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RESUMO PENAL ll AV2

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PRIORIDADES PARA A AV2
CONCURSO DE CRIMES
(Material, formal e crime continuado)
CONCURSO MATERIAL OU REAL DE CRIMES:
Requisitos:
a) mais de uma ação ou omissão;
b) prática de dois ou mais crimes;
c) Aplicação da pena: Cúmulo material (as penas são somadas).
CONCURSO FORMAL OU IDEAL DE CRIMES:
Requisitos:
a) uma só ação ou omissão;
b) prática de dois ou mais crimes;
c) Aplicação da pena: A mais grave das penas, aumentada de um sexto até metade (Exasperação).
Concurso formal perfeito (crimes culposos)
- Pena: A mais grave mais somada de 1/6 a ½.
- A pena não pode ser superior a do cúmulo material (concurso material benéfico).
Concurso formal imperfeito (crimes dolosos)
- Uma ação com o objetivo de praticar dois crimes (Desígnios autônomos).
- As penas são somadas.
CRIME CONTINUADO:
Teoria da ficção jurídica: Teoria adotada pelo Código Penal na qual se entende que o crime continuado é visto como um único crime.
Requisitos:
a) Duas ou mais ações;
b) Dois ou mais crimes;
c) mesma espécie de crime (atinge o mesmo bem jurídico protegido);
d) Condicionada a tempo e lugar;
e) mesma forma de execução;
f) continuidade.
G) Cálculo da pena: Exasperação (A pena mais grave + 1/6 até 1/2)
Questão n.1
Hercílio e Arnaldo, em unidade de desígnios e fortemente armados, no dia 15 de março de 2011, por volta das 23h, invadiram a residência de Hélio e Maria Rosa, na zona rural de Nova Iguaçu de Goiás, amarraram o casal e seus dois filhos, Vitória e Lélio, de 12 e 8 anos, cerceando sua liberdade pelo período de duas horas, causando-lhes extremo temor e traumas indeléveis. Durante o referido lapso temporal, os agentes vasculharam toda a casa e separaram alguns bens que a guarneciam (televisão, aparelho de som e alguns eletrodomésticos) para posterior subtração. Findo este prazo, levaram o casal à área externa da residência, com mãos e pés amarrados, os obrigaram a se ajoelhar no gramado e lhes desferiram dois tiros pelas costas, tendo as vítimas morrido instantaneamente.
Do feito, Hercílio e Arnaldo restaram denunciados e condenados pelos delitos de latrocínio consumado (roubo seguido de morte) em concurso formal de crimes.
Inconformados com a decisão proferida interpuseram apelação criminal com vistas à reforma do julgado e consequente descaracterização da incidência do art.70, do Código Penal, sob o argumento de que apenas ocorrera uma subtração patrimonial e a morte de duas vítimas, o que configuraria crime único de latrocínio e não concurso formal impróprio. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema concurso de crimes responda de forma objetiva e fundamentada:
Questão n.1
A pretensão dos agentes é procedente?
Resposta: O crime cometido contra duas ou mais vítimas, mediante uma só ação, configura concurso material, e não crime único. 
Questão n.2
Simplício ingressou em um ônibus linha Centro - Jardim Violeta, no centro da cidade do Rio de Janeiro com o dolo de subtrair pertences dos passageiros. Meia hora após o ingresso no ônibus sentou ao lado de um passageiro que cochilava e subtraiu-lhe a carteira dentro da mochila sem que ele percebesse. Em seguida, com emprego de grave ameaça, atemorizou Abrilina e Lindolfo, obrigando-os a entregar seus celulares. Ante o exposto, sendo certo que, no caso do primeiro passageiro Simplício praticou o delito de furto e, no caso de Abrilina e Lindolfo, os delitos de roubo, diferencie de forma objetiva e fundamentada concurso material e concurso formal de crimes a partir dos sistemas de aplicação de pena adotados em cada instituto e apresente o sistema aplicável ao caso concreto.
Resposta:
Ao caso concreto, aplica-se o sistema do concurso material de crimes, na classificação heterogênia, pois Simplício furtou a carteira de um passageiro – sem uso de violência - e roubou outros dois passageiros com emprego de violência. Portanto, o réu responderá pela soma das penas – cumulação.
