natureza da infração que dará a solução. Dependendo da espécie de crime cometido o julgamento poderá estar afeto à Justiça Especial (eleitoral ou militar) ou à Comum (Estadual ou Federal).
Além disso será fixada a Comarca e a Justiça, a natureza da infração indicará ainda o órgão do Poder Judiciário a quem caberá o julgamento: juízo singular, Júri, Juizado Especial Criminal, juizado de Violência Doméstica ou Familiar contra a Mulher.
Exemplo: Cabe à Justiça Militar julgar os crimes militares assim definidos em Lei (art. 124, da CF). Os crimes militares estão definidos no Código Penal Militar. 
No entanto, os crimes contra a vida de civis cometidos por policiais militares estaduais são julgados pela Justiça Comum, mais especificamente pelo Tribunal do Júri. Ademais, a Justiça Militar julga apenas os crimes militares praticados por militar em serviço Desse modo, se o militar está de folga ao cometer o crime, responde perante a Justiça Comum.
Ainda temos os crimes Eleitorais; Crimes Políticos, cujo critério para a fixação da competência será pela natureza da infração.
PREVENÇÃO PELA PRERROGATIVA DA FUNÇÃO
O legislador, ao estabelecer as regras de competência, excepcionou da incidência dos critérios gerais as pessoas que ocupam determinadas funções ou cargos públicos. Essas pessoas, assim, enquanto no exercício do cargo ou função, passarão a ter por prerrogativa serem processadas e julgadas perante órgãos diferenciados.
A competência por prerrogativa de função é vulgarmente conhecida como “foro privilegiado”. Imprecisa a expressão, uma vez que o termo prerrogativa de função implica, mais do que deslocamento da competência territorial, a competência originária dos tribunais para o julgamento das causas sobre as quais incide. Tampouco se trata de privilégio, que implica favorecimento a alguém em razão de suas qualidades pessoais, mas sim de prerrogativa, vantagem atribuída não à pessoa, mas sim ao cargo função por ela exercida.
Além disso, não obstante consagrada em nosso sistema, há autores que não reconhecem a sua legitimidade, por violar a igualdade das pessoas perante a lei.
COMPETÊNCIA POR CONEXÃO OU CONTINÊNCIA
Certas causas são tão intimamente relacionadas entre si que se torna desejável, por questões de economia processual – pois que a prova a produzir e os argumentos a deduzir em um poderiam ser aproveitados nos demais – e de efetividade jurisdicional – porquanto processos relacionados clamam por decisões harmônicas, a fim de satisfazer a finalidade da pacificação social,que permeia a função jurisdicional -, sua reunião sob a competência de um único juízo. A esses casos se aplicam as regras à conexão e à continência.
Verificando-se, portanto, a relação entre duas ou mais infrações penais, independentes entre si, deverão elas ser reunidas em um único processo.
7.1. Conexão
Conexão é “um vínculo que entrelaça duas ou mais ações, a ponto de exigir que o mesmo juiz delas tome conhecimento e as decida”. 
Apresenta as seguintes modalidades:
Conexão Intersubjetiva: (Art 76, inciso I, do CPP). É a hipótese em que a conexão se afigura recomendável pela existência de circunstâncias que relacionam, por um ou outro motivo, os sujeitos da prática delituosa (seus autores), pode ocorrer por:
Por Simultaneidade: ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas ocasionalmente reunidas (não há a intenção da reunião). Exemplo: O saque praticado por diversos agentes contra determinado Supermercado, não havendo entre eles qualquer liame subjetivo.
Por Concurso: ocorre quando duas ou mais infrações são praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. Exemplo: dois agentes que praticam furtos em várias cidades no decorrer de um mês.
Por reciprocidade: é a hipótese em que duas ou mais infrações sejam cometidas pro várias pessoas, umas contra as outras. Exemplo: agressões praticadas entre integrantes de grupos rivais.
Conexão Objetiva (art. 76, II, do CPP)
Teológica: ocorre quando uma ou mais infrações houverem sido cometidas para facilitar a prática de outra ou outras. Ex: matar o caseiro para roubar a fazenda.
Conseqüencial: verifica-se sempre que uma ou mais infrações houverem sido praticadas para ocultar a prática de outras, ou para s=conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.
Probatória: ocorrerá quando a prova de uma infração ou de qualquer de seus elementos influir na prova de outra infração. Está disciplinada no art. 76, III, do CPP. Por exemplo, a situação em que se esteja a apurar a pratica dos crimes de furto e receptação acerca das mesmas mercadorias.
