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TRABALHO AMICUS CURIAE

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FACULDADE CENECISTA DE RIO DAS OSTRAS - FACRO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
LUIZ CASTRO FREAZA FILHO
AMICUS CURIAE
Aplicabilidade no Direito Brasileiro
Rio das Ostras
2015
LUIZ CASTRO FREAZA FILHO
AMICUS CURIAE
Aplicabilidade no direito brasileiro
Trabalho apresentado à cadeira de Direito Processual Civil II, do M.e. Juliano Soares Rangel, para a obtenção de nota relativa ao primeiro trimestre/2015.
Rio das Ostras, 07 de maio de 2015.
________________________________________
Prof. Juliano Soares Rangel
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como fim a análise do instituto amicus curiae em seus diversos aspectos, com enfoque nas divergências doutrinárias e jurisprudências que permeiam o assunto, fazendo, ao final, observações sobre como a matéria foi positivada no Novo Código de Processo Civil. 
Passaremos pela natureza jurídica, finalidade, demonstração no Direito Brasileiro, sua relação com a democracia, requisitos, momento e prazo para intervenção, falando, ao final, dos poderes concedidos ao amicus em sua atuação processual. 
NATUREZA JURÍDICA
Existe relevante divergência quanto à natureza jurídica do amicus curiae. Parte dos doutrinadores entende ser uma modalidade atípica de intervenção de terceiros, outra afirma se tratar de assistência, enquanto o resto assevera que o amicus curiae é um auxiliar do judiciário. Mostra-se necessário delinear o conceito de terceiro interventor. 
Ovídio Araújo Baptista da Silva, afirma que “há intervenção de terceiros no processo quando alguém dele participa sem ser parte na causa, com o fim de auxiliar ou excluir os litigantes, para defender algum direito ou interesse próprio que possa ser prejudicado pela sentença.” [1]
Os que comungam do entendimento de que a figura do amicus curiae é uma modalidade de intervenção de terceiros, apegam-se ao disposto no § 2º do art. 7º da Lei 9.868/99, afirmando que o dispositivo, ao realizar uma ressalva sobre a não admissão de intervenção de terceiros em ADI, classifica o instituto do amicus curiae como modalidade de intervenção de terceiros. Nesse tocante, o STF já realizou diversos pronunciamentos defendendo essa corrente, sendo um deles bastante interessante:
Pronunciamento do STF, realizado pelo ilustre Ministro Marco Aurélio, decisão monocrática, na ADI 2.831, julgamento em 30.11.2004, DJ 10.12.2004:
“A regra é não se admitir intervenção de terceiros no processo de ação direta de constitucionalidade, iniludivelmente objetivo. A exceção corre à conta de parâmetros reveladores da relevância da matéria e da representatividade do terceiro, quando, então, por decisão irrecorrível, é possível a manifestação de órgãos e entidades - §2º do artigo 7º, §2º, de 10 de novembro de 1999.” [2]
Ora, analisando o instituto do amicus curiae, percebe-se que o terceiro em questão possui um interesse na resolução da questão litigiosa, não obstante ser esse interesse despretensioso quanto a qualquer uma das partes, ou para consigo mesmo, visto que seu papel é o de informar o julgador sobre algum assunto específico de que não tenha conhecimento ou que queira aprimorar. A partir daí, surge outra questão, qual seja o tipo de interesse que possui o amicus curiae. Nessa vertente, responde Daniel Amorim Assumpção Neves:
“Por outro lado, demonstra-se a existência de um interesse institucional por parte do amicus curiae, que, apesar da proximidade com o interesse público, com esse não se confunde. O interesse institucional é voltado à melhor solução possível do processo por meio do maior conhecimento da matéria e dos reflexos no plano prático da decisão.” [3]
Em sentido complementar, temos o posicionamento de Cássio Scarpinella Bueno:
”O que enseja a intervenção deste “terceiro” no processo é a circunstância de ser ele, desde o plano material, legítimo portador de um “interesse institucional”, assim entendido aquele interesse que ultrapassa a esfera jurídica de um indivíduo e que, por isso mesmo, é um interesse metaindividual, típico de uma sociedade pluralista e democrática, que é titularizado por grupos ou por segmentos sociais mais ou menos bem definidos.” [4]
Assim, podemos conceituar o interesse institucional como sendo diverso do direito público, uma vez que atua em auxílio ao judiciário na busca da verdade com conhecimento específico que pode ser utilizado em juízo. Atentos ao tipo de interesse, alguns doutrinadores comparam a atuação do amicus curiae com a do Ministério Público, nas causas em que funcionam como custos legis. 
