Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 de 10 CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: uma prática lúdica que dá asas a construção dos pequenos escritores. * Márcia José Da Silva Borges márcia_-borges@hotmail.com Faculdade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC/Araguari - MG RESUMO: Este artigo apresenta relato de um trabalho de forma diversificada, envolvendo a contação de história como uma prática de ludicidade que contribuirá para formação de futuros escritores. Apresenta também dados do desenvolvimento deste projeto em uma instituição privada de ensino a qual faz parte de um Projeto de Ação Social que beneficia, atualmente, cerca de 64 crianças de nossa cidade residentes de dois bairros periféricos. O referido trabalho foi desenvolvido na unidade do bairro São Sebastião, a qual integra atualmente 33 crianças na faixa etária de 04 e 05 anos. O projeto foi elaborado buscando atender a necessidade de estimulação do ato de leitura e criticidade da realidade, motivando o desenvolvimento da aprendizagem da criança. Este projeto teve como objetivo levar as crianças a uma interação entre leitura gráfica e leitura de imagens, fazendo com que a liberdade de expressão fosse respeitada, levando-as a elaborar suas próprias histórias, passando da posição de ouvinte a narrador. A ludicidade da contação de histórias e das brincadeiras efetivadas a partir destas possibilitou que vivenciássemos mesmo que de forma pequena e singular reflexos da mudança de hábitos de alguns alunos que no início não demonstraram muito interesse pela atividade, mas que por fim possibilitou a percepção da mudança, através de um olhar reflexivo, pude observar a pronuncia delicada de cada criança o que me fez acreditar que é possível a socialização e o trabalho com valores, como respeito ao próximo, sendo este um dos valores a serem trabalhados deste o inicio da Educação Infantil. Todos os objetivos propostos para este projeto foram alcançados, ressaltando o grande prazer em fazer parte da vida escolar de pessoinhas que de forma singular fazem do processo de aprendizagem uma linda brincadeira, vivendo, sorrindo, correndo e fazendo desta etapa uma conquista única e inesquecível. PALAVRAS-CHAVE: contação de história; construção literária; ludicidade; Educação Infantil. 2 de 10 INTRODUÇÃO: “Educar é contar histórias. Contar histórias é transformar a vida na brincadeira mais séria da sociedade.” (Augusto Cury) Este projeto nasceu de uma proposta didático-pedagógica da disciplina de Estágio Supervisionado no nível de Educação Infantil. A base do projeto foi um período de observação da realidade da sala de aula, que fundamentasse a elaboração e execução de um projeto que objetivasse a intervenção por meio de ações didáticas pedagógicas que se fundamentassem em sanar ou minimizar os problemas detectados durante o período de observação. A finalidade era a de intervir positivamente no processo de ensino e aprendizagem, possibilitando aos alunos a oportunidade de vivenciar aulas diferenciadas. Após profunda reflexão com a coordenação e as professoras definiu-se como problemática a ser trabalhada a contação de história, visando motivar a aprendizagem vivenciada por meio de momentos lúdicos, nas quais experiências significativas devem marcar suas vidas influenciando a aprendizagem. A problemática desse projeto se fundamentou em responder a seguinte questão: como trabalhar a produção de texto na Educação Infantil, através da contação de história? Para que esta problemática fosse respondida foi estabelecido como objetivo geral o desenvolvimento da linguagem oral e escrita das crianças da Educação Infantil, através da leitura e contação de histórias. Assim, visando alcançar este objetivo outros mais específicos foram então pensados com a finalidade de organizar as ações a serem desenvolvidas. Objetivou-se então: despertar na criança o gosto pela leitura, por meio de textos literários; apresentar o mundo da leitura e aguçar a vontade e o hábito de ler; por meio de leitura, ressaltar o respeito pelo próximo; elevar a auto-estima e incentivar a leitura e a contação de histórias; trabalhar as potencialidades para a socialização; estimular comunicação e o respeitando às diferenças; respeitar a forma de cada um se expressar; trabalhar conceitos morais como: o partilhar, a amizade, o companheirismo e formação da criticidade. O desenvolvimento