7.2. Continência 
Configura-se a continência quando uma demanda, e, face de seus elementos (partes, causa de pedir e pedir), esteja contida em outra. O art. 77, do CPP, trata das hipóteses de continência, que ocorre em modalidades:
Por cumulação Subjetiva: quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. Nesse caso, há que se reconhecer a existência de uma infração, praticada por vários agentes, configurando-se, portanto, o concurso de pessoas.
Por Cumulação objetiva: nos casos de concurso formal de crimes (art. 70, CP). Ocorrerá cumulação sempre que a conduta do agente produzir mais de um resultado.
3. DOS SUJEITOS PROCESSUAIS
Sujeitos processuais são todas as pessoas que atuam no processo: juiz, partes, auxiliares da Justiça, testemunhas, etc.
Os sujeitos processuais dividem-se em principais e secundários:
Principais: são aqueles cuja ausência torna impossível a existência ou a complementação da relação jurídico-processual: são o juiz e as partes. O juiz é o sujeito processual imparcial e as partes são os sujeitos processuais parciais, representados pela acusação, que é o Ministério Público ou o querelante, e pela defesa, que é o réu ou o querelado. 
Secundários: são aqueles que não são indispensáveis ao processo, mas que nele intervêm de alguma forma: são os órgãos auxiliares da justiça (escrivão, escrevente, distribuidor, contador, perito, o intérprete, porteiro dos auditórios, oficial de justiça, etc.) 
 Terceiros interessados ou não. Ex: testemunha, assistente de acusação, etc.
Do Juiz Criminal
O juiz penal “é o representante do Poder Judiciário para o exercício da função penal, isto é, o poder estatal de aplicar o direito objetivo em relação aos casos concretos”.
O juiz, primeiramente, tem de estar investido de jurisdição, do poder de dizer o direito. Deve ter também competência, ou seja, a medida da jurisdição legislativamente estabelecida. Essa divisão do poder de julgar, conforme já visto no estudo da competência, é feita tendo em vista a matéria, pessoa ou local. 
Ainda, ao lado da jurisdição e da competência, outras capacidades são exigidas para legitimar o exercício de sua função judicante: investidura, capacidade e imparcialidade.
O juiz exerce o papel de maior relevo na relação processual. Desempenha o magistrado a função de aplicar o direito ao caso concreto, provido que é do poder jurisdicional, razão pela qual, na relação processual, é sujeito, mas não parte. Atua como órgão imparcial, acima das partes, fazendo atuar a lei e compondo os interesses do acusador e do acusado até a decisão final.
Incumbe-lhe, de forma precípua, uma função essencialmente dinâmica, “caracterizada pela decisão imparcial dos conflitos jurídicos concretos”. É o detentor do poder jurisdicional e presidente do processo.
Deve o magistrado, uma vez iniciada a ação penal, conduzir o desenvolvimento dos atos processuais, conforme o procedimento previsto em lei, até o final da instrução, quando, então, será proferida sentença. Não se admite, no processo penal, a extinção do feito, sem julgamento do mérito, por inépcia de qualquer das partes, cabendo ao juiz prover a regularidade do processo.
Capacidade Processual
Para que uma pessoa possa exercer validamente as funções jurisdicionais e ser sujeito processual é necessário que tenha capacidade subjetiva. Esta se constitui na existência de requisitos pessoais para o ingresso na magistratura (ser portador de diploma de bacharel em direito, estar no gozo dos direitos civis e políticos, estar quite com o serviço militar, etc.) e a “capacidade para o exercício das funções judicantes”, adquirida com a nomeação, posse e exercício efetivo do cargo. Em concreto, exige-se a “capacidade especial” relativa ao exercício jurisdicional, ou seja, não ser suspeito nem estar impedido para o processo. 
Exige-se, ainda, a capacidade objetiva: 
Investidura: a jurisdição só pode ser exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz, atualmente pela aprovação em concurso público de provas e títulos, observando-se nas nomeações a ordem de classificação (art. 93, inc. I, da Constituição Federal).
 Competência: o juiz deve ser o competente para julgar a lide, segundo as regras de competência previstas na Constituição Federal e no Código de Processo Penal.
1.1.1. Atribuições e Poderes do Juiz no Processo Penal
Possui o magistrado poder de polícia na condução do processo, mantendo a ordem e a regularidade dos atos processuais, utilizando, quando for o caso, do emprego da força pública. 
A lei confere-lhe os poderes necessários para zelar pelo processo e solucionar a lide. 
