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Anotações_DIREITO PENAL 1

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DIREITO PENAL 1 
AV1 – AV2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 1: 03/08/2015 
 
Professor : Luciano Filizola 
 
Direito Penal 
1 – Princípios/Norma Penal/Teoria do Delito 
2 – Concurso de Agentes/Concurso de Crime/Teoria da Pena/Medida de Segurança/Punibilidade 
3 – PG até 120 
4 – PE / Leis Especiais 121-310 
 
Fazer Criminologia. 
 
Ler: 
Luiz Regis Prado 
Rogerio Greco (Baixado) 
Guilherme de Souza Nucci (Baixado) 
Cezar Roberto Bitencourt 
Fernando Capes 
Francisco de Assis Toledo 
Celso Delmanto 
 
Pena criminal: é a sanção imposta a quem comete os crimes previstos em nosso ordenamento jurídico. São elas: 
privativas de liberdade (reclusão e detenção), restritivas de direito (ex.: prestação pecuniária, limitação de fim de 
semana, prestação de serviços à comunidade) e multa. 
Medida de segurança: é a sanção imposta aos inimputáveis (Art. 26. É isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.). As medidas de segurança são de 
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou de sujeição a tratamento ambulatorial. 
Direito público: Direito concernente às relações jurídicas de natureza pública. 
 
 
Aula 2: 10/08/2015 
 
O Direito Penal 
O direito penal pertence ao direito público, pois seu objeto refere-se primordialmente às relações do 
Estado com particulares em razão de seu poder soberano, atuando na tutela do bem-estar coletivo. 
No garantismo, o Direito Penal tem como fim limitar o poder punitivo do Estado e garantir que o 
cidadão não sofra arbitrariedades por parte do Estado, o qual sempre deverá agir segundo a lei. 
Descrição 
 
Objeto de estudo do Direito Penal é a infração penal. 
 
 
Infração Penal 
 - Contravenção (Decreto Lei 3.688/41 o LCP) 
Não será estudado, pois a maior parte das contravenções que eram de maior importância se tornaram crime, ou foram 
revogadas. 
 - Crimes 
O objeto que será estudado. 
 
 
Crime 
Crime é toda conduta ilícita sancionada com uma pena. 
Todo crime é uma conduta ilícita, mas nem todo ilícito é crime. 
Função do Direito Penal 
Tutelar e proteger bens jurídicos, que são valores presentes na sociedade que o Estado reconhece a 
relevância e as acolhe passando a protegê-los por meio das normas jurídicas. 
Porém a majoritária é de o Direito Penal limita o poder punitivo do Estado. 
 
Bens jurídicos 
São valores presentes na sociedade que o Estado reconhece e acolhe através de suas normas. 
 
Como reconhecendo a relevância de um Bem jurídico o Direito penal o protege? 
Isso se dá no momento que o Direito penal criminaliza condutas lesivas a esses bens, implicitamente 
está criado um mandamento que visa proibir, coibir a conduta lesiva de forma intimidativa através das 
normas. 
 
Garantismo (Luigi Ferrajoli) 
O movimento capitaneado por Luigi Ferrajoli, que diz que o Direito penal visa substituir a vingança privada 
limitando o poder punitivo do Estado. 
 
O penalista e criminólogo argentino, Zaffaroni, um garantista, compara o Direito Penal com uma represa, que 
necessita de pontos de escoamento para aliviar a pressão na represa. 
Direito Penal mínimo, aplicado nos casos mais graves. 
 
Ler “Dos delitos e das penas.” 
Ler “Em busca das penas perdidas.” Autor: Zaffaroni 
 
 
Fontes do Direito Penal 
Materiais 
Formais 
 
Fontes materiais 
Indicam o órgão encarregado da produção do direito penal. Em nosso ordenamento jurídico, somente 
a União possui competência legislativa para criar normas penais (Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho;). 
Os estados e municípios não podem legislar matéria criminal. 
 
Fontes formais 
Se subdividem-se em: 
Imediatas: Somente a lei pode servir como fonte primária e imediata do direito penal, porquanto não 
há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF, art. 5º, XXXIX, e CP, art. 
1º). Apenas leis Federias strictu sensu, afastando assim: portarias e medidas provisórias, pois só se admite 
quando emanadas do congresso nacional. 
Mediatas: fontes secundárias ou mediatas: são os costumes (―conjunto de normas de 
comportamento a que pessoas obedecem de maneira uniforme e constante pela convicção de sua 
obrigatoriedade‖ — Damásio de Jesus, Direito penal: parte geral, v. 1, p. 27) e os princípios gerais de 
direito (―premissas éticas que são extraídas, mediante indução, do material legislativo‖ — idem, p. 29). 
Tais fontes formais sofrem importante limitação como decorrência do princípio da legalidade (CF, art. 5º, 
XXXIX, e CP, art. 1º). 
Não se admite que de seu emprego resulte o surgimento de crimes não previstos em lei ou, ainda, a 
agravação da punibilidade de delitos já existentes. 
 
