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ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS IMPORTANTE Esta aula é fundamentada na legislação em vigor sobre o assunto; Tem por objetivo contribuir para a interpretação e compreensão dos textos legais; Recomenda-se a pesquisa e leitura dos regulamentos citados. http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias Dieta: deriva do grego “ díaita” que significa gênero de vida. EXEMPLOS DE TIPOS DE DIETA Dieta para portadores de fenilcetonúria: ausência ou diminuição da atividade da L-fenilalanina-4monooxigenase; Dieta para portadores de doença celíaca: associada a produtos provenientes de grãos de trigo, cevada e aveia; Dieta Hipossódica; Dieta com baixo teor de colesterol e de gordura saturada; Dieta hipocalórica; Dieta hipoglicídica. ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS DEFINIÇÃO (PORTARIA nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998) São alimentos especialmente formulados ou processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, adequados à utilização em dietas diferenciadas e/ou opcionais, atendendo às necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas. IMPORTANTE Considerando-se a definição de ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS, verifica-se que estes alimentos NÃO SE DESTINAM PARA O CONSUMO DA POPULAÇÃO EM GERAL, mas somente para aquelas que POSSUEM NECESSIDADES ESPECIAIS, exigindo, portanto, maior cuidado no uso de alegações e/ou informações que possam causar erro, engano ou confusão por parte do consumidor. ALIMENTOS DIET Os alimentos DIET fazem parte dos ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS regulamentados pela PORTARIA nº 29, de 13 de JANEIRO de 1998 da ANVISA. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA PORTARIA nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 Excluem-se desta categoria: Alimentos adicionados de nutrientes essenciais; Bebidas dietéticas e ou de baixas calorias e ou alcoólicas; Suplementos vitamínicos e ou de minerais; Produtos que contenham substâncias medicamentosas ou indicações terapêuticas; Aminoácidos de forma isolada e combinada. CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS DE ACORDO COM A PORTARIA nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998 DA ANVISA 1. Alimentos para dietas com restrição de nutrientes; 2. Alimentos para ingestão controlada de nutrientes; 3. Alimentos para grupos populacionais específicos; CLASSIFICAÇÃO (Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998) 1. Alimentos para dietas com restrição de nutrientes* a) Alimentos para dietas com restrição de carboidratos; b) Alimentos para dietas com restrição de gorduras; c) Alimentos para dietas com restrição de proteínas; d) Alimentos para dietas com restrição de sódio; e) Outros alimentos destinados a fins específicos. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para os alimentos classificados neste item. CLASSIFICAÇÃO (Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998) 2. Alimentos para ingestão controlada de nutrientes a) Alimentos para controle de peso (Portaria 30 de 13/01/1998)*; b) Alimentos para atletas (Resolução Nº 18, de 27/04/2010); c) Alimentos para dietas para nutrição enteral; (Resolução 449 de 09/ 09/1999) d)Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares * e)Outros alimentos destinados a fins específicos. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para os alimentos classificados nos itens assinalados. CLASSIFICAÇÃO (Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998) 3. Alimentos para grupos populacionais específicos a) Alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância (Portaria 34 de 13/01/1998); b) Alimentos para gestantes e nutrizes (Portaria 223 de 24/03/1998); c) Alimentos à base de cereais para alimentação infantil (Portaria 36 de 13/01/1998); d) Fórmulas infantis (Portaria 977 de 05/12/1998- Revogada; Portarias atuais- 42, 43 , 44, 45 e 46 de 2011; Prazo para adequação: 22/03/2014); e) Alimentos para idosos; f)Outros alimentos destinados aos demais grupos populacionais específicos. 