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Estudo radiográfico dos cistos dos maxilares

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Cistos dos maxilares de origem epitelial 
Odontogênicos de desenvolvimento
- Cisto dentígero (cisto folicular): O cisto dentígero é o de maior expressão dentre os cistos odontogênicos de desenvolvimento. Acredita-se que sua etiologia esteja relacionada ao epitélio reduzido do órgão do esmalte, iniciando o seu desenvolvimento, logo após a formação da coroa. O seu crescimento esta relacionado ao acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do órgão do esmalte e a coroa do dente não irrompido; ou entre as camadas externa e interna do epitélio reduzido do órgão do esmalte. 
Esse cisto tem sua maior incidência ate a terceira década de vida, apresentando discreta predileção pelo sexo masculino, assim como pela etnia branca. Está mais comumente associado aos 3º molares inferiores, seguido pelos caninos superiores, o que não impede que esteja associado a outros elementos dentários.
Em geral são descobertos nos exames radiográficos de rotina ou na investigação pela demora na irrupção de um dente, pois no inicio são assintomáticos, porém não são autolimitantes, alguns podem atingir grandes proporções, levando à assimetria facial, à parestesia e ao apinhamento dentário. 
Radiograficamente se apresenta como uma área radiolúcida, unilocular, delimitada por um halo radiopaco, denominado osteogênese reacional, associada à coroa de um dente não irrompido. A osteogênese reacional, no cisto dentígero, situa-se a partir da junção amelocementária. 
O cisto dentígero pode apresentar três variações radiográficas, de acordo com o envolvimento da coroa e/ou da raiz: 
. Central: Quando a imagem radiolúcida envolver simetricamente a coroa do dente não irrompido.
. Lateral: Quando a imagem radiolúcida envolver parcialmente a coroa e se desenvolver ao longo de uma das superfícies radiculares, tornando a imagem assimétrica.
. Circunferencial: A imagem radiolúcida parece estar envolvendo o dente como um todo. 
O tratamento de eleição para o cisto dentígero é a sua enucleação, com a remoção do dente não irrompido associado.
O diagnóstico diferencial dessa lesão é feito com ameloblastoma unicístico, tumor odontogênico adenomatóide, ceratocisto odontogênico, cisto odontogênico calcificante e tumor odontogênico epitelial calcificante. 
- Ceratocisto odontogênico: Acredita-se que o ceratocisto odontogênico tem sua origem nos primórdios da formação dentária, mais especificamente dos remanescentes celulares da lâmina dentária, podendo se desenvolver no lugar de um dente próprio dos arcos dentários ou ainda de um dente supranumerário. 
Os ceratocistos podem se desenvolver em qualquer região, tanto na maxila quanto na mandíbula, inclusive nas regiões que não são sítios de formação de dentes, como a linha média, o ramo da mandíbula e a região globulomaxilar. Contudo, as regiões mais acometidas na mandíbula são as dos molares, seguidas pela região anterior; mais raramente, pode comprometer a maxila e, quando nesta, a região de pré-molares é a mais envolvida.
Estudos epidemiológicos revelam uma maior prevalência no sexo masculino e, quanto à etnia, a branca é a mais acometida, podendo se desenvolver em qualquer faixa etária. 
São lesões assintomáticas e muitas vezes só descobertas em exame radiográfico de rotina ou pela investigação na demora de irrupção de um elemento dentário. Seu crescimento, via de regra, acontece no sentido ântero- posterior; por isso, mesmo quando atingem grandes dimensões raramente causam expansão das corticais ósseas no sentido vestibular ou lingual. Podem causar deslocamento ou reabsorção radicular externa (mais raramente) dos dentes próximos à lesão, além do deslocamento, para inferior, do canal da mandíbula. 
Radiograficamente os ceratocistos odontogênicos se apresentam como uma imagem radiolúcida, unilocular, de limites corticalizados, podendo estar associada à coroa de um dente não irrompido, entre duas raízes de dois elementos dentários, no local de um dente da série normal ou ainda na região do ramo da mandíbula. Em 1970 Main, desenvolveu a seguinte classificação para facilitar o estudo:
. Reposição ou substituição: são os cistos cuja formação ocorre onde deveria se desenvolver um dente normal, ou seja, temo a agenesia de um dente e, no local deste, a formação de um ceratocisto odontogênico de substituição. 
. Envolvimento ou circundante: quando a imagem radiolúcida, de limites definidos, correspondente ao cisto, envolvesse a porção coronária de um dente não irrompido. 
. Não essencial, extensa ou extraneous: essa variação ocorre a distância dos dentes, na região do ramo da mandíbula, mas sem provocar o abaulamento das coticais ósseas; radiograficamente proporciona uma imagem radiolúcida, de limites festonados (lembrando a forma de uma nuvem), simulando o padrão radiográfico multilocular. 
. Colateral: é a variante que se localiza entre as raízes dentárias, no local onde supostamente se formaria um dente supranumerário. 
A presença de múltiplos ceratocistos, associados a outras alterações, é indicativa da Síndrome de Gorlin- Goltz ou da síndrome do carcinoma nevóide de células basais. 
