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Exames da Urina - EUC - Propriedades Organolépticas. - E. Fís.Quím. - Terminações correntes – Sedimento Espontâneo URINÁLISES Assuntos dessa aula: Exames da urina Exame Urinálises Completa Propriedades Organolépticas Exame Físico-Químico Recomendações da ANVISA Terminações de uso corrente em Urinálises Análises do sedimento espontâneo Objetivos didáticos Ao término da aula, todos deverão ser capazes de, entre outros aspectos: Citar terminologia comum para registrar a coloração normal da urina. Definir como se pode suspeitar da presença de bilirrubina. Discorrer o significado de uma urina ser vermelha/turva ou vermelha/transparente. Citar causas patológicas de colorações consideradas anormais. Citar que ênfase deve ser dada às PpOs. Discorrer sobre o significado da presença de derivados de piridina em uma amostra e o que pode ocorrer durante a análise da amostra. Definir Aparência e citar terminologia comum para defini-la. Citar causas patológicas e não patológicas da turvação urinária. Definir densidade e sua importância no Exame Urinálises Completa. Citar causas não-patogênicas de leitura anormalmente alta da densidade. URINÁLISES “Sendo a urina produto metabólico de milhões de células, inúmeras são as informações que delas podemos colher”. Prof. George Schreiner (1932) EXAMES DA URINA 1. EXAME URINÁLISES COMPLETA 2. DOSAGENS QUANTITATIVAS 3. DOSAGENS QUALITATIVAS 4. EXAMES IMUNOLÓGICOS 5. EXAME BACTERIOLÓGICO TIPO I PROPRIEDADES FÍSICAS PROPRIEDADES QUÍMICAS PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS TIPO II ELEMENTOS CELULARES ORGANIZADOS ELEMENTOS DESORGANIZADOS Urinálises Tipo I FÍSICAS volume densidade QUÍMICAS pH nitritos glicose carboidratos proteínas corpos cetônicos pigmentos biliares hemácias e hemoglobina lipídeos ORGANOLÉPTICAS cor odor aspecto ou turbidez sedimento espontâneo PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS cor odor aspecto ou turbidez sedimento espontâneo Características organolépticas Principalmente por interesse histórico Há ocasiões em que a coloração e o aspecto são clinicamente importantes. Por decisão técnica, cada laboratório deverá decidir se esses parâmetros farão parte ou não da urinálise de rotina. Contudo qualquer variação na coloração ou no aspecto de uma urina deverá ser registrada no laudo. Os laboratórios devemestabelecer métodos padronizados e terminologia consistente, a fim de reduzir a ambigüidade e subjetividade ao relatar a coloração e o aspecto em amostras de urina. Exame Urinálises Completa Realizado em 3 etapas. 1. EXAME DOS CARACTERES GERAIS - Análise física - corresponde à avaliação das propriedades físico-químicas e organolépticas da urina, como aspecto, cor, odor, pH e densidade. ASPECTO - Ou aparência, consiste na avaliação da transparência da amostra da urina. CARACTERÍSTICO DE URINA EM REPOUSO – límpido. A urina normal recém emitida é geralmente transparente, mas pode apresentar certa opacidade causada pela precipitação de uratos amorfos, cristais de oxalato de cálcio, ácido úrico, fosfatos amorfos e carbonatos. AVALIAÇÃO DO ASPECTO É determinado pelo exame visual com a amostra em recipiente transparente ou no tubo de centrífuga, e a amostra examinada antes da centrifugação. ASPECTO PATOLÓGICO Turvo - expressar em cruzes (1+/4+) Observar com atenção a turbidez: maré alcalina da fase gástrica da digestão macrohematúria (microcoágulos) piúria (contaminação ??!!) (Emergência ) Resultado: relatar no laudo o aspecto da urina como: Escala: transparente; ligeiramente turva; turva; muito turva; leitosa. Correlações laboratoriais da turvação urinária: Urina ácida: uratos amorfos, corante radiográfico. Urina Alcalina: fosfatos amorfos, carbonatos. Termossolúvel: uratos amorfos, cristais de ácido úrico Solúvel em ácido acético diluído: hemácias, fosfatos