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Cartografia Temática e Sistemática Apresentação Conceitos Básicos Representações Gráficas Representações Cartográficas Prof. Me. Rodolfo Lopes de Souza Oliveira UNISA – Universidade de Santo Amaro Cartografia – “Disciplina que trata da concepção, produção, disseminação e estudo de mapas”; Ponto comum entre Geografia e Cartografia -> espaço no centro das preocupações! ►Espaço para a Geografia: elemento central de análise e o seu mapeamento é parte do processo investigativo e discursivo; o mapa é parte do discurso geográfico – o mapa é um meio; ►Espaço para a Cartografia: fonte de informações para o desenvolvimento do seu objetivo de estudo – o mapa é um fim -> mapa objeto da Cartografