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RESUMO 02 - Exames da Urina - EUC - PpO. - E. Fís.Quím. - Terminações correntes - 2014

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Exames da Urina - EUC - Propriedades Organolépticas. - E. Fís.Quím. - Terminações correntes – Sedimento Espontâneo 
URINÁLISES
Assuntos dessa aula:
Exames da urina
Exame Urinálises Completa
Propriedades Organolépticas
Exame Físico-Químico
Recomendações da ANVISA
Terminações de uso corrente em Urinálises
Análises do sedimento espontâneo
Objetivos didáticos
Ao término da aula, todos deverão ser capazes de, entre outros aspectos: 
Citar terminologia comum para registrar a coloração normal da urina.
Definir como se pode suspeitar da presença de bilirrubina.
Discorrer o significado de uma urina ser vermelha/turva ou vermelha/transparente.
Citar causas patológicas de colorações consideradas anormais.
Citar que ênfase deve ser dada às PpOs.
Discorrer sobre o significado da presença de derivados de piridina em uma amostra e o que pode ocorrer durante a análise da amostra.
Definir Aparência e citar terminologia comum para defini-la.
Citar causas patológicas e não patológicas da turvação urinária.
Definir densidade e sua importância no Exame Urinálises Completa.
Citar causas não-patogênicas de leitura anormalmente alta da densidade. 
URINÁLISES
“Sendo a urina produto metabólico de milhões de células, inúmeras são as informações que delas podemos colher”. Prof. George Schreiner (1932)
EXAMES DA URINA
1. EXAME URINÁLISES COMPLETA
2. DOSAGENS QUANTITATIVAS
3. DOSAGENS QUALITATIVAS
4. EXAMES IMUNOLÓGICOS
5. EXAME BACTERIOLÓGICO
 TIPO I 
 PROPRIEDADES FÍSICAS
 PROPRIEDADES QUÍMICAS
 PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS
 TIPO II
ELEMENTOS CELULARES ORGANIZADOS
 ELEMENTOS DESORGANIZADOS
 Urinálises Tipo I
	FÍSICAS 
volume 
densidade
	QUÍMICAS
pH
nitritos
glicose
carboidratos
proteínas 
corpos cetônicos
pigmentos biliares
hemácias e hemoglobina
lipídeos
	ORGANOLÉPTICAS
cor
odor
aspecto ou turbidez
sedimento espontâneo
	
PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS
cor
odor
aspecto ou turbidez 
sedimento espontâneo
Características organolépticas
Principalmente por interesse histórico
Há ocasiões em que a coloração e o aspecto são clinicamente importantes.
Por decisão técnica, cada laboratório deverá decidir se esses parâmetros farão parte ou não da urinálise de rotina.
Contudo qualquer variação na coloração ou no aspecto de uma urina deverá ser registrada no laudo.
Os laboratórios devemestabelecer métodos padronizados e terminologia consistente, a fim de reduzir a ambigüidade e subjetividade ao relatar a coloração e o aspecto em amostras de urina.
Exame Urinálises Completa
Realizado em 3 etapas.
1. EXAME DOS CARACTERES GERAIS - Análise física - corresponde à avaliação das propriedades físico-químicas e organolépticas da urina, como aspecto, cor, odor, pH e densidade.
ASPECTO -
Ou aparência, consiste na avaliação da transparência da amostra da urina. 
CARACTERÍSTICO DE URINA EM REPOUSO – límpido.
A urina normal recém emitida é geralmente transparente, mas pode apresentar certa opacidade causada pela precipitação de uratos amorfos, cristais de oxalato de cálcio, ácido úrico, fosfatos amorfos e carbonatos. 
AVALIAÇÃO DO ASPECTO 
É determinado pelo exame visual com a amostra em recipiente transparente ou no tubo de centrífuga, e a amostra examinada antes da centrifugação. 
