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TERCEIRA PARTE DO MATERIAL DE APOIO DE ADMINISTRAÇÃO - TGA 
PROFA. CRISTIANE DOMINGUES 
– TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 
Com a Abordagem Humanística, a Teoria Administrativa sofre uma verdadeira 
revolução conceitual. A ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional passa às 
pessoas que trabalham ou participam das organizações. A preocupação com a 
máquina e com os métodos de trabalho e a preocupação com a organização formal e 
os princípios de Administração aplicáveis aos aspectos organizacionais cedem 
prioridade para a preocupação com o homem e o grupo social, dos aspectos técnicos 
e formais para os aspectos psicológicos e sociológicos. 
A Teoria das Relações Humanas nasceu da necessidade de corrigir o excesso de 
desumanização da Administração Científica, além de não se adequar ao sistema de 
vida democrático da sociedade americana, em virtude da evidente exploração do 
empregado pelo patrão. 
Origens da Teoria das Relações Humanas 
• A necessidade de se humanizar e democratizar a Administração libertando-a dos 
conceitos rígidos e mecanicistas da Adm. Clássica adequando-a aos novos 
padrões de vida do povo americano; 
• O desenvolvimento das chamadas ciências humanas principalmente a Sociologia e 
a Psicologia; 
• As idéias da Filosofia Pragmática (John Dewey) e da Psicologia Dinâmica (Kurt 
Lewin) e do Sociólogo George Elton Mayo (nascido na Austrália, formado em 
antropologia e medicina, professor da Universidade de Harvard), sendo que todas 
as idéias contribuíram para a concepção da teoria humanística. 
• As conclusões da Experiência de Hawthorne pondo em xeque a Teoria Clássica. 
A Teoria das Relações Humanas e a Experiência de Hawthorne 
Essa abordagem surgiu com os resultados da famosa experiência de Hawthorne, 
realizada por Elton Mayo, que desenvolveu uma pesquisa de 1927 a 1932 na Western 
Electric Company, localizada no bairro de Hawthorne, Chicago. 
A Western Eletric era uma companhia norte-americana que fabricava equipamentos 
para empresas telefônicas. A empresa sempre se caracterizara pela preocupação com 
o bem estar de seus funcionários, o que lhe proporcionava um clima constantemente 
sadio de relações industriais. Durante mais de 20 anos não se constatara nenhuma 
greve ou manifestação. 
No período entre 1927 e 1932 foram realizadas pesquisas em uma das fábricas da 
Western Electric Company. A fábrica contava com cerca de 40 mil empregados e as 
experiências realizadas visavam detectar de que modo fatores ambientais - como a 
iluminação do ambiente de trabalho - influenciavam a produtividade dos trabalhadores. 
As experiências foram realizadas por um comitê constituído por três membros da 
empresa pesquisada e quatro representantes da Escola de Administração de 
Empresas de Harvard. 
Este estudo teve por objetivo pesquisar o efeito das condições ambientais (iluminação) 
sobre a produtividade do pessoal, no sentido de confirmar ou não os preceitos da 
Administração Científica. No entanto, a experiência tomou rumos completamente 
diferentes e constatou a importância do fator humano na organização e a necessidade 
de humanização e democratização das organizações. 
A Western Eletric possuía uma política de pessoal voltada para o bem-estar dos 
funcionários, salários satisfatórios e boas condições de trabalho. Mas, entretanto, o 
trabalho executado pelos trabalhadores eram tipicamente Taylorista, caracterizado por 
tarefas simples e repetitivas, que dependiam da rapidez. No setor escolhido para a 
realização da pesquisa, o setor de montagem de relés, o trabalho era executado por 
moças. A pesquisa teve quatro fases: 
1ª Experiência: Estudo da Iluminação 
Em 1924, com a colaboração do Conselho Nacional de Pesquisas, iniciara na fábrica 
de Hawthorne uma série de estudos para determinar uma possível relação entre a 
intensidade da iluminação do ambiente de trabalho e a eficiência dos trabalhadores, 
medida pelos níveis de produção alcançados. Esta experiência que se tornaria famosa 
foi coordenada por Elton Mayo e, logo se estendeu ao estudo da fadiga, dos acidentes 
no trabalho, da rotação de pessoal e do efeito das condições físicas de trabalho sobre 
a produtividade dos empregados. 