deste projeto se deu em três visitas à escola. No primeiro dia, as ações foram iniciadas com a contação da história: “A menina que não queria dormir”, foi proposta a integração das crianças com os fatos da história contada, interagindo uns com os outros, permitindo-se aprender através da socialização com os colegas, pois foi solicitado aos alunos que recontassem a história cada um a seu jeito. As estratégias utilizadas para o 3 de 10 desenvolvimento dessa atividade iniciaram-se com a realização de atividades de relaxamento; organização das rodas de leitura. Foram propiciadas imagens que deram subsídio à montagem de novas histórias elaboradas de forma autônoma por cada criança. Depois foi contada a 1ª história, para que servisse de exemplo de como construir a sua própria história. Foi proporcionado o auxílio necessário para que as crianças tivessem um melhor aproveitamento durante o processo de construção de suas histórias, proporcionando tempo para que as crianças relessem suas histórias, que, em seguida, foram contadas por cada criança às demais. Neste primeiro dia de visitas, foi proposta a construção de um livro pelas crianças, motivando-as a trabalharem em grupo. O segundo dia de visita foi movimentado, pois as crianças escolheram as imagens que fariam parte das suas histórias. As figuras foram distribuídas e várias foram as opções, que, depois de escolhidas, foram coloridas pelas crianças, todas se dedicaram a fazer daquelas imagens belos desenhos, cheios e cores e detalhes. No terceiro encontro, foi efetivada a montagem das figuras compondo assim diferentes histórias, todas criadas pelas próprias crianças que deixavam claro o prazer em ver as figuras se tornarem histórias que comporiam um grande e belo livro. Cada criança teve o seu espaço e pode montar livremente sua história. Algumas necessitaram do auxílio na hora da colagem, para que as imagens fossem organizadas acompanhando a mesma estética dos colegas. A quarta visita foi literalmente um dia de festa, pois aconteceu junto à comemoração pelo dia das crianças. Havia bolo, pipoca, refrigerante, saquinhos surpresa e muitos enfeites que, com certeza, fez deste dia um marco na memória daquelas crianças. Foi organizada uma grande roda e todos individualmente contaram suas histórias e mostraram aos colegas as suas imagens escolhidas, que foram organizadas e encadernadas criando um livro de histórias únicas. Neste momento, perceberam-se narradores e não mais ouvintes, atuavam na criação de personagens imaginários o que acrescentava ainda mais brilho e fantasia aquele momento. A vontade das crianças e a motivação estavam tão vivas que me envolveu, levando-me a viajar com elas durante o tempo em que contavam suas histórias. Foi gratificante e inesquecível vivenciar tal experiência. 4 de 10 A ESCOLA × EDUCAÇÃO INFANTIL: TEMPO DE DESCOBERTAS A infância é uma etapa importante no desenvolvimento das crianças, é uma fase na qual a é essencial que se estimule a aquisição de hábitos, dentre eles o da leitura e a contação de história proporcionado às crianças a vivência de um mundo de fantasias e ludicidade, importantíssimo que possibilita a interação entre o ensinar e o aprender. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Documento Introdutório; ... as instituições de educação infantil (pré-escolas) cumprem hoje, mais do que nunca, um objetivo primordial na formação de crianças que estejamaptas para viver em uma sociedade plural, democrática e em constante mudança... Ela deve intervir com intencionalidade educativa de modo eficiente visando a possibilitar uma aprendizagem significativa e favorecer um desenvolvimento pleno, de forma a tornar essas crianças cidadãs numa sociedade democrática" (MED/SEF, 1998). Acredita-se que a escola deve priorizar a contação de história como uma metodologia que insira a criança no mundo do conhecimento, pois é através da história que influenciamos a vivência de situações que acabam por estabelecer vínculos da escola, do universo da aprendizagem com a vida real dos alunos. Assim, percebe-se que a sala de aula não é um ambiente mecânico e alienante, sendo em suma um espaço no qual, através da vivência e do estabelecimento das relações entre os alunos e deste com seus professores, seja capaz de se fomentar a real mudança de uma estrutura que condiciona a transformação, pois os momentos de contação de história são considerados momentos de troca de