ASPECTO PATOLÓGICO
Turvo - expressar em cruzes (1+/4+)
Observar com atenção a turbidez:
maré alcalina da fase gástrica da digestão
macrohematúria (microcoágulos)
piúria (contaminação ??!!) (Emergência )
Resultado: relatar no laudo o aspecto da urina como:
Escala: transparente; ligeiramente turva; turva; muito turva; leitosa.
Correlações laboratoriais da turvação urinária:
Urina ácida: uratos amorfos, corante radiográfico.
Urina Alcalina: fosfatos amorfos, carbonatos.
Termossolúvel: uratos amorfos, cristais de ácido úrico
Solúvel em ácido acético diluído: hemácias, fosfatos amorfos e carbonatos.
Insolúvel em ácido acético diluído: leucócitos, bactérias, levedura, espermatozóides.
Solúvel em éter: lipídeos, linfa, quilo. 
 
CARACTERÍSTICAS DE ASPECTO/COR DA URINA
	Organolepsia
	CAUSA
	Observações
	Incolor
	Urina diluída
	Poliúria, ausência de jejum
	Turva
	Fosfato, bicarbonato e urato; células, contaminação fecal
	Fístula retovesical
	Leitosa
	Piúria, quilúria, parafina
	Infecção, obstrução linfática, 
creme vaginal
	Azul esverdeada
	Biliverdina, Pseudomonas sp, Clorofila, creosol, índican, guaiacol, flavinas, 
azul de metileno, triantereno, nutrição enteral
	Infecções de intestino delgado
Desodorantes orais
	Citrina
	Flavinas 
(acriflavina e riboflavina)
	Ingestão de vitamina B
	Âmbar
	Urina concentrada, Urobilina,
Bilirrubina, Ruibarbo, Sena
Salazosulfapiridina, 
Fenacetina, Rifampicina,
Derivados de piridinas
	Legumes amarelos
pH alcalino
	Âmbar iridescente
	Bilirrubina, biliverdina, Riboflavina, Timol
	Vegetais amarelos
	Rósea
	Uratos
	Cristalúria maciça
	Marrom
	Bilirrubina, biliverdina, Nitrofurantoína
	Cerveja preta
	Vermelho ou bordeau
	Hemoglobina, Hemácia, mioglobina, metahemoglobina, urobilina, porfirina, bilifucsina, fucsina, carotenos, derivados de anilina, aminopirina, antipirina, cáscara sagrada, cloroquina, hidroquinona, 
L-Dopa, fenitoína, metronidazol, nitrito, nitrofurantoína, fenacetina, fenolftaleína, fenodiazina, salazossulfapiridina, timol
	Fita positiva
Menstruação, 
dano muscular,
pH ácido, 
Hemoglobina instável (Fenômeno de Raynaud)
alimentos de pH alcalino, doces
	Verm. alaranjado
	Rifampicina
	
	Marrom escuro
	Metahemoglobina, ácido homogentísico, melanina, ácido p-hidroxifenilpirúvico
	Sangue, pH ácido, alcaptonúria, CA
	Escurece no repouso
	Porfirina, serotoninas, ácido homogentísico, 
melanógenos, imipenem, Cáscara sagrada, clorpromazina, metilDopa, metronidazol, fenacetina
	
COR
A cor da urina normal varia desde o amarelo claro até o amarelo escuro, resultado da eliminação de três pigmentos: urocromo (amarelo palha), uroeritrina (amarelo citrino) e urobilina (amarelo âmbar).
Estes pigmentos, provenientes do metabolismo normal orgânico, são eliminados em pequenas concentrações e tornam a urina amarela. O pigmento presente em maior concentração é o urocromo.
Urina de cor vermelha
Urina leitosa (quilúria maciça)
Urina negra - por mioglobinúria, emitida na cor âmbar e foi escurecendo em contato com o ar por oxidação.
(da esquerda para a direita).