Versando sobre as funções do Juiz no Processo penal, assim dispõe o art. 251:
“Ao Juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública”.
Ao Juiz é permitido não somente dirigir a marcha da ação penal e julgar a final, mas, também, ordenar de ofício as provas que lhe parecerem úteis aos esclarecimentos da verdade.
Daí os poderes conferidos ao Juiz para determinar, de ofício, no curso da instrução, ou antes, de proferir sentença, diligências para resolução de dúvidas sobre ponto relevante, como por ex., nas hipóteses dos artigos 168, 177, 196, entre outros. Ainda, atos de coerção, como os do parágrafo único do art, 201, arts. 218, 219, 260, etc. Há, também, os poderes de disciplina: arts. 184, 218, 260, entre outros.
Além dessas atribuições, pode: requisitar instauração de inquérito policial (art. 5, inciso II, CPP); a de levar ao órgão do Ministério Público a nottita criminis (art. 39, do CPP); e a de exercer a função de fiscal do princípio da obrigatoriedade da ação penal (art. 28).
 Prerrogativas do Juiz no Processo Penal
Para que o juiz possa desempenhar as suas funções com independência, lhe são asseguradasprerrogativas, ou seja, certas garantias, de ordem constitucional: a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de vencimentos.
Vitaliciedade: consiste na garantia de que o juiz não perderá o cargo senão por sentença judicial transitado em julgado. Dispõe que a “vitaliciedade “no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Tribunal a que estiver vinculado. 
Inamovibilidade: assegura a estabilidade no local onde exerce suas funções, estando livre de transferência imposta pelo Executivo.
Irredutibilidade de Vencimentos: também é garantia do juiz, conforme dispõe o artigo 95, III, da CF.
2. As Partes no Processo Penal - Conceitos
São os sujeitos processuais que discutem a causa e esperam do magistrado uma apreciação do mérito.
As partes podem ser materiais e processuais. 
materiais: quanto a infração penal em si, as partes são o autor do crime e a vítima.
processuais: as que deduzem ou contra as quais é deduzida uma relação de direito material penal.
A parte ativa é o autor (parte acusadora) e a parte passiva é o réu ou acusado (parte acusada). Sem uma delas não se forma a relação processual.
2.1. Capacidade Processual; Legitimação Ad Causam 
Capacidade Processual: Qualquer pessoa pode ser parte material. Ex: qualquer criança que tenha sofrido maus tratos é parte material. Entretanto, para que alguém tenha aptidão para ingressar em juízo como parte, não basta apenas possuir a capacidade para ser parte material. A capacidade para estar em juízo ou capacidade processual consiste em poder praticar como parte os atos processuais e, no processo penal, isso somente é possível aos maiores de 18 anos. O menor de 18 não pode ser réu, não pode fazer representação e nem exercer direito de queixa, porque lhe falta capacidade processual.
Legitimatio ad Causam: para ser parte processual principal é preciso que a pessoa tenha legitimidade para agir, e quem tem de um lado é o Estado, como titular do direito de punir; de outro, o autor da conduta punível. As partes legítimas ad causam (ativa e passiva) são as que têm interesse na lide; autor e réu.
Capacidade Postulatória: As partes, ainda que tenha capacidade em juízo e até mesmo legitimatio ad acusam ou legitimatio ad processum, não podem realizar, pessoalmente, atos processuais. Diante da complexidade da vida jurídica exige-se que as partes intervenham mediante profissionais com conhecimentos jurídicos e técnicos indispensáveis para a adequada condução do processo em nome das partes. A capacidade postulatória é a capacidade de requerer em juízo: Ministério Público e o Advogado.
3. O Ministério Público
No campo penal, o Ministério Público tem duas funções básicas: promover, privativamente, a ação penal e agir como fiscal da lei.
Conforme dispõe o artigo 129, I, da CF, “são funções institucionais do Ministério Público: promover, privativamente, a ação penal, na forma da lei”.
A lei Maior atribui ao Ministério Público, ainda, a função de exercer o controle externo da atividade policial (art.129, VII), requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial (art. 129, VII).
Os membros do Ministério Público, embora se vincule ao Poder Executivo, não há, nessa relação; entretanto, subordinação, gozando a instituição de autonomia organizacional e dotação orçamentária própria. Sua organização compreende:
a) o Ministério Público da União, que inclui: O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
b) O Ministério Público dos Estados.
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurado-Geral da República, enquanto o Procurador-Geral de Justiça exerce a chefia dos Ministérios Públicos estaduais.