amorfos e carbonatos. Insolúvel em ácido acético diluído: leucócitos, bactérias, levedura, espermatozóides. Solúvel em éter: lipídeos, linfa, quilo. CARACTERÍSTICAS DE ASPECTO/COR DA URINA Organolepsia CAUSA Observações Incolor Urina diluída Poliúria, ausência de jejum Turva Fosfato, bicarbonato e urato; células, contaminação fecal Fístula retovesical Leitosa Piúria, quilúria, parafina Infecção, obstrução linfática, creme vaginal Azul esverdeada Biliverdina, Pseudomonas sp, Clorofila, creosol, índican, guaiacol, flavinas, azul de metileno, triantereno, nutrição enteral Infecções de intestino delgado Desodorantes orais Citrina Flavinas (acriflavina e riboflavina) Ingestão de vitamina B Âmbar Urina concentrada, Urobilina, Bilirrubina, Ruibarbo, Sena Salazosulfapiridina, Fenacetina, Rifampicina, Derivados de piridinas Legumes amarelos pH alcalino Âmbar iridescente Bilirrubina, biliverdina, Riboflavina, Timol Vegetais amarelos Rósea Uratos Cristalúria maciça Marrom Bilirrubina, biliverdina, Nitrofurantoína Cerveja preta Vermelho ou bordeau Hemoglobina, Hemácia, mioglobina, metahemoglobina, urobilina, porfirina, bilifucsina, fucsina, carotenos, derivados de anilina, aminopirina, antipirina, cáscara sagrada, cloroquina, hidroquinona, L-Dopa, fenitoína, metronidazol, nitrito, nitrofurantoína, fenacetina, fenolftaleína, fenodiazina, salazossulfapiridina, timol Fita positiva Menstruação, dano muscular, pH ácido, Hemoglobina instável (Fenômeno de Raynaud) alimentos de pH alcalino, doces Verm. alaranjado Rifampicina Marrom escuro Metahemoglobina, ácido homogentísico, melanina, ácido p-hidroxifenilpirúvico Sangue, pH ácido, alcaptonúria, CA Escurece no repouso Porfirina, serotoninas, ácido homogentísico, melanógenos, imipenem, Cáscara sagrada, clorpromazina, metilDopa, metronidazol, fenacetina COR A cor da urina normal varia desde o amarelo claro até o amarelo escuro, resultado da eliminação de três pigmentos: urocromo (amarelo palha), uroeritrina (amarelo citrino) e urobilina (amarelo âmbar). Estes pigmentos, provenientes do metabolismo normal orgânico, são eliminados em pequenas concentrações e tornam a urina amarela. O pigmento presente em maior concentração é o urocromo. Urina de cor vermelha Urina leitosa (quilúria maciça) Urina negra - por mioglobinúria, emitida na cor âmbar e foi escurecendo em contato com o ar por oxidação. (da esquerda para a direita). � COR CAUSA CORRELAÇÃO LABORATORIAL Incolor Palha Amarelo pálido Comum em amostras ao acaso Poliúria - Diabetes insipidus Poliúria - Diabetes mellitus Recente ingestão de líquido Grande volume de urina de 24 horas Densidade elevada e presença de glicose na urina Amarelo-escuro Âmbar Laranja Amostra concentrada Bilirrubina Acriflavina Cenouras ou Vitamina A Derivados de Piridina (Pyridium) Nitrofurantoína Pode ser normal após exercício vigoroso ou na 1ª micção do dia. Desidratação por febre ou queimaduras Espuma amarela quando agitada e teste positivo nas análises bioquímicas de detecção de bilirrubina Resultados negativos das provas para detecção de bile e possível fluorescência verde Solúvel em benzina Droga comumente administrada para infecções do trato urinário. Pode ter espuma alaranjada e pigmento alaranjado espesso que pode confundir ou influenciar nas leituras das tiras Antibiótico usado em infecções do trato urinário Amarelo esverdeado Marrom amarelado Bilirrubina oxidada em biliverdina Espuma colorida em urina ácida e resultados falso-negativos para bilirrubina Verde Azul-esverdeado Infecção por Pseudomonas Amitriplina Metocarbamol Indican Azul de metileno Fenol Cultura de urina positivaAntidepressivo Relaxante muscular Infecções bacterianas Nenhuma Quando oxidado � Rosa Vermelha Hemácias Hemoglobina Mioglobina Porfirinas Beterraba Fenolsulfonaftaleína Bromossulfaleína Contaminação menstrual Fenidiona Urina turva com teste positivo