Dogmática penal 
Criminologia tradicional 
Política criminal 
 
Os costumes isoladamente não podem fundamentar uma condenação criminal, tendo em 
vista a necessidade da presença de uma lei. 
 
Movimento Pós-positivismo. Antes de aplicar a lei deve ser feita a justiça. Aplicar uma lei 
levando a um prejuízo maior que sua não aplicação, então não se aplica a lei. 
 
Princípios limitadores 
- Princípio da legalidade 
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF, art. 5º, XXXIX, e 
CP, art. 1º). 
- Principio da máxima taxatividade 
A lei ao descrever a conduta deve ser precisa, não podendo se utilizar de expressões vagas e 
indeterminadas. 
 
Analise formal: é da forma, se ela obedeceu aos requisitos de produção, a lei existe formalmente. 
Analise material: é do seu conteúdo, a analise do que a lei criminaliza. 
 
“Nullum crimen, nula poena sine lege.” 
 
- Princípio da lesividade ou ofensividade 
Só pode ser definida como crime uma conduta que leciona ou coloca em perigo um bem jurídico 
relevante. 
 
- Princípio da subsidiariedade ou fragmetariedade ou intervenção mínima 
―Ultima ratio‖ Significa que o Direito Penal só deve ser aplicado em ultimo caso, quando se verificar 
que os demais ramos do direito não são coercitivos o suficiente para determinado caso. 
 
Aula 3: 17/08/2015 
 
- Princípio da insignificância ou bagatela 
Tendo em vista a drasticidade do Direito Penal este não pode ser aplicado a aquelas lesões de 
pequena monta. 
Agressão culposa cabe este principio, se houver dolo não. 
―Com efeito, o princípio da insignificância é um princípio geral e ordenador do Direito Penal 
incidindo sobre todas as normas de cunho penal, e não somente sobre aquelas com características 
patrimoniais. Cunhá-lo, com base na patrimonialidade, é amputar uma grande parcela de sua 
aplicabilidade esvaziando-o quase que por completo.‖ (Cássio Lazzari Prestes) 
 
- Princípio da adequação social 
Não será crime aquela conduta que num determinado contexto venha a ser tolerada pela 
sociedade. 
 
- Princípio da culpabilidade (01 – 00:31:17) 
Só pode ser definida como crime uma conduta se houver dolo ou culpa, afastando assim a 
responsabilidade objetiva, a qual não precisa nem de dolo e nem de culpa como se verifica no Direito 
administrativo e no Direito do consumidor. 
Influenciado pelo Finalismo o dolo e a culpa não é mais estudado dentro da culpabilidade, mas 
dentro do fato típico. Porém o principio da culpabilidade ainda traz em sua definição que só há crime 
se há dolo ou culpa. 
 
Dolo: Existea intenção. 
Culpa: falta de cuidado que gera um resultado previsível. 
 
Norma Penal (02 – 00:00:35) 
É o conjunto de normas incriminadoras, bem como princípios e regras e aplicação do 
Direito Penal. 
 
Espécies 
- Incriminadora (02 – 00:03:30): Descreve a conduta que se pretende coibir e define a pena a ser 
aplicada (tipo penal que surge a partir do Art. 121). Normal incriminadora só aparece na parte especial. 
Via de regra esse é o modelo: 
Art. Preceito primário. Tem a descrição da conduta. 
Pena. Preceito secundário. A definição da pena. 
Ex.: Art. 213. e Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém 
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
- Não Incriminadora 
 - Permissiva (02 – 00:11:55): É aquela que autoriza uma conduta ou permite a não aplicação da pena. 
Ex. art. 22, 25, 26, 107 e 128 do CP 
Coação irresistível e obediência hierárquica 
Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior 
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
Legítima defesa 
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual 
ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Extinção da punibilidade 
Art. 107. Extingue-se a punibilidade: 
 
 - Complementares ou explicativas (02 – 00:18:58): São aquelas que definem conceitos e regras de 
aplicação do Direito Penal. 
Ex. art. 2º, 5º, 33, 59 e 327 do CP 
Lei penal no tempo 
Art. 2.º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e 
os efeitos penais da sentença condenatória. 
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
Reclusão e detenção 
Art. 33. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime 
semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. 
 