As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes de carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação (art. 129, § 2º, da CF). Veda-se, assim, a nomeação de Promotor “ad hoc”. O ingresso na carreira se faz mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da OAB em sua realização e observada, nas nomeações, a ordem de classificação (art. 129,§ 3º, da CF). Convém salientar que, também por força constitucional, que “será admitida ação privada nos crimes de ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal” (art. 5º, LIX, CF).
Assim, se por um lado, o legislador constituinte conferiu ao Ministério Público a titularidade exclusiva para o exercício da ação penal pública, por outro lhe é retirada essa titularidade quando agir com desídia, não propondo a ação penal no prazo previsto, no artigo 46, CPP. No caso, a perseguição poderá ser exercida pelo ofendido ou seu representante legal, embora o órgão ministerial jamais perca sua qualidade de parte (art. 29, CPP).
Ainda, o Ministério Público, no âmbito do processo penal, é parte, cabendo propor a ação penal pública (incondicionada e condicionada) por intermédio da peça processual denominada de denúncia (art. 24, CPP).
3.1. Intervenção como Parte
Não resta a menor dúvida de que, se o Ministério Público promove a ação penal, provocando o surgimento da relação processual, age como parte em sentido formal. Não há como admitir a ausência de partes no sistema acusatório, onde se exige um sujeito ativo (autor da ação penal) e outro passivo (réu na ação). Parte ativa é quem formula em juízo uma pretensão punitiva e, passiva é aquela contra a qual a pretensão é ajuizada.
O artigo 257, inciso I, do CPP estabelece que compete ao Ministério Público: “promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código”. 
Nessa condição o Ministério Público passou a ser o dominus litis exclusivo da ação penal pública incondicionada ou condicionada.
Como parte é inquestionável sua legitimidade ad causam e a capacidade postulatória, como representante do interesse público, estando credenciado a todos os atos destinados a efetivação do jus puniendi, inclusive o de impetrar mandado de segurança contra ato judicial, requisitar diligências, ser intimado das audiências e das sentenças. 
Cabe, como parte, promover a aplicação da lei penal ao acusado, persegui-lo (no sentido técnico), carrear para o processo todas as provas de sua culpa, chamar a atenção do julgador para as circunstâncias que possam onerá-lo, agravando a pena ou qualificando o crime.
3.2 O Ministério Público como Fiscal da Lei
Nos termos do artigo 257, inciso II, do CPP, o Ministério Público é órgão fiscalizador da lei. Assim, na qualidade de custus legis, cumpre a ele velar pela exata aplicação da lei, podendo nessa qualidade: pedir o arquivamento do inquérito ou de outras peças de informação; pedir absolvição do réu; impetrar habeas corpus (artigo 654 c/c o art. 647) ou mandado de segurança em matéria penal, fiscalizar a ação privada e assim por diante.
4. O Sujeito Passivo da Relação Processual – Legitimação passiva ad causam
Acusado é o cidadão ao qual está sendo imputada a prática de uma conduta tida por criminosa. É o Réu, o Imputado. Na ação penal de iniciativa privada é denominado de QUERELADO.
Em regra apenas a PESSOA FÍSICA pode sofrer a imputação ou a acusação de pratica de delitos penais.
A doutrina, com fulcro na norma Constitucional do art. 225, § 3º, admite a aplicabilidade da Lei n. 9.605/98 (crimes contra o meio ambiente) prevê a imputabilidade penal da pessoa jurídica. (inovação jurídica)
Somente pode figurar como acusado aquele contra quem se pode deduzir a pretensão punitiva, ou seja, os maiores de 18 anos.
Ficam excluídos desse rol:
Os menores de 18 anos, sujeitos a legislação especial
Os beneficiados por imunidades materiais (imunidade parlamentar material e imunidades diplomáticas).
O acusado, imputado ou réu é a pessoa, física ou jurídica (Lei 9.605/98), contra quem se propõe a ação penal; ou seja, o sujeito passivo da pretensão punitiva,parte da relação processual. 
Só estão legitimadas a serem acusadas as pessoas que podem ser sujeitos passivos de uma pretensão punitiva já que a falta de capacidade penal produz, como conseqüência a ausência de legitimação passiva ad causam na relação processual.
Assim, somente a pessoa viva, com 18 anos cumpridos, é que pode ser sujeito passivo da pretensão punitiva. O menor de 18 anos é inimputável. Entretanto os inimputáveis por doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado têm legitimação passiva no processo; pois a eles pode ser aplicada medida de segurança.