1. Alimentos para dietas com restrição de nutrientes (DIET) . Alimentos para dietas com Restrição de Carboidratos a) Alimentos para dietas com restrição de sacarose, frutose e ou glicose. Podem conter no máximo 0,5g de sacarose, frutose e ou glicose por 100g ou 100mL do produto final a ser consumido. Especialmente formulados para atender às necessidades das pessoas com distúrbios no metabolismo desses açúcares. b) Alimentos para dietas com restrição de outros mono e ou dissacarídeos. Podem conter no máximo 0,5g do nutriente em referência, por 100g ou 100mL do produto final a ser consumido. Especialmente formulados para atender às necessidades de portadores de intolerância à ingestão de dissacarídeos e ou portadores de erros inatos do metabolismo de carboidratos. c) Adoçantes com restrição de sacarose, frutose e ou glicose- Adoçante Dietético. Alimentos para dietas com Restrição de Gorduras Especialmente formulados para pessoas que necessitem de dietas com restrição de gorduras. Podem conter no máximo 0,5g de gordura total por 100g ou 100mL no produto final a ser consumido. Alimentos para dietas com Restrição de Proteínas Especialmente elaborados para atender às necessidades de portadores de erros inatos do metabolismo, intolerâncias, síndromes de má absorção e outros distúrbios relacionados à ingestão de aminoácidos e ou proteínas. Estes produtos devem ser totalmente isentos do componente associado ao distúrbio. Fenilcetonúria ou Doença de Folling Ocasionada pela ausência ou diminuição da atividade da L-fenilalanina – 4 – monooxigenase; L-fenilalanina – 4 – monooxigenase catalisa a hidroxilação de fenilalanina a tirosina; O excesso de fenilalanina é transaminado e sua presença ou de seus metabólitos causam danos cerebrais; No Brasil a incidência é de 1/ 22 mil nascidos; As proteínas possuem em torno de 5% de fenilalanina. A dieta deve ser suplementada com produtos especiais. Doença Celíaca ou Espru Reação imunológica no intestino causada por produtos contendo glúten (cereais da família Gramineae, exceto milho e arroz); Causa atrofia da mucosa intestinal: diarréia e desnutrição são alguns dos sintomas causados pela má absorção de nutrientes; Fezes moles, mas não líquidas, volumosas e pálidas; Diagnóstico: determinação de anticorpos antigliadina e outras proteínas alimentares e outros testes imunológicos; ADOÇANTES DIETÉTICOS ADOÇANTES DIETÉTICOS Os adoçantes dietéticos são constituídos por EDULCORANTES e veículos (compostos utilizados com a finalidade de diluir os edulcorantes dando volume ao produto); EDULCORANTES são substâncias naturais (normalmente extraídas de vegetais e frutas) ou artificiais, não necessariamente açúcares, que possuem capacidade adoçante superior à da sacarose. CLASSIFICAÇÃO DOS ADOÇANTES DIETÉTICOS Existem dois tipos de classificação para os edulcorantes: 1. Segundo a origem Edulcorantes artificiais; Edulcorantes naturais. 2. Segundo o valor calórico Edulcorantes com calorias; Edulcorantes sem calorias. ADOÇANTES ARTIFICIAISSacarina (2,3- dihidro, 3- oxobenzeno iso sulfanazol): adoçante sintético que pode ser obtido a partir do tolueno ou do anidrido ftálico. Seu sabor é amargo e pode ir ao fogo. Nos EUA existe alerta na embalagem. 500 vezes mais doce que o açúcar comercial. Não fornece calorias. Ciclamato (ácido ciclohexil-sulfâmico): obtido a partir da sulfonação da ciclohexilamina. Deixa gosto amargo na boca e pode ir ao fogo. Poder adoçante 30 vezes maior que o açúcar comercial. Não fornece calorias. ADOÇANTES ARTIFICIAIS Aspartame (éster metílico de L- aspartil- L- fenilalanina): Não deixa gosto amargo. Fornece 4 kcal/g. Poder adoçante 200 vezes maior que o açúcar comercial. Acessulfame- K: obtido a partir de derivados do ácido acetoacético. Não apresenta efeitos tóxicos. 