Questão n.3
(VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO. TIPO 1. BRANCO. QUESTÃO 61)
Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão, é correto afirmar que:
a) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade.
b) o juiz deverá somar as penas.
c) é caso de concurso formal homogêneo.
d) é caso de concurso formal impróprio.
Questão n.4
Sobre os institutos do Concurso Material de Crimes, Concurso Formal de Crimes e Continuidade Delitiva, assinale a alternativa INCORRETA:
a) No caso de crime continuado, o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria da ficção jurídica, segundo a qual a unidade delitiva caracteriza-se como criação da lei.
b) No caso de incidência de concurso formal de crimes se a pena cominada em decorrência do sistema de exasperação de penas for mais grave que a pena calculada pelo sistema do cúmulo material, será aplicada este. Tal situação denomina-se concurso material benéfico.
c) Os desígnios autônomos, característicos do concurso formal imperfeito de crimes, aplicam-se a delitos dolosos e culposos.
d) No caso de conflito de leis penais no tempo não se aplica o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa para as condutas praticadas em continuidade.
Resposta correta é a Letra C => Os desígnios autônomos, característicos do concurso formal imperfeito de crimes, aplicam-se apenas a delitos dolosos.
2- CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
As causas extintivas da punibilidade estão no rol do artigo 107, do CP:
Art. 107. Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade da lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII – revogado pela lei 11.106/05
VIII - revogado pela lei 11.106/05
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
3. ANISTIA, GRAÇA E INDULTO
ANISTIA
Por meio dela o Estado renuncia ao seu ius puniendi, perdoando a prática de infrações penais que, normalmente, têm cunho político. Portanto, via de regra, a anistia dirige-se aos crimes políticos, mas nada impede que seja concedida a crimes comuns.
A concessão é de competência da União (art. 21, XVII, da CF):
Art. 21 - Compete à União:
XVII - conceder anistia;
De acordo com o art. 48, inciso VIII, da CF, é de competência do Congresso Nacional:
Art. 48 - Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
VIII - concessão de anistia;
A anistia pode ser concedida antes ou depois da sentença penal condenatória, sempre retroagindo a fim de beneficiar os agentes.
GRAÇA E INDULTO
A graça é o indulto concedido individualmente, a uma pessoa específica.
Ambos são de competência do Presidente da República.
O indulto coletivo, ou simplesmente indulto, costuma ser concedido anualmente pelo Presidente da República, mediante decreto, em data próxima ao final do ano, razão pela qual esse instituto passou a ser conhecido como indulto de natal.
Também não é possível a concessão de graça ou indulto aos crimes previsto s na lei 8.072/90.
5. PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PEREMPÇÃO
A prescrição será tratada em capítulo próprio.
A DECADÊNCIA é o instituto jurídico mediante o qual a vítima, ou quem tenha qualidade para representa-la, perde o seu direito de queixa(ações penais privadas) ou de representação (ações penais públicas condicionadas à representação) em virtude do decurso de um certo lapso temporal.
De acordo com o artigo 103, do CP:
Art. 103. Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do artigo 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
A PEREMPÇÃO: Perda do prazo de uma ação penal privada personalíssima ou propriamente dita, não se aplicando à privada subsidiária da pública. Nos termos do artigo 60, do CP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no artigo 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Entende-se, também, que na ação penal PERSONALÍSSIMA do crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento, a morte do querelante impede o prosseguimento da ação penal.
No caso do inciso I, o querelante deve ser intimado para que tome providências no sentido de dar andamento ao processo, só se justificando a decretação de perempção na sua inércia.
No caso do inciso II, entende-se que não é necessária a intimação dos parentes do querelante, visto a impossibilidade de a justiça penal realizar investigação em cada caso concreto para o descobrimento de parentes do falecido.
No caso do inciso III, existem duas situações: a ausência do querelante a qualquer ato do processo (desde que sua presença seja essencial) e se o querelante deixa de pedir a condenação do querelado em suas alegações finais.
08. PERDÃO JUDICIAL, NOS CASOS PREVISTOS EM LEI
O perdão judicial só pode ser aplicado pelo juiz nos casos em que a lei o autoriza, sendo vedada, portanto, a analogia in bonam partem.
Art. 121. - Matar alguém:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
Caso de diminuição de pena:
5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Exemplo: caso em que pais matam de forma culposa filhos.