Com relação à pessoa jurídica, na previsão do art. 3º da Lei 9.605/98, a pessoa jurídica só será penalmente responsabilizada se a infração for cometida por decisão de seu representante... no interesse ou no benefício de sua entidade. Para Tourinho Filho, procurou-se punir as pessoas jurídicas por via oblíqua, utilizando-se de um artifício.
5 – O RÉU E A DEFESA TÉCNICA
5.1 – Introdução:
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei (art. 133 da Constituição Federal, regulamentado pela Lei n. 8.906/94, que instituiu o Estatuto da Advocacia).
A indispensabilidade implica não poder a parte ser processada sem a assessoria de um advogado. Com efeito, de acordo com a Constituição Federal, o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos (art. 5º, LXXIV), incluindo-se em tal assistência o provimento, pelo Estado, de advogado a quem não dispuser de recursos materiais suficientes para contratar defensor sem prejuízo do próprio sustento.
O art. 261 do Código de Processo Penal estabelece que nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem a presença de defensor, sendo dever do juiz nomear ao acusado que se apresente sem defensor constituído um advogado dativo (art. 263).
A figura do defensor é representada pelo advogado, ou seja, bacharel em direito regularmente inscritos no quadro da Ordem dos Advogados do Brasil. O advogado tem por função primária a de promover a defesa técnica do acusado, cumprindo diretrizes de ordem constitucional: ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV, da CF).
O direito à ampla defesa, fundamento da obrigatoriedade da presença de advogado, apresenta caráter dúplice. Compreende:
a) a autodefesa, que abrange o direito do acusado de influir diretamente no convencimento do juiz, através de seu interrogatório (audiência), e o direito de comparecer (presença) aos atos do processo, presenciando-os, e
b) a defesa técnica, exercida por meio de advogado habilitado, em obediência ao princípio da paridade de armas, que informa o processo penal.
Para a exigência constitucional da ampla defesa e do contraditório, é necessário que a função desempenhada pelo advogado tenha sido eficaz, pois, caso contrário, se comprovado eventual prejuízo aos interesses de ordem processual ao réu por incompetência do causídico, haverá nulidade da relação jurídico-processual: “No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo ao réu” (Súmula 523, STF).
O legislador de forma direcionada que a defesa técnica “será sempre exercida através de manifestação fundamentada” (art. 261, § único).
A princípio, para que a defesa seja técnica, deverá ser baseada nos fatos e no direito que assiste ao defendido, o que deverá ser devidamente exposto em benefício do acusado. Ela deve estar embasada, na análise profunda do acervo probatório, apoiada em autorizada doutrina e nos pronunciamentos dos Tribunais, sob pena do acusado ficar indefeso, por ocorrer a disparidade de armas entre o órgão acusatório e o defensório.
Com efeito, constitui-se poder de polícia do magistrado que preside a sessão do Júri “nomear defensor ao réu, quando o considerar indefeso, podendo, neste caso, dissolver o conselho, marcando novo dia para julgamento e nomeando outro defensor” (art. 497, inciso V, CPP).
5.2 - Defensor constituído:
É o Advogado que tenha sido apontado e investido por mandato da própria parte. É denominado pelo Código de Procurador do Acusado. Pode ser designado pelo acusado mediante PROCURAÇÃO ESCRITA com os poderes inerentes ou pode ser designado mediante a indicação no momento do Interrogatório (apud acta), não dependendo neste caso, do instrumento do mandato, devendo constar da Ata de Interrogatório (art. 266 do CPP).
5.3 - Defensor dativo:
É o Advogado que tenha sido nomeado pelo juiz nos termos do art. 263 do CPP. É obrigatória quando o Acusado comparecer em audiência (interrogatório ou de testemunhas) sem advogado constituído.
O Acusado poderá substituir o advogado dativo por outro constituído a qualquer tempo do processo.
Para a prática dos atos ordinários de defesa bastará a Procuração ad judicia genérica.
A lei exige poderes especiais para a prática de alguns atos, por exemplo:
a) o oferecimento de queixa crime
b) a aceitação de perdão do ofendido.
e) a argüição da suspeição do juiz;
d) a argüição de falsidade documental.
6 - DO OFENDIDO (Vítima) 
6.1. Do Assistente de Acusação
O assistente é a posição ocupada pelo ofendido ou por alguém a ele relacionado no processo. Não sendo autor da ação penal ingressa no processo com a finalidade de auxiliar o Ministério Público na posição acusatória. Não postula como acusador principal atuando secundariamente.
