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10 - An�lise Quantitativa de Testes de Po�os.pdf FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 1 Análise Quantitativa de Testes de Pressão em Poços • Métodos de Diagnóstico 9 Método de Ramey 9 Método das derivadas da pressão • Tipos de Teste e Métodos Especializados 9 Teste de fluxo 9 Teste de crescimento de pressão 9 Teste limite de reservatório 9 Teste em poço horizontal FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 2 Referência: Agarwal, Al-Hussainy & Ramey, SPEJ, Setembro 1970. Características gerais do método: • Permite analisar o comportamento de pressão de um teste para tempos curtos. • Permite identificar o início do regime de fluxo radial infinito (se for o caso), facilitando a utilização adequada de um método específico. • Leva em consideração os efeitos de skin e de estocagem. • As curvas-tipo são plotadas como log pD versus log tD, com diferentes valores de CD e de S. Técnicas de Diagnóstico – Método de Ramey FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 3 Hipóteses: poço de raio finito rw no centro de um reservatório cilíndrico de raio infinito; vazão constante qw na superfície; espessura uniforme h, pressão inicial uniforme pi, existência de dano à formação e de estocagem. D D D D D DD t p r pr rr 1 ∂ ∂=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂ ∂ ∂ Condição inicial: pD (rD, 0) = 0 para qualquer rD ou: p(r,0) = pi para qualquer r [ ] [ ] irDDDr p)t,r(plim ou 0)t,r(plim externa fronteira de Condição D == ∞→∞→ Método de Ramey (2) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 4 Condição de fronteira interna: a vazão de superfície é igual à soma das vazões de estocagem e produzida da formação: 0t ,1 r pr dt dpC D 1rD D D D wD D D >=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂− = Neste caso, tendo em vista a presença de dano (ou estímulo), é necessário definir uma condição adicional: a queda de pressão no poço é a queda de pressão na formação acrescida da queda devida ao skin: 1rD D DDDDwD D r prS)t,1(p)t(p = ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ∂ ∂−= Como em casos anteriores, a solução é obtida aplicando-se a transformada de Laplace à EDP (Equação Diferencial Parcial) e às condições de fronteira. Método de Ramey (3) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 5 [ ] S)z(Kz )z(K(z)G onde )z(GzC1 )z(G z 1)z,1r(p 1 o D DwD +=+== Note que as variável independente t transformou-se, no campo de Laplace, na variável z. Ko e K1 são funções especiais chamadas funções de Bessel modificadas de segunda espécie, de ordem zero e um. Há agora a necessidade de retornar a solução obtida do campo de Laplace (variável z) para o campo real (variável t). Isso não pode ser feito analiticamente. Usa-se então um algorítmo de inversão numérica, tal como o algorítmo de Stehfest. Para tempos curtos ou longos podem ser obtidas soluções analíticas aproximadas. Para tempos curtos, em que predomina a ESTOCAGEM PURA: D D DwD C t)t(p = Método de Ramey (4) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 6 Nos tempos longos, em que predomina o FLUXO RADIAL INFINITO, com influência do FATOR DE PELÍCULA: ...781, 4ln 2 1)( 1 Euler, de constante a é onde =γγ +⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛= γ Se ttp DDwD A estocagem pura termina em... • tD= 0,2CDS se S > 2 • tD= 0,4CD se 0 < S <2 Já o fluxo radial infinito inicia em ... • tD=CD (60 + 3,5S), o que em um gráfico log-log, em geral equivale a um ciclo e meio da escala logarítmica após o término da estocagem pura. Método de Ramey (5) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 7 MÉTODO DE RAMEY (6) CURVA-TIPO Método de Ramey – Curva-Tipo FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 8 1. Construir o gráfico: estática a durante tt tt t e pp p p p ewffws Δ+ Δ=Δ−=Δ fluxo o durante t e p p :onde ,t log ei e tp versusp wf Δ=Δ−=Δ ΔΔlog Método de Ramey – Procedimento para Análise Quantitativa (1) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 9 2. Para tempos curtos há uma reta de inclinação unitária, pois: D D wD c tp = 3. Usando-se as definições de variáveis adimensionais e a equação acima prova-se que, usando variáveis reais (dimensionais): Método de Ramey – Procedimento para Análise Quantitativa (2) p tqBC Δ Δ= Tomando-se um par (Δt, Δp) sobre a reta de 45º e substituindo- se nessa equação obtém-se C e, finalmente, usando-se a definição da variável adimensional pode-se calcular CD. FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 10 4. Efetua-se uma ajustagem, colocando-se o gráfico logΔp versus log Δte (dimensional) sobre a curva-tipo, que também é log-log (adimensional). Esta superposição de curvas dimensionais e adimensionais pode ser feita devido às propriedades dos logaritmos. A curva construída é ajustada sobre a família de curvas, escolhendo-se aquela que apresenta o valor de CD mais próximo do valor calculado no item anterior. Com isso, estima-se o fator de película S. (O método aqui descrito era usado antigamente. Com os novos simuladores de testes de poços (programas computacionais) essa tarefa pode ser bastante facilitada). 5. Toma-se um ponto qualquer sobre as curvas e determina-se Δp e pD. Calcula-se então a transmissibilidade: w wD p pqBCkh Δ=μ 2 Método de Ramey – Procedimento para Análise Quantitativa (3) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 11 A principal desvantagem do método consiste na não-unicidade dos ajustes da curva de teste à curva-tipo, ou seja, a curva real obtida no teste pode ser ajustada a diferentes famílias de curvas (com diferentes valores de CD e/ou S). Isto geralmente ocorre quando o período de estocagem não fica bem definido ou quando o dano é alto. Outra fonte potencial de falta de ajuste é o fato de que as curvas-tipo foram geradas a partir da solução para um poço em fluxo e geralmente os analistas de teste usam o período de estática. Uma tentativa de se minimizar esse erro é o uso do tempo equivalente Δte. Esta última desvantagem pode ser superada se ao invés de curva-tipo for utilizado um simulador de teste, em que a superposição de efeitos pode ser facilmente representada. Método de Ramey – Procedimento para Análise Quantitativa (4) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 12 Método das Derivadas da Pressão (1) Este método foi publicado em data relativamente recente e, por sua qualidade, impôs-se rapidamente como ferramenta de diagnóstico. Na equação da difusividade aparece o termo... D D t p então ou t p ∂ ∂ ∂ ∂ Os demais métodos procuram estudar o comportamento da pressão em relação ao tempo ou a uma grandeza correlata (por ex., em Horner: [tp+Δt]/Δt ). Este método baseia-se na derivada da pressão em relação ao tempo. Pequenas variações de pressão podem provocar variações mais notáveis nas derivadas. Com isso, o método apresenta sensibilidade maior, permitindo identificar o modelo de reservatório que melhor representa o reservatório testado. Referência: Bourdet, Whittle, Douglas & Pirard - World Oil - maio 1983 FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 13 A derivada da pressão adimensional é definida como:( ) ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛= D D D' D C td pdp O desenvolvimento seguinte é válido para os PERÍODOS DE FLUXO. Sabe-se que na estocagem pura é válida a equação: D D D c tp = ( ) 1 C td C td C td pdp D D D D D D D' D = ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ = ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛=⇒ Para o fluxo radial em reservatório infinito: ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛= SD D D D eCC tp 2ln80907,0ln 2 1)(t D [ ] ⇒++= S )(t D 80907,0)ln(2 1 DD tp Método das Derivadas da Pressão (2) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 14 1' == D D D D peC tp Assim: ( ) DD D D D D Ct C td pdp 5,0' = ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛= As curvas-tipo são plotadas como: ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ D D D D D C t C tp log versus'log onde o primeiro grupo (argumento da função log da esquerda) é chamado “grupo derivada”. Para a estocagem pura, é válido: Consequentemente, todas as curvas, para tempos curtos em que a estocagem predomina, apresentam-se como uma linha reta com inclinação unitária. Método das Derivadas da Pressão (3) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 15 Método das Derivadas da Pressão (4) Para o escoamento radial em reservatório infinito, é válido: 5,0.5,0.5,0 ''' =⇒=⇒= D D D D D DDD D D DD D C tp C t CtC tp Ct p Consequentemente, todas as curvas, para tempos suficientemente longos em que o fluxo radial com comportamento