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Aula- 9A Madeira como material de construção

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
Câmara de Materiais e Processos Construtivos 
Aula 07 
Disciplina: Materiais de Construção Civil I 
1 
MADEIRA 
como material de construção 
CONCEITO 
É um produto vegetal proveniente do lenho dos 
vegetais superiores: árvores e arbustos lenhosos. 
Trata-se de um material de origem orgânica e 
biodegradável. 
Pertencem ao ramo dos vegetais completos dotados de 
raízes, caule, folhas e flores. 
 
Reprodução: sementes. 
A madeira é um bio-polímero 
HISTÓRICO 
 Um dos materiais mais antigos utilizados pelo homem. A 
madeira é o mais abundante material de construção civil. 
 Como é um material natural e renovável, ainda 
continuará em evidência e sua importância tende a 
aumentar com a escassez de recursos não renováveis. 
APLICAÇÃO 
Indústria da Construção 
Civil: 
 Cobertura; 
 Cimbramento; 
 Transposição de obstáculos; 
 Armazenamento; 
 Linhas de transmissão; 
 Obras portuárias; 
 Componentes para a 
edificação. 
Paredes pré-montadas prontas 
para serem transportadas por 
caminhão. 
Igreja – Kizhi (Rússia) – Patrimônio da Humanidade. 
PORQUE UTILIZAR A 
MADEIRA? 
Preconceito: 
• Insuficiente divulgação das informações tecnológicas já 
disponíveis acerca de seu comportamento sob as diferentes 
condições de serviços; 
• Falta de projetos específicos desenvolvidos por 
profissionais habilitados; 
• Disseminação de idéias errôneas: associação do uso da 
madeira à devastação de florestas. 
PORQUE UTILIZAR A 
MADEIRA? 
• Baixo impacto ambiental (crescimento, obtenção e 
reposição); 
• Seqüestrador de carbono; 
• Beleza arquitetônica; 
• Baixo custo (abundância); 
• Permite fáceis ligações e emendas; 
• Facilidade reutilização; 
Vantagens: 
PORQUE UTILIZAR A 
MADEIRA? 
• Baixa densidade (1/8 da densidade do aço); 
• Resistência tanto a esforços de compressão como de 
tração (pilar e viga - maior que a do concreto convencional); 
• Alta resiliência (não estilhaça quando golpeada); 
• Alta relação resistência/densidade; 
Vantagens: 
PORQUE UTILIZAR A 
MADEIRA? 
• Resistência a impactos; 
• Bom isolante térmico e acústico; 
• Baixa deformação quando submetida a altas 
temperaturas; 
• Potencial para diversificados usos; 
• Vida útil prolongada (preservação e manutenção); 
• Utilização no estado natural. 
Vantagens: 
PORQUE UTILIZAR A 
MADEIRA? 
Material A B C D E F G 
Concreto 2,4 1.920 20 20.000 96 8 8.333 
Aço 7,8 234.000 250 210.000 936 32 26.923 
Madeira – conífera 0,6 600 50 10.000 12 83 16.667 
Madeira - dicotiledônea 0,9 630 75 15.000 8 83 16.667 
A: densidade do material (g/m³); 
B: energia consumida na produção (MJ/m³); 
 concreto = queima do óleo; aço = queima do carvão; madeira = energia solar. 
C: resistência (MPa); 
D: módulo de elaticidade (MPa); 
E: relação entre os valores da energia consumida na produção e da resistência 
(B/C); 
F: relação entre os valores da resistência e da densidade (C/A); 
G: relação entre os valores do módulo de elasticidade e da densidade (D/A). 
Folhosa 
conífera 
 Dicotiledônia 
PORQUE UTILIZAR A 
MADEIRA? 
Desvantagens: 
• Material heterogêneo e anisótropo; 
• É bastante vulnerável aos agentes externos; 
• Material inflamável; 
• Variações dimensionais (umidade); 
• Formas e dimensões limitadas (alongada); 
• Deteriorização: quando em ambientes que favorecem o 
desenvolvimento de predadores; 
Combate a desvantagem: 
• Utilização de preservativos. 
A madeira não perde resistência sob altas temperaturas como 
acontece com o aço. 
IMPORTANTE!!! 
• Escolher espécies de origem legal e certificadas; 
• Checar o selo da entidade certificadora para ter a certeza 
de que a extração respeitou as leis ambientais e fiscais; 
• Procurar fornecedores idôneos. Exigir deles o selo verde e 
o documento de origem florestal; 
• A localização da edificação interfere na espécie a ser 
usada: avaliar o solo, índice pluviométrico da região, 
umidade relativa do ar e disponibilidade do fornecimento 
das peças na região. 
OBTENÇÃO DA MADEIRA 
FLORESTAS NATURAIS 
• Melhor qualidade da madeira; 
• Elevado custo (distância dos grandes centros). 
FLORESTAS INDUZIDAS 
• Reaproveitamento de áreas desmatadas; 
• Madeira passa a ser um tipo de lavoura; 
• Baixo custo; 
• Recomposição parcial do meio ambiente. 
A madeira resulta de um processo de crescimento 
de sobreposição de camadas. 
MACROESTRUTURA DA MADEIRA 
 