- Cisto periodontal lateral: É um cisto um pouco freqüente, que se desenvolve na região proximal da raiz de um dente. É importante excluir a possibilidade de o cisto ser de origem inflamatória, sendo que muitos autores acreditam que o cisto periodontal lateral é uma variação intra- óssea do cisto gengival do adulto.
Apresenta discreta predileção pelo sexo masculino, e as regiões mais acometidas são aquelas entre as raízes do incisivo lateral, canino e 1º pré, e entre os pré- molares inferiores; isso não exclui a ocorrência na maxila, mais comumente, nas mesmas regiões. Indivíduos na quinta década de vida são os mais afetados.
Radiograficamente se apresenta como uma área radiolúcida, unilocular, arredondada ou ovalada, bem delimitada por um halo radiopado, localizado entre o ápice e a margem cervical da raiz dentária. Ocasionalmente pode apresentar o aspecto multilocular, lembrando um “cacho de uvas”, e nesses casos recebe a denominação de cisto botrióide.
O diagnostico diferencial das imagens uniloculares é feito com o ceratocisto odontogênico colateral, com o cisto radicular inflamatório e com o tumor odontogênico escamoso. 
- Cisto odontogênico calcificante (Tumor de Gorlin): Apresenta crescimento lento e assintomático. A segunda década de vida é a mais acometida, não apresentando preferência quanto ao sexo e com igual distribuição na maxila e na mandíbula, porém com clara preferência pela região anterior de ambas. 
Radiograficamente se observa como uma área radiolúcida, contendo focos radiopacos de tamanhos irregulares no seu interior, unilocular, de limites definidos, algumas vezes associada a dentes não irrompidos. Podem causar reabsorção radicular externa das raízes. Poucos casos apresentam padrão multilocular.
Odontogênicos inflamatórios
- Cisto radicular: É o mais comum dentre os cistos odontogênicos, e tem como sinonímia cisto radicular apical, cisto periodontal apical e cisto periapical. Esse cisto, por ser decorrente de uma infecção, pode acometer qualquer sexo, etnia ou idade cronológica, porém é mais encontrado no sexo masculino e na etnia branca, podendo atingir grandes dimensões sem manifestações clínicas devido ao seu caráter crônico. 
Radiograficamente apresenta imagem radiolúcida, de densidade homogênea, circunscrita por um halo radiopaco, associada ao ápice de um elemento dentário, o qual responde negativamente aos testes de vitalidade pulpar. Eles podem, também, ser encontrados nas faces proximais das raízes, quando são causados por canais radiculares acessórios.
- Cisto residual: São cistos radiculares, os quais não foram total ou parcialmente removidos durante o processo cirúrgico, continuando o seu crescimento no interior do processo alveolar, podendo atingir grande tamanho e provocar abaulamento das corticais ósseas, sendo assim descobertos. 
Radiograficamente são vistos como uma imagem radiolúcida, de densidade homogênea, de limites definidos por umhalo radiopaco no local de um dente ausente.
O tratamento é a excisão cirúrgica total da lesão. 
- Cisto paradental: É uma afecção pouco freqüente e que também pode ser chamado de cisto inflamatório colateral, cisto periodontal inflamatório, cisto mandibular bucal infectado ou cisto da bifurcação vestibular. Acomete mais da primeira a quarta décadas de vida, com pequena predileção pelo sexo masculino e pela etnia branca. Localiza-se próximo à margem cervical na parede distal da raiz de um dente, mais comumente dos molares inferiores, em particular dos 3º molares semi- irrompidos, principalmente após sucessivas periocoronarites nos adultos; e quando ocorre nas crianças o dente mais comprometido é o 1º molar inferior, geralmente no processo de irrupção. 
Radiograficamente se caracteriza por apresentar uma área radiolúcida, unilocular, de limites corticalizados, na face distal ou vestibular ou lingual do dente semi- irrompido, e algumas vezes a imagem pode se estender até a região apical, mas sempre respeitando o espaço pericementário e a lâmina dura. 
O tratamento recomendado é a enucleação do cisto, com a preservação do dente associado.
Não odontogênicos
- Cisto do ducto nasopalatino (cisto do canal incisivo): Pode se desenvolver no interior, ou ao lado, do canal incisivo ou nos tecidos moles, na região da abertura do canal, entre raízes dos incisivos centrais superiores, pela face palatina, recebendo a denominação de cisto da papila incisiva. Parece acometer mais homens da quarta à sexta década de vida, mas pode surgir em qualquer idade cronológica; contudo, apesar de ser um cisto de desenvolvimento, a primeira década de vida é a de menor comprometimento. 
O aspecto radiográfico mais comum é de uma imagem radiolúcida, unilocular, deforma oval ou arredondada, geralmente sobreposta à linha média, na região anterior da maxila.