experiências resultando em um melhor aprendizado. A cada professor, cabe fazer de sua sala um laboratório, baseando seus estudos nas experiências vivenciadas com seus alunos estimulando a criticidade e reflexão que efetivamente irão compor a sua formação moral e ética, mesmo sendo elas crianças tão pequenas. Ter discernimento e preocupação com o ato de educar significa ser um estudioso, pois: O estudioso que quiser fazer grandes progressos deverá procurar alunos, nem que seja para pagá-los a peso de ouro, ensinando-lhes todos os dias o que aprender... Vale a pena perder algumas vantagens materiais desde que tenha 5 de 10 alguém que escute enquanto ensinas, ou seja, progrides. (COMENIUS. 2006 p. 200). Através das histórias contadas, as crianças passam a ter um melhor desenvolvimento social e cultural e, com isso, ela desenvolve sua criatividade e sua personalidade. “Os pais precisam ensinar a seus filhos, criando histórias. Os professores precisam contar histórias para ensinar as matérias com o tempero da alegria e às vezes das lágrimas.” (CURY, 2008 p.96) O FASCÍNIO DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA VIDA DOS PEQUENOS APRENDIZES A história nos possibilita uma projeção que facilita a interação e a transmissão de conhecimentos e enriquecimentos transmitidos aos ouvintes. Neste caso, o foco são as crianças. Contar história é uma arte antiga; as fábulas, os contos, as lendas são organizadas de acordo com o repertório a ser trabalhado; pois é por meio da contação de história que se abre um leque de oportunidades, cultivando-se as crenças e os valores. É o espírito de proteção e cuidado que são importantes para a construção de identidade social e cultural para que possa ser apresentado ao ouvinte. Além disso, quando uma criança ouve a leitura de uma história ela própria já faz sua interpretação e, com isso, além de aumentar seu vocabulário e seu raciocínio, passa a despertar seu senso crítico. Assim, ao formular este projeto foi possível constatar que a realidade escolar nem sempre é da forma como imaginamos. A própria escola percebe essa importância de se contar histórias, pois a história contada ajuda no desenvolvimento cultural, na formação da personalidade de cada um. Com isso, o aluno demonstra mais interesse pela leitura o que efetivamente contribuirá para melhora de sua escrita. A escola escolhida para realização do projeto encontra-se em um bairro periférico da cidade, onde são atendidas 34 crianças carentes oriundas de famílias com baixo percentual de renda por indivíduo. Trata-se de uma instituição não governamental, que atua como projeto de atendimento social a comunidade, oferecida pela Faculdade Presidente Antônio Carlos de Araguari. A escolha das crianças que têm direito à matrícula se baseia em uma profunda 6 de 10 análise das condições de vida destes menores. Suas expectativas educacionais e necessidade econômica das famílias que se inscrevem para este processo. Uma vez matriculados, os alunos contarão não só com todo o acompanhamento didático pedagógico necessário ao seu desenvolvimento intelectual como também receberá uniforme, todo material didático necessário e merenda diária. A estrutura física da escola é uma adaptação de duas residências, onde uma funciona como secretaria e a outra se organiza em espaços diferenciados como: salas de aula, ludoteca, banheiros e refeitório. A referida escola entende que o momento da contação de história é um momento de socialização das crianças, no qual elas aprendem a respeitar os espaços de cada um e os direitos uns dos outros. Assim, a história é um recurso utilizado pelas escolas como um momento de alegria, proporcionando prazer ao ato de ler, e interpretar a realidade de cada indivíduo que ouve. As histórias são patrimônios da humanidade. E sabendo que ouvir e contar história desenvolve a imaginação, resgata a cultura, incentiva a escrita e proporciona momentos lúdicos de interação com o público, é que elaboramos o projeto de contação de histórias, visando, assim, a oferecer aos ouvintes um momento mágico com a leitura e a contação de histórias e proporcionando a eles a oportunidades de serem narradores, ou seja, autores de suas próprias histórias. A leitura encaminha a criança a viver de forma digna com princípios e respeitando os valores. ... só as boas as grandes, as eternas leituras poderão atenuar ou corrigir o perigo a que se expõe a criança na desordem de um mundo completamente abalado, e em que os homens vacila até nas noções a seu próprio respeito.