200 vezes mais doce que o açúcar comercial e não contém calorias. ADOÇANTES ARTIFICIAIS Sucralose: Sua doçura pode variar de 400 a 800 vezes em relação à sacarose. É um edulcorante muito versátil, podendo ser utilizado em vários tipos de alimentos. Não fornece calorias. Estudos mostraram que não tem efeitos teratogênicos ou mutagênicos. ADOÇANTES NATURAIS Steviosídeo (glicosídeo diterpênco): adoçante natural, extraído das folhas de Stevia rebaudiana, nativa da fronteira do Brasil com Paraguai. Não apresenta restrição de consumo. Fornece 4 kcal/g. Cerca de 300 vezes mais doce que o açúcar comercial. Xilitol (álcool pentahídrico- C5H12O5): adoçante natural extraído de certas frutas e madeira. São atribuídas propriedades anti-cariogênicas, além de ajudar na remineraliação de pequenas cáries. Mesmo poder adoçante da sacarose. Fornece 2,4 kcal/g. ADOÇANTES DE MESA Frutose: adoça 30% mais que o açúcar comercial. Fornece 4 kcal/g; Mid sugar: adoçante de mesa com açúcar e aspartame. Alimentos para dietas com Restrição de Sódio Alimentos hipossódicos: são alimentos especialmente elaborados para pessoas que necessitem de dietas com restrição de sódio, cujo valor dietético especial é o resultado da redução ou restrição de sódio. SAL HIPOSSÓDICO - PORTARIA nº 54 / MS / SNVS, de 04 de JULHO de 1995 CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO Sal com Reduzido Teor de Sódio: sal hipossódico que fornece 50%, no máximo, do teor de sódio contido na mesma quantidade de cloreto de sódio. Nesse tipo de sal, pode ser utilizado a expressão light, low, lower, etc. Sal para Dieta com Restrição de Sódio: sal hipossódico que fornece 20%, no máximo, do teor de sódio contido na mesma quantidade de cloreto de sódio. Nesse tipo de sal, pode ser utilizado a expressão diet. Ingredientes obrigatórios: cloreto de sódio, cloreto de potássio e iodo. 2. Alimentos para ingestão controlada de nutrientes. ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO PORTARIA nº 30, de 13 de JANEIRO de 1998 DEFINIÇÕES Alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composição definida, adequada a suprir parcialmente as necessidades nutricionais do indivíduo e que sejam destinados a propiciar REDUÇÃO, MANUTENÇÃO ou GANHO DE PESO CORPORAL. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para estes alimentos. ALIMENTOS PARA ATLETAS (RDC Nº. 18, DE 27 DE ABRIL DE 2010) DEFINIÇÕES Este regulamento se aplica aos alimentos especialmente formulados para auxiliar os atletas a atender suas necessidades nutricionais específicas e auxiliar no desempenho do exercício. Obs: Fica revogada a Portaria SVS/MS n. 222, de 24 de março de 1998, à exceção dos itens 4.3.5; 9.1.2.2; 5; 6; 7; e Anexo B no que se refere aos aminoácidos de cadeia ramificada. ALIMENTOS PARA NUTRIÇAÕ ENTERAL RESOLUÇÃO nº 449, de 09 de SETEMBRO de 1999 DEFINIÇÕES Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializada, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção de tecidos, órgãos ou sistemas. ALIMENTOS PARA DIETAS DE INGESTÃO CONTROLADA DE AÇÚCARES DEFINIÇÕES Alimentos especialmente formulados para atender às necessidades de pessoas que apresentam distúrbios do metabolismo de açúcares, não devendo ser adicionados de açúcares. É PERMITIDA A PRESENÇA DOS AÇÚCARES NATURALMENTE EXISTENTES NAS MATÉRIAS UTILIZADAS. Obs*: O termo diet pode, opcionalmente, ser utilizado para estes alimentos. 3. Alimentos para grupos populacionais específicos Os alimentos para grupos populacionais específicos devem atender às necessidades fisiológicas pertinentes, classificados e NORMATIZADOS POR REGULAMENTOS ESPECÍFICOS. ALIMENTOS DE TRANSIÇÃO PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA (Portaria 34 de 13/01/1998) São aqueles alimentos industrializados para uso direto ou em empregado em preparado caseiro, utilizados como complemento do leite materno ou de leites modificados introduzidos na alimentação de lactentes (de zero a 12 meses incompletos) e crianças de primeira infância (de 12 meses a 3 