Entretanto a tentativa foi frustrada, os pesquisadores não conseguiram provar a 
existência de qualquer relação simples entre a intensidade de iluminação e o ritmo de 
produção. Reduziu-se a iluminação na sala experimental. Esperava-se uma queda na 
produção, mas o resultado foi o oposto, a produção na verdade aumentou. 
Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por 
variáveis de natureza psicológica. Tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico, 
então estranho e impertinente, razão pela qual a experiência prolongou-se até 1932, 
quando foi suspensa em razão da crise econômica de 1929. Os estudos básicos 
efetuados por Mayo e seu grupo tiveram três fases: 
• Sala de provas de montagem de Relés 
• Programa de Entrevista 
• Sala de observações da montagem de terminais 
2ª Experiência: Sala de Provas de Montagem de Relés 
A segunda experiência que contou com a participação da equipe de Harvard, teve 
inicio em 1927, e foi denominada Sala de Provas de Montagem de Relés. Sua 
finalidade era realizar um estudo da fadiga no trabalho e dos efeitos gerados por 
mudanças de horários ou, a introdução de intervalos de descanso no período de 
trabalho. 
Foram selecionadas para a experiência seis moças (cinco montadoras e uma 
fornecedora de material) que trabalhavam no departamento de montagem dos relés de 
telefone, já que neste departamento haviam sido constatadas ligeiras modificações 
nos ritmos de produção de peças. A medida de produção era de cinco relés em 6 
minutos e o trabalho era realizado de forma contínua. 
A ênfase dada pelos pesquisadores estava em se manter o ritmo de produção, 
controlando com maior exatidão algumas condições físicas, como temperatura, 
umidade da sala, duração do sono na noite anterior, alimentos ingeridos etc. Para isso, 
eles acreditavam que seria necessário isolar a influência do fator psicológico, e isso só 
seria possível com a colaboração das funcionárias, que não deveriam alterar seu ritmo 
de produção. 
Conclusões 
� As moças alegavam gostar de trabalhar na sala de provas, porque era divertido e 
com a supervisão branda, lhes permitiam trabalhar com mais liberdade e menor 
ansiedade. 
� Havia um ambiente amistoso e sem pressões, a conversa era permitida, 
aumentando a satisfação no trabalho. 
� Não havia temor ao supervisor. 
� Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As moças faziam 
amizades entre si e essas amizades estendiam-se para fora do trabalho. As 
moças passaram a se preocupar umas com as outras. Tornaram-se uma equipe. 
� O grupo desenvolve liderança e objetivos comuns. 
Conseqüências para a Administração atual: Adoção dos intervalos para descanso e 
cafezinho. 
3ª Experiência: Programa de entrevistas 
Seriam entrevistados todos os funcionários da empresa, anualmente. O objetivo era 
desvendar os motivos que levavam os funcionários a adotar posturas tão diferentes 
nos seus departamentos e na sala de provas. 
Nesta fase, a maioria dos supervisores foi incluída no programa como entrevistadores. 
O programa foi bem aceito tanto pelos operários quanto pelos supervisores, já que os 
primeiros encontravam a possibilidade de falar o que sentiam a respeito da 
organização como um todo. 
O resultado do inicio do programa foi sentido imediatamente: a produtividade dos 
operários aumentou e a supervisão melhorou. A melhoria dos resultados dos operários 
foi atribuída a um sentimento de importância desencadeado pelo programa. No caso 
dos supervisores, o conhecimento dos interesses dos operários foi o responsável 
pelas sensíveis mudanças no modo de supervisão. 
O resultado das entrevistas foi a constatação de que a maioria dos funcionários agia e 
pensava de modo obsessivo, apesar de nuncater tido problemas mentais. Havia 
detalhes que incomodavam de maneira excessiva algumas pessoas, o que acabava 
por interferir no ambiente de trabalho. 
Conclusão do Programa de Entrevistas constatou que os fatores psicológicos 
alteravam de maneira significativa o comportamento dos funcionários. 
Ao mesmo tempo, o Programa possibilitou que os funcionários mostrassem a direção 
quais suas angustias mais freqüentes, a partir daí, elas poderiam ser estudadas e 
seus efeitos minimizados. A principal descoberta dos pesquisadores nesta fase foi a 
existência dos chamados grupos informais, formados pelos operários nos periféricos 
da empresa para zelar pelo seu bem-estar. A formação de um grupo informal refletia-
se na produção controlada. Através dessa organização informal, os operários 
mantinham-se unidos através de uma certa lealdade ente si. Porém, os pesquisadores 
notaram que, muitas vezes, o operário pretendia também ser leal a empresa. 