de reservatório infinito predomina, apresentam-se como uma linha reta (horizontal) com valor igual a 1/2, independentemente do valor do fator de película (S) e do valor do coeficiente de estocagem (C), representados no gráfico por CDe2S. Se o teste for suficientemente longo, a ajustagem terá mais chance de ser “única”, pois estará amarrada a um trecho inicial e a um trecho final comuns a todas as curvas. FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 16 Método das Derivadas da Pressão (5) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 17 Método das Derivadas da Pressão (6) O grupo derivada pode também ser obtido da seguinte forma: D D' D D D D D D D D D C t.p C td dp. C t C tlnd dp = ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ Ou seja, a primeira expressão é equivalente ao grupo derivada. O próximo passo é analisar o que acontece nos PERÍODOS DE ESTÁTICA. Não há curvas-tipo para a estática pois elas dependem da duração do fluxo que a antecede. As curvas de crescimento de pressão (build-up) têm então que ser geradas computacionalmente. Para que o gráfico da estática tenha forma similar ao do fluxo, deverá ser plotado como: ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +Δ D D C tlog versus'log D D D pD pDD p C t t tt FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 18 Prova: 1 C t p23 ...gráfico o com acordo ed ,ou C t C t p C t p C tp C tp D pD D D D D pD D D pD D D D D D D DBU −⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧+= ⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ Δ+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧+⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧Δ= ⎩⎨ ⎧ ⎭⎬ ⎫Δ Método das Derivadas da Pressão (7) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 19 Método das Derivadas da Pressão (8) Diferenciando ambos os lados: ⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ Δ+⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛−⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧Δ=⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧Δ D D D pD' D D D' D D D' DBU C t C t p C tp C tp No fluxo radial: DDD D D CtC tp 5,0' = ⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧ Substituindo na eq. anterior: ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛−⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ=⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧Δ D D D pD D DD D DBU C t C t C tC tp 5,05,0' ⎟⎟ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛Δ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ+=⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧Δ D DDpD pD D D DBU C ttt t C tp 5,0.' FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 20 Método das Derivadas da Pressão (9) dando: 5,0' = ⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧Δ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ+ D D DBU D D pD DpD C tp C t t tt ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +Δ D D C tlog versus'log DBU D D pD pDD p C t t tt 5,0. ' = ⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧ D D D D D C tp C t ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ D D D D D C tp C t log versus'log Comparando com a equação de fluxo: O gráfico da estática será: Compare com o gráfico de fluxo: FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 21 Este novo grupo derivada também é chamado de p’Dest. Similarmente ao caso de fluxo, este grupo derivada também pode ser escrito como: ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ Δ Δ+=⎭⎬ ⎫ ⎩⎨ ⎧Δ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ Δ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ+= D DpD DBU D D' DBU D D pD DpD' Dest t tt lnd )p(d C tp C t t tt p Método das Derivadas da Pressão (10) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 22 Método das Derivadas da Pressão: Procedimento Para Análise Quantitativa (1) 1. Para o FLUXO deve-se plotar log (p’.t) versus log (t). Para calcular p’.t deve-se construir um gráfico p versus ln(t) e derivá-lo, pois: tp tdt dp td dp . )(ln '== 2. Para a ESTÁTICA deve-se plotar ( )tp t tt t p p Δ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ+Δ log versus'..log onde o primeiro membro pode ser calculado a partir de um gráfico de: :poisln versus ,⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ Δ+ t tt p p '.. )( .. ln p t ttt td dp t ttt t ttd dp p P p P P Δ+Δ=Δ Δ+Δ= ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ Δ Δ+ FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 23 3. Plotar os gráficos antes mencionados, isto é, log (p’.t) versus log (t) no caso do fluxo, e: ( )tp t tt t p p Δ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ Δ+Δ log versus'..log no caso da estática, sobre um gráfico de log Δp versus log t, para o fluxo, e log Δp versus log Δte, para o caso de estática. Método das Derivadas da Pressão: Procedimento Para Análise Quantitativa (2) 4. Colocar os gráficos sobrepostos sobre as curvas-tipo e ajustar. Se a curva da derivada não definir adequadamente o valor da estocagem, o grupo CDe2S ficará definido com o auxílio da curva de pressão. FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 24 Obs.: Para o cálculo das derivadas pode-se utilizar a aproximação: ( )21 2 1 1 1 2 2 ' tt t t pt t p p Δ+Δ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ ΔΔ+ΔΔ= Há técnicas numéricas destinadas a suavizar as derivadas, que podem apresentar oscilações devidas a pequenas variações locais (ruídos) nos dados de teste. Método das Derivadas da Pressão: Procedimento Para Análise Quantitativa (3) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 25 • São apresentados a seguir alguns exemplos de testes de poços e a interpretação proporcionada pela associação das curvas de pressão e da derivada da pressão. • Todos os exemplos foram retirados de: Modern Well Test Analysis - a Computer-Aided Approach - Roland N. Horne - 2nd Edition, Palo Alto, 1995 Exemplos de Diagnóstico FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 26 Exemplo 1: Teste de Fluxo (Drawdown), Res. Infinito FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 27 Exemplo 2: Teste de Fluxo com Efeito de Fronteira Sem Fluxo (No-flow boundary) (1) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 28 O uso de técnicas específicas permite identificar com precisão o início do período pseudo-permanente (pseudo steady state flow) (gráfico semilog) e determinar o volume (ou a área do reservatório, se for conhecida a espessura) (gráfico cartesiano). Exemplo 2: Teste de Fluxo com Efeito de Fronteira Sem Fluxo (No-flow boundary) (2) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 29 Exemplo 3: Teste de Crescimento de Pressão (Buildup), Res. Infinito Interpretação de estática seguida de um método específico (Horner), que permite obter a transmissibilidade. FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 30 Exemplo 4: Reservatório com Dupla Porosidade O termo dupla porosidade aplica-se a reservatórios com fraturas que produzem óleo para o poço, sendo as fraturas alimentadas por óleo vindo da matriz porosa. FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 31 Exemplo 5: Reservatório em Forma de Canal (1) • Há reservatórios em forma de canal que em sua maior parte são formados em ambientes deposicionais fluviais (barras de pontal de rios meandrantes, canais de rios e outros arranjos fluviais. • São modelados como reservatórios infinitos em que o poço está situado entre duas fronteiras paralelas com condição de fluxo nulo (no-flow). Há técnicas especializadas para análise desse caso (Nutakki & Mattar, 1982-SPE 11221; Economides & Economides, 1984-SPE 12742). FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 32 Exemplo 5: Reservatório em Forma de Canal (2) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 33 Exemplo 6: Poço entre 2 Limites Impermeáveis que Formam um ângulo de 60º entre Si FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 34 Este teste foi ajustado usando-se um skin negativo. Outra possibilidade razoável de ajuste considera um poço fraturado. Uma fratura geralmente funciona como um poço de raio igual à metade do comprimento da asa da fratura. Exemplo 7: Poço Acidificado FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 35 Métodos Especializados para Análise de Diversos Tipos de Teste FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 36 Características gerais do método: • Fluxo radial, reservatório homogêneo e isotrópico, infinito. • Aplica-se ao período de fluxo (drawdown) • Permite identificar o final do período durante o qual a estocagem e o skin são predominantes. • O método é chamado