�
	COR
	CAUSA
	CORRELAÇÃO LABORATORIAL
	Incolor 
Palha 
Amarelo pálido
	Comum em amostras ao acaso
Poliúria - Diabetes insipidus
Poliúria - Diabetes mellitus
	Recente ingestão de líquido
Grande volume de urina de 24 horas
Densidade elevada e presença de glicose na urina
	Amarelo-escuro
Âmbar
Laranja
	Amostra concentrada
Bilirrubina
Acriflavina
Cenouras ou Vitamina A
Derivados de Piridina (Pyridium)
Nitrofurantoína
	Pode ser normal após exercício vigoroso ou na 1ª micção do dia. Desidratação por febre ou queimaduras
Espuma amarela quando agitada e teste positivo nas análises bioquímicas de detecção de bilirrubina
Resultados negativos das provas para detecção de bile e possível fluorescência verde
Solúvel em benzina
Droga comumente administrada para infecções do trato urinário. Pode ter espuma alaranjada e pigmento alaranjado espesso que pode confundir ou influenciar nas leituras das tiras 
Antibiótico usado em infecções do trato urinário
	Amarelo esverdeado
Marrom amarelado
	Bilirrubina oxidada em biliverdina
	Espuma colorida em urina ácida e resultados falso-negativos para bilirrubina
	Verde
Azul-esverdeado
	Infecção por Pseudomonas
Amitriplina
Metocarbamol
Indican
Azul de metileno
Fenol
	Cultura de urina positivaAntidepressivo
Relaxante muscular
Infecções bacterianas
Nenhuma
Quando oxidado
�
	Rosa
Vermelha
	Hemácias
Hemoglobina
Mioglobina
Porfirinas
Beterraba
Fenolsulfonaftaleína
Bromossulfaleína
Contaminação menstrual
Fenidiona
	Urina turva com teste positivo para detecção de sangue e hemácias visíveis microscopicamente
Urina transparente com teste positivo para detecção de sangue; o plasma pode estar vermelho
Urina transparente com teste positivo para detecção de sangue; o plasma estará de cor normal
Existem testes de identificação específicos
Testes negativos para detecção de sangue
Detectar com teste seletivo de Watson-Schwartz ou com fluorescência sob luz ultravioleta
Urina alcalina de pessoas geneticamente suscetíveis
Urina alcalina após teste com fenolsulfonaftaleína para a verificação da função renal
Urina alcalina após teste com bromossulfaleína para a verificação da função hepática
Amostra turva com hemácias, muco e coágulos
Anticoagulante
	Marrom
Preta
	Hemácias oxidadas em meta-hemoglobina
Ácido homogentísico (alcaptonúria)
Melanina ou melanogênio
Derivados do fenol
Argirol (anti-séptico)
Metildopa ou levodopa
Metronidazol 
	Observada em urina ácida em repouso; teste positivo para a detecção de sangue
Observado em urina alcalina em repouso; existem testes específicos
A urina escurece ao repousar e reage com nitroprussiato e cloreto férrico
Interfere nos testes de redução do cobre
A cor desaparece com cloreto férrico
Anti-hipertensivo
Amebicida, escurece ao repousar
�
ODOR
Propriedade física observável, 
odor característico, "sui generis", 
pelos ácidos voláteis que contem.
Alterações podem ocorrer:
I.T.U. causam cheiro forte e desagradável; 
Na presença de corpos cetonicos do D. mellitus: um odor adocicado ou de frutas.
PATOLÓGICOS
Fecalóide
Amoniacal forte (bactérias desdobradoras de ureia)
Fétido, nauseabundo - CA de bexiga
Clorofórmio - ácido homogentísico
Alterações podem ocorrer:
Nas anormalidades metabólicas sérias forte odor de xarope de bordo: doença de xarope de bordo;
Na fenilcetonúria, cheiro de "rato";
Nas cistinose, cistinúria e homocistinúria, cheiro de enxofre.