4ª Experiência: Sala de Observações de Montagem de Terminais 
Escolheu-se um grupo experimental – nove operadores, nove soldadores e dois 
inspetores, que passaram a trabalhar em uma sala especial com idênticas condições 
de trabalho do departamento. Havia um observador dentro da sala e um entrevistador 
que ficava do lado de fora e que entrevistava esporadicamente aqueles operários. 
Essa experiência durou de novembro de 1931 a maio de 1932 e visava analisar a 
organização informal dos operários. 
O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo, havendo um salário-
hora com base em inúmeros fatores e um salário mínimo horário, para o caso de 
interrupções na produção. Os salários somente poderiam ser elevados se a produção 
total aumentasse. 
Essa quarta fase permitiu o estudo das relações entre a organização informal dos 
empregados e a organização formal da fábrica. 
Conclusões da Experiência em Hawthorne: A experiência em Hawthorne permitiu o 
delineamento dos princípios básicos da Escola das Relações Humanas que veio a se 
formar logo em seguida. Destacamos a seguir as principais conclusões. 
� Nível de Produção é resultante da integração social – E não da capacidade 
física ou fisiológica do empregado (como afirmava a Teoria Clássica), mas por 
normas sociais e expectativas que o envolvem. É a capacidade social do 
trabalhador que estabelece seu nível de competência e de eficiência. Quanto mais 
integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior a sua disposição de 
produzir. 
� Comportamento Social dos empregados - Se apoiam totalmente no grupo. Os 
trabalhadores não reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros do 
grupo. O grupo que define a quota de produção. O grupo pune o indivíduo que sai 
das normas grupais. 
� Grupos informais – Os pesquisadores de Hawthorne concentraram suas 
pesquisas sobre os aspectos informais da organização. Esses grupos informais 
definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sanções 
sociais, seus objetivos, sua escala de valores sociais, suas crenças e expectativas. 
� As Relações Humanas - São as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos 
entre pessoas e grupos. Os indivíduos dentro da organização participam de grupos 
sociais e mantêm-se uma constante interação social. As Relações Humanas são 
as ações e atitudes desenvolvidas pelos contatos entre pessoas e grupos. Cada 
indivíduo é uma personalidade diferenciada que influi no comportamento e atitudes 
uns dos outros com quem mantém contatos. É exatamente a compreensão da 
natureza dessas relações humanas que permite ao administrador melhores 
resultados de seus subordinados. 
� A importância do Conteúdo do Cargo - A maior especialização e portanto a 
maior fragmentação do trabalho não é a forma mais eficiente do trabalho. Mayo e 
seus colaboradores verificaram que a extrema especialização defendida pela 
Teoria Clássica não cria necessariamente a organização mais eficiente. Foi 
observado que os operários trocavam de posição para variar a monotonia, 
contrariando a política da empresa. Essas trocas eram negativas na produção, 
mas elevava o moral do grupo. 
� Ênfase nos Aspectos Emocionais - Os elementos emocionais, não planejados e 
mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer atenção especial 
por parte de quase todas as grandes figuras da Teoria das Relações Humanas. 
Decorrências da Teoria das Relações Humanas 
Motivação
O que é motivação? Como um trabalhador é motivado? 
O estudo da motivação humana procura explicar o porquê do comportamento das 
pessoas. Desta forma, a sua influência na produtividade passou a interessar e ser 
estudada. Kurt Lewin foi um profundo inspirador dos autores da Escola das Relações 
Humanas, graças às suas pesquisas sobre a motivação. Para ele, a motivação é o 
resultado da interação da pessoa com o meio ambiente. O ponto de partida foi a 
constatação da existência de necessidades humanas fundamentais, que 
correspondem às necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização. 
Liderança 
Enquanto que a Teoria Clássica não se preocupava com o fator "liderança" a Teoria 
das Relações Humanas passou a constatar uma enorme influência da liderança no 
comportamento das pessoas. Com a experiência de Hawthorne ficou demonstrado a 
existência de líderes informais que influenciavam e mantinham o controle sobre o 
comportamento do grupo ajudando-o a desenvolver o trabalho de forma integrada. 
Comunicação 
É a troca de informações entre indivíduos. Por isso constitui um dos processos 
fundamentais da experiência humana e da organização social. A comunicação requer 
um código para formular uma mensagem e a envia na forma de um sinal (como ondas 
sonoras, letras impressas, símbolos), por meio de um determinado canal (fios, papel) a 
um receptor da mensagem que o decodifica e interpreta o seu significado. 