 
Casca 
Câmbio 
Alburno 
Cerne 
Medula 
CRESCIMENTO DAS ÁRVORES 
• Casca: protege a árvore contra agentes externos. Não é 
utilizada na construção civil. É eliminada no aproveitamento do 
lenho. 
Camada externa: formada por tecidos mortos. 
Camada interna: formada por tecido vivo, mole e úmido. 
• Câmbio: camada invisível a olho nu (entre a casca e o 
lenho). 
• Lenho: parte resistente das árvores. Compreende o cerne 
(formados por células mortas, que tem como função resistir aos 
esforços externos que solicitam a árvore) e o alburno (formado 
por células vivas, que além da função resistente é veículo da 
seiva bruta, das raízes às folhas). 
É a alteração do alburno que vai ampliando e formando o 
cerne. 
Cerne: maior peso, compacidade, dureza e durabilidade. 
Alburno: baixas propriedades mecânicas e durabilidade, 
quando comparado ao cerne. Melhor impregnação pelos 
materiais preservativos. 
• Medula: miolo central, mole, de tecido esponjoso e cor 
escura. Não possui resistência mecânica, nem durabilidade. 
• Raios medulares: ligam as diferentes camadas entre si e 
têm a função de transportar e armazenar a seiva. Inibidor da 
retração decorrente da variação de umidade. 
Cada camada de tecido lenhoso formada anualmente constitui 
um anel de crescimento com uma parte formada na primavera 
(tecido brando e células de paredes finas) e outra formada no 
verão (cor escura, células pequenas e tecido compacto). A 
contagem dos anéis permite, aproximadamente, a avaliação da 
idade da árvore. 
Formação de dois ou mais anéis na mesma estação: quando o 
desenvolvimento é interrompido pela seca ou pelo ataque de 
insetos. Nesse caso, formam-se os falsos anéis de crescimento. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁRVORES 
Classificação conforme a germinação e crescimento: 
• Endógenas (monocoltiledôneas): germinação interna 
(processo de dentro para fora). Trata-se de Árvores tropicais 
(palmeiras, bambus, etc.). Há baixo interesse na produção de 
madeira para fins estruturais. 
• Exógenas (coníferas e frondosas): germinação externa 
(processo de fora para dentro). Ocorre a adição de novas 
camadas concêntricas de células (anéis de crescimento). 
Árvores para produção de madeiras. 
Coníferas: não produzem frutos. Típicas de regiões de clima frio. 
Frondosas (dicotiledôneas): produzem frutos. Típicas de regiões 
de clima quente (amazônica). Madeira de lei. 
CLASSIFICAÇÃO DAS MADEIRAS 
• Madeiras finas: empregadas em marcenarias e em construção 
(esquadrias, marcos, etc.). Ex: louro, açoita-cavalos, cedro, 
vinheira. 
Conforme as finalidades tecnológicas: 
• Madeiras duras ou de lei: empregadas em construção 
(suportes e vigas). Ex: angelim, angico, cabriúva, Ipê, 
Maçarandubra, jatobá. 
• Madeiras resinosas: empregadas quase que exclusivamente 
em construções temporárias ou protegidas de intemperismo. Ex: 
pinho. 
• Madeiras brandas: baixa durabilidade. Alta facilidade de 
trabalho.Não são usadas em construção. Ex: timbaúva. 
• Maçiça 
• Industralizada 
Classificação das 
madeiras de construção 
Madeiras Maciças 
 
• Madeira falquejada – Obtida de troncos por corte com 
machado. No falquejamento do tronco, as partes laterais 
cortadas constituem em perda. Possuem seção quadrada ou 
retangular, utilizada em postes de madeira, pontes, cortinas 
cravadas, estacas. 
Madeiras Maciças 
 
• Madeira bruta – É utilizada mais frequentemente em 
construções provisórias. Estas madeiras, que não passaram 
por um período longo de secagem, ficam sujeitas a retração 
transversal que provoca rachaduras nas extremidades. Para 
evitar rachaduras nas extremidades, recomenda-se revestir 
as seções de corte com alcatrão ou outro impermeabilizante. 
São usada em forma de troncos para postes, escoramentos e 
estacas. 
 