anos), com o objetivo de promover uma adaptação progressiva aos alimentos comuns, e de tornar essa alimentação balanceada e adequada às suas necessidades, respeitando-se sua maturidade fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor. COMPLEMENTOS ALIMENTARES PARA GESTANTES E NUTRIZES (LACTANTE) (Portaria 223 de 24/03/1998) Destinados a complementar a alimentação deste grupo; É um alimento processado e conservado por meios físicos, podendo ser apresentado de diversas formas conforme a tecnologia de fabricação (líquido, pó, flocos e grânulo); Quando na forma sólida, pode ser diluído em água, leite ou outro líquido; Quando na forma líquida, poderá ser utilizado diretamente ou misturado com água, leite ou outo líquido. ALIMENTOS À BASE DE CEREAIS PARA ALIMENTAÇÃO INFANTIL (Portaria 36 de 13/01/1998) Entende-se por alimentos para alimentação infantil os alimentos próprios para lactentes e crianças de primeira infância, adequados à maturidade fisiológica e seu desenvolvimento neuropsicomotor; O cereal desidratado para alimentação infantil é um alimento à base de cereal, com ou sem leguminosas, com baixo teor de umidade, fragmentado para permitir sua diluição com água, leite ou outro líquido conveniente para alimentação de lactentes. FÓRMULAS INFANTIS PARA LACTENTES DEFINIÇÕES É o produto em forma líquida ou em pó, destinado a alimentação de lactentes, sob prescrição, em substituição total ou parcial do leite humano, para satisfação das nescessidades nutricionais deste grupo etário; Excetuam-se as fórmulas destinadas a satisfazer necessidades dietoterápicas específicas. Portaria 977 de 05/12/1998-Revogada Portarias atuais- 42, 43 , 44, 45 e 46 de 2011 Prazo para adequação: 22/03/2014 NOVAS RESOLUÇÕES PARA FÓRMULAS INFANTIS PARA LACTENTES I – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 42, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico de compostos de nutrientes para alimentos destinados a lactentese a crianças de primeira infância; II – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 43, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes; III – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 44, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico para fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância; IV – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 45, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre o regulamento técnico para fórmulas infantis para lactentes destinadas a necessidades dietoterápicas específicas e fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância destinadas a necessidades dietoterápicas específicas; V – Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 46, de 19 de setembro de 2011 - Dispõe sobre aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia para fórmulas infantis destinadas a lactentes e crianças de primeira infância. ATENÇÃO ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS (Fortificados / enriquecidos) PORTARIA MS N0 31 de 13/01/1998 Não se enquadram na PORTARIA nº 29, de 13 de JANEIRO de 1998. ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS - PORTARIA nº 31, de 13 de janeiro de 1998 DEFINIÇÕES Alimento fortificado/ enriquecido ou simplesmente adicionado de nutrientes é todo alimento ao qual for adicionado um ou mais nutrientes essenciais contidos naturalmente ou não no alimento, com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo e ou prevenir ou corrigir deficiência (s) demonstrada(s) em um ou mais nutrientes, na alimentação da população ou em grupos específicos da mesma. ALIMENTOS ADICIONADOS DE NUTRIENTES ESSENCIAIS - PORTARIA nº 31, de 13 de janeiro de 1998 DEFINIÇÕES Alimento restaurado ou com reposição de nutrientes essenciais, todo alimento ao qual for(em) adicionado(s) nutriente(s) com a finalidade de repor, quantitativamente, aquele(s) reduzido(s) durante o processamento e ou armazenamento do alimento. ALIMENTOS LIGHT, LOW , FREE, ZERO.......... ALIMENTOS