Na comunicação pessoal direta falada, ou seja, na conversação, emprega a linguagem 
como código sendo reforçada por elementos de comunicação interpessoal. Também 
se poder dar à distância, através de escrita ou de telefone, como meio de transmitir as 
mensagens. Veja o exemplo a seguir: 
– TEORIA COMPORTAMENTAL 
O administrador precisa conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir 
adequadamente as pessoas. Esta teoria tinha como características principais: 
� Preocupação com o comportamento organizacional (processos e dinâmica 
organizacional), enfatizando as ciências do comportamento / Behaviorismo 
(behavioral sciences); 
� Comportamentalistas ou behavioristas vêem a organização como um sistema 
cooperativo racional. 
Também conhecida como Behaviorista essa teoria surgiu no final da década de 1940, 
nos Estados Unidos, e pode ser entendida como uma evolução da Teoria das 
Relações Humanas, pois mantém o enfoque nas pessoas, não compartilhando, no 
entanto, da ingenuidade romântica daquela. Esta teoria surgiu, portanto, em virtude da 
forte e definitiva oposição da Teoria das Relações Humanas à Teoria Clássica. 
O indivíduo passa a ser analisado de forma concreta quanto aos seus padrões de 
comportamento, tais como aprendizagem, reações, respostas a estímulos. O 
comportamento do indivíduo é utilizado para esclarecer o comportamento das 
organizações. 
Motivação - Abraham Harold Maslow 
Para os Behavioristas é importante que o administrador conheça e domine os 
conceitos motivacionais para poder promover uma melhor qualidade de vida dentro 
das organizações. Abraham H. Maslow, reconhecido psicólogo e tido como uma das 
maiores autoridades no campo da motivação humana desenvolveu a Teoria 
Motivacional, baseada nas necessidades humanas, concebida como uma pirâmide, ou 
escada, onde cada degrau se sobrepõe ao seu anterior, sendo alcançado somente 
após ter-se galgado o anterior. Para Maslow a motivação humana é conseqüência de 
uma necessidade insatisfeita. 
O pensamento de Maslow, em sua Teoria Motivacional, procura lançar luz sobre 
questões relacionadas às necessidades interiores dos indivíduosque os levarão a um 
determinado comportamento exatamente para satisfazê-las. No que tange à 
Administração, esse entendimento leva à conscientização do agente da administração 
de sua equipe. 
A Hierarquia das Necessidades Segundo Maslow 
1. Necessidades Fisiológicas: representam o nível mais baixo, porém de vital 
importância para a sobrevivência e preservação da espécie; 
2. Necessidades de Segurança: também chamadas de estabilidade, são as 
necessidades do segundo patamar que surgem depois da satisfação das 
necessidades fisiológicas. Referem-se à manutenção do equilíbrio e são 
representadas por necessidades de preservação do emprego, da saúde e pelo 
afastamento de outras ameaças à estabilidade. 
3. Necessidades Sociais: surgem estando as anteriores atendidas e se referem à 
aceitação do indivíduo pelo grupo (relações de amizade e afeto); 
4. Necessidades de Estima: representam a maneira como o indivíduo se vê e se 
avalia, e envolvem, portanto, aspectos ligados à autoconfiança, à aprovação 
social, tais como estima prestígio e status. 
5. Necessidades de Auto-Realização: representam o topo da pirâmide das 
necessidades humanas e se caracterizam pela necessidade do indivíduo realizar-
se, de promover o seu próprio potencial em contínua expansão. 
Pirâmide de Maslow 
De acordo com estudo de Maslow, podemos entender as necessidades como 
primárias e secundárias, a saber: 
Necessidades Primárias 
� Segurança: Condições seguras de trabalho, Remuneração e benefícios, 
Estabilidade no emprego. 
� Fisiológicas: Intervalos de desconto, Conforto físico, Horário de trabalho razoável. 
Necessidades Secundárias 
� Auto-realização: Trabalho criativo e desafiante, Diversidade e autonomia, 
Participação nas decisões. 
� Estima: Responsabilidade por resultados, Orgulho e reconhecimento, Promoções. 
� Sociais: Amizade dos colegas, Interação com clientes, Gerente amigável. 
A Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow pressupõe os seguintes 
aspectos: 
� O atendimento adequado de um nível inferior das necessidades permite o 
surgimento das necessidades do nível mais elevado, ou seja, a satisfação de um 
nível faz com que um maior atendimento deste não contribua para a motivação do 
indivíduo, pois se instalou um novo nível de necessidades a que, ao ser atendido, 
irá gerar motivação; 
� Nem todas as pessoas atingem o nível mais alto da escala. Por circunstâncias da 
vida é perfeitamente possível que se satisfaçam em níveis menores; 
� O indivíduo, tendo alcançado níveis mais elevados, tem o seu comportamento 
marcado por necessidades motivacionais compatíveis com esses níveis. Havendo 
uma desestabilização dos níveis inferiores haverá imediatamente uma mudança 
comportamental, na busca da satisfação destes níveis. Esse fato explica que um 
funcionário, em plena fase de auto-realização, ao ver o seu emprego ameaçado 
(situação econômica, venda da empresa, troca de diretoria etc.), passa a exibir de 
imediato, necessidades do segundo patamar relativo à sua segurança; 
Motivação - Frederick Herzberg 
Frederick Herzberg, psicólogo, consultor e professor americano, propôs o modelo 
motivacional baseado em dois fatores que na sua concepção determinam o 
comportamento das pessoas, que chamou de: 
1. Fatores Higiênicos ou Extrínsecos: relacionados com o meio ambiente onde as 
pessoas atuam. São fatores determinados pelas organizações, fora do controle 
das pessoas e, portanto, de responsabilidade das empresas. Por fatores higiênicos 
entendem-se aspectos como salário, benefícios sociais, tipo de chefia, condições 
físicas do ambiente, a política da empresa e os relacionamentos interpessoais. 
Parte-se do princípio de que esses fatores serão satisfeitos. Caso contrário, não 
haverá como promover a motivação dos funcionários. Chamados de higiênicos por 
serem considerados profiláticos e preventivos, ou seja, evitam a insatisfação, mas 
não levam a satisfação. Por estarem mais relacionados à insatisfação, são 
chamados de insatisfacientes; 
2. Fatores Motivacionais ou intrínsecos: são os relacionamentos com o conteúdo 
do cargo, a natureza das tarefas inerentes a ele. Podem comparativamente ser 
relacionados com as necessidades de estima e auto-realização de Maslow, estão, 
portanto, ligados diretamente ao reconhecimento profissional, autonomia, 
autocontrole a auto-realização. As Teorias do Enriquecimento dos Cargos foram 
elaboradas a partir dessas constatações comportamentais de Herzberg, ou seja, 
tendo os fatores de higiene atendidos as pessoas podem ser motivadas recebendo 
cargos com atuações mais abrangentes. 
Fatores Motivadores e seus determinantes 
Fonte: MARRAS, J. Pierre. Administração de Recursos Humanos: do Operacional ao Estratégico. São 
Paulo: Futura, 2001, p. 36. 
Realização 
O término com sucesso de um trabalho ou tarefa, os recursos 
do próprio trabalho. 
Reconhecimento pela 
realização 
Recebimento de um reconhecimento público, ou não, por um 
trabalho bem-feito ou um resultado atingido. 
O trabalho em si Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. 
Responsabilidade 
Proveniente da realização do próprio trabalho ou do trabalho 
dos outros. 
Desenvolvimento pessoal
Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo 
de posição social. 
Possibilidade de 
crescimento 
Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em 
termos de cargo ou responsabilidade. 
Fatores Motivacionais 
Fatores Higiênicos 
- +
Não-satisfação 
(Neutros)
Insatisfação 
 Satisfação 
Não-satisfação 
Fatores Higiênicos e seus determinantes 
Supervisão 
A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar 
responsabilidades aos subordinados. 
Políticas 
empresariais 
Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da 
companhia. 
Condições 
Ambientais 
Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os 
grupos de trabalho. 
Relações 
Interpessoais 
Transações pessoais e de trabalho com os pares, os subordinados 
e os superiores. 
Status Forma pela qual a nossa posição está sendo vista pelos demais. 
Remuneração O valor da contrapartida da prestação de serviço. 
Vida pessoal Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal
Fonte: MARRAS, J. Pierre. Administração de Recursos Humanos: do Operacional ao Estratégico. São 
Paulo: Futura, 2001, p. 36. 