para detecção de sangue e hemácias visíveis microscopicamente Urina transparente com teste positivo para detecção de sangue; o plasma pode estar vermelho Urina transparente com teste positivo para detecção de sangue; o plasma estará de cor normal Existem testes de identificação específicos Testes negativos para detecção de sangue Detectar com teste seletivo de Watson-Schwartz ou com fluorescência sob luz ultravioleta Urina alcalina de pessoas geneticamente suscetíveis Urina alcalina após teste com fenolsulfonaftaleína para a verificação da função renal Urina alcalina após teste com bromossulfaleína para a verificação da função hepática Amostra turva com hemácias, muco e coágulos Anticoagulante Marrom Preta Hemácias oxidadas em meta-hemoglobina Ácido homogentísico (alcaptonúria) Melanina ou melanogênio Derivados do fenol Argirol (anti-séptico) Metildopa ou levodopa Metronidazol Observada em urina ácida em repouso; teste positivo para a detecção de sangue Observado em urina alcalina em repouso; existem testes específicos A urina escurece ao repousar e reage com nitroprussiato e cloreto férrico Interfere nos testes de redução do cobre A cor desaparece com cloreto férrico Anti-hipertensivo Amebicida, escurece ao repousar � ODOR Propriedade física observável, odor característico, "sui generis", pelos ácidos voláteis que contem. Alterações podem ocorrer: I.T.U. causam cheiro forte e desagradável; Na presença de corpos cetonicos do D. mellitus: um odor adocicado ou de frutas. PATOLÓGICOS Fecalóide Amoniacal forte (bactérias desdobradoras de ureia) Fétido, nauseabundo - CA de bexiga Clorofórmio - ácido homogentísico Alterações podem ocorrer: Nas anormalidades metabólicas sérias forte odor de xarope de bordo: doença de xarope de bordo; Na fenilcetonúria, cheiro de "rato"; Nas cistinose, cistinúria e homocistinúria, cheiro de enxofre. Na má absorção de metionina, cheiro de repolho ou de lúpulo; Na trimetilaminúria, cheiro de peixe podre; Na tirosinemia, cheiro rançoso; Na acidemia isovalérica ou ácido glutárico, cheiro de "chulé" ou pés suados. RESULTADO: Relatar no laudo sui generis para o odor normal da urina e outros odores identificados nas demais amostras. pH Os órgãos reguladores fundamentais para a homeostase (capacidade do organismo em manter o meio interno estável: líquidos extracelulares, plasma sanguíneo e líquido intersticial) e do equilíbrio ácido-básico são os pulmões e os rins. Regulação dada pela formação de H+ na forma de íons amónia, de fosfatos de H e de ácidos orgânicos fracos, bem como pela reabsorção de bicarbonato do filtrado glomerular, que ocorre nos túbulos contornados. Não existem valores normais para o pH urinário. Um indivíduo sadio produz geralmente a Ia urina da manhã com pH levemente ácido, entre 5,0 e 6,0 e mesmo assim, o pH das outras amostras do dia pode variar de 4,5 a 8,0. Seu valor deve ser considerado em conjunto com outras informações do paciente: valor do equilíbrio ácido- básico do sangue, função renal, presença de ITU, ingestão de alimentos e tempo decorrido depois da coleta. � Urinas ácidas são produzidas Em casos de dietas ricas em proteínas e em tratamento médico com acidificantes; D. mellitus mal controlada. Urinas alcalinas são produzidas Após a ingestão de medicamentos alcalinizantes ou diuréticos. Após vómitos repetidos. Após a crise pneumónica. Em várias formas de anemia. Infecção do trato urinário. Significado clínico do pH urinário Acidose respiratória ou metabólica Alcalose respiratória ou metabólica Anormalidades na secreção e reabsorção de ácidos e bases pelos túbulos renais Precipitação de cristais e formação de cálculos Tratamento das Infecções do Trato Urinário Determinação de amostras insatisfatórias* *A medida do pH já foi utilizada para descartar essas amostras consideradas insatisfatórias, porque era consenso que um cristal de urina ácida não podia ser encontrado em urina de pH alcalino e, assim era solicitada nova amostra. Mas, o cristal de urina ácida ao se formar em pH ácido, a urina ao ser eliminada pode apresentar pH alcalino. Teste com tiras reativas A sua determinação é feita através de tiras e se baseia em um sistema de duplo indicador, que produz uma escala ampla de cores, cobrindo os limites do pH urinário. Os indicadores das tiras geralmente são: vermelho metila, que é ativo na faixa de 4,4 a 6,2, produzindo mudança do vermelho para o amarelo; e azul de bromotimol, que passa do amarelo p/azul e com faixa de ação entre 6,0 e 7,6. Assim, a sensibilidade que é na faixa de 5 a 9 medida pelas tiras, as cores vão desde o laranja, com pH 5,0, passando pelo amarelo e o verde, até o azul escuro final com pH 9,0. Valor de referência: entre 4,6 a 8,0 unidades de pH. A reação na tira reativa ocorre em 60 segundos. VARIAÇÕES DE pH Idade pH prematuro RN a termo 4,9 - 6,8 4 - 12 d 5,7 - 7,4 1 mês 5,3 - 6,6 2 - 12 m 4,9 - 6,8 2 - 5 a 5,3 - 6,7 6 - 11 a 5,67 - 6,83 12 -16 a 5,23 - 5,90 adulto 5,4 - 7,02 DENSIDADE A densidade de uma substância é o seu peso peso por unidade de volume. A densidade da água é igual a 1,000, significando que 1g de água a 20°C ocupa um volume de 1mL (a densidade varia com a temperatura). A urina possui uma densidade maior que a da água, variando de 1,003 a 1,030. A função do néfron é filtrar o plasma, reabsorver algumas substâncias, excretar outras e promover a concentração de urina. DENSIDADE depende de: Ingesta hídrica (indiretamente) Reabsorção tubular (Alça de Henle) Circulação medular renal Controle fisiológico do sistema diencéfalo-hipofisário Secreção de hormônio anti-diurético (túbulo coletor) DENSIDADE - V. R. = 1,015 - 1,025 � DENSIDADE AUMENTADA DIMINUÍDA Diabetes mellitus Obesidade Potomania orgânica crônica Politraumatismo Pós-operatório imediato Alcoolismo agudo Oligúria funcional (febre, desidratação, infecções, desnutrição protéica I.R.C. (inicial e final) Tuberculose renal DIMINUIÇÃO No Diabetes insipidus, grandes volumes são excretados com baixa densidade. Pielonefrite, glomerulonefrlte e outras anomalias renais por intenso dano tubular. Em bacteriúria, se diminui é provável ITU. Por hidronefrose, progressiva com a idade, por hiperhidratação. AUMENTO Insuficiência da adrenal, I. C. C, doença hepática. No Diabetes mellitus, grandes volumes são excretados com densidade elevada. Perda de água por fontes não renais, causada por vomito, diarreia, febre, sudorese, queimaduras graves, hemorragias. Em casos de oligúria, casos de Síndrome Nefrótica; também na presença anormal de substâncias como glicose, proteína e contrastes. MEDIDAS DA DENSIDADE Isostenúria - densidade fixa, pode ser normal (1,010), mas constante é devida à completa destruição do mecanismo de reabsorção/excreção do néfron.o Anormalidades HIPOSTENÚRIA - Densidade mantida em 3 amostras subsequentes em valores <1,007. FALHA DE CONCENTRAÇÃO RENAL. ISOSTENÚRIA - Densidade mantida em 3 amostras subsequentes no valor de 1,010. MÁ REABSORÇÃO TUBULAR. HIPERESTENURIA - Pode ser um fato isolado com densidade em 1,035: Privação hídrica DESIDRATAÇÃO - QUEIMADURA EXTENSA Não tem valor diagnóstico após uso de contraste radiológico Medição da densidade URINÔMETRO OU URODENSÍMETRO É um hidrômetro adaptado para determinação da densidade da urina à temperatura ambiente. Correção quanto à temperatura e presença de glicose, proteínas e corantes radiográficos; o volume mínimo de urina necessário é de cerca de50mL. Medida com pouco volume: diluir a urina em água e o resultado é multiplicado pelo valor da diluição. REFRATÔMETRO ESCALA DE LEITURAS: Determina densidade urinária de 1000 a 1040 Determinação mínima 0,002 INSTRUÇÕES DE USO: 1 - Direcionar a frente do refratômetro na direção da luz e ajustar a ocular fazendo girar o anel (05) até que a escala graduada fique nítida no visor. 