Cândido Dinamarco afirma que o amicus curiae é uma parte imparcial, semelhante ao custos legis, sendo que suas ações devem orientar o magistrado no sentido de que este profira uma decisão justa e correta, mas sem favorecer qualquer das partes. [5]
Seguindo o citado autor, não podemos ter o amicus curiae como um fiscal da lei, uma vez que esse papel é do Ministério Público, podendo apenas traçar um paralelo quanto à semelhança entre este e aquele, não definindo assim sua natureza jurídica.
Com efeito, devido ao interesse do amicus curiae de trazer ao juízo informações relevantes para o julgamento de um caso, alguns doutrinadores o classificam como um auxiliar da justiça, exercendo uma função análoga a do perito. Cabe-nos importar um conceito sobre quem são os auxiliares da justiça, Marcus Vinícius Rios Gonçalves, em apertada síntese:
”Eles não exercem atividade jurisdicional, exclusiva do juiz, mas colaboram com a função judiciária. Alguns o fazem em caráter permanente, como os funcionários; outros em caráter eventual, como peritos, intérpretes e depositários.
[...]
Ao perito cumpre a tarefa de assistir o juiz, quando houver necessidade de prova de fatos que dependam de conhecimentos técnicos ou científicos. São escolhidos entre profissionais de nível universitário, inscritos no órgão de classe competente. Se não houver, na localidade, quem preencha tais requisitos, o juiz os nomeará livremente.” [6]
É tentador definir o instituto ora em estudo como um novo tipo de auxiliar da justiça, ou, até mesmo como uma nova espécie de perito. É possível classificar o amicus curiae como um auxiliar do judiciário, uma vez que o rol do art. 139 do CPC é um rol exemplificativo. Podemos apontar a principal semelhança entre o amicus curiae e o perito: os dois elucidam questões apartadas do Direito e não dominadas pelo juiz.
Fredie Didier Jr., afirma que enquanto o perito é meio de prova, analisando um substrato fático e emitindo um parecer técnico, o amicus curiae auxilia o julgador fornecendo elementos consistentes para que melhor aplique o direito ao caso concreto. [7]. Devemos ressaltar, todavia, que tal posição é minoritária.
Existe outra corrente doutrinária que acredita tratar-se o instituto do amicus curiae de uma forma de “qualificada” de assistência. É o que dispõe o art. 118 da Lei 12.529/11. Usando a caneta como espada para defender seus argumentos, Edgar Silveira Bueno Filho:
“Com efeito, para intervir no processo judicial comum basta ao terceiro demonstrar o interesse legítimo. Nas ações diretas de constitucionalidade e de inconstitucionalidade [...] a intervenção só se permite quando o terceiro seja uma entidade ou órgão representativo. Portanto, além da demonstração de interesse no julgamento da lide a favor ou contra o proponente, a assistência do amicus curiae só será admitida pelo Tribunal depois de verificada a representatividade do interveniente. Daí a conclusão de se tratar de assistência qualificada.” [8]
O STJ já se pronunciou sobre o caso, se aliando ao presente posicionamento:
MEDIDA CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO. RECURSO ESPECIAL. ANTV. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INTERVENÇÃO DO CADE. COMPETÊNCIA. [...]. 3. A regra inscrita no art.5º, parágrafo único, da Lei 9.469/97 e art. 89 da Lei 8.884 – contém a base normativa legitimadora da intervenção processual do amicus curiae em nosso Direito. Deveras, por força de lei, a intervenção do CADE em causas em que se discute a prevenção e a repressão à ordem econômica, é de assistência.Outrossim, tratando-se de entidade federal, inequívoca é a competência da Justiça Federal, mercê de a ação ser movida pelo Parquet federal em relação a qual, somente as decisões daquela justiça vincula. (CC)40.534, Rel. Min. Teori Albino Zavascki) 4. Liminar indeferida. (Medida Cautelar 9576 – RS. Número: 2005/0019257-6. Rel. Min. Luiz Fux. DJ 21/02/05. Reqte: Associação Nacional dos Transportadores de Veículos. Reqdo: Ministério Público Federal). (grifo nosso)
Melhor sorte não merece essa posição. Isso porque o amicus curiae em nada se assemelha com a assistência, senão vejamos: na assistência simples, é necessário que o terceiro tenha interesse jurídico na causa, possua relação jurídica com uma das partes, distinta da relação discutida em juízo, sendo consequentemente atingido pela justiça da decisão; na assistência litisconsorcial, o assistente é um legitimado extraordinário, figurando como litisconsorte facultativo ulterior, e sendo atingido pela coisa julgada. O amicus curiae não tem interesse jurídico e sim institucional, não possui qualquer tipo de legitimidade para atuar como parte e não é atingido pelos efeitos da parte dispositiva ou expositiva da sentença. 