 
Maciças 
 
• Madeira serrada – mais utilizada. Os troncos são 
desdobrados nas serrarias em dimensões “padronizadas” para 
o comércio, passando depois por um período de secagem. As 
madeiras serradas são vendidas em seções padronizadas, com 
bitolas nominais em centímetros ou polegadas. As dimensões 
mínimas estão especificadas na norma brasileira NBR 7190. 
Madeiras Industrializadas 
 
• Madeira laminada e colada – A madeira laminada e colada é 
um produto estrutural, formado pela associação de lâminas de 
madeira selecionada, coladas com adesivos (a prova de água) e 
sob pressão. A espessuras das lâminas variam de 1,5 a 5 cm. As 
lâminas podem ser emendadas com cola nas extremidades, 
formando peças de grande comprimento. Largamente usada na 
Europa. 
 
Principais vantagens em relação as madeiras maciças: 
 Podem ser fabricadas em folhas grandes, com defeitos 
limitados; 
 Apresentam menor retração e inchamento; 
 São mais resistentes; 
 Apresentam menos trincas na cravação de pregos. 
Industrializadas 
 
• Madeira compensada – É formada pela colagem de três ou 
mais lâminas, alternando-se as direções das fibras 
em ângulo reto. Os compensados podem ter três, cinco ou mais 
lâminas, sempre em número impar. As lâminas são coladas com 
as fibras em sentido alternado. 
 
Principais vantagens em relação a madeira maciça: 
 É mais homogênea, pois os nós são partidos e distribuídos 
mais aleatoriamente; 
 Permite a confecção de peças de grandes dimensões; 
 Permite melhor controle de umidade das lâminas, reduzindo 
defeitos provenientes de secagem irregular; 
 Permite a construção de peças de eixo curvo. 
Industrializadas 
 
• Madeira reconstituída – as fibras são unidas por pressão com 
ou sem adição de ligante. Estes produtos são fabricados com 
resíduos de madeira serrada e compensada convertidos em 
flocos e partículas colados sob pressão. Em geral não são 
considerados materiais estruturais devido a pouca resistência e 
durabilidade, porém são muito utilizados na indústria de móveis. 
 