Na má absorção de metionina, cheiro de repolho ou de lúpulo;
Na trimetilaminúria, cheiro de peixe podre;
Na tirosinemia, cheiro rançoso;
Na acidemia isovalérica ou ácido glutárico, cheiro de "chulé" ou pés suados.
RESULTADO:
Relatar no laudo sui generis para o odor normal da urina e outros odores identificados nas demais amostras.
pH
Os órgãos reguladores fundamentais para a homeostase (capacidade do organismo em manter o meio interno estável: líquidos extracelulares, plasma sanguíneo e líquido intersticial) e do equilíbrio ácido-básico são os pulmões e os rins.
Regulação dada pela formação de H+ na forma de íons amónia, de fosfatos de H e de ácidos orgânicos fracos, bem como pela reabsorção de bicarbonato do filtrado glomerular, que ocorre nos túbulos contornados. 
Não existem valores normais para o pH urinário.
Um indivíduo sadio produz geralmente a Ia urina da manhã com pH levemente ácido, entre 5,0 e 6,0 e mesmo assim, o pH das outras amostras do dia pode variar de 4,5 a 8,0.
Seu valor deve ser considerado em conjunto com outras informações do paciente: valor do equilíbrio ácido- básico do sangue, função renal, presença de ITU, ingestão de alimentos e tempo decorrido depois da coleta.
�
Urinas ácidas são produzidas
Em casos de dietas ricas em proteínas e em tratamento médico com acidificantes; D. mellitus mal controlada.
Urinas alcalinas são produzidas
Após a ingestão de medicamentos alcalinizantes ou diuréticos. 
Após vómitos repetidos. 
Após a crise pneumónica. 
Em várias formas de anemia. 
Infecção do trato urinário.
Significado clínico do pH urinário
Acidose respiratória ou metabólica 
Alcalose respiratória ou metabólica 
Anormalidades na secreção e reabsorção de ácidos e bases pelos túbulos renais
Precipitação de cristais e formação de cálculos
Tratamento das Infecções do Trato Urinário
Determinação de amostras insatisfatórias*
*A medida do pH já foi utilizada para descartar essas amostras consideradas insatisfatórias, porque era consenso que um cristal de urina ácida não podia ser encontrado em urina de pH alcalino e, assim era solicitada nova amostra. Mas, o cristal de urina ácida ao se formar em pH ácido, a urina ao ser eliminada pode apresentar pH alcalino.
Teste com tiras reativas
A sua determinação é feita através de tiras e se baseia em um sistema de duplo indicador, que produz uma escala ampla de cores, cobrindo os limites do pH
urinário.
Os indicadores das tiras geralmente são: vermelho metila, que é ativo na faixa de 4,4 a 6,2, produzindo mudança do vermelho para o amarelo; e azul de bromotimol, que passa do amarelo p/azul e com faixa de ação entre 6,0 e 7,6.
Assim, a sensibilidade que é na faixa de 5 a 9 medida pelas tiras, as cores vão desde o laranja, com pH 5,0, passando pelo amarelo e o verde, até o azul escuro final com pH 9,0.
Valor de referência: entre 4,6 a 8,0 unidades de pH. 
A reação na tira reativa ocorre em 60 segundos.
VARIAÇÕES DE pH
	Idade
	pH 
	prematuro
	
	RN a termo
	4,9 - 6,8
	4 - 12 d
	5,7 - 7,4
	1 mês
	5,3 - 6,6
	2 - 12 m
	4,9 - 6,8
	2 - 5 a
	5,3 - 6,7
	6 - 11 a
	5,67 - 6,83
	12 -16 a
	5,23 - 5,90
	adulto
	5,4 - 7,02
DENSIDADE
A densidade de uma substância é o seu peso peso por unidade de volume. A densidade da água é igual a 1,000, significando que 1g de água a 20°C ocupa um volume de 1mL	 
(a densidade varia com a temperatura).	