A última posição doutrinária a ser exposta, conquanto não menos defendida, afirma ter o instituto em estudo natureza jurídica de intervenção de terceiros atípica. Assim, Cássio Scarpinella Bueno, defensor, afirma:
“O amicus curiae deve ser entendido como um especial terceiro interessado que, por iniciativa própria (intervenção espontânea) ou por determinação judicial (intervenção provocada), intervém em processo pendente com vistas a enriquecer o debate judicial sobre as mais diversas questões jurídicas, portando, para o ambiente judiciário, valores dispersos na sociedade civil e no próprio Estado, que, de uma forma mais ou menos intensa, serão afetados pelo que vier a ser decidido, legitimando e pluralizando, com a sua iniciativa, as decisões tomadas pelo Poder Judiciário.” [9]
Até então, diante da multiplicidade de posições doutrinárias, não se havia chegado a um consenso acerca da natureza jurídica do amicus. Entretanto, o recém promulgado Código de Processo Civil inovou, positivando expressamente o instituto em estudo no art. 138, Capítulo V do Título III, o qual dispõe sobre a intervenção de terceiros. 
Sendo assim, após toda a discussão doutrinária e jurisprudencial, o legislador resolveu pacificar o instituto do amicus curiae como tendo natureza jurídica de intervenção de terceiros. 
FINALIDADE
Com o intuito de descobrir a que fim se presta o amicus curiae no Direito, devemos analisar o escopo do processo. José Eduardo Carreira Alvim transmite-nos a seguinte concepção: 
“O escopo de cada uma das partes é ter razão; mas a finalidade do processo, ao invés, é dar razão a quem tem, e dar razão a quem tem não é um interesse privado das partes, mas um interesse público de toda a sociedade.” [10]
Desse modo, podemos concluir que o escopo processual, na visão do Estado, é resolver o conflito, distribuindo uma decisão equitativamente justa para todas as partes. Para que o magistrado possa proferir tal decisão, não pode ele se basear somente nos fatos carreados pelas partes: é necessário avaliar todo um acervo probatório.
Nessa vertente, cabe às partes a produção de todos os meios de prova não ilícitos. Entretanto, tal prerrogativa é um ônus e não uma obrigação, sendo que por vezes os litigantes se resumem a narrar fatos, tornando o processo num romance dramático sem qualquer embasamento probatório. 
O Estado, com interesse na resolução do conflito e visando uma prestação jurisdicional efetiva, facultou ao magistrado a determinação das provas que devem ser produzidas, inclusive de ofício, sem prejuízo de sua imparcialidade, como se depreende do art. 131 do CPC, tendo tal dispositivo sido parcialmente reproduzido no art. 370 do NCPC. 
Nos casos em que as partes produzem provas, mas estas não se mostram suficientes para a resolução do mérito, seja porque a matéria é controvertida ou delicada, seja porque o magistrado carece de conhecimentos específicos, pode o mesmo trazer para o litígio terceiro com conhecimentos específicos que, imparcialmente esclarecerá fatos a fim de resolver a lide. Esse terceiro, o amicus curiae, traduzido para o vernáculo, “amigo da corte”, se mostra como um terceiro desinteressado que, gratuitamente, vai a juízo para abordar pontos que poderiam passar sem grande notoriedade pelo olhar do magistrado. 
Entretanto, infere-se que caso se limitasse a esse conceito, o instituto estaria sendo deveras simplista e omisso. Elpídio Donizetti afirma que sua utilização “visa possibilitar a intervenção processual de órgãos ou entidades interessados no desfecho da demanda.” [11]
“É o terceiro que demonstra grande interesse na causa, em virtude da relevância da matéria e de sua representatividade quanto à questão discutida, requerendo ao tribunal permissão para apresentar memorial (parecer ou petição) contendo explanações e estudos esclarecedores sobre o tema, vislumbrando influenciar na decisão.” (MEDEIROS, 2008) [12]
O interesse que os autores afirmam possuir o amicus é o institucional, conforme explicamos no item concernente à natureza jurídica. Em sentido complementar, Cássio Scarpinella:
“Por se tratar de um “portador de interesses institucionais” para o plano do processo, ele deve atuar, no melhor sentido do fiscal da lei, como um elemento que, ao assegurar a imparcialidade do magistrado por manter a indispensável terzietà do juiz [...] municia-o com os elementos mais importantes e relevantes para o proferimento de uma decisão ótima que, de uma forma ou de outra, atingirá interesses que não estão direta e pessoalmente colocados (e, por isso mesmo, defendidos) em juízo.” [13]
Podemos concluir que o amicus curiae tem como finalidade ser um meio ao alcance do escopo jurídico do processo. Sua função, como terceiro interventor, é a de informante da corte, atingindo objetivos de modo indireto ao trazer questões antes desconhecidas pelo Estado-juiz. Destarte, garante maior segurança ao julgamento de questões que possam gerar consequências à sociedade, e a si próprio, de forma reflexa.