• Madeira aglomerada – formada por lâminas impregnadas de 
material ligante. Sem fim estrutural. 
• Madeira anidra: com 0% de umidade. 
A evaporação da água diminui a densidade da 
madeira, o que acaba por reduzir o custo de seu 
transporte. 
Classificação conforme o teor de 
umidade: 
• Madeira verde: acima do ponto de saturação, mais de 30%; 
•Madeira semi-seca: abaixo do ponto de saturação, porém 
com h ≥ 23%; 
• Madeira comercialmente seca: 18% ≤ h < 23%; 
• Madeira seca ao ar: 12% ≤ h < 18%; 
• Madeira dessecada: 0% < h < 12%; 
MICROESTRUTURA DA MADEIRA 
A madeira apresenta uma microestrutura celular. 
CONÍFERA – Madeira mole 
Dicotiledônea – Madeira dura 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA 
Lignina: material aglomerante que liga as células umas às 
outras. 
Celulose: estrutura de sustentação das paredes celulares. 
Os dois componentes são responsáveis por todas as 
propriedades da madeira. 
• Celulose: 60% 
• Lignina: 25% 
• Outras substâncias: 15% 
Outras substâncias: óleos, resinas, açúcares, amidos, 
substâncias nitrogenadas, sais orgânicos e ácidos orgânicos. 
Polímero natural composto por: 
PRODUÇÃO DA MADEIRA 
• Corte: preferencialmente, realizado no inverno. A época não 
influi sobre a resistência mecânica, mas tem grande influência 
sobre a durabilidade (a madeira cortada no inverno seca mais 
lentamente). A secagem evita o surgimento de fendas e 
rachaduras, evitando expor a madeira ao ataque de fungos e 
insetos. 
Ferramentas: machado de lenhador; traçador (serra manual); 
máquina de derrubar; cunhas; alavancas; etc. 
• Toragem: após o corte e desgalho da árvore, a mesma deve 
ser traçada em toras de 5 a 6 metros para facilitar o transporte. 
Nesse momento as árvores podem ser descascadas e 
descortiçadas. 
Cortiça 
PRODUÇÃO DA MADEIRA 
• Falquejo: cada tora fica com uma seção quadrada ou 
retangular pela remoção de 4 costaneiras. 
PRODUÇÃO DA MADEIRA 
• Desdobro: operação final na obtenção de madeira bruta. É 
realizada nas serrarias com serras-fitas contínuas ou com serras 
alternativas que podem ter a lâmina horizontal, vertical e várias 
lâminas paralelas. 
Obtenção: pranchões ou pranchas. 
• Aparelhamento ou 
bitolagem: obtenção das peças 
em bitolas comerciais. 
PROPRIEDADES DA MADEIRA 
A madeira é um material não homogêneo com muitas 
variações. 
Existem diversas espécies com diferentes propriedades. 
Diante disso, se faz necessário o conhecimento de todas 
as características para um melhor aproveitamento do 
material. 
ENSAIOS NORMATIZADOS DA 
MADEIRA 
A NBR 7190/1997 – Projeto de estruturas de madeira 
apresenta os procedimentos para caracterização das 
madeiras. 
• Umidade; 
• Densidade; 
• Estabilidade dimensional; 
• Compressão paralela às fibras; 
• Tração paralela às fibras; 
• Compressão normal às fibras; 
• Tração normal às fibras; 
• Cisalhamento; 
•Fendilhamento; 
• Flexão; 
• Dureza; 
• Resistência ao impacto na flexão; 
• Embutimento; 
• Cisalhamento na lâmina de cola; 
• Tração normal à lâmina de cola; 
• Resistência das emendas dentadas e 
biseladas. 
• Caracterização completa da resistência da madeira: 
compressão paralela às fibras, tração paralela às fibras, 
compressão normal às fibras, tração normal às fibras, 
cisalhamento, embutimento e densidade. 
 
• Caracterização mínima da resistência: compressão 
paralela às fibras, tração paralela às fibras, cisalhamento e 
densidade. 
 
• Caracterização simplificada da resistência da madeira 
serrada: permite-se a caracterização simplificada das 
resistências da madeira de espécies usuais a partir dos ensaios 
de compressão paralela às fibras. 
Caracterização das propriedades 
das madeiras 
Extração das amostras para ensaios 
O número mínimo de corpos-de-prova deve atender aos 
objetivos da caracterização: 
a) caracterização simplificada: seis corpos-de-prova; 
b) caracterização mínima da resistência de espécies 
pouco conhecidas: 12 corpos-de-prova. 
Lotes de madeira serrada 
considerados homogêneos: cada 
lote não deve ter volume superior a 
12 m³. 
PRINCIPAIS PROPRIEDADES FÍSICAS 
DA MADEIRA 
• Heterogeneidade; 
• Anisotropia; 
• Umidade; 
• Retratilidade; 
• Porosidade; 
• Dureza; 
• Textura, cor, brilho e odor; 
• Densidade; 
• Condutibilidade elétrica; 
• Condutibilidade térmica; 
• Condutibilidade sonora; 
• Resistência ao fogo; 
• Durabilidade. 
Heterogeneidade 
Resume-se ao fato do mesmo tipo de árvore apresentar tecidos 
celulares diferentes. 
Exemplo: os tecidos de anéis de crescimento na estação da 
primavera são diferentes dos tecidos da estação do outono. 
A variabilidade e a heterogeneidadeproporcionam diferente 
dureza, densidade, cor, etc. 
Anisotropia 
Esta característica identifica-se com o fato de a madeira ser 
diferente do ponto de vista da direção ou do sentido em que 
cresceu na árvore, ou seja, as suas propriedades são diferentes 
para cada uma das três dimensões (tangencial, longitudinal e 
radial). 
As propriedades mecânicas dependem da disposição das fibras. 
A madeira se expande ou retrai de forma diferente às 
variações de umidade no ambiente, consoante sejam 
considerados os sentidos relativos de suas fibras. No 
sentido longitudinal ao eixo de uma tora, por exemplo, a 
variação é mínima (0,1%); no sentido tangencial, é máxima 
(até 10%), e no sentido radial, cerca de 5%. 
Umidade 
Influencia nas propriedades mecânicas, assim como na massa 
específica aparente. 
 