2 - Levantar a tampa (02) e gotejar uma ou duas gotas de água destilada pura na superfície do prisma (01), fechar a tampa e girar o parafuso com fenda (03), fazendo coincidir no visor a linha claro/escuro com a linha - w. 3 - Abrir a tampa (02), limpar a superfície do prisma e da tampa cuidadosamente com o papel filtro, gotejar 1 ou 2 gotas de urina, fechar e pressionar levemente a tampa, ao olhar no visor a escala graduada, a posição da linha claro escuro, indicará a concentração urinária (na figura 02 indica 1.028.). Após efetuar as dosagens, limpar a superfície do prisma e da tampa com água destilada, secar e guardar adequadamente. ATENÇÃO: Ajustar a água destilada e o espécime sob a mesma temperatura se houver grande variação térmica no ambiente, ajustar a cada 30 minutos. Após o uso, não use água para lavar o instrumento. Manuseie com cuidado o aparelho, para não riscar a superfície do prisma, e o mantenha sempre seco e não o deixe perto de corrosivos e evite choques ao transportá-lo. O Refratômetro é um aparelho que mede a densidade da urina através do índice de refraçao da luz no ar versus o índice de refraçao da luz no meio a ser analisado. O aparelho pode sofrer influência da temperatura e neste caso é conveniente descontar unidades de leitura. Necessita de pequena quantidade de urina. Há necessidade de descontar os mesmos valores obtidos no urodensímetro se houver presença de glicose, proteínas e contrastes radiológicos. Limpar o aparelho após cada amostra; calibração diária com água destilada. TIRAS REATIVAS A medida é realizada através da associação de uma substância (polieletrólito) e um indicador na tira que reagem na presença de solutos iónicos presentes na urina. Os resultados se correlacionam perfeitamente com a clínica, não necessitando descontar valores obtidos em urinas com glicose, proteínas, contrastes radiológicos ou temperatura; utiliza volumes mínimos de urina. O resultado se apresenta em 45 segundos. Para pH acima de 6,5 ou 7,0, acrescentar 0,005 unidades na medida da densidade observada visualmente (leitura através de aparelho a correção é automática). SIGNIFICADO CLÍNICO Estado de hidratação do paciente Incapacidade de concentração pelos túbulos renais Diabetes insipidus Determinação da inadequação de amostras por baixa concentração EFEITO DA HIDRATAÇÃO SOBRE A DENSIDADE Paciente A Água (1 copo) Glomérulo Ultrafiltrado 120mL de água 300mg de soluto Reabsorção 119mL de água 100mg de soluto Urina - 1mL de água 200mg de soluto Densidade 1,015 Paciente B Água (4 copos) Glomérulo Ultrafiltrado 120mL de água 300mg de soluto Reabsorção 119mL de água 100mg de soluto Urina - 10mL de água 200mg de soluto Densidade 1,005 VOLUME De 1.200 a 1.500mL/24h (600 a 2.000mL). A quantidade emitida está diretamente relacionada com o líquido extracelular, intracelular, temperatura, clima, sudorese. O volume normal em crianças é menor que no adulto, mas proporcionalmente ao tamanho, ela urina mais. É medida através de provetas graduadas. Só tem valor clínico para 24h. FATORES DE VARIAÇÃO: Perda de fluidos por fontes não renais, ingestão de fluidos, variações na secreção do hormônio ADH e necessidade de excretar grandes quantidades de soluto como glicose ou sais. VOLUME EM 24H POR IDADE 1°-2° dia de vida...........15 a ôumL 3°-10° dia de vida.....100 a 300mL 2 meses-1 ano...........400 a 500mL 1-3 anos....................500 a 600mL 4-8 anos.................600 a 1OOOmL 9-15 anos................800 a 1400mL >15 anos...............1000 a 1600mL Produção de ADH X Hidratação HIDRATAÇÃO DO ORGANISMO = ADH = VOLUME DE URINA HIDRATAÇÃO DO ORGANISMO = ADH = VOLUME DE URINA SEDIMENTO ESPONTÂNEO Após observação do aspecto, em urina recém-emitida, após repouso por, no mínimo 1h, observar a sua presença, que será expressa de 1+ a 