O PROCESSO HISTÓRICO DE RECONHECIMENTO DO INSTITUTO NO DIREITO BRASILEIRO
A origem do instituto se deu na Inglaterra, sendo posteriormente importado para os Estados Unidos. Há também manifestações na jurisprudência francesa. Outra tese, defendida por Elisabetta Silvestri, a qual remonta ao Direito Romano, afirma que os amici já colaboravam com os pretores fornecendo esclarecimentos quanto ao caso concreto discutido. [14]
No Brasil, a primeira aparição do instituto se deu no art. 31 da Lei 6.385/76 (Mercado de Valores Imobiliários), o qual dispõe que a Comissão de Valores Mobiliários será sempre chamada para prestar informações quando houver processos envolvendo matéria incluída em sua competência. Entendemos ser tal participação realizada pela figura do amicus curiae, uma vez que a lei presumiu que com a interveniência da autarquia, os processos teriam uma instrução mais satisfatória à resolução do mérito.
Outra notável aparição ocorreu na Lei 8.197/91, que afirma a possibilidade da União intervir em causas que figurem como parte, as autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas federais. 
Não se pode deixar de notar que os dispositivos supramencionados não falam em amicus curiae. O uso dessa expressão no Direito Brasileiro se deu, de forma inaugural, pela Resolução nº 390 do Conselho de Justiça Federal, no § 1º do art. 23, a qual trata do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência, tendo sido posteriormente revogada pela Resolução nº 22 de 2008 do mesmo conselho. 
Entretanto, o instituto ficou mais conhecido devido à sua ampla atuação nos casos da ação direta de inconstitucionalidade, processada e julgada originariamente pelo Supremo Tribunal Federal. Com efeito, o § 2º do art. 7º da Lei 9.869/99 facultou ao relator da ADI a admissão de terceiros, na qualidade excepcionalde amici curiae, a fim de que se manifestem sobre o caso. 
A hipótese em discussão não é exclusiva da nossa Corte Constitucional. O Código de Processo Civil, no § 3º do art. 482, bem como no § 4º do art. 543-C, trata, quase que identicamente, sobre a convocação de um terceiro na qualidade de amicus. Os arts. 480 a 482 do Código de Ritos dispõem sobre o controle de difuso de constitucionalidade, realizado pelos Tribunais estaduais ou federais, em sede recursal e de forma incidental. Já o art. 543-C trata dos recursos repetitivos, no âmbito do STJ. 
Ademais, há outra situação onde a atuação do amicus curiae é permitida. A lei 11.317/06, regulamentando o art. 103-A da CRFB/88, possibilita, em seu art. 3º, § 2º, com redação semelhante a dos dispositivos esparsos que tratam sobre o assunto, o chamamento do terceiro pelo relator, na figura do amicus, do processo de edição, revisão e cancelamento de enunciado de súmula vinculante. 
Interessante expor alguns casos concretos onde o amicus exerce e exerceu forte influência. É o caso do ingresso do Instituto Brasileiro de Direito de Família, na qualidade de amicus curiae, no Recurso Extraordinário 670422, que em julgamento a ser marcado, falará sobre a possibilidade de o transexual mudar de sexo no registro de nascimento, mesmo que sem a cirurgia de redesignação sexual. A intervenção foi deferida em decisão monocrática proferida pelo Ministro Dias Toffoli. 
A ADI 2858-8, proposta pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos em face da Lei 4.151/03 do Estado do Rio de Janeiro,que dispõe sobre as cotas raciais no estado, teve como amicus curiae o Movimento Negro, conjunto de entidades afro-brasileiras. 