Estilos de Liderança - Douglas McGregor 
Douglas McGregor, conceituado autor Behaviorista da Administração, elaborou dois 
estilos a que chamou de Teoria X e de Teoria Y, baseadas nas convicções da teoria 
administrativa (1960). Uma teoria é calcada na visão clássica (Teoria X), mecanicista e 
pragmática, e outra baseada na concepção mais moderna da visão 
comportamentalista (Teoria Y). 
"TEORIA X" 
Aplicada de maneira autocrática, rígida, pela Administração Clássica é representada 
pelos modelos de Taylor, Fayol e Weber nas quais o homem é visto como máquina, 
como recursos da produção. 
Para McGregor, qualquer imposição de cima para baixo representa o uso da Teoria X, 
e nesse aspecto até mesmo a Teoria das Relações Humanas, pelo seu caráter 
manipulativo para contornar situações de conflito, é vista como utilizador suave e 
enganoso da Teoria X. McGregor critica essa concepção pela sua visão incorreta e 
reduzida do ser humano como mostrada a seguir: 
• O homem é indolente por natureza. Trabalha o mínimo possível em troca de 
recompensas pecuniárias ou materiais (homem econômico); 
• O homem caracteriza-se pela falta de ambição, não gosta de assumir 
responsabilidades e prefere ser dirigido; 
• O homem é essencialmente egocêntrico e os seus objetivos pessoais geralmente 
são opostos aos da organização; 
• O homem é resistente a mudanças que poderiam afetar a sua segurança; 
• O homem é incapaz de exercitar o autocontrole e a autodisciplina, por isso requer 
permanente direcionamento e controle pela administração. 
"TEORIA Y" 
Representa o modelo participativo concebido pela Teoria Comportamental, aberto e 
dinâmico, decunho eminentemente democrático, que enxerga a atividade de 
administrar como orientadora ao alcance dos objetivos e fonte geradora de 
oportunidades, libertadora de potenciais e com o propósito de promover o crescimento 
individual. 
Baseado em valores humanos e sociais encontra-se totalmente oposta à visão 
clássica da Teoria X: 
• O homem médio não tem desprazer inerente em trabalhar. O trabalho físico ou 
mental é uma atividade tão natural como outra qualquer; 
• As pessoas não são por si só passivas ou resistentes às necessidades da 
organização, podem adquirir essa condição devido a experiências negativas 
anteriores; 
• As pessoas têm condições de assumir responsabilidades. O que se torna 
necessário é o treino e desenvolvimento da autodireção e autocontrole; 
• O homem médio aprende sob certas condições a procurar responsabilidades. A 
falta de ambição e o apego a rotinas conhecidas e seguras são frutos igualmente 
de experiências passadas insatisfatórias; 
• A capacidade mental das pessoas e suas potencialidades são freqüentemente 
subutilizadas; 
• A sua criatividade na solução de problemas organizacionais pode e deve ser 
estimulada. 
A aplicação prática da Teoria Y, segundo McGregor, exige um estilo administrativo 
inovador que requer medidas como: 
� Descentralização das decisões e delegação de autoridade; 
� Ampliação do cargo para maior significação do trabalho; 
� Participação nas decisões mais altas e administração consultiva; 
� Auto-avaliação do desempenho. 
Para McGregor, a motivação contínua no trabalho propõe o “enriquecimento das 
tarefas” ou “enriquecimento do cargo” que consiste em substituir as tarefas simples e 
elementares do cargo por tarefas mais complexas. 
O enriquecimento de tarefas depende do desenvolvimento de cada indivíduo e deve 
adequar-se às suas características individuais em mudança, podendo ser vertical 
(eliminação de tarefas mais simples e acréscimo de mais complexas) ou horizontal 
(eliminação de tarefas relacionadas com certas atividades e acréscimo de outras 
diferentes, mas no mesmo nível de dificuldade). 
O enriquecimento de tarefas provoca efeitos desejáveis, como o aumento da 
motivação, aumento da produtividade, redução do absenteísmo (faltas e atrasos ao 
serviço) e redução da rotatividade do pessoal. Pode também gerar efeitos 
indesejáveis, como o aumento de ansiedade face às tarefas novas e diferentes 
quando não são bem sucedidas nas primeiras experiências; aumento do conflito entre 
as expectativas pessoais e os resultados do trabalho nas novas tarefas enriquecidas; 
sentimentos de exploração quando a empresa não acompanha o enriquecimento de 
tarefas com o enriquecimento da remuneração. 
PRÓXIMA AULA: NEOCLASSICA

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