- Cisto nasolabial (cisto nasoalveolar): Esses cistos surgem, mais comumente, entre a quarta e a quinta décadas de vida, com predileção pelo sexo feminino. Clinicamente apresenta um aumento expressivo de volume na região e acima do lábio superior, entre a linha média e o sulco nasolabial, muitas vezes provocando o desaparecimento deste e a elevação da asa do nariz. Os paciente podem relatar dor e dificuldade na respiração nasal. 
Cistos dos maxilares de origem não epitelial
- Cisto ósseo aneurismático: São mais comumente encontrados nos ossos longos e nas vértebras, e raramente acometem os maxilares. Adultos jovens e crianças são os mais comprometidos, independentemente do sexo. Quanto a localização, apresentam expressiva preferência pela mandíbula, em especial pela região posterior, sendo em geral unilateral. 
Ao exame radiográfico se apresenta como uma imagem radiolúcida, unilocular ou multilocular, com abaulamento significativo das corticais ósseas. Pode causar reabsorção radicular externa dos dentes vizinhos.
- Defeito ósseo de desenvolvimento da mandíbula: É considerado como uma alteração de desenvolvimento, provocando uma cavidade focal do osso cortical na superfície lingual da mandíbula, mas não é necessariamente congênito, pois estudos demonstraram que as evidências radiográficas de seu desenvolvimento podem aparecer depois de uma idade mais avançada. 
Geralmente tais defeitos são encontrados como um defeito da cortical lingual da mandíbula, anteriormente ao ângulo da mandíbula, entre a base da mandíbula e o canal mandibular.
- Cisto ósseo simples - Lesão traumática interna da mandíbula: Essa afecção apresenta expressiva preferência pela mandíbula e discreta pelo sexo masculino. Indivíduos entre a primeira e a segunda décadas de vida são os mais comprometidos, e raramente a afecção aparece após a terceira década. 
ANOTAÇÕES DA AULA DO ALCEMAR:
-Cisto inflamatório pertence a periapicopatia, não é inlfamatorio(periapical), o inflamatório possui liquido amarelado e cristais de colesterol. 
-Ser for em volta do dente é : inflamatório ou desenvolvimento. 
-Cisto traumático, no interior é vazio, ou cerolento, ou cerolento com sangue. 
-Radiolucente com halo radiopaco é pseudocisto, 1° hipostese é cisto dentigero. 
-Aneurismatico, não tem relação com dente. (pseudocisto, interior com sangue, é por trauma também)
-Ameloblastoma (neoplasia odontogenica)
-Ceratocisto, se for multiloculado a 1° hipótese é ceratocisto, 2° aneurismático ou ameloblastoma. 
- Muita recidiva, ceratocisto e ameloblastoma, faremos curetagem para remover mais. 
-Cisto periodontal lateral, tem aspecto de pera invertida entre os dentes. 
-Uniloculado com dente incluso, 1° hipótese é cisto dentigero. 
-Dente incluso pode ser: Cisto dentigero (so dente incluso), Ameloblastoma ( dente incluso ou não), ou Ceratocisto (dente inclso ou não). 
-Sindrome de Goinin Golds, tem relação com ceratocisto. 
- Caso tenha cristais de colesterol e seja após o ultimo dente da arcada, a 1° hipótese será o cisto paradentário. 
-Se fizer punção e vier pus, não da pra dar diagnostico, pois esta inflamado. 
Enucleação= remover a lesão
Marsupialização= remover o teto da lesão. 
Uniloculado= imagem de cisto
Multiloculado= imagem tipo abcesso. 
Resumo:
Ceratocisto – radiolucente, multilocular ou unilocular, de limites corticalizados (líquido branco leitoso).
Periodontal lateral – proximal da raiz, área radiolúcida, unilocular, arredondada, bem delimitada por um halo radiopaco (líquido amarelo sem cristais de colesterol).
Dentígero – área radiolúcida, unilocular, delimitada por um halo radiopaco, associado a coroa de um dente não irrompido (líquido amarelo sem cristais de colesterol).
Odontogenico calcificante – área radiolúcida, contendo focos radiopacos de tamanhos irregulares em seu interior, unilocular, de lmites definidos (Tumor de Gorlin).
Cisto radicular – radiolúcida, densidade homogênea circunscrita por um halo radiopaco, associada ao ápice de um elemento dental (líquido amarelo contendo cristais de colesterol).
Cisto nasopalatino – não odontogênico, no interior ou ao lado do canal incisivo, forma de coração ou pêra invertida. Tratamento remoção cirúrgica.
Nasolabial – não odontogênico, tecidos moles, rx uma depressão, imagem radiolúcida.
Aneurismático ósseo – radiolucida, uni ou multilocular, com abaulamento significativo das corticais ósseas (punção sai sangue).
Traumático – áreas bem delimitadas de osteolise, circunscrita, unilocular e raramente causando expansão da cortical óssea (punção encontra ar).
Coloração da punção
Ar – cisto traumático
Sangue – aneurismático (pseudo cisto)
Marrom – ameloblastoma
Amarelo – dentígero (cisto de desenvolvimento)
Amarelo com cristais de colesterol – cistos inflamatórios
Branco leitoso – ceratocisto
Resistência – cisto stafne

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