Art. 242. - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil:
Parágrafo único. Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, podendo "o juiz deixar de aplicar a pena".
Art. 342. - Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, tradutor ou intérprete em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: 
3º - O fato deixa de ser punível, se, antes da sentença, o agente se retrata ou declara a verdade.
Questão n.1) 
               Maria Victória e Carlos Alberto, jovem casal residente no interior de Minas Gerais, há alguns anos tentava, sem êxito, ter filhos. Determinada noite, enquanto retornava de sua clínica veterinária, o casal foi abordado por uma jovem desconhecida, aparentando não mais que vinte anos e que, aos prantos colocou um bebê recém-nascido no colo de Maria Victória e saiu correndo. Carlos Alberto ainda tentou alcançá-la, bem como a procurou por diversos dias sem, contudo, encontrá-la. Passado um mês com o bebê em casa e temendo pela sua saúde, Maria Victória e Carlos Alberto decidiram por “adotá-lo” e, para tanto, o registraram como seu filho – Carlos Alberto V. Júnior.
                Passados 20 anos do fato, o casal é procurado por Alex Sandro, caminhoneiro, que se apresenta como suposto pai de Júnior. Sustenta Alex Sandro ter conhecido Lynildes, mãe biológica de Júnior, em uma cidade próxima durante uma festa na qual se apaixonaram, mas que, infelizmente, Lynildes desaparecera e nada contara sobre a gravidez, descoberta por ele há pouco mais de dois meses e que, portanto, lutaria pelo reconhecimento de Júnior como seu filho e não de Maria Victória e Carlos Alberto.
              A partir da premissa de que o casal foi pronunciado pela suposta prática dos delitos de parto suposto e registro de filho alheio como próprio, previstos no art. 242, caput, do Código Penal, com base nos estudos realizados sobre a teoria da pena, poderá o casal sustentar em tese defensiva a ocorrência de alguma causa extintiva de punibilidade? Responda de forma objetiva e fundamentada.
 (Acho que essa é a questão do caso concreto na prova)
Resposta: O casal terá direito ao perdão judicial, porque praticou o ato de boa fé.
Conforme o artgo Art. 242. - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil:
Parágrafo único. Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, podendo "o juiz deixar de aplicar a pena".
 
Questão n.2) Com relação às causas extintivas de punibilidade, assinale a opção INCORRETA:
a)    a renúncia configura a falta de interesse do ofendido em exercer o direito de queixa, portanto, antes da propositura da ação penal, diferentemente do perdão do ofendido, que ocorre no curso da ação penal.
b)    o perdão judicial configura direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei.
c)    a sentença que conceder perdão judicial será considerada para efeitos de reincidência.
d)    caso sejam reconhecidas antes do trânsito em julgado da sentença condenatória desaparecerão todos os efeitos do processo ou da sentença condenatória. 
 
Questão n.3) (UnB/CESPE – TJCE/2012. JUIZ SUBSTITUTO)
 
Antenor e Braz, ambos com dezenove anos de idade, planejaram, em comum acordo, furtar bens dos pais de Antenor, quando estes estivessem trabalhando. Na data combinada, os agentes subtraíram joias e dinheiro, no valor total de R$ 5.000,00, da residência do casal, local onde reside Antenor. Os pais de Antenor contam, cada um, cinquenta e cinco anos de idade. Com base nessa situação hipotética e no que dispõe o CP, assinale a opção correta: 
a)     Antenor e Braz estariam isentos de pena caso os valores subtraídos não ultrapassassem o de um salário mínimo.
b)    Caso Braz seja primário, o juiz pode diminuir a pena de um a dois terços, ou aplicar-lhe somente multa.
c)    Independentemente da quantia e da utilidade dos bens subtraídos, Antenor está isento de pena.
d)    A ação penal, no caso, será pública condicionada à representação das vítimas da ação delituosa.
e)    Por expressa disposição do CP, não há tipicidade material na ação de Antenor e Braz.
11) Constituem causas de extinção da punibilidade relacionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada (FCC - 2013 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho):
a) o perdão do ofendido e o perdão judicial. 
 b) a decadência e o perdão do ofendido. 
 c) a renúncia e a perempção. 
 d) a perempção e o perdão judicial. 
 e) a renúncia e a decadência.
 
12) No tocante às causas de extinção da punibilidade, pode-se dizer que a anistia.
 a) é individual, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer antes da sentença final.
 b) é geral ou parcial, opera efeitos ex nunc, pode ocorrer depois da sentença final.
 c) opera efeitos ex tunc, pode ser condicionada ou incondicionada, geral ou parcial.d) pode ser aplicada aos crimes de tortura.
 e) atualmente pode ser aplicada aos crimes hediondos.
6) Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal brasileiro (FEPESE - 2013 - DPE-SC):
a) O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade inferior dois anos.
b) Não será concedido livramento condicional para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa.
c) Caso o liberado venha a ser condenado durante a vigência do benefício, revoga-se o livramento condicional.
d) O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento.
e) Revogado o livramento, a qualquer momento poderá o juiz da execução conceder novamente o benefício.
3-MEDIDAS DE SEGURANÇA
(AULA 11)
1. INTRODUÇÃO
Durante a vigência do Código Penal de 1940, prevalecia o sistema do DUPLO BINÁRIO ou DUPLO TRILHO, no qual a medida de segurança era aplicada ao agente considerado perigoso, que havia praticado um fato previsto como crime, cuja execução era iniciada após o condenado cumprir a pena privativa de liberdade ou, no caso de absolvição, de condenação à pena de multa.
Hoje, abandono-se o sistema do duplo binário, adotando o sistema VICARIANTE, que quer dizer “substituição”, ou seja, aplica-se medida de segurança, como regra, ao sujeito que pratica fato típico, ilícito, porém, não culpável. O sujeito é absolvido, mas lhe é aplicada a medida de segurança.
As medidas de segurança têm uma finalidade diversa da pena, pois se destinam à cura ou tratamento daquele que praticou fato típico e ilícito.
Quando o inimputável pratica conduta típica e ilícita, deverá ser absolvido, aplicando-se-lhe, contudo, medida de segurança, razão pela qual essa sentença que, por um lado, o absolve, mas, por outro, lhe aplica a medida, é denominada SENTENÇA ABSOLUTÓRIA IMPRÓPRIA.
Observações:
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
III - não constituir o fato infração penal; 
A QUEM CABE A MEDIDA DE SEGURANÇA:
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
ESPÉCIES DE MEDIDA DE SEGURANÇA
Nos termos do artigo 96, do CP:
Art. 96. As medidas de segurança são:
I - internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado;(manicômio judiciário)
II - sujeição a tratamento ambulatorial.
Parágrafo único. Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
Como as medidas de segurança podem-se iniciar em internação ou em tratamento ambulatorial, dividem-se as mesmas em medidas de segurança DETENTIVAS (internação) e RESTRITIVAS (tratamento ambulatorial).
SISTEMAS VACARIANTE E DUPLO BINÁRIO:
Sistema vicariante é o de substituição. É um sistema em que haverá pena ou medida de segurança, um substituindo o outro. No CP de 1940 adotávamos o sistema do duplo-binário, pelo qual havia pena e medida de segurança, a serem impostas ao semi-imputável, com a reforma de 1.974 passamos a adotar o sistema vicariante.
MEDIDA DE SEGURANÇA SUBSTITUTIVA APLICADA AO SEMI-IMPUTÁVEL
(Incidente de sanidade mental)
Medida de segurança que ocorre depois do inicio do cumprimento da pena:
Ocorrendo a recuperação:
Desconta-se o tempo de internação e cumpre-se o resto da pena (ocorria no sistema duplo binário).
A pena é extinta (Sistema atual: vicariante)
Tal substituição ocorre na seguinte situação:
O semi-imputável foi condenado; aplicaram-lhe uma pena; agora, em virtude da necessidade de especial tratamento curativo, pois que sua saúde mental encontra-se perturbada, a pena privativa de liberdade a ele aplicada poderá ser substituída pela internação ou pelo tratamento ambulatorial.
Embora o artigo 98 do CP faça remissão ao 97, implicando dizer que o tratamento ambulatorial ou a internação se darão por prazo indeterminado, entende-se que, nesse caso específico, o tempo da medida de segurança jamais poderá ser superior ao tempo da condenação do agente.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E MEDIDA DE SEGURANÇA
Nos termos do § único do art. 96, do CP:
Parágrafo único. Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
Aplicam-se, portanto, às medidas de segurança, todas as causas extintivas da punibilidade previstas na legislação, dentre as quais, obviamente, a prescrição.
Quanto ao cálculo da prescrição, entende-se que, pelo fato de o inimputável não poder ser condenado, não conferindo a sentença uma referência concreta ao cálculo da prescrição, este cálculo deverá ser realizado sempre pela pena máxima cominada ao fato delitivo.
INSANIDADE MENTAL SUPERVENIENTE:
É aquela que surge durante o cumprimento da pena.
Questão n.1) 
       Celidônio Alves, denunciado como incurso na prática do delito previsto no art. 217-A c.c art. 225, parágrafo único, ambos do Código Penal, foi absolvido impropriamente, tendo sido imposta consectária medida de segurança de internação com fulcro no art. 386, inc. VI, do Código de Processo Penal. Inconformada com a decisão, a defesa interpôs recurso de apelação e, nas suas razões, alegou que a medida de internação aplicada não obedecia à necessária individualização da pena, bem como ressaltou que o réu ficaria afastado de sua família, o que prejudicaria sua recuperação, razão pela qual postulou a aplicação de tratamento ambulatorial ao acusado e fixação de tempo mínimo para a aplicação da medida de segurança. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda, fundamentadamente, se o pedido deverá ser provido.
Resposta: O recurso não deve ser provido, porque o crime praticado é grave e a medida indicada é a internação.
Art. 217. - Seduzir mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (catorze), e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
 
Questão n.2) 
      Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, como incurso nas sanções do art.121§2º incisos II e III, do Código ? homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de doença mental, razão pela qual a pena privativa de liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante o exposto, é correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a cessação da periculosidade do agente averiguada:
a)    independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal.
b)    independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para o cumprimento de sanção penal reclusiva.
c)    de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal e terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta.
d)    de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, independentemente do período residual desta.
 
Questão n.3) (DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar:
a)    nos termos do Código Penal, para o semi-imputávelo juiz primeiro deve fixar o quantum da pena privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só pode ser de tratamento ambulatorial.
b)    nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
c)    nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança, que deverá ser cumprida no próprio presídio.
d)    o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de condenação à pena privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o agente deve primeiro cumprir a pena e, após, ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de segurança.
1) As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos:
a) as penas são proporcionais à periculosidade do agente;
b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi-imputáveis;
c) as penas têm natureza retributiva-preventiva e as medidas de segurança são preventivas;
d) as medidas de segurança ligam-se ao sujeito ativo pelo juízo de culpabilidade;
2) Com relação à aplicação das medidas de segurança aos inimputáveis, o nosso Código Penal adotou o sistema:
 a) vicariante, aplicando-se somente medida de segurança; 
b) duplo binário, aplicando-se pena e a medida de segurança ao mesmo tempo;
 c) duplo binário, aplicando-se primeiro a medida de segurança e, em seguida, a pena; 
d) vicariante, aplicando-se a pena ou medida de segurança;
e) duplo binário, primeiro a pena e depois medida de segurança.
8) Assinale a alternativa correta relativamente ao tratamento dado pela legislação penal brasileira à Medida de Segurança (VUNESP - 2013 - TJ-RJ – Juiz).
a) Enquanto a detentiva é obrigatória para fatos punidos com reclusão, a restritiva pode ser aplicada em caso de fatos punidos com detenção.
b) Pode ser aplicada tanto a inimputáveis quanto aos semi-imputáveis, sempre por meio de sentenças absolutórias impróprias.
c) Tem como pressuposto a periculosidade, de forma que pode ser aplicada ao inimputável ou semi-imputável que tenha praticado fato típico, mesmo que não antijurídico.
d) A desinternação será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de dois anos, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade.
10) Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que (FCC - 2012 - TJ-GO – Juiz):
a) são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade.
 b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível.
 c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução.
 d) a desinternação será sempre incondicional.
 e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade.
4- ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS:
É uma expressão jurídica usada no Código Penal Brasileiro para designar uma situação em que houve um crime e o réu foi declarado culpado, mas, por razões de utilidade pública, ele não está sujeito à pena prevista para aquele crime. Um filho que furta o pai, por exemplo, não está sujeito a punição imposta por arbítrio judicial.[
TÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO:
(FURTO, ROUBO E EXTORSÃO, USURPAÇÃO, DANO, APROPRIAÇÃO INDÉBITA ...)
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes (SEM VIOLÊNCIA) previstos neste título, em prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Observação:
Art. 182. - Somente se procede mediante representação (no prazo de 6 meses), se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: 
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - do tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Defensoria/MA - 2009 - FCC) - Há previsão legal de escusa absolutória nos delitos patrimoniais desde que seja cometido contra cônjuge, na constância da sociedade conjugal,
(a) ascendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de violência ou grave ameaça somente contra a pessoa;
(b) ascendente, descendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou em geral, quando haja emprego de violência ou grave ameaça somente contra a pessoa;
(c) ascendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de violência ou grave ameaça contra a pessoa e ao estranho que participa do crime;
(d) ascendente, descendente, excluídos os crimes de roubo, extorsão e latrocínio;
(e) ascendente, descendente, excluídos os crimes de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de violência ou grave ameaça contra a pessoa e ao estranho que participa do crime;
5- REINCIDÊNCIA
Cinco anos após o término do cumprimento da pena, uma pessoa que cometeu um novo crime transitado em julgado, não será considerada mais reincidente, mas terá maus antecedentes.
Art. 63. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Art. 64. - Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação;
São três, portanto, os requisitos indispensáveis à configuração da reincidência:
- prática de CRIME anterior;
- trânsito em julgado da sentença condenatória;
- prática de novo CRIME, APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO da sentença penal condenatória.
Não há reincidência quando se pratica contravenção como primeiro crime;
Questão n.1) Leia o caso concreto abaixo apresentado e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas com base nos estudos realizados sobre dosimetria de pena, maus antecedentes e reincidência.
(ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB. XI EXAME DE ORDEM. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL. ÁREA: DIREITO PENAL)
Ricardo cometeu um delito de roubo no dia 10/11/2007, pelo qual foi condenado no dia 29/08/2009, sendo certo que o trânsito em julgado definitivo de referida sentença apenas ocorreu em 15/05/2010. Ricardo também cometeu, no dia 10/09/2009, um delito de extorsão. A sentença condenatória relativa ao delito de extorsão foi prolatada em 18/10/2010, tendo transitado definitivamente em julgado no dia 07/04/2011. Ricardo também praticou, no dia 12/03/2010, um delito de estelionato, tendo sido condenado em 25/05/2011. Tal sentença apenas transitou em julgado no dia 27/07/2013. Nesse sentido, tendo por base apenas as informações contidas no enunciado, responda aos itens a seguir.
A) O juiz, na sentença relativa ao crime de roubo, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes?
Resposta: Eventual sentença condenatória ainda não transitada em julgado não tem o condão de implicar- lhe maus antecedentes, pois isso significaria acréscimo de tempo em sua pena e contrariaria, assim, o princípio do estado de inocência, constitucionalmente previsto.
B) O juiz, na sentença relativa ao crime de extorsão, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário?
Resposta: Ricardo é primário. Isso porque a extorsão foi cometida em 10/09/09, antes, portanto, do trânsito em julgado da sentença que o condenou pelo roubo (ocorrido em 15/05/2010), tal como manda o Art. 63 do CP. Não obstantea primariedade de Ricardo, ele é portador de maus antecedentes, pois na data da sentença relativa ao delito de extorsão (18/10/2010) já havia ocorrido o trânsito em julgado da sentença do crime de roubo.
C) O juiz, na sentença relativa ao crime de estelionato, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário?
Resposta: Ainda permanece a primariedade de Ricardo, pois o delito de estelionato foi cometido antes do trânsito em julgado de qualquer outro delito. Perceba-se que um indivíduo somente pode ser considerado reincidente se o crime pelo qual está sendo julgado tiver sido cometido após o trânsito em julgado de sentença que lhe haja condenado por delito anterior, nos termos do Art. 63, do CP.
Questão n.3) Consoante entendimento sumulado pelos Tribunais Superiores sobre o sistema trifásico de aplicação de penas, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
I. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena aquém do mínimo legal.
II. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
III. É admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo em benefício dos corréus.
IV. Fixada a pena-base no mínimo legal, é possível o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base na opinião do julgador sobre gravidade abstrata do delito.
a) somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) somente as afirmativas I e III estão corretas
c) somente as afirmativas II e III estão corretas.
d) somente as afirmativas I, III e IV estão correta.
Resposta: Letra “a”

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