U = (mu – ms)/ms x 100 
 
U(%) = teor de umidade 
mu = massa úmida 
ms = massa seca (103°C em estufa) 
As madeiras utilizadas nas edificações devem possuir 
teor de umidade máximo de 12%. 
• Água de constituição: não pode ser eliminada nem na 
secagem, sendo portanto impossível a sua retirada. Quando a 
madeira contém apenas essa água se diz que a madeira está 
completamente seca. Retirada com a queima. 
 
• Água de impregnação: aparece entre as fibras e a célula 
lenhosa. Está água provoca um inchamento na madeira, alterando 
todo o comportamento físico e mecânico do material. Quando esta 
água impregna toda a madeira sem escorrimento se diz que a 
madeira atingiu o teor de umidade de saturação ao ar. 
 
• Água livre: quando está nos vazios capilares não provoca 
variação de volume. 
A água na madeira: 
Água livre Água de impregnação 
• A secagem da madeira é uma técnica que visa a redução do 
seu teor de umidade, objetivando levá-la até um determinado 
ponto, com um mínimo de defeitos e no menor tempo possível. 
• Para tanto deve valer-se de uma técnica que seja 
economicamente viável, tendo-se em mente o fim para o qual a 
peça da madeira se destina. 
SECAGEM DA MADEIRA 
• Diminui a retração e deformação da madeira; 
• Aumenta sua resistência ao apodrecimento; 
• Diminui a atração aos insetos xilófagos; 
• Melhora as qualidades mecânicas da madeira; 
• Reduz seu peso e torna a madeira mais apta a receber 
tratamentos imunizantes. 
Secagem natural 
• Na secagem natural (ao ar) às tábuas perdem 50% da 
umidade por volta de 20 dias; 
• O restante é eliminado num tempo 3 a 5 vezes maior. 
 
Secagem em artificial 
• Realizada sob condições controladas de umidade 
relativa (UR) e temperatura (T); 
• Para que não haja defeitos torna-se necessário injetar 
vapor livre na estufa para elevação do grau 
higrométrico, não permitindo uma velocidade excessiva 
de evaporação. 
• Redução da movimentação dimensional; 
• Possibilidade de melhor desempenho de acabamentos 
na superfície das peças; 
• Redução da probabilidade de ataque de fungos; 
• Aumento da eficácia da impregnação da madeira 
contra a demanda biológica; 
• Aumento dos valores correspondentes à propriedades 
de resistência e de elasticidade. 
Necessidades da prévia secagem 
das madeiras: 
Retratilidade 
 
 Contração da madeira; 
 Inchamento da madeira; 
 Trabalho da madeira. 
Caracterizada pelas propriedades de retração e de 
inchamento. A madeira tem maior retratibilidade na direção 
tangencial, seguida pela radial e axial. Diretamente 
relacionada à presença da água no interior da madeira. 
Ocorrência de alterações de volumes e dimensões. 
Porosidade 
Traduz o fato de a madeira ser um material que deixa passar 
determinados elementos de caráter fluido através da sua superfície 
e saliências. O cerne é menos poroso do que o alburno. 
Propriedades presentes nas madeiras... 
Dureza 
Resistência que a madeira opõe a penetração por outro corpo. 
Não deve ser confundida com resistência à compreensão, ao 
choque, etc. 
Quanto mais velha, maior será a dureza; a madeira do cerne é 
mais dura que a do alburno. 
Textura, cor, brilho e odor 
•Textura: é variável e encontra-se intimamente ligada com a 
distribuição dos tecidos e das células que a compõem. 
•Cor: é variável de espécie para espécie de árvore. O cerne é mais 
escuro que o alburno. As cores vão desde branca, amarela, 
avermelhada, marrom escuro e quase preta. 
•Brilho: depende da intensidade dos raios medulares. 
•Odor: algo que provém das seivas. 
Densidade 
ρ = m / V 
 