LIGHT, LOW , FREE, ZERO.......... Estes termos estão descritos na Portaria Nº 27, de 13 de janeiro de 1998 – REGULAMENTO TÉCNICO REFERENTE À INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR (declarações relacionadas ao conteúdo de nutrientes). INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR A declaração de propriedades nutricionais relativas ao conteúdo de nutrientes pode ser de duas formas: Para descrever a quantidade de valor energético e ou nutriente contido no alimento (absoluta); Para comparar os níveis de valor energético e ou nutrientes de dois ou mais alimentos (comparativa). Portaria Nº 27, de 13 de janeiro de 1998: Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional Complementar DEFINIÇÕES Informação Nutricional Complementar Comparativa é a que COMPARA os níveis de nutrientes e ou valor energético de dois ou mais alimentos. OBS: a identidade dos alimentos ao qual o alimento está sendo comparado deve ser definida. Os alimentos precisam ser descritos de maneira que possam ser claramente identificados pelo consumidor. IMPORTANTE As condições para as declarações relacionadas ao conteúdo de cada nutriente ou valor energético, aplicável para a utilização de cada um destes termos são definidos nas TABELAS ANEXAS da PORTARIA 27. EE EXEMPLOS O termo LIGHT pode ser utilizado quando for cumprido o atributo BAIXO; Estes termos podem ser utilizados tanto para o CONTEÚDO ABSOLUTO como para o CONTEÚDO COMPARATIVO de nutrientes e de valor energético. A comparação deve atender: Uma DIFERENÇA RELATIVA MÍNIMA DE 25%, para mais ou para menos, no valor energético ou conteúdo de nutrientes dos alimentos comparados; Portaria Nº 27, de 13 de janeiro de 1998: Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional Complementar IMPORTANTE O conteúdo de nutriente e/ou valor energético do alimento com o qual se compara deve ser calculado a partir de: um produto similar do mesmo fabricante ou; um valor médio do conteúdo de três produtos similares conhecidos que sejam comercializados na região ou; uma base de dados de valor reconhecido. Tabela de Termos Conteúdo absoluto de nutrientes e ou valor energético Atributo Termos Traduções Baixo baixo (pobre, leve) light, lite, low... Não contém não contém (livre..., zero..., sem..., isento de ...) free, no..., without..., zero... Alto teor alto teor (rico em..., alto conteúdo...) high..., rich... Fonte de fonte... source... Muito baixo muito baixo very low... Sem adição de sem adição de... no... added Conteúdo comparativo de nutrientes e ou valor energético Atributo Termos Traduções Reduzido reduzido...(leve) light..., lite... Aumentado aumentado... increased... RECOMENDAÇÕES O atributo deve estar associado ao nutriente ou ao valor energético, e a associação deve ser explicitada claramente no rótulo; A expressão das informações comparativas por meio de tabelas representa uma forma facilitadora para a compreensão do consumidor. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E COMPREENSÃO DOS RÓTULOS DOS ALIMENTOS IMPORTÂNCIA DOS RÓTULOS Informações como light, diet, zero, sugar free, 0% de gordura, sem colesterol, sem gordura trans, etc., presentes nas rotulagens influenciam na hora da decisão de compra. LEMBRETES IMPORTÂNCIA DOS RÓTULOS A compreensão dos termos usados na rotulagem de alimentos é importante para a PROTEÇÃO e PROMOÇÃO DA SAÚDE do consumidor. POR QUE LER OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS Os portadores de enfermidades DEVEM LER OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS, observando a lista de ingredientes e a rotulagem nutricional para verificar a presença daquele ingrediente ou nutriente que não deve consumir ou que pode consumir em baixa quantidade. Um alimento diet pode ser ingerido por qualquer pessoa que não tenha problemas de saúde, mas um diabético NÃO pode consumir um diet que contenha açúcar. APRENDA A LER OS RÓTULOS DOS ALIMENTOS Verifique o rótulo do produto e para qual finalidade