Outro caso que teve grande polêmica foi a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 51, impetrada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores, que tratou sobre o aborto dos fetos anencéfalos. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil quis entrar na qualidade de amicus curiae, sendo tal pedido indeferido pelo relator. No entanto, ao decorrer no tramite da ADPF, o relator preferiu ouvir a entidade, bem como outras, o que abriu outro precedente para a atuação do amicus curiae, conforme voto, in verbis:
AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL - INTERVENÇÃO DE TERCEIRO - REQUERIMENTO - IMPROPRIEDADE. 1. Eis as informações prestadas pela Assessoria: A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB - requer a intervenção no processo em referência, como amicus curiae, conforme preconiza o § 1º do artigo 6º da Lei 9.882/1999, e a juntada de procuração. Pede vista pelo prazo de cinco dias. 2. O pedido não se enquadra no texto legal evocado pela requerente. Seria dado versar sobre a aplicação, por analogia, da Lei nº 9.868/99, que disciplina também processo objetivo - ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade. Todavia, a admissão de terceiros não implica o reconhecimento de direito subjetivo a tanto. Fica a critério do relator, caso entenda oportuno. Eis a inteligência do artigo 7º, § 2º, da Lei nº 9.868/99, sob pena de tumulto processual. Tanto é assim que o ato do relator, situado no campo da prática de ofício, não é suscetível de impugnação na via recursal. 3. Indefiro o pedido. 4. Publique-se. [...] A matéria em análise deságua em questionamentos múltiplos. A repercussão do que decidido sob o ângulo precário e efêmero da medida limiar redundou na emissão de entendimentos diversos, atuando a própria sociedade. Daí a conveniência de acionar-se o disposto no artigo 6º, § 1º, da Lei nº 9.882, de 3/12/99. [...] Então, tenho como oportuno ouvir, em audiência pública, não só as entidades que requereram a admissão no processo como amicus curiae, [...] como também as seguintes entidades [...]
Dessa forma, percebemos que a utilização do instituto ora em estudo não se mostrou restrita, ficando facultado tanto ao STJ, quanto aos Tribunais estaduais ou federais se valerem do amicus. E quanto aos juízes singulares? 
Até então não havia qualquer manifestação acerca dos magistrados singulares e de primeira instância. O recém promulgado Código de Processo Civil trouxe para nós a possibilidade de tal instituto ser invocado pelo órgão monocrático. Com efeito, o art. 138 da Lei 13.105/2015 afirma que tanto o juiz, como o relator, podem, levando em conta a relevância do assunto discutido, bem como outros requisitos que serão estudos mais adiante, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica na qualidade de amicus. 
O dispositivo inova, dessa forma, possibilitando que o juiz singular se valha do instituto, bem como que o amicus possa ser pessoa física ou jurídica. 
Assim, em conclusão ao assunto, infere-se que o NCPC é fator motivador à adoção do instituto amicus curiae no Direito Brasileiro, sendo que apesar de existir sem denominação expressa desde 1976, se mostrou pouco utilizado nas causas pátrias. 
O AMICUS CURIAE E O IDEÁRIO DEMOCRÁTICO
O Barão de Montesquieu, em sua obra intitulada “Do Espírito das Leis”, ampliou o pensamento tripartido dos poderes, fazendo uma brilhante crítica ao sistema absolutista, entretanto, rejeitou a possibilidade da atuação do povo de forma direta no governo, talvez por sua própria formação aristocrática. 
Com efeito, Montesquieu apesar de não discordar totalmente sobre o conceito de soberania popular, afirmou que o povo por si só não possui a capacidade para entender as atribulações de sua nação, devendo, por isso escolher representantes. Ademais, ele afirma não ter o juiz liberdade para de julgar, devendo limitar-se à aplicação da lei ao caso concreto. [15]
Tal pensamento, como já explanamos, é proveniente de uma época em que reis governavam de forma despótica e pessoas não eram valorizadas em sua individualidade, bem como foi averbado por um aristocrata, sem desmerecer seu conhecimento, que valorizava suas prerrogativas e poderes. Por isso, apesar de brilhante em muitos aspectos, a obra não valoriza de forma devida as bases democráticas em evidência. 
Para Peter Häberle, grande constitucionalista alemão, os juízes não só devem interpretar a lei e aplicá-la da melhor forma, como também dar possibilidade de que o povo, em suas mais diversas manifestações, o possa fazer. Ele afirma que a restrição de interpretação da norma jurídica pelas grandes autoridades (magistrados e legisladores) tem caráter antidemocrático, asseverando que a abertura para a sociedade lato sensu significa o preenchimento de uma depressão antes existente entre o povo e as providências tomadas por seus legisladores e julgadores. [16]
De fato, tais dizeres só confirmam a tendência atual de uma maior participação popular no governo, fiscalizando e auxiliando seus representantes. O instituto do amicus curiae é um belo exemplo disso, uma vez que estando em juízo para acrescentar qualidade aos julgados, auxiliam no crescimento da democracia e rompem com o monopólio da hermenêutica exercida pelos magistrados.