ρ = densidade 
m = massa contida na amostra 
V = volume descontados os vazios 
As madeiras mais duráveis são as que possuem maior 
densidade. 
As madeiras de peso mais leve retém mais água que as 
madeiras mais pesadas. 
Densidade aparente: 
É umidade padrão de referência calculada para unidade a 12%. 
Condutibilidade elétrica 
• Refere-se ao fato de a madeira constituir um material que 
permite, em determinados casos, efetuar um isolamento; 
 
• Quando bem seca é excelente isolante elétrico. Quando 
úmida se torna condutora; 
 
• Varia com as espécies; 
 
• A sua eficácia como isolante é maior se a madeira for 
pintada e/ou envernizada. 
Condutibilidade térmica 
Devido a organização estrutural do tecido, que retém 
pequenos volumes de ar em seu interior, a madeira impede a 
transmissão de ondas de calor ou frio, tornando-se, assim, 
um mau condutor térmico (baixa condutividade térmica), 
isolando calor ou frio. 
Mau condutor independente da espécie. 
Condutibilidade sonora 
A madeira não é bom isolante acústico. Porém, quando 
usado em tratamento acústico funciona bastante bem por 
terem boa capacidade de absorção dos sons. 
A propagação de ondas sonoras é reduzida ao entrar em 
choque com superfícies de madeira. O procedimento de 
empregar madeira como revestimento de paredes enfraquece 
a reverberação sonora e melhora a distribuição das ondas 
pelo ambiente, tornando-a um produto adequado para o 
condicionamento acústico. 
Resistência ao fogo 
A madeira oferece uma excelente resistência ao fogo. 
Principais razões: 
 Má condutividade térmica; 
 Teor de água presente na estrutura; 
 Formação de crosta carbonizada, criando rapidamente uma 
camada isolante que freia a combustão até impedi-la. 
Sendo a madeira um mal condutor de calor, a temperatura 
interna cresce mais lentamente, não provocando maior 
comprometimento da região central das peças que, desta 
maneira, podem manter-se em serviço, nas condições que o 
aço, por exemplo, já teria entrado em colapso 
(escoamento), mesmo não sendo inflamável. 
A madeira transmite 1/10 do calor transmitido pelo 
concreto e 1/250 do aço. 
A madeira não libera gases nocivos quando da queima (a 
não ser as tratadas em autoclave*). 
* cilindro que suporta pressão, onde a madeira é introduzida e em seguida os produtos 
químicos preservantes são injetados. 
Madeira submetida ao fogo 
Devido a organização estrutural do tecido, que retém 
pequenos volumes de ar em seu interior, a madeira impede a 
transmissão de ondas de calor ou frio, tornando-se, assim, 
um mau condutor térmico (baixa condutividade térmica), 
isolando calor ou frio. 
As madeiras duras (alta massa especifica) queimam 
melhor, porque possuem maior quantidade de matéria 
lenhosa pôr volume. 
Durabilidade 
É a propriedade que possui a madeira de resistir, num grau maior 
ou menor, aos ataques dos organismos destruidores, tais como 
insetos, bolor, etc. 
Esta qualidade sobe de importância quando o emprego da madeira 
se faz num meio úmido, sem que se possa proteger ou abrigar. 
Exemplo: pilares de madeira. 
JATOBÁ 
PAU-MARFIMDENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% 
de umidade tem 795 kg/m³, verde tem 1.015 kg/m³ 
seca rapidamente ao forno ou ao ar livre. 
DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% de 
umidade tem 921 kg/m³, verde tem 1.275 kg/m³, seca 
rapidamente ao forno ou ao ar livre. 
 TI POS DE MADEIRAS 
DENSIDADE: madeira de densidade média, com 
13% de umidade tem 785 kg/m³, verde tem 1.210 
kg/m³, seca muito rapidamente. 
ANGELIM-PEDRA 
CEDRO 
DENSIDADE: madeira de densidade média, com 
13% de umidade tem 485 kg/m³, verde tem 635 
kg/m³, fácil de secar, seca rapidamente ao forno ou 
ao ar livre. 
IPÊ 
SUCUPIRA 
DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% 
de umidade tem 1.103 kg/m³, verde tem 1.315 
kg/m³, seca rapidamente ao forno ou ao ar livre. 
DENSIDADE: madeira altamente densa, com 13% 
de umidade tem 1.101 kg/m³, verde tem 1.310 
kg/m³, seca rapidamente ao forno, mas com muita 
dificuldade ao ar livre.

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