(MEIRELES,1984 p.32) Trabalhar conceitos morais e éticos em sala de aula tornou-se uma necessidade nos dias atuais, pois a ausência da família influência e fragiliza a criança deixando-a susceptível a influências de várias ordens e diferentes gêneros. Segundo Meireles (1984 p. 121) “a criança que ouve a história estimulará o talento do narrador... E assim se chegara ao fim. Um fim agradável, maternalmente com a vitória do bem sobre o mal”. As crianças são tão inteligentes que chegam a ser exigentes conseguindo ter um gosto requintado com escolhas pessoais de livros que deseja conhecer. E isso é bom, principalmente orientado por um adulto que filtre sua leituras possibilitando uma escolha pautada na qualidade de uma leitura formadora. 7 de 10 A contação de história poderá garantir a riqueza da vivência narrativa desde os primeiros anos de vida da criança, o que contribuirá para o desenvolvimento do seu pensamento e de sua imaginação, influenciando sua formação e tornando-a mais autônoma e crítica quanto a sua própria realidade. O PROFESSOR COMO CONTADOR DE HISTÓRIAS O contador de histórias tem que ter paixão pela palavra pronunciada, deve contar história pelo prazer da pronúncia de cada acontecimento da narrativa colocando emoção nas cenas, e esperar o silêncio dizer qual a importância do tema e o que se entendeu dele. Durante certas etapas da contação de história as palavras explodem no silêncio da imaginação de cada um, dando a oportunidade do ouvinte criar as imagens dentro de si. Quando se conta uma história, começa-se a abrir espaço para um pensamento mágico. A palavra, com seu poder de evocar imagens, vai instaurando uma ordem mágica, poética que resulta no gesto sonoro e do gesto corporal embalados por uma emissão emocional, capaz de levar o ouvinte a uma suspensão temporal. Não mais o tempo cronológico que interessa e sim o tempo afetivo.(SISTO, 2005, p.28) A transformação que vem por meio da liberdade de viajar no mundo das historias é simplesmente maravilhoso, podendo ir longe por meio da imaginação. Ir a lugares que jamais poderia ir nem mesmo com um foguete, mas por meio da história pode-se frequentar lugares que só existem neste universo da imaginação. Sisto (2005 p.37)afirma que: contar história não é uma tarefa fácil e estamos cada vez mais convencidos de que é preciso certa habilidade.É necessário adentrar na história para contá-la, pois contar uma história é diferente de ler uma história, exige preparação, todas as atitudes, gestos devem estar inseridos no momento mágico da contação de história. Segundo Sisto (2005 p.6) “a peça fundamental para contação de história é o olhar de quem conta, pois o olhar funciona com um cordão umbilical que mantém o vinculo do 8 de 10 contador com o público. É de suma responsabilidade e grande prazer o ato de contar história, pois a incorporação dentro da história deve ser respeitada. Estudiosa deste assunto, Abramovich (2004, p.122) afirma que “o adulto não deve interpretar os contos de fadas, mas narrá-los com toda sua essência e riqueza, pois mudar estas obras e pecado indesculpável não se deve adocicar os contos.” É por meio da contação de história que a criança desenvolve o seu potencial crítico, resgata sonhos e fantasias que estão adormecidas no inconsciente, pois logo que a criança nasce já começa a explorar o mundo que esta a sua voltar, fazendo a leitura e construindo sua própria história. Para Abramovich (2004) contar história é uma arte que pode ser aprendida e que deve ser levada a sério, com atenção e carinho, é a narração com estes cuidados que permitirá a criança criar os cenários em sua imaginação, visualizando aquilo que está sendo relatado, às vezes de forma tão real que chega até a experimentar os mesmo sentimentos dos personagens. Sendo assim, as histórias e contos têm o poder de entrar nas crianças e também nos adultos seduzindo-os e os auxiliando no seu desenvolvimento, dando possibilidades de raciocínios, despertando a fantasia, a imaginação e tornando possível sua autovalorização, levando a criança a uma aprendizagem que o influenciará a agir sabiamente e conseguindo resolver conflitos e trazendo respostas a tantos porquês. O contador de história precisa ter conhecimento de sua responsabilidade levando o ouvinte a se tornar um leitor, é também um privilégio