A urina possui uma densidade maior que a da água, variando de 1,003 a 1,030.
A função do néfron é filtrar o plasma, reabsorver algumas substâncias, excretar outras e promover a concentração de urina.
DENSIDADE depende de:
Ingesta hídrica (indiretamente) 
Reabsorção tubular (Alça de Henle) 
Circulação medular renal
Controle fisiológico do sistema diencéfalo-hipofisário
Secreção de hormônio anti-diurético (túbulo coletor)
DENSIDADE - V. R. = 1,015 - 1,025
�
DENSIDADE
	AUMENTADA
	DIMINUÍDA
	Diabetes mellitus
	Obesidade
	Potomania orgânica crônica
	Politraumatismo
	Pós-operatório imediato
	Alcoolismo agudo
	Oligúria funcional (febre, desidratação, infecções, desnutrição protéica
	I.R.C. (inicial e final)
Tuberculose renal
DIMINUIÇÃO
No Diabetes insipidus, grandes volumes são excretados com baixa densidade.
Pielonefrite, glomerulonefrlte e outras anomalias renais por intenso dano tubular.
Em bacteriúria, se diminui é provável ITU.
Por hidronefrose, progressiva com a idade, por hiperhidratação.
AUMENTO
Insuficiência da adrenal, I. C. C, doença hepática.
No Diabetes mellitus, grandes volumes são excretados com densidade elevada.
Perda de água por fontes não renais, causada por vomito, diarreia, febre, sudorese, queimaduras graves, hemorragias.
Em casos de oligúria, casos de Síndrome Nefrótica; também na presença anormal de substâncias como glicose, proteína e contrastes.
MEDIDAS DA DENSIDADE
Isostenúria - densidade fixa, pode ser normal (1,010), mas constante é devida à completa destruição do mecanismo de reabsorção/excreção do néfron.o Anormalidades
HIPOSTENÚRIA - Densidade mantida em 3 amostras subsequentes em valores <1,007.
FALHA DE CONCENTRAÇÃO RENAL.
ISOSTENÚRIA - Densidade mantida em 3 amostras subsequentes no valor de 1,010.
MÁ REABSORÇÃO TUBULAR.
	HIPERESTENURIA - Pode ser um fato isolado com densidade em 1,035: Privação hídrica
DESIDRATAÇÃO - QUEIMADURA EXTENSA
	Não tem valor
diagnóstico após
uso de contraste
radiológico
Medição da densidade
URINÔMETRO OU URODENSÍMETRO
É um hidrômetro adaptado para determinação da densidade da urina à temperatura ambiente.
Correção quanto à temperatura e presença de glicose, proteínas e corantes radiográficos; o volume mínimo de urina necessário é de cerca de50mL.
Medida com pouco volume: diluir a urina em água e o resultado é multiplicado pelo valor da diluição.
REFRATÔMETRO
ESCALA DE LEITURAS:
Determina densidade urinária de 1000 a 1040
Determinação mínima 0,002
INSTRUÇÕES DE USO:
1 - Direcionar a frente do refratômetro na direção da luz e ajustar a ocular fazendo girar o anel (05) até que a escala graduada fique nítida no visor.
2 - Levantar a tampa (02) e gotejar uma ou duas gotas de água destilada pura na superfície do prisma (01), fechar a tampa e girar o parafuso com fenda (03), fazendo coincidir no visor a linha claro/escuro com a linha - w.
3 - Abrir a tampa (02), limpar a superfície do prisma e da tampa cuidadosamente com o papel filtro, gotejar 1 ou 2 gotas de urina, fechar e pressionar levemente a tampa, ao olhar no visor a escala graduada, a posição da linha claro escuro, indicará a concentração urinária (na figura 02 indica 1.028.). Após efetuar as dosagens, limpar a superfície do prisma e da tampa com água destilada, secar e guardar adequadamente. 
ATENÇÃO:
Ajustar a água destilada e o espécime sob a mesma temperatura se houver grande variação térmica no ambiente, ajustar a cada 30 minutos. Após o uso, não use água para lavar o instrumento.
Manuseie com cuidado o aparelho, para não riscar a superfície do prisma, e o mantenha sempre seco e não o deixe perto de corrosivos e evite choques ao transportá-lo.
O Refratômetro é um aparelho que mede a densidade da urina através do índice de refraçao da luz no ar versus o índice de refraçao da luz no meio a ser analisado.
O aparelho pode sofrer influência da temperatura e neste caso é conveniente descontar unidades de leitura.
Necessita de pequena quantidade de urina.
Há necessidade de descontar os mesmos valores obtidos no urodensímetro se houver presença de glicose, proteínas e contrastes radiológicos.
Limpar o aparelho após cada amostra; calibração diária com água destilada.
TIRAS REATIVAS
A medida é realizada através da associação de uma substância (polieletrólito) e um indicador na tira que reagem na presença de solutos iónicos presentes na urina.
Os resultados se correlacionam perfeitamente com a clínica, não necessitando descontar valores obtidos em urinas com glicose, proteínas, contrastes radiológicos ou temperatura; utiliza volumes mínimos de urina.
O resultado se apresenta em 45 segundos.
Para pH acima de 6,5 ou 7,0, acrescentar 0,005 unidades na medida da densidade observada visualmente (leitura através de aparelho a correção é automática).
SIGNIFICADO CLÍNICO
Estado de hidratação do paciente
Incapacidade de concentração pelos túbulos renais
Diabetes insipidus
Determinação da inadequação de amostras por baixa concentração
EFEITO DA HIDRATAÇÃO SOBRE A DENSIDADE
	Paciente A
Água (1 copo)
Glomérulo
Ultrafiltrado 
 120mL de água
 300mg de soluto
 
 Reabsorção
 119mL de água
 100mg de soluto
Urina - 1mL de água
 200mg de soluto 
 Densidade 1,015
	Paciente B
Água (4 copos)
Glomérulo
Ultrafiltrado 
 120mL de água
 300mg de soluto
 
 Reabsorção
 119mL de água
 100mg de soluto
Urina - 10mL de água
 200mg de soluto
 Densidade 1,005
VOLUME
De 1.200 a 1.500mL/24h (600 a 2.000mL).
A quantidade emitida está diretamente relacionada com o líquido extracelular, intracelular, temperatura, clima, sudorese.
O volume normal em crianças é menor que no adulto, mas proporcionalmente ao tamanho, ela urina mais.
É medida através de provetas graduadas.
Só tem valor clínico para 24h.
FATORES DE VARIAÇÃO:
Perda de fluidos por fontes não renais, ingestão de fluidos, variações na secreção do hormônio ADH e necessidade de excretar grandes quantidades de soluto como glicose ou sais.
VOLUME EM 24H POR IDADE
1°-2° dia de vida...........15 a ôumL
3°-10° dia de vida.....100 a 300mL
2 meses-1 ano...........400 a 500mL
1-3 anos....................500 a 600mL
4-8 anos.................600 a 1OOOmL
9-15 anos................800 a 1400mL
>15 anos...............1000 a 1600mL
Produção de ADH X Hidratação
 HIDRATAÇÃO DO ORGANISMO
= ADH = VOLUME DE URINA
 HIDRATAÇÃO DO ORGANISMO
= ADH = VOLUME DE URINA
SEDIMENTO ESPONTÂNEO
Após observação do aspecto, em urina recém-emitida, após repouso por, no mínimo 1h, observar a sua presença, que será expressa de 1+ a 4+/4+.
O sedimento espontâneo é formado por elementos dissolvidos ou em suspensão na urina, que aparecem por sedimentação (células epiteliais, uroteliais, leucócitos, hemácias ou bactérias) ou precipitação (cristais).