4+/4+. O sedimento espontâneo é formado por elementos dissolvidos ou em suspensão na urina, que aparecem por sedimentação (células epiteliais, uroteliais, leucócitos, hemácias ou bactérias) ou precipitação (cristais). A sua avaliação norteia a sedimentoscopia e o raciocínio a ser realizado quando da elaboração do diagnóstico. Como hoje a Urinálise é um exame diagnóstico, é importante que seja realizado de rotina. Se ocorrer macrohematúria, caracterizada por hemácias no sedimento espontâneo, observar se é de origem menstrual, quando as instruções de coleta não forem seguidas ou hemorragia em trato urinário inferior. SIGNIFICADO DE ALGUMAS TERMINAÇÕES CORRENTES EM ANÁLISES DE URINA POLIÚRIA - Emissão de mais de 2.000mL de urina em 24h. Aumento de líquido extra/intracelular, ingestão de diuréticos, chá, café e álcool, esfriamento corporal, por estresse e ansiedade, infusão intravenosa de líquidos (salina ou glicose). Pode haver incapacidade de concentração renal em muitas formas de doença renal, causando a poliúria. OLIGÚRIA - <600mL de urina em 24h. Tende a ser aguda e ser causada: diminuição da perfusão renal (fator pré-renal), obstrução vesical ou ureteral (pós-renal) ou doença renal primária. ANÚRIA - Supressão urinária. Persistente é sempre associada à uremia e pode indicar IRA ou estágio final de IRC. Como pode ser causada também por obstrução urinária reversível, esta possibilidade deve ser descartada na anúria aguda. Pode surgir na desidratação, edema, transpiração excessiva, choque, reaçoes transfusionaís hemofílicas, síndrome de esmagamento. Agentes nefróticos também podem provocá-la devido à necrose tubular aguda NICTÚRIA - Emissão de urina à noite, obriga a levantar-se p/urinar. Sintoma anormal, inespecifíco que pode refletir doença renal inicial com < da capacidade de concentração. Mesmo senão inespecifíco, está comumente associado à insuficiência cardíaca e hepática, sem evidências de doença intrínseca do sistema urinário. Sem doença, p.ex.: ingesta excessiva de líquidos no fim da noite ou retenção urinária secundária à obstrução do colo vesical (p.ex., prostatismo). DISÚRIA - Micção dolorosa e com dificuldade. Sugere irritação ou inflamação do colo vesical ou da uretra, em geral por infecção. Presença persistente dos sintomas, sem infecção, requer avaliação da bexiga e da uretra. POLAQUIÚRIA - Aumento de frequência das micções. Não associada a aumento de volume, é um sintoma de capacidade diminuída de enchimento vesical efetivo. I.U., corpos estranhos, cálculos ou tumores podem lesar a mucosa vesical ou estruturas subjacentes: infiltração inflamatória e edema. Há contração leve da bexiga e perda de elasticidade vesical: dor, déficit funcional e urgência (necessidade imperiosa de urinar). Micção involuntária, caso não se urine imediatamente. O volume das micções em geral é pequeno e o desejo de urinar pode ser sentido como um tenesmo vesical quase constante que perdura até o processo irritativo ser resolvido. INCONTINÊNCIA OU ENURESE - INCONTINÊNCIA - É a perda de urina sem aviso. Está associada à extrofia da bexiga, epispádias, fístulas vesicovaginais, orifícios u reterá is ectópícos, bexiga neurogênica congénita ou adquirida (neuropatia periférica, A.V.C., demência), e lesões no parto ou prostatectomia. Em mulheres, comumente está relacionada a cistocele, resultante do envelhecimento ou afrouxamentodo soalho pélvico após partos. ENURESE - É fisiológica durante os 2 ou 3 anos iniciais de vida, mas torna-se um problema após esta idade. Pode ser produzida por uma maturação retardada neuromuscular do trato urinário inferior. Pode indicar doença orgânica, por exemplo, infecção ou estenose uretral distal em meninas, valvas de uretra posterior em meninos, ou bexiga neurogênica. � EMBED Unknown ��� � PAGE \* MERGEFORMAT �1�
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