Assim, ao ouvir a sociedade civil e os entes com interesse institucional no caso, o magistrado estará dando maior importância ao conteúdo e ao alcance de sua decisão, uma vez que ela se tornará imutável e abrirá precedentes para outras decisões. O instituto estudado é realmente um meio a engrandecer a manifestação de poder do povo. Arriscamos dizer que o amicus é uma longa manus do parágrafo único do art. 1º da CRFB/88. 
REQUISITOS PARA INTERVENÇÃO PELOS AMICUS CURIAE
A fim de proceder à analise dos requisitos, devemos nos atentar que o instituto, antes da Lei 13.105/15 estava localizado de forma apartada em diversas, merecendo portanto análise do dispositivo de maior destaque, Daniel Amorim, in verbis:
“São dois os requisitos para o ingresso do amicus curiae previstos pelo art. 7.º, § 2.º, da Lei 9.868/1999, recentemente estendidos à ação direita de inconstitucionalidade por omissão pela Lei 12.063/2009: relevância da matéria e a representatividade do sujeito que pretende intervir. Trata-se de requisitos cumulativos, devendo ambos ser preenchidos para a admissão do pedido do postulante.”[17]
Para alguns, a relevância da matéria diz respeito à complexidade fática ou jurídica da causa, devendo o relator, quando verificar que as alegações do autor ou réu são suficientes para embasar uma decisão que resolva o mérito, indeferir a atuação do amicus curiae. Esse entendimento é igualmente de Daniel Amorim. [18]
A Ministra Rosa Weber, no Recurso Extraordinário 592.891, proferiu decisão monocrática onde conceituou os requisitos para admissão do amicus. Para ela, a relevância da matéria diz respeito ao alcance que pode ter a decisão. Se transbordar os interesses subjetivos da parte, há então relevância de matéria.
A nosso ver, o requisito de relevância da matéria deve ser observado de forma ampliativa, ou seja, havendo repercussão geral ou complexidade fático-jurídica, deve o magistrado considerar como preenchido o requisito para admissão do amicus curiae. 
A representatividade é outro tema controvertido. Diz respeito a quem pode ou não ser amicus curiae. Para o STF, somente pessoas jurídicas podem ingressar em tal condição. A decisão monocrática é do Ministro Roberto Barroso:
	
	
	RECURSO EXTRAORDINÁRIO 590.415 - SC
RELATOR :MIN. ROBERTO BARROSO
RECTE.(S) :BANCO DO BRASIL S/A (SUCESSOR DO BANCO DO
ESTADO DE SANTA CATARINA S/A - BESC)
RECDO.(A/S) :CLAUDIA MAIRA LEITE EBERHARDT
“1. Indefiro o pedido de admissão como amicus curiae formulado por pessoas físicas às fls. 1246-1256, por ausência de representatividade dos postulantes.
2. Por outro lado, com base no art. 317, § 2º, do RI/STF, reconsidero a decisão de fls. 876/877 e admito como amicus curiae a Volkswagen do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda. [...]
Assim, julgo prejudicado o agravo regimental de fls. 888-894.” (grifo nosso)
É necessário também que o amicus seja útil e oportuno ao debate, devendo tal presença ser verificada, discricionariamente, pelo relator do feito. Para ter utilidade é necessário que o amicus traga fatos esclarecedores, que possam auxiliar o magistrado na resolução do caso. A oportunidade é relação que tem o amicus com a matéria e as eventuais consequências que o julgamento do feito possa trazer para ele, é o interesse institucional propriamente dito, verbi gratia, a intervenção dos movimentos negros na ADI 2858-8, a qual discutiu sobre a constitucionalidade das cotas raciais no Estado do Rio de Janeiro, pois tal discussão tinha possibilidade de gerar consequências aos afrodescendentes. Inclui-se na representatividade a capacidade postulatória, pois se não a tivesse não poderia, obviamente, o amicus se manifestarem juízo. 
Com a promulgação do Novo Código de Processo Civil, o instituto unificou-se, restando seus requisitos reunidos de igual forma, devemos então nos atentar ao dispositivo e fazer uma análise das exigências para a intervenção como amicus curiae:
“Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.”
	
	Percebemos serem três os requisitos para intervenção: a) relevância da matéria; b) especificidade do tema objeto da demanda; c) repercussão social da controvérsia. Tais requisitos são alternativos e não cumulativos, devendo atentar o amicus para a questão da representatividade. 
Por último, mas não menos importante, ficou expressamente autorizado o ingresso de pessoas físicas na condição de amicus. Isso só mostra o quanto o processo civil está se baseando cada vez mais pelos princípios democráticos positivados na CRFB/88, dando vez a um Judiciário mais humano e justo. 