A sua avaliação norteia a sedimentoscopia e o raciocínio a ser realizado quando da elaboração do diagnóstico.
Como hoje a Urinálise é um exame diagnóstico, é importante que seja realizado de rotina.
Se ocorrer macrohematúria, caracterizada por hemácias no sedimento espontâneo, observar se é de origem menstrual, quando as instruções de coleta não forem seguidas ou hemorragia em trato urinário inferior.
SIGNIFICADO DE ALGUMAS TERMINAÇÕES CORRENTES EM ANÁLISES DE URINA
POLIÚRIA - Emissão de mais de 2.000mL de urina em 24h. Aumento de líquido extra/intracelular, ingestão de diuréticos, chá, café e álcool, esfriamento corporal, por estresse e ansiedade, infusão intravenosa de líquidos (salina ou glicose). Pode haver incapacidade de concentração renal em muitas formas de doença renal, causando a poliúria.
OLIGÚRIA - <600mL de urina em 24h. Tende a ser aguda e ser causada: diminuição da perfusão renal (fator pré-renal), obstrução vesical ou ureteral (pós-renal) ou doença renal primária.
ANÚRIA - Supressão urinária. Persistente é sempre associada à uremia e pode indicar IRA ou estágio final de IRC. Como pode ser causada também por obstrução urinária reversível, esta possibilidade deve ser descartada na anúria aguda. Pode surgir na desidratação, edema, transpiração excessiva, choque, reaçoes transfusionaís hemofílicas, síndrome de esmagamento. Agentes nefróticos também podem provocá-la devido à necrose tubular aguda
NICTÚRIA - Emissão de urina à noite, obriga a levantar-se p/urinar. Sintoma anormal, inespecifíco que pode refletir doença renal inicial com < da capacidade de concentração. Mesmo senão inespecifíco, está comumente associado à insuficiência cardíaca e hepática, sem evidências de doença intrínseca do sistema urinário. Sem doença, p.ex.: ingesta excessiva de líquidos no fim da noite ou retenção urinária secundária à obstrução do colo vesical (p.ex., prostatismo).
DISÚRIA - Micção dolorosa e com dificuldade. Sugere irritação ou inflamação do colo vesical ou da uretra, em geral por infecção. Presença persistente dos sintomas, sem infecção, requer avaliação da bexiga e da uretra.
POLAQUIÚRIA - Aumento de frequência das micções. Não associada a aumento de volume, é um sintoma de capacidade diminuída de enchimento vesical efetivo. I.U., corpos estranhos, cálculos ou tumores podem lesar a mucosa vesical ou estruturas subjacentes: infiltração inflamatória e edema. Há contração leve da bexiga e perda de elasticidade vesical: dor, déficit funcional e urgência (necessidade imperiosa de urinar). Micção involuntária, caso não se urine imediatamente. O volume das micções em geral é pequeno e o desejo de urinar pode ser sentido como um tenesmo vesical quase constante que perdura até o processo irritativo ser resolvido.
INCONTINÊNCIA OU ENURESE -
INCONTINÊNCIA - É a perda de urina sem aviso. Está associada à extrofia da bexiga, epispádias, fístulas vesicovaginais, orifícios u reterá is ectópícos, bexiga neurogênica congénita ou adquirida (neuropatia periférica, A.V.C., demência), e lesões no parto ou prostatectomia. Em mulheres, comumente está relacionada a cistocele, resultante do envelhecimento ou afrouxamentodo soalho pélvico após partos.
ENURESE - É fisiológica durante os 2 ou 3 anos iniciais de vida, mas torna-se um problema após esta idade. Pode ser produzida por uma maturação retardada neuromuscular do trato urinário inferior. Pode indicar doença orgânica, por exemplo, infecção ou estenose uretral distal em meninas, valvas de uretra posterior em meninos, ou bexiga neurogênica.
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