6. 2. Natureza jurídica da assistência
Existe grande divergência na doutrina acerca da natureza da posição jurídica ocupada pelo assistente. Identificam-se, a esse respeito, ao menos cinco correntes principais:
a) uma primeira corrente o equipara à parte, atuando como se querelante fosse, embora em princípio não legitimado para a propositura da ação penal;
b) para uma segunda corrente, o assistente seria mero auxiliar da acusação, não se equiparando sua posição à de parte processual;
c) uma terceira corrente o qualifica como substituto processual, atuando, em certas situações, na defesa de direito alheio;
d) para uma quarta corrente, o assistente é parte adesiva e, quando intervém no processo ao lado do Ministério Público, dá origem a um litisconsórcio ativo;
e) Para a quinta corrente o considera parte contingente, adjunta, adesiva, ocasional.
A corrente majoritária entende que o Assistente é parte contingente, pois a lei faculta a sua intervenção no processo, sendo, entretanto totalmente dispensável a sua presença no juízo. Intervindo ou não, o processo existirá validamente.
A assistência só será possível nas ações penais públicas, condicionadas ou incondicionadas, não se podendo falar em assistência em ação penal privada, isso porque a única hipótese admissível de assistência no processo penal é a do ofendido à acusação não se concebendo, assim, a assistência do ofendido a si mesmo
6.3. Admissibilidade e Requisitos 
Poderá o assistente ser admitido enquanto não passar em julgado a sentença (art. 269, primeira parte), podendo intervir em todos os termos da ação pública (art. 268). Mencionando a lei a ação pública, entende-se que não é possível falar em assistência durante o inquérito policial.
Nos processos de competência do Júri, o ingresso do assistente será requerido com antecedência de pelo menos 5 dias do julgamento em plenário (art. 430).
O assistente receberá a causa no estado em que se encontrar (art. 269, in fine), não havendo hipótese de repetição de atos já praticados por ocasião de seu ingresso nos autos.
Poderão apresentar-se como assistentes da acusação:
a) a vítima, seu representante ou, na falta, o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Há na doutrina, entretanto, posicionamento no sentido de que por “falta” da vítima possa se entender não apenas a sua morte como também sua ausência ou a impossibilidade manifesta de que compareça aos autos.
b) as entidades eórgãos da Administração Pública direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, destinados à defesa dos direitos e interesses do consumidor; e as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa de direitos e interesses do consumidor (art. 80 da Lei n. 8.07 8/90);
O Ministério Público, como dominus litis, deverá ser ouvido previamente sobre a admissão do assistente. Somente poderá se manifestar, entretanto, acerca da legitimação do assistente (art. 272). Uma vez admitido no processo, deverá o assistente ser intimado dos atos processuais (o que se pode inferir do art. 271, § 2º). 
No entanto, se, mesmo regularmente intimado, deixar de comparecer a qualquer ato, sem motivo de força maior devidamente comprovado, deixará de ser intimado dos atos subseqüentes, sem que isso enseje nulidade. (art. 271, § 2º)
O despacho que decidir — positiva ou negativamente — acerca da admissão do assistente não é recorrível (art. 273), devendo constar dos autos o pedido e a decisão. Entendendo indevida a decisão, poderá impetrar mandado de segurança. Há entendimento, ainda, que o remédio é a reclamação (denominação de Correição Parcial), desde que presentes seus requisitos.
6.4. Função do assistente
Também quanto à própria função do assistente não há consenso na doutrina:
a) Para alguns, o assistente atua como auxiliar da acusação, com vistas à aplicação da lei penal e conseqüente condenação do réu.
b) Para outros, ingressa o assistente como simples informante, carreando aos autos elementos probatórios e requerendo diligências na busca da verdade real.
c) Um terceiro grupo de autores, por outro lado, entende que o assistente defende um interesse de ordem patrimonial, consistente na indenização do dano ex delicto. 
d) Outra parcela doutrinária sustenta que o assistente desempenha dupla função: cooperar com o Ministério Público na busca da condenação e, assim agindo, garantir seu interesse quanto à indenização civil. E uma concepção mista da função do assistente.
6.5 - Atividades processuais do assistente
Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598. (art. 271 do CPP).