em conduzir ao conhecimento através voz de uma história revelada. Segundo Sisto, (2002, p. 31) “aprender uma história é como construir um filme. Perceber uma história é como perceber a batida do coração e os estímulos nervosos do cérebro, não é apenas decodificá-las, é recheá-las de vida e de humanidade.” O professor precisa acreditar no valor da leitura e envolver a criança para ela se apaixonar também por este caminho tão intenso e mágico que efetivamente proporciona a quem o experimenta a oportunidade de vivenciar sensações jamais imaginadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Todas as expectativas que tínhamos quando o projeto foi realizado foram superadas. O desenvolvimento deste projeto foi de grande aproveitamento, pois foi perceptível o crescimento e interesse de cada criança. Todos tinham uma grande vontade de participar. A 9 de 10 motivação estava tão viva que me possibilitou viajar com elas durante o tempo em que contavam suas histórias! As crianças ao contarem suas histórias tiveram a oportunidade de demonstrar o quanto são criativas e inteligentes, expressaram encantamento e fascínio ao verem suas histórias construídas se concretizarem em um lindo livro. É gratificante perceber que cada criança tem habilidades e qualidades próprias e que não devem ser subestimadas, mas valorizadas e observadas pelo professor, pois sendo ele um agente auxiliador da aprendizagem este deverá aguçar no aluno a curiosidade motivando a ir sempre mais longe, tornando-o um leitor fluente que não será massificado, tornando-se um cidadão critico com idéias e ideais próprios. Minha impressão é a de que tudo está pronto dentro de cada um, basta que alguém se proponha a fazer com eles coloquem tudo isso pra fora! Observo que foi de grande importância este trabalho, pois por meio de sua realização, compreendi um pouco mais do que é a arte de contar histórias e de como ela pode interferir na formação de um indivíduo, pois mexe com os seus sentimentos, com os seus valores e com a sua perspectiva de vida e sua evolução. Vivenciar tudo isso contribuiu em muito para a minha vida acadêmica, tanto na dimensão de tornar ainda mais vivo o incentivo à leitura e a integração dessa forma lúdica de aprendizagem, quanto à possibilidade de me ver responsável por esse processo. Com o desenvolvimento do projeto sobre a contação de histórias, foi possível constatar a valorização do ato de contar histórias, tanto por parte dos alunos como dos professores. Constatações que me levam a confirmar que a contação de histórias tem papel importante para a formação dos alunos e para a prática do professor. Entendendo que esta prática pode e deve ser um ato provocativo a ser utilizado pelo professor, levando a criança a questionar, argumentar, levantar hipóteses, comparar as histórias contadas com a sua própria história de vida, o que pode proporcionar ao aluno várias respostas para si e do mundo que o cerca. A partir desta experiência pude perceber e que as técnicas e os recursos de ensino têm muita importância. Sendo assim, incentivá-los a criarem as suas própias histórias fará com que se sintam capazes, despertando neles um novo olhar para leitura. Afinal eles passaram de leitores para autores com tão pouca idade o que os impedirá de escreverem suas própias histórias? Nada, com certeza nada! A análise dos resultados obtidos servem também a escola, pois fica a certeza de que um bom trabalho está sendo realizado. A mim, fica a satisfação pela 10 de 10 confirmação da escolha profissional e a busca pela serenidade de poder fazer futuramente o meu melhor, transformando a vida dos meus futuros alunos. REFERÊNCIAS SOUSA, Maria Anunciação. Livros são papéis pintados com tinta. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/a-contacao-de-historia-como-resposta-de-intervencao- pedagogica/22105/. Acessado em: 24 set. 2012. COMENIUS. Didática Magna. 3º ed. São Paulo, Martins Fontes, 2006. CURY, Augusto. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro, Sextante, 2008. SISTO, Celso. Textos e pretextos na arte de contar histórias. 2ª ed. Curitiba: Positivo, 2005. MEIRELES. Cecília. Problemas da literatura infantil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 51ª ed. São Paulo: Cortez, 2011. COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2000. ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5ª ed. São Paulo: Scipione, 1997.
Compartilhar