de método do gráfico semi-log. A equação da pressão (adimensional) no poço para essas hipóteses é: [ ] S )(t D ++= 80907,0)ln(2 1 DwD tp Teste de Fluxo – Período Transiente (Reservatório Infinito) (1) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 37 ( )wfi wt D pp qBC kh rc ktCt −μ= φμ= 2 2 1 , wDp Usando as definições das variáveis adimensionais para um sistema qualquer de unidades: na equação anterior, obtém-se: ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ φμ+ μ−= S rc kCt kh qBCpp wt iwf 8686,03514,0loglog151,1 2 1 2 Teste de Fluxo – Período Transiente (Reservatório Infinito) (2) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 38 ou ainda: tmpp Hrwf log1 −= Note que, após o fim do período inicial, em que a estocagem e o skin predominam, os pontos plotados em um gráfico semi-log (pwf versus log t) tenderão a alinhar-se numa reta. p1HR é o intercepto medido sobre a reta e m é a inclinação: kh qBCm μ= 2151,1 que é o inverso da transmissibilidade vezes uma constante. O gráfico característico é: ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ φμ−= Src kCmpp wt iHr 8686,03514,0log 2 1 1 onde: Teste de Fluxo – Período Transiente (Reservatório Infinito) (3) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 39 e SpqBC khS Δμ= 2 ⇒μ= kh qBCm 2151,1 Como: pode-se explicitar o valor de S: ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ −φμ−−⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −= 3514,0loglog151,1 21 w rc kCt m pp S t wfi mSpskin 87,0=Δ Swfi wfi DANOCOM IDEAL ppp pp IP IPRD Δ+− −== Logo, a razão de dano é: Teste de Fluxo – Período Transiente (Reservatório Infinito) (4) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ φμ+ μ−= S rc kCt kh qBCpp wt iwf 8686,03514,0loglog151,1 2 1 2 Mas: FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 40 Características gerais do método: • Fluxo radial, reservatório homogêneo e isotrópico, finito. • Aplica-se ao período de fluxo (drawdown). • Permite estimar o volume poroso do reservatório que alimenta o poço. • O fluxo necessita atingir o regime pseudo-permanente. A equação da pressão adimensional no poço é: S Cr Atp Aw DAwD +⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛+π= 2458,2ln 2 1ln 2 12 2 Teste Limite de Reservatório (1) onde: FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 41 CA é um “fator de forma”, que depende da geometria do reservatório (isto é, da forma geométrica do reservatório e da posição do poço dentro do reservatório), e A é a área do reservatório. No caso de reservatório circular com poço em seu centro, a área A é igual a πr2 e CA é igual a 31,62. Assim, a equação reduz-se a: t Ac kC tφμ = 1DA t 4 3rln r t2)t(p eD2 eD D DwD −+= Esta equação é velha conhecida nossa… fonte cilíndrica, reservatório limitado, no-flow. Na verdade, a primeira equação (slide anterior) é mais geral, válida para qualquer geometria. Teste Limite de Reservatório (2) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 42 Usando-se as definições para pwD e tDA, a equação: pode ser escrita como: Ahc qBCCm S rC A kh qBCpp tmpp t wA i wf φπ= ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛μ−= −= 21* 2/1 2 2 int * int 2 2458,2ln , :onde Teste Limite de Reservatório (3) S Cr Atp Aw DAwD +⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛+π= 2458,2ln 2 1ln 2 12 2 FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 43 tmppwf * int −= Note-se que a pressão no poço será uma função linear de t, com coeficiente angular igual a −m* e coeficiente linear pint. Da expressão de m* pode-se obter o volume poroso do reservatório e consequentemente o VOIP: Teste Limite de Reservatório (4) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 44 oi wi toi oi p B S cm qBCC B SVNVOIP )1(2 * 21 −π=== A forma geométrica do reservatório pode também ser inferida. Para isso é necessário usar as informações dos gráficos pwf versus t e pwf versus log t: t p t cm qBCChAV Ahc qBCCm * 2121* 22 π=φ=→φπ= Teste Limite de Reservatório (5) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 45 Teste Limite de Reservatório (6) tpp tpp FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 46 Definindo-se: ( ) Ac ktC t t pp ppDA φμ= 1 prova-se que : ( ) ppxpssDA tm mt π= 2 151,1 e ainda : ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −= m pp m mC hrxA 