Art. 327. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, 
exerce cargo, emprego ou função pública. 
 
 
Norma Penal em branco (02 – 00:26:50) 
É uma normal incriminadora incompleta ou lacunosa que necessita de outro ato normativo para sua 
integração. 
Ex. art. 236, 237, 269 do CP Lei 11343/06 art. 33 
Art. 269. Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Homogênea: Entende-se por lei penal em branco homogênea aquela cujo complemento se 
encontra descrito numa fonte formal da mesma hierarquia da norma incriminadora, ou seja, quando o 
complemento também está previsto numa lei ordinária (ou outra espécie normativa equivalente). 
Exemplo: art. 237 do CP (―Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe 
cause a nulidade absoluta‖), cujo complemento se encontra no Código Civil, o qual enumera as 
causas de nulidade do matrimônio nos arts. 1.521, 1.517, 1.523 e 1.550. 
Estrito ou heterogênea: Em sentido estrito ou heterogênea é aquela cujo complemento está descrito 
em fonte formal distinta daquela do tipo penal incriminador. 
Ex.: Lei n. 11.343/2006, art. 33 (tráfico ilícito de drogas), que não indica quais são as ―drogas ilícitas‖, 
delegando tal função a normas administrativas, (portarias da ANVISA); com efeito, o art. 1º, parágrafo 
único, desta Lei dispõe que: ―... consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de 
causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente 
pelo Poder Executivo da União‖. 
 
 
Analogia no Direito penal (AnalogiaIn bonam partem) (03 – 00:03:55) 
Tendo em vista o principio da legalidade não é possível o uso da analogia, salvo quando for para 
beneficiar o réu. 
 
Analogia – In bonam partem 
é diferente de 
Interpretação analógica 
 
 
Interpretação analógica (03 – 00:12:15) 
É possível quando a norma através de uma formula casuística venha a permitir sua aplicação a 
casos semelhantes. 
Ex.: 
Ameaça 
Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
 
 
Conflito aparente de normas (Principio do “ne bis in idem”) (03 – 00:28:10) 
Ocorre quando duas ou mais normas são aparentemente aplicáveis a um mesmo fato, porém 
apenas uma delas terá real incidência, tendo em vista o principio do ne bis in idem. Segundo o qual 
ninguém pode ser punido duas vezes com base no mesmo fato. 
 
Qual norma afastar e qual norma usar? 
Principio da especialidade: A norma é especial com relação a geral, quando trouxer os mesmo 
elementos desta e mais alguns, chamado especializantes, fazendo que a norma geral seja afastada. 
Ex. art. 121 e 123 do CP 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. 
Infanticídio 
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
Principio da subsidiariedade (03 – 00:44:13): A norma é subsidiaria, também chamada de exercito de 
reserva, nunca é utilizada quando presente alguma norma principal que defina o fato como um crime 
mais grave. 
Ex.: art. 132 e 146 do CP 
Perigo para a vida ou saúde de outrem (subsidiariedade expressa) 
Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Constrangimento ilegal (subsidiariedade tácita) 
Art. 146. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro 
meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
 
Principio da consunção: Não se pune o delito quando for fase normal de preparação ou execução 
de outro crime, fazendo que o crime fim absorva o crime meio. 
Ex.: art. 121 do CP 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. 
Principio da alternatividade (03 – 01:06:05): Em um tipo penal de ação múltipla ou de núcleo variado se o 
agente praticar mais de uma das condutas, porem num mesmo contexto, responderá por um só delito. 
Ex.: art. 180 do CP 
Receptação 
Art. 180. Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, 
ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
 
Diversos são os princípios de Direito Penal que estão assegurados na Constituição. Vejamos: 
- Princípio da dignidade da pessoa humana: 
A Constituição Federal estabelece como fundamento do Estado Democrático de Direito a dignidade da pessoa 
humana (art. 1º, III). No art. 5º determina que são invioláveis os direitos à liberdade, à vida, à igualdade, segurança 
e à propriedade. 
- Princípio da legalidade: 
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF, art. 5º, XXXIX, e CP, art. 1º). 
- Princípio da anterioridade da lei penal: 
A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (CF, art. 5º, XL, e CP, art. 2º). 
- Princípio do ne bis in idem:- Princípio da insignificância ou da bagatela: 
Foi desenvolvido por Claus Roxin. Para o autor, a finalidade do Direito Penal consiste na proteção subsidiária de 
bens jurídicos. Logo, comportamentos que produzam lesões insignificantes aos objetos jurídicos tutelados pela 
norma penal devem ser considerados penalmente irrelevantes. A aplicação do princípio produz fatos penalmente 
atípicos. 
- Princípio da alteridade ou da transcendentalidade: 
- Princípio da ofensividade: 
- Princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos (ou princípio do fato): 
- Princípio da intervenção mínima: 
- Princípio da fragmentariedade: 
- Princípio da adequação social: 
- Princípio da humanidade: 
As normas penais devem sempre dispensar tratamento humanizado aos sujeitos ativos de infrações penais, 
vedando-se a tortura, o tratamento desumano ou degradante (CF, art. 5º, III), penas de morte, de caráter perpétuo, 
cruéis, de banimento ou de trabalhos forçados (CF, art. 5º, XLVII). 
- Princípio da proporcionalidade: 
- Princípio da autorresponsabilidade ou das ações a próprio risco: 
- Princípio da confiança: 
- Princípio do estado de inocência ou presunção de não culpabilidade. 
―Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória‖ (CF, art. 5º, LVII). 
- Princípio da culpabilidade: 
 
Aula 4: 24/08/2015 
 
Lei Penal no tempo 
Tempo do crime art.4º 
Art. 4.º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
 
Refere-se ao momento da conduta, ainda que outro seja o tempo do resultado. (Teoria da atividade) 
 
Ação se perpetuando no tempo é o crime permanente. 
 
Conflito intertemporal de leis Penais. 
 
 
 
 
 
 
Princípio da retroatividade da lei mais benéfica (Princípio da irretroatividade) art. 2º 
Lei penal no tempo 
Art. 2.º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e 
os efeitos penais da sentença condenatória. 
Tendo em vista o princípio da legalidade a lei penal não pode ser aplicada a fatos anteriores a sua 
vigência, salvo quando mais benéfica. 
Hipóteses: 
 
1 – novatio legis incriminadora Irretroatividade 
É uma lei que passa a definir como crime uma conduta anteriormente irrelevante para o Direito 
Penal. 
Ex.: 10.826/2003 lei do desarmamento 
 
2 - abolitio crimes Retroatividade 
É uma lei que deixa de considerar crime uma conduta anteriormente tipificada, a qual deve ser 
aplicada retroativamente, sendo uma causa extintiva de punibilidade. 
Ex.: adultério 
A para haver essa hipótese a norma revogada não pode ser substituída por outra. 
Ex.: art.213 e 214 o artigo 214 foi revogado, mas sua redação foi incluída no art.13. 
 
3 – novatio legis in pejus Irretroatividade 
É uma lei que passa a tratar com maior rigor um crime já tipificado, a qual é irretroativa. 
Ex. 8.072/90 lei de crimes hediondos 
 
4 – novatio legis in mellius Retroatividade 
É uma lei que passa a tratar de forma mais branda um crime já tipificado, a qual deve ser aplicada 
retroativamente. 
Ex.: 11.464/07 lei de crimes hediondos 
 
 
Ultra-atividade 
(a lei penal revogada pode ser aplicada após sua revogação, quando o ilícito praticado durante a 
sua vigência for sucedido por lei mais severa.). 
 
Lei intermediaria mais benéfica 
A lei penal intermediária é assunto atinente ao conflito de leis penais no tempo. 
Suponha que determinado fato foi cometido na vigência da lei A. No decorrer da persecução penal sobre o 
mesmo fato, adveio a lei B. Por fim, no momento da sentença penal vigorava a lei C, sobre o mesmo assunto. 
Considerando que a lei B (lei penal intermediária) é a mais favorável de todas, a questão é: é possível aplicá-la ao 
réu? 
A doutrina entende que sim. Seguindo o raciocínio de acordo com o qual, diante de um conflito de leis penais 
no tempo, a regra é a da aplicabilidade da lei penal mais benéfica, defende-se a possibilidade da aplicação da 
lei penal intermediária ao réu. (Luiz Flávio Gomes) 
 
Exceção: 
Lei excepcional ou temporária 
Art. 3.º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
Lei temporária, é aquela cujo o prazo de vigência já vem predeterminada. (É uma lei cujo o prazo já vem 
determinado, não é preciso de uma lei para revoga-la, ela se extingue sozinha.) 
Lei excepcional é aquela que a vigência fica vinculada a uma situação de emergência. 
 
 
Lei Penal no espaço. 
Aplicasse a lei Brasileira em crimes praticados em território nacional, independente da nacionalidade 
dos envolvidos. 
 
Princípio da territorialidade art. 5º 
Territorialidade 
Art. 5.º Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no 
território nacional. 
 
Em embarcação ou aeronave a lei Brasileira se aplica: 
 - publicas: em qualquer lugar 
 - privadas: águas internacionais 
 
Princípio da extraterritorialidade art. 7º 
São os casos em que se permite a aplicação das leis Brasileiras a crimes praticados em outros países. 
Só pode ser aplicada a lei Brasileira se o autor do crime estiver em território nacional. Ele deve ser 
extraditado para o Brasil ou vir voluntariamente. 
Extraterritorialidade 
Art. 7.º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
I - os crimes: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, 
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território 
estrangeiro e aí não sejam julgados. 
§ 1.º Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
§ 2.º Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: 
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais 
favorável. 
§ 3.º A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as 
condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
No Brasil não pode extraditar nacional. 
Obs.: O brasileiro que cometer crime no exterior e conseguir fugir e chegar ao Brasil, só responderá 
criminalmente se o delito cometido no exterior for crime aqui também. 
 
Lugar do crime art. 6º (02 – 00:38:44) 
É aonde ocorreu à conduta, o resultado ou aonde poderia ter ocorrido o resultado (Teoria da 
ubiquidade). 
Lugar do crime 
Art. 6.º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado.Aula 5: 31/08/2015 
 
 
Formal (01 – 00:02:15) 
É todo ilícito sancionado com uma pena. 
 
Material (01 – 00:03:22) 
É toda conduta que lesiona ou coloca em risco um bem jurídico relevante, proibida por lei e 
sancionada com uma pena. 
 
Conceito analítico (01 – 00:03:22) 
Dá-se através da analise dos elementos do crime. 
 
 
 
 
 
 
 
1 – Fato típico 
Conduta 
 - Dolo 
 - Culpa 
Analise do resultado 
Nexo causal 
Tipicidade 
 
2 – Ilícito 
Ilicitude (01 – 00:15:11) 
 - Proibido pelo direito 
Descriminante – exclui a ilicitude (01 – 00:22:15) 
 
3 – Culpável 
Culpabilidade (Imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa). 
 - Juízo de reprovação pessoal 
 - Se o sujeito tem capacidade de avaliar que a conduta é proibida. 
 
 
1984 
Alteração da parte Geral (Art.1º ao 120, CP) 
Sujeitos do crime 
Passivo – Titular do bem jurídico atingido ou posto em risco pela conduta delitiva. Contra a pessoa natural, 
pessoa jurídica, Estado, coletividade. 
Ativo – Autor da conduta delitiva. (01 – 00:42:20) 
 
 
Quanto a responsabilidade Penal da pessoa jurídica há uma divergência: (02 – 00:11:48) 
Para corrente majoritária é cabível nos crimes ambientais em razão do art. 3º da lei 9605/98, porém 
há entendimento de que isso violaria o atual modelo de direito penal. No que tange os conceitos de 
conduta, culpa, dolo e culpabilidade. 
 
Classificação dos crimes (02 – 00:26:00) 
Quanto ao agente (sujeito ativo) 
 - Crime Comum, pode ser praticado por qualquer pessoa, o tipo penal não exige nenhuma 
qualidade especial. 
 - Crime Próprio, só pode ser praticado por um grupo especifico de pessoas (art. 269/CP Omissão de 
notificação de doença). 
 - Crime Mão própria, só uma determinada pessoa pode praticar. 
 
Quanto ao resultado (02 – 00:34:00) 
 - Crime Material, é aquele que para se consumar se exige uma modificação no mundo exterior. 
 - Crime Formal, pode ter um resultado, mas este não é exigido para consumação, basta o pedido 
para consumar (art. 317/CP Corrupção passiva). 
 - Crime Mera conduta, consuma-se com mero comportamento do agente, pois se houver algum 
resultado lesivo, configurar-se-á outro delito (art. 150/CP Violação de domicílio). 
 
Quanto à consumação (02 – 00:46:20) 
 - Crime Instantâneo, consuma-se num, determinado instante. Mesmo havendo desdobramentos, 
mas já está consumado. 
 - Crime Permanente, ação e consumação se prolongam no tempo. (Ex. sequestro) 
 - Crime Instantâneo de efeito permanente, se consuma num determinado momento, mas seus 
efeitos se prolongam no tempo, perpetuo. 
 - Crime Habitual, Quando a conduta é habitual consuma-se (Ex. exercício ilegal de medicina.). 
 
Quanto ao dano (02 – 01:00:20) 
 - Crime de dano, onde efetivamente há dano ao bem jurídico. 
 - Crime de perigo: 
 - concreto, se exige a efetiva probabilidade de dano ao bem jurídico. 
 - abstrato, decorre de uma presunção do legislador. (perigo do perigo). 
 
 
 
 
 
 
07/09/2015 
Feriado da independência 
 
 
 
 
 
 
Aula 6: 14/09/2015 
 
Fato Típico 
- Conduta 
 - Resultado 
 - Nexo Causal 
 - Tipicidade 
 
Conduta 
Comissiva – ação 
Omissiva 
 
Teoria da ação (01 – 00:15:40) 
Casual (Escola Causalista) Von Liszt 
É um movimento corporal que modifica algum dado do mundo exterior. 
Final (Escola Finalista) Hans Welzel (01 – 00:22:40) 
É um movimento corporal orientado pela vontade e finalisticamente dirigido a um objetivo. 
 
 (01 – 00:28:33) 
 
 
 
Omissão 
Própria 
Imprópria ou crime comissivo por omissão (Art.13 §2º CP) 
 
Omissão Própria (01 – 00:49:30) 
É a desobediência a uma norma mandamental configurando um crime de mera conduta, previsto 
em um tipo penal especifico. (Art.135, 244 e 269) 
Omissão imprópria 
Ocorre quando aquele que é responsável por um bem jurídico deixa de evitar um resultado lesivo a 
este, quando podia e devia agir para impedir o resultado fazendo com que responda pelo o resultado 
como se o tivesse provocado. 
Relação de causalidade 
Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa 
a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Relevância da omissão 
§ 2.º A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir 
incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
 
 
 
Para configurar a ação basta a finalidade, ainda que 
esta não seja criminosa. 
Conclui-se que a vontade sem ser exteriorizada e o comportamento 
sem ser orientado pela vontade, não são relevantes para o 
Direito Penal. 
Requisitos (Para omissão imprópria, são cumulativos e sequenciais) 
- Poder de agir, possibilidade física de se impedir o resultado. 
- Evitabilidade do resultado, é a possibilidade segundo as circunstancias de se impedir o resultado. 
- Dever de agir para evitar o resultado, o garantidor tem o dever de agir para defender o bem 
jurídico a ele tutelado. 
 
Garantidor (02 – 00:28:10) 
Determinado por lei, vontade ou conduta anterior. 
 
Lei - determina como garantidor, pais, médicos, policiais, bombeiros e entre outros. 
Vontade – por força de contrato ou simples declaração, professores, baba, guia, salva-vidas 
particular entre outros. 
Conduta anterior – omisso quanto o resultado de sua própria ação. (ação – resultado – omissão). (02 – 
00:48:20) 
 
 
Aula 7: 21/09/2015 
 
Fato Típico 
 - Conduta 
 - Resultado 
 - Nexo Causal 
 - Tipicidade 
 
 
Dolo Art.18CP 
É a consciência e a vontade de realizar um ato que por acaso encontra-se descrito em um tipo 
penal. 
Art. 18. Diz-se o crime: 
• Vide art. 3.º da Lei das Contravenções Penais (Decreto-lei n. 3.688, de 3-10-1941). 
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o 
pratica dolosamente. 
 
Elementos 
Cognitivo 
É a consciência atual daquilo que se pretende praticar incluindo o resultado e o respectivo nexo causal. 
Volitivo 
Trata-se de intenção de realizar e/ou produzir o resultado. 
 
Espécies 
Dolo Direto 
Dolo direto de 1º grau – É aquele cujo os elementos se mostram em sua forma mais nítida. 
Dolo direto de 2º grau – Refere-se aos efeitos colaterais necessários para realização do crime almejado com 
dolo de 1º grau. 
Não há crime de 2º grau sem o de 1º grau. 
Dolo eventual 
Verifica-se quando o agente ao prever a possibilidade de um resultado lesivo não interrompe sua conduta, pelo 
contrário, continua a praticá-la assumindo o risco da produção do resultado. 
 
A dúvida é uma característica. 
 
 
Culpa 
Art. 18. Diz-se o crime: 
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o 
pratica dolosamente. 
É a inobservânciade um dever de cuidado manifestada na produção de um resultado não querido, 
porém objetivamente previsível. 
 
 
Tendo em vista que o dolo está sempre implícito no tipo, só haverá crime culposo quando 
expressamente previsto em lei. 
 
Dano 
Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
 
 
Se eu culposamente causo um dano a alguém minha conduta é atípica. 
 
 
 
 
Elementos 
Inobservância do dever de cuidado 
Decorre de um juízo de comparação entre a conduta praticada e aquela que deveria ter sido 
realizada para evitar o resultado. 
Resultado não querido e nexo causal 
Crime material 
Previsibilidade 
Trata-se da possibilidade de previsão segundo uma análise póstuma objetiva. 
Espécies 
Culpa consciente 
É aquela em que o agente não prevê a ocorrência do resultado, embora previsível. 
Culpa inconsciente (02 – 00:29:50) 
Ocorre quando o agente embora consciente do risco gerado por sua conduta, ele acredita 
convictamente na não ocorrência do resultado. 
 
Plausibilidade (02 – 00:36:20) 
 
Preterdolo 
Ocorre quando o agente ao praticar um crime doloso acaba gerando um resultado mais grave que 
o pretendido, que se dará a título de culpa. Ex.: Estupro seguido de morte. 
 
Art. 213 §1º 
Art. 129§3º 
 
Dolo no antecedente e culpa no consequente. 
Não existe crime de dano culposo 
Só há crime culposo se for definido pela norma. 
Aula 8: 28/09/2015 
 
Fato Típico 
 - Conduta 
 - Resultado 
 - Nexo Causal 
 - Tipicidade 
 
 
Resultado 
Jurídico (01 – 00:02:30) 
É a lesão ou o perigo de lesão ao bem jurídico o que é comum a qualquer delito. 
Naturalismo (01 – 00:04:15) 
Trate-se de uma alteração no mundo exterior o quê não é comum a todos os delitos. 
 
 
 
 
Fato Típico 
 - Conduta 
 - Resultado 
 - Nexo Causal 
 - Tipicidade 
 
Relação de casualidade ou nexo causal 
Ação < -- > Resultado naturalístico 
 
Relação de causa e efeito entre a ação e resultado. (01 – 00:08:22) 
 
 
 
 
Teoria de equivalência dos antecedentes 
Relação de causalidade 
Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa 
a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
―conditio sine qua non‖ (01 – 00:12:10) 
Causa é toda circunstância que de alguma forma contribui para produção do resultado. 
Juízo hipotético de eliminação de Thyrén (01 – 00:16:30) 
Elimina-se mentalmente o faro e verifica-se o que ocorre com o resultado: 
Se este desaparece é porque há relação de causalidade, porém, se o resultado permanece é 
porque independe da existência do fato. 
Imputação subjetiva = previsibilidade (01 – 00:28:00) 
O agente só responde pelo resultado, ainda que lhe tenha dado causa, se ele era previsível no 
momento da conduta. 
Imputação objetiva = risco (01 – 00:36:45) 
O agente só responde pelo resultado, se ele criou ou aumentou o risco juridicamente desaprovado 
da produção desse resultado. 
 
 
 
 
 
 
Concausas (01 – 00:50:15) 
São circunstâncias oriundas de algum fato natural ou de outras condutas humanas, auxiliam ou 
produzem sozinhas o resultado. 
 
Causa absolutamente independente (01 – 00:52:40) 
São aquelas que produzem sozinhas o resultado interrompendo o processo causal iniciado pelo 
agente, o qual não responderá pelo resultado: 
Preexistente tomou veneno, ação (tiros)- resultado (morte) 
Concomitante conjuntamente 
Superveniente após 
 
Causa relativamente independente (02 – 00:02:35) 
É aquela que auxilia o agente na produção do resultado 
Preexistente antes da ação 
Concomitante conjuntamente 
Superveniente após 
 - soma dos fatores 
 - produz isoladamente o resultado (02 – 00:18:33) 
Quando a concausa por sua imprevisibilidade gera um resultado muito diferente daquele que seria o 
normalmente esperado o agente não respondera pelo resultado. 
 
 
 
AV1 05/10/2015 
 
 
12/09/2015 
Feriado das crianças 
 
 
Aula 9: 19/10/2015 
Vista de prova 
 
 
Iter Criminis 
Fases 
- Cogitatio 
- Atos Preparatorios 
- Execução 
- Consumação 
 
 
Cogitatio 
É a elaboraçãp mental da resolução criminosa, qual não é punível. 
 
Atos preparatórios (01 – 00:00:30) 
O agente passa a exteriorizar sua vontade preparando-se para o delito, buscando por exemplo, 
meios e informações, o que via de regra não é punível, salvo quando expressamente prevista em lei: 
Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem será 
entregue cópia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado 
recibo da entrega do preso, com declaração de dia e hora. 
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, lhe 
apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo. 
Atos executórios (01 – 00:11:39) 
Inicia-se com o ataque ao bem jurídico, conforme o plano concreto do autor, o qual passa a 
responder criminalmente, ainda que minimamente pela tentativa. 
 
Consumação (01 – 00:18:08) 
Ocorre quando realizados todos os elementos exigidos pelo tipo penal. 
 
Exaurimento (R.Grecco) (01 – 00:27:00) 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso 
superior. 
Corrupção passiva 
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
Verifica-se como um novo resultado lesivo, que se dá após a consumação, mas como 
desdobramento natural do delito o que é permitido, pelo próprio tipo penal. 
 
 
Tentativa (01 – 00:39:10) 
Art. 14. Diz-se o crime: 
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, 
diminuída de um a dois terços. 
 
Ocorre quando iniciada a execução, o agente não consuma o delito em razão de algum fato alheio 
a sua vontade, devendo se aplicar a pena do crime consumado diminuída de 1 a 1/3. 
 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Combinar com (c/c) 
 
Lesão corporal 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. Ou na forma de (n/f) 
 
 
Requisitos (01 – 00:47:25) 
- Inicio da execução 
- Não consumação por fato alheio a vontade 
- Dolo 
 
Exemplo (01 – 00:47:50) 
Exemplo (01 – 00:51:46) Não consumação por fato alheio a vontade 
 
 
Só há tentativa se estiver na execução. 
 
Associação no mínimo 3, e vários. 
 
 
 (01 – 00:53:35) 
Não se admite a tentativa em crime culposo 
 
Infrações penais que não admitem a tentativa. 
- Crime culposo 
- Contravenções penais (DL 3688/41) 
- Crime omissivo próprio (crime de mera conduta) 
 
 
 
Crime unisubsistente (01 – 01:03:25) 
É aquele que se consuma com um só ato. 
Exemplo: Injuria verbal 
 
Crimes habituais (01 – 01:08:00)É majoritário que não se admite a tentativa, porém, há entendimento de que se iniciada a execução 
e o agente não alcançar a habitualidade, por fato alheio a vontade responderia pela tentativa 
(Zaffaroni). 
 
 
 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só 
responde pelos atos já praticados. 
 
Desistência voluntária (02 – 00:01:15) 
Trata-se de uma interrupção dos atos executórios pelo próprio agente de forma voluntária 
impedindo a consumação e afastando a tentativa, fazendo com que se responda apenas pelos atos já 
praticados. 
Exemplo (02 – 00:04:10) 
 
Ocorre no inicio ou no meio dos atos executórios, pode se dar pela omissão, ele para e não há 
consumação pela própria vontade do agente, faltando a consumação, não a tentativa, responde 
apenas pela lesão corporal. 
 
 
 
Arrependimento Eficaz (02 – 00:15:10) 
Ponte de ouro do direito penal, é a ultima oportunidade do agente de tentar reverter e evitar o mau 
maior. 
Nesta hipótese o agente já praticou tudo que é suficiente para consumar o delito, exigindo assim 
uma ação positiva para evitar a consumação. Caso obtenha sucesso afasta-se a tentativa e o agente 
só responderá pelos atos já praticados. 
 
 
 
 
 
 
Tentativa só existe em crime doloso 
Omissão imprópria pode ser um crime material, admite tentativa. 
Tentativa, eu quero, mas não posso. 
Desistência voluntária, eu posso, mas não quero. 
Ações penais propostas no judiciário 
Denuncia: Ação penal que só pode se proposta pelo promotor. 
Queixa: Ação penal privada que só pode ser proposta pelo particular através do seu advogado. 
 
Na delegacia se faz o registro de ocorrência (notícia criminis) 
 
 
 
Arrependimento posterior 
Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
Arrependimento posterior (02 – 00:22:05) 
Verifica-se nos crimes sem violência ou grave ameaça, quando o agente repara o dano, antes de 
iniciar a ação penal, configurando uma causa de diminuição de pena. 
 
 
 
Crime impossível 
Art. 17. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime. 
Crime impossível (02 – 00:31:30) 
Não se pune a tentativa, quando embora iniciada a execução, verifica-se que o agente jamais 
conseguiria consumar o delito tendo em vista: 
A ineficácia absoluta do meio 
Impropriedade absoluta do objeto 
 - Absolutas, não há tentativa. 
 - Relativas, o agente responde pela tentativa. 
Exemplo: Engasgo da arma, mão leve que erra o bolso da carteira. 
 
 
 
Aula 10: 26/10/2015

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