MOMENTO DE INTERVENÇÃO E PRAZO PARA SE MANIFESTAR
	
	O art. 7º, § 2º da Lei 9.868/99 dispõe que o prazo seria o do § 1º. No entanto, esse parágrafo foi revogado, gerando assim, dúvidas. 
O Min. Cezar Peluso, em brilhante decisão monocrática quanto à admissão de um amicus na ADI 3474, decidiu que o momento de intervenção pode se dar até a ocorrência do julgamento, visto que a intervenção do ente pode trazer informações importantes ao desenrolar do caso. Concordamos com a posição, na medida em que a fase instrutória se encerra com o julgamento, momento em que é possível ao amicus auxiliar o magistrado na composição do acervo probatório. 
O prazo para manifestação da entidade também é controverso, uma vez que o parágrafo § 2º do art. 7º da Lei. 9.868/99 não dispõe sobre ele. No entanto, o revogado dispositivo afirma que esse prazo é o mesmo estipulado no art. 6º da mesma lei, o qual dispõe ser o prazo de prestação de informações, 30 dias.
Somos críticos no que concerne o ato do legislador em simplesmente revogar o § 1º do art. 7º, pois o mesmo gerou confusão tanto sobre o momento da intervenção quanto para o prazo de manifestação. 
Assim, fica o prazo de 30 dias para manifestação do amicus curiae. Nesse tocante, entendemos que não é lógico que esse prazo comece a fluir do pedido de intervenção e sim do seu deferimento, pois não é se pode presumir que alguém irá preparar uma manifestação sem saber se será admitido ou não em juízo. 
O novo CPC trouxe o prazo de 15 dias da intimação para que o amicus curiae se manifeste. Esse prazo começa a ser contado a partir da juntada nos autos do mandado se for solicitado pelo juiz ou da admissão pelo magistrado, se a intervenção for solicitada pelo amicus.
	
	
	
PODERES DO AMICUS CURIAE NO PROCESSO
A função do amicus é a trazer maiores informações para que o magistrado possa decidir com maior qualidade. Ele deve possuir os meios para tanto, sendo-lhe então facultada a manifestação por escrito. 
E no que tange a sustentação oral feita em plenário? O STF, em seu regimento interno, mais especificamente no art. 131, § 3º, admitiu a sustentação oral por “terceiro” em processos de controle de constitucionalidade. Esse “terceiro” é o amicus, uma vez que é a única modalidade de intervenção de terceiro nas ações de controle de constitucionalidade. 
Entretanto, o STJ não compartilha de tal conhecimento, tendo decidido a Corte Especial em 17/08/2011, por oito votos a sete, a não admissão da sustentação oral pelo amicus. 
Em nossa opinião, a sustentação oral é desnecessária, já que sua função é a de solucionar dúvidas do julgador acerca do caso concreto e para isso a manifestação por escrito é suficiente. 
Quanto à legitimação para interpor recurso, expomos aqui a posição do STF sobre o caso:
“ADI nº 3615 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS POR AMICUS CURIAE. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE. INTERPRETAÇÃO DO § 2º DA LEI N. 9.868/99.
1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é assente quanto ao não-cabimento de recursos interpostos por terceiros estranhos à relação processual nos processos objetivos de controle de constitucionalidade.
2. Exceção apenas para impugnar decisão de não-admissibilidade de sua intervenção nos autos.”
Da mesma forma o STJ, in verbis:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL NA SUSPENSÃO DE LIMINARE SENTENÇA. AMICUS CURIAE. LEGITIMIDADE RECURSAL. INEXISTÊNCIA. ERROMATERIAL, CONTRADIÇÃO E OMISSÃO. NÃO OCORRÊNCIA. PRETENSÃO DEREEXAME DA CAUSA. DESCABIMENTO. I - Entidades que participam do curso processual como amicus curiae não possuem legitimidade ativa para interpor qualquer recurso, inclusive opor embargos de declaração, por serem estranhas à relação processual. Precedentes: STF, ADI 2359 ED-AgR, Tribunal Pleno, Rel.Min. Eros Grau, DJe de 28/8/2009; STF, ADI 3615 ED, Tribunal Pleno,Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 25/4/2008; STF, ADI 3105 ED, Tribunal Pleno, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 23/2/2007; EDcl no REsp1143677/RS, Corte Especial, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 2/9/2010;REsp 1165845/RJ, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe de23/2/2011. II - Os embargos declaratórios não constituem recurso de revisão,sendoinadmissíveis se a decisão embargada não padecer dos vícios que autorizariam a sua interposição (obscuridade, contradição e omissão).Embargos de declaração da INTERFARMA não conhecidos.Embargos de declaração de LUNDBECK A/S e outro rejeitados.