1int303,2exp457,5 Há tabelas que relacionam CA, (tDA ) pp e a forma geométrica do reservatório (vide tabela K.3 – página 770 do livro texto). Teste Limite de Reservatório (7) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 47 Referência: F.J. Kuchuk: “Well Testing and Interpretation for Horizontal Wells”, Journal of Petroleum Technology, Janeiro 1995, pags. 36-41. Testes de poços horizontais diferem de testes de poços verticais porque: • O trecho aberto ao fluxo em poços horizontais é geralmente muito longo e muitas vezes não se sabe que trecho(s) do poço está(ão) efetivamente alimentando o poço. • A permeabilidade vertical deve ser considerada, visto que o escoamento vertical tem um papel importante. • Há mais regimes de fluxo do que no caso de poços verticais. Testes em Poços Horizontais FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 48 Testes de poços horizontais apresentam diversos regimes de fluxo durante o período transiente. Nem todos os regimes são identificados em todos os testes . Isso depende dos valores da(o): • Razão entre as permeabilidades vertical e horizontal: kv/kh. • Posição do poço em relação à espessura da formação: zW/h (zW é a distância entre a base da formação e o eixo do poço e h é a espessura). • Relação entre o comprimento efetivo do poço e a espessura da formação: LW/h (Lw é o comprimento efetivo aberto ao fluxo). Regimes de Fluxo em Poços Horizontais FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 49 Além do período inicial dominado pelo efeito de estocagem, tem-se os seguintes regimes de fluxo em um poço horizontal: Fluxo radial inicial: corresponde ao fluxo radial na direção do eixo horizontal do poço. Durante esse regime os limites do reservatório ainda não são sentidos. O escoamento será elíptico, em vez de radial, se kv/kh for pequeno, o que acontece frequentemente. Este regime pode não ocorrer se h ou kv/kh forem muito pequenos. Além disso, frequentemente é mascarado pela estocagem. Regime de Fluxo Radial Inicial FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 50 Fluxo hemi-radial: pode ocorrer logo após o radial inicial, apenas quando o poço está muito próximo da fronteira inferior ou da fronteira superior do reservatório, ou seja, quando zw/h for próximo de 0 ou próximo de 1. Regime de Fluxo Hemi-Radial FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 51 Fluxo linear: ocorre entre o radial inicial e o radial tardio (próximo regime), quando os limites inferior e superior do reservatório são sentidos, mas o trecho produtor é suficientemente grande relativamente ao raio investigado (isto é, em relação à extensão horizontal do reservatório). Este regime pode não ocorrer em formações muito espessas. Regime de Fluxo Linear FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 52 Fluxo radial tardio: é o último regime transiente a ocorrer. O escoamento situa-se no plano horizontal. Ocorre quando os limites inferior e superior do reservatório são sentidos, mas o reservatório é suficientemente grande no plano horizontal. O trecho aberto ao fluxo é tão pequeno frente ao reservatório que funciona como um ponto (ou trecho) fonte. Este regime também pode ser chamado de radial horizontal ou pseudo-radial horizontal. Este regime pode não ocorrer se limites externos do reservatório, tais como falhas ou pinchouts, forem sentidos antes que ele ocorra. Também não vai ocorrer se houver aqüífero ou capa de gás atuante. Regime de Fluxo Radial Tardio (Late Radial) FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 53 Este é um exemplo de um teste fictício (ref. Horne) em que os quatro regimes aparecem. Neste teste, Lw/h =10, zw/h =0,05 e kv/kh =0,05. Regime de Fluxo no Gráfico de Diagnóstico FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 54 Durante o regime de fluxo radial inicial deverá ser observada uma linha reta semi-log com inclinação m1, dada por: Estimativa de Parâmetros (1) w vhh Lm qBCkkk 1 2151,1 μ==α hv kk /=α onde: A partir da inclinação m1 pode ser estimada permeabilidade média geométrica: α μ= whLk qBCm 21 151,1 FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 55 O fator de película pode se estimado por: Estimativa de Parâmetros (2) [ ]22 1 )(,min ww fronteira t v zhztC ck −φμ= ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ φμ−α+α+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −= 3514,0log/1log2151,1 2144 1 1 wt hri rc kC m ppS A permeabilidade vertical pode ser estimada a partir do tempo em que a(s) fronteira(s) superior e/ou inferior é (são) detectadas, o que corresponde ao tempo em que o comportamento deixa de ser o do fluxo radial inicial. No instante em que a primeira fronteira (superior ou inferior) é detectada, tem-se que: Portanto, pode-se seguir o roteiro: FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 56 1. Calcular a permeabilidade vertical: Estimativa de Parâmetros (3) [ ]22 1 )(,min ww fronteira t v zhztC ck −π φμ= ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ φμ−α+α+⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −= 3514,0log/1log2151,1 2144 1 1 wt hri rc kC m ppS 2. Calcular a permeabilidade horizontal: v w h w vh kLm qBCk Lm qBCkk /151,1151,1 2 1 2 1 2 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ μ=→μ= 3. Calcular o fator de película: FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 57 Durante o regime de fluxo radial tardio outra linha reta semi-log deverá ser observada, com inclinação m2 dada por: Estimativa de Parâmetros (4) de onde pode-se estimar a permeabilidade horizontal: O fator de película pode ser estimado por: hm qBCkh 2 2151,1 μ= hk qBCm h μ= 22 151,1 ( ) Zwt hhriw S Lc kC m pp h LS −⎪⎭ ⎪⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪⎨ ⎧ −⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ φμ−⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ −α= 051,1 2/ log151,1 2 1 2 1 onde SZ é um fator geométrico. FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 58 Finalmente, usando os dados de um eventual regime de fluxo linear, pode-se também estimar os parâmetros do reservatório. Durante o período de fluxo linear o comportamento da pressão é tal que segue uma linha reta quando os dados são colocados em um gráfico em função da raiz quadrada do tempo. Denominado mlinear a inclinação dessa reta, tem-se que: Estimativa de Parâmetros (5) Para: o fator geométrico SZ pode ser estimado por: ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +−α−⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ πα+π−= 2 2 3 121)1(log303,2 h z h z L h h zsen h rS ww w ww z 25,1/ <α= wD Lhh FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 59 Estimativa de Parâmetros (6) de onde se obtém kh: O fator de película pode ser estimado por: ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ πα+π+−μ α= h zsen h rpp qBC kLS wwihw )1(log303,20 2 2 186,434151,1 wt h h linear Lc kC hk qBm φμ μ= 2 2 1 86,434151,1 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ μ φμ= hm qB Lc Ck linearwt h onde p0 é a pressão onde a linha reta intercepta o eixo vertical para t = 0. FSS-PUC 2008 Engenharia de Reservatórios 60 Uma das grandes dificuldades no uso do método de análise proposto é a estimativa do comprimento efetivo do poço (Lw), que geralmente é menor do que o comprimento total do poço. O uso de perfilagem de produção pode ser uma alternativa para se determinar o(s) trecho(s) do poço que de fato contribui(em) para o fluxo. Estimativa de Parâmetros (7) Referência: Agarwal, Al-Hussainy & Ramey, SPEJ, Setembro 1970. MÉTODO DE RAMEY (6) �CURVA-TIPO Método das Derivadas da Pressão (1) Método das Derivadas da Pressão (2) Método das Derivadas da Pressão (3) Método das Derivadas da Pressão (4) Método das Derivadas da Pressão (5) Método das Derivadas da Pressão (6) Método das Derivadas da Pressão (7) Método das Derivadas da Pressão (8) Método das Derivadas da Pressão (9) Método das Derivadas da Pressão (10) Método das Derivadas da Pressão: �Procedimento Para Análise Quantitativa (1) Método das Derivadas da Pressão: �Procedimento Para Análise Quantitativa (2) Método das Derivadas da Pressão: �Procedimento Para Análise Quantitativa (3) Exemplos de Diagnóstico Exemplo 1: Teste de Fluxo (Drawdown), Res. Infinito Exemplo 2: Teste de Fluxo com Efeito de Fronteira Sem Fluxo (No-flow boundary) (1) Exemplo 2: Teste de Fluxo com Efeito de Fronteira Sem Fluxo (No-flow boundary) (2) Exemplo 3: Teste de Crescimento de Pressão (Buildup), Res. Infinito Exemplo 4: Reservatório com Dupla Porosidade Exemplo 5: Reservatório em Forma de Canal (1) Exemplo 5: Reservatório em Forma de Canal (2)
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