ele foi desenvolvido: Leia os rótulos cuidadosamente; Leia a lista de ingredientes; Não confie apenas na denominação diet ou light presente no rótulo; Observe atentamente a composição nutricional do produto, identificando a quantidade de cada nutriente (gordura, carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais). ATENÇÃO PARA OS DIZERES: “não contém açúcar” “sem adição de açúcar” IMPORTANTE Os produtos diet destinados para dietas com restrição de carboidratos, dietas com restrição de gorduras e dietas de ingestão controlada de açúcares, devem conter a advertência: “Diabéticos: contém (especificar o mono e/ou dissacarídeo- glicose/frutose/sacarose)”, caso contenham esses açúcares. O QUE NÃO DEVE CONSTAR NO RÓTULO DOS ALIMENTOS É comum identificarmos nos rótulos dos alimentos algumas expressões, ilustrações, figuras, marcas ou símbolos que podem induzir o consumidor à formação de idéias e ou interpretaçõesenganosas que não devem constar nos rótulos sob nenhuma circunstâncias. O QUE NÃO DEVE CONSTAR NO RÓTULO DOS ALIMENTOS Características inerentes ao alimento ou obrigatoriedade legal decorrente de situações nutricionais específicas; Deve-se incluir um esclarecimento com igual realce e visibilidade de que todos os alimentos daquele tipo também possuem essas características Resolução Nº 357/2001- Artigo 73- Conselho Federal de Farmácia O farmacêutico poderá dispensar as seguintes categorias de alimentos (Resolução Nº 357/2001- Conselho Federal de Farmácia - Capítulo VII): (são os classificados como ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS, Portaria 29 de 13/01/1998 pela ANVISA). Alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio); Alimentos para ingestão controlada de nutrientes (controle de peso, praticantes de atividade física, nutrição enteral, ingestão controlada de açúcares); Alimentos para grupos populacionais específicos (lactentes, complementos alimentares para gestantes e nutrizes, alimentos para idosos); Outros alimentos específicos (suplementos vitamínicos e/ou minerais, sucedâneos do sal, alimentos ricos em fibras, alimentos funcionais, mel e derivados, chás aromáticos, reconstituidores da flora intestinal liofilizados). O farmacêutico diretor técnico não poderá permitir a dispensação nas farmácias e drograrias dos seguintes alimentos (Resolução Nº 357/2001- Conselho Federal de Farmácia - Capítulo VII): Alimentos convencionais e bebidas em geral, in natura e/ou industrializados; Refrigerantes dietéticos; Leites pasteurizados, esterilizados, e outros derivados do leite na forma líquida; Alimentos convencionais modificados classificados como: baixo teor, reduzido teor, alto teor, fonte de, ou low, light, rich ou high, source. Deverão ser observados os seguintes procedimentos quanto a guarda e dispensação dos alimentos facultados pela legislação (Resolução Nº 357/2001- Conselho Federal de Farmácia-): Os alimentos devem ter registro no Ministério competente; Devem estar separados dos demais produtos e medicamentos; Os produtos devem obedecer a rotulagem da legislação específica; Devem estar em unidades pré-embaladas sendo vedado o seu fracionamento; Os consumidores devem ser orientados quanto as diferenças, indicações e riscos do uso destes alimentos. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA) http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias OBS: Todos os profissionais da ÁREA DA SAÚDE devem manter-se atualizados em relação à legislação brasileira para alimentos pois ela é bastante rigorosa e, CONSTANTEMENTE, passa por modificações. IMPORTANTE Antes de fazer uso de qualquer produto ou alimento dietético devemos nos informar com médicos, nutricionistas, farmacêuticos ou outro profissional habilitado e reconhecer os ingredientes/componentes da formulação. Nunca devemos fazer qualquer tipo de dietoterapia sem um acompanhamento individualizado, cada pessoa tem características próprias.
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