(STJ - EDcl no AgRg na SLS: 1425 DF 2011/0184444-8, Relator: Ministro FELIX FISCHER, Data de Julgamento: 02/05/2012, CE - CORTE ESPECIAL, Data de Publicação: DJe 23/05/2012) (grifo nosso)
Nós defendemos essa posição, só admitindo a ressalva no caso de não aceitação do ente como amicus curiae, uma vez que, apesar de estar redigido “despacho” no art. 7º, § 2º da Lei 9.868/99, observamos claramente um equívoco do legislador, já que se trata de decisão interlocutória, uma vez que trará um terceiro para se manifestar no processo. 
Nesse ponto, o Novo Código de Processo Civil, na unificação do instituto, positivou o ato como decisão interlocutória.
Ademais, vedou a interposição de recursos como regras, no entanto admitiu como exceção a interposição de embargos de declaração 	e o recurso da decisão que julgar o incidente de resolução de demanda repetitivas, §§ 1º e 3º. 
Por fim, deixou a cargo do juiz ou relator que admitir o amicus, a definição de seus poderes, no § 2º do art. 38. Entendemos que esse dispositivo deve gerar conflitos no futuro, pois é de interpretação ampla. 
CONCLUSÃO
Ao longo das pesquisas, notamos que o instituto se mostrou controverso em suas abordagens, mas, ao analisar os casos concretos aqui expostos, percebemos que foi se aprimorando com o passar do tempo e dessa forma contribuiu cada vez mais com o Poder Judiciário de uma forma geral, dando qualidade e efetividade aos provimentos jurisdicionais. 
A Lei 13.105 (Novo Código de Processo Civil) deu um grande passo na solução dos conflitos encontrados no amicus curiae, pois unificou o instituto, que antes se encontrava em dividido leis esparsas, bem como ampliou sua efetividade aos juízos singulares.
Logo, temos que a contribuição dada pelo NCPC é muito bem-vinda e tranquilizadora, devendo apenas aguardar para ver como o instituto será aplicado a partir de agora, devendo, caso a lei não consiga suprir alguma questão, a doutrina e jurisprudência darem sua contribuição à construção teleológica do instituto. 
REFERÊNCIAS:
[1] SILVA, Ovídio Batista. Curso de Direito Processual Civil. Vol. I. São Paulo. Ed. RT, p. 655 
[2] (STF - ADI: 2831 RJ , Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 30/11/2004, Data de Publicação: DJ 10/12/2004 PP-00054)
[3] NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil - Volume Único. 7. ed. Brasil: Método / Forense, 2015. p. 774 
[4] BUENO, Cássio Scarpinella, op. cit, p. 1447.
[5] DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. Vol. II. 5ª Edição. São Paulo: Malheiros Editores, 2005. P. 394
[6] GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. 1ª edição. São Paulo: Saraiva, 2011. P. 311
[7] DIDER, Fredie Jr. Curso de Direito Processual Civil. Vol. I, p. 420/421. 
[8] BUENO FILHO, Edgard Silveira. Amicus Curiae: A Democratização do Debate nos Processos de Controle da Constitucionalidade. Disponível em: https://www2.cjf.jus.br/ojs2/index.php/revcej/article/viewFile/510/691. Acesso em: 18 abr. 2015.
[9] BUENO, Cássio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: procedimento comum (ordinário e sumário)”. 3ª edição revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2010. vol. 2, tomo I,, p. 1457. 
[10] ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria Geral do Processo. 28. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.. p. 17. 
[11] DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 12. Ed. Atlas, 2010, p. 204. 
[12] MEDEIROS, Daniela Brasil. Amicus Curiae: Um Panorama Do Terceiro Colaborador. Revista da ESMARN, Natal, v. 7, n. 1, p.279-298, jan. 2008.
[13] BUENO, Cássio Scarpinella. op. cit,. p. 1.464
[14] SILVESTRI, Elisabetta. L’amicus curiae: uno strumento per la tutela degli interessi non rappresentati, p. 679/680.
[15] MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis, p. 75/79. 
[16] HÄBERLE, Peter apud MEDEIROS, Daniela Brasil. Amicus Curiae: Um Panorama Do Terceiro Colaborador. Revista da ESMARN, Natal, v. 7, n. 1, p.279-298, jan. 2008.
[17] NEVES, Daniel Amorim Assumpção, op cit., p. 776.
[18] idem.

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