Peritos 
No Processo Penal, o perito é o órgão técnico e auxiliar do juízo na formação e colheita do material instrutório. O perito é a pessoa que possui conhecimento técnico e especializado. É um auxiliar do poder judiciário, como dispõe o artigo 275, do CPP: “O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária”. O perito tem o dever de imparcialidade. Ele vai examinar coisas e emitir pareceres técnicos. O juiz não pode dispensar a perícia, ainda que tenha conhecimento técnico. Neste caso, estaria subtraindo do conhecimento do controle das partes, que o fará através do contraditório. Os Peritos podem ser:
Oficiais – as perícias são realizadas por peritos oficiais (art. 159, CPP). São aqueles investidos na função por lei. Exerce a função por profissão. Pertencem ao órgão do Estado e tem por finalidade a realização de perícias. Pertence a Administração Pública e são vinculados aos quadros da Secretaria da Segurança Pública. Ex: IMESC, IML, Instituto de Polícia Científica.
 O artigo 159, do CPP, preconiza: “O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior”. 
Como já mencionado, os peritos oficias são aqueles investidos na função pública; ou seja, pertencem a Administração Pública, bastando, para tanto, que seja apenas 01 (um) perito, portador de diploma de curso superior, conforme prevê o dispositivo legal citado.
Peritos não oficiais ou “louvados”: O § 1º, do artigo 159, do CPP, estabelece que: “Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
O termo pessoas idôneas utilizado pelo dispositivo legal significa que possui condições para realizar certas atividades escolhidas pelo juiz sobre conhecimento específico sobre determinado assunto para a realização da perícia. Ex: Um químico para realizar um exame toxicológico.
Conforme previsão legal o encargo de perito não oficial será exercido por 2 (duas) pessoas, portadores de diploma de curso superior. Prestam o compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo (art. 159, § 2º, CPP). Para tanto, deve ser lavrado um Termo de Compromisso (desempenhar com isenção e correção). Ao final os peritos emitem um parecer a respeito da perícia realizada devidamente assinado. 
Nomeação de Peritos
A quem compete nomear os peritos? O Código de Processo Penal mencionada que é a autoridade (artigo 277, do CPP). No caso, por autoridade se entende que são o Delegado de Polícia e o Juiz de Direito. Da mesma forma, nos crimes de ação privada, somente a autoridade poderá nomear os peritos. As partes não podem indicar os peritos e nem sugerir nomes para a função de perito. 
Hoje, o perito é funcionário do Estado, razão pela qual é obrigado a aceitar o cargo, não podendo recusar a perícia (art. 277, do CPP). O funcionário público tem o dever de cumprir a sua obrigação funcional, não pode recusar de realizar a perícia. Pode declarar-se suspeito, caso tenha alguma ligação pessoal com uma das partes.
8 – Os Interpretes:
Os chamados intérpretes são os auxiliares da justiça designados para traduzir documentos de línguas estrangeiras ao português e para, servindo de intermediários, permitir a comunicação entre o juiz e pessoas que não se expressem na língua vernácula, seja por serem estrangeiros, seja por disfunção física ou psíquica (surdos-mudos).
Por expressa disposição legal (art. 281 do Código de Processo Penal).
Aplicam-se aos intérpretes as mesmas regras aplicáveis aos peritos.
OBSERVAÇÃO: A APOSTILA É APENAS UMA REFERÊNCIA DOS APONTAMENTOS DE SALA DE AULA – PARA EFEITOS DE ESTUDOS PARA A PROVA E DO AUMENTO DE CONHECIMENTO DO ALUNO SÃO NECESSÁRIAS AS LEITURAS OBRIGATÓRIAS DAS FONTES BIBLIOGRÁFICAS INDICADAS PARA O CURSO DE PROCESSO PENAL, CONFORME ABAIXO:
BIBLIOGRAFIA
JESUS, Damásio E. – Manual de Processo Penal Anotado.
MIRABETE, Júlio Fabrini – Processo Penal.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa – Código de Processo Pena Comentado.
CAPEZ, Fernando – Curso de Processo Penal 
EXERCÍCIOS PARA A FIXAÇÃO DA MATÉRIA
Como é fixada a competência jurisdicional? 
O que é competência por distribuição?
Explique o que é competência?
No caso de ação penal privada, poderá o querelante determinar a competência?
Qual a competência para julgar crimes cometidos a bordo de embarcações e aeronaves? Resposta fundamentada.
Um assaltante é preso na cidade A, depois de ter cometido, no mesmo dia, furtos nas cidades B, C e D. Como se fixará a competência? Resposta fundamentada.
Emitido cheque em São Paulo contra banco em Belo Horizonte, o sacador dirige‑se à agência bancária em Belo Horizonte e o banco recusa‑se a pagar o cheque, alegando falta de fundos. Qual o foro competente para processar e julgar o delito?
De quem é a competência para julgar crime de homicídio? 
O que é jurisdição?
Quais são os caracteres da jurisdição? Conceitue-os.
Qual a finalidade da jurisdição?
Cite 3 princípios da jurisdição: Conceitue-os.
O que é foro?
Quais são as teorias adotadas para a fixação da competência?
Pode o juiz estadual processar e julgar causa penal da alçada da Justiça Federal?
Adamastor foi à casa lotérica, fez um jogo da Mega Sena e pagou com cheque sem suficiente provisão de fundos. Qual a justiça competente para apreciar o estelionato?
Um policial militar da cidade de Araçatuba/SP cometeu um crime de homicídio estando de folga. Qual o órgão competente parao processo e julgamento?
Um policial militar da cidade de São Paulo, estando de serviço, e comete um crime de homicídio contra um civil. Qual o órgão competente para o processo e julgamento?
O que se entende por Comarca?
Por que a jurisdição é função substitutiva?
Um sargento do Exército, na cidade de São Paulo, cometeu um crime militar: Indique – A justiça competente; b) órgão jurisdicional competente; c) local onde o processo deve tramitar.
No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido subtração de dinheiro do caixa, de quem é a competência para a ação Penal?
O que se entende por competência pela natureza da infração?
O que se entende por competência por conexão e continência?
O que se entende por competência por prerrogativa de função?
Como será fixada a competência no caso de uma pessoa ser furtada no interior de um ônibus, sem que se soubesse o local onde o delito ocorreu?
Ocorrendo um delito de menor potencial ofensivo, em que local o agente será julgado?
Se um crime foi cometido em outro país; entretanto, trata-se de uma hipótese de aplicação da extraterritorialidade, nos termos do art. 7º, do CP. No caso qual o juízo competente para processar e julgar o autor do delito?
Explique e comete a respeito dos crimes cometidos a bordo de embarcação ou aeronave que se aproxima ou se afasta do território nacional?
Qual é o juízo competente para processar e julgar, quando o crime é cometido em local certo, mas há incerteza quanto o fato ter ocorrido em uma comarca ou outra?
Uma vítima foi seqüestrada na cidade de Marília/SP; entretanto, foi preso na cidade de Garça/SP. Qual o juízo competente para processar e julgar o autor do delito?
João, Policial Federal, de serviço na BR 153, município de Getulina/SP, acaba desferindo um disparo de arma de fogo contra um motociclista, que não obedeceu ao sinal de parada obrigatória. Muito embora tenha sido socorrido para o Hospital local, não resistiu os ferimentos e acabou falecendo. Onde João será processado e julgado? Explique e justifique.
Aloprado foi surpreendo por policiais rodoviários da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo/SP transportando grande quantidade de produtos eletrônicos provindo do Paraguai, sem o pagamento dos tributos. Qual foi crime cometido por Aloprado e qual a Justiça competente para o processamento e julgamento da ação penal?
João estando em sua casa recebe uma ligação telefônica de um suposto funcionário da Empresa X, da cidade Patópolis/SP, que lhe oferece um aparelho eletrônico em ótimas condições de preço e pagamento. Ocorre que para o recebimento do produto foi necessário o depósito de R$ 1.000,00. Decorridos 15 dias e não recebendo a mercadoria João liga para a empresa; no entanto, descobre que foi vítima de golpe. Qual a Justiça competente para processar e julgar a ação penal? Explique e justifique.
Explique o que você entende por competência pelo local da infração?
Qual o juízo competente para julgar o Presidente da República, nos crimes comuns?
De quem é a competência para julgar o Prefeito Municipal nos crimes comuns?
Um juiz comete o delito de homicídio. No caso qual a justiça competente para julgá-lo?
Qual a Justiça competente para julgar e processar o Governador do Estado?
Cite e comente dois princípios da Jurisdição.
O que se entende pelo princípio da improrrogabilidade da jurisdição?
Como pode ser a jurisdição quanto à matéria?
Como pode ser a jurisdição quanto à graduação?
Como pode ser a jurisdição quanto à função?
Como pode ser a jurisdição quanto ao objeto?
O que se entende pelo princípio da inércia da jurisdição?
João cometeu um delito em uma determinada comarca. No caso ele pode escolher em qual juízo para o seu julgamento? Explique e justifique.
O que se entende por juízo natural?
O que se entende por Tribunal ou Juízo de Exceção?
Em que local se consuma o delito de furto praticado via eletrônica?
Em que local se consuma o delito de emissão de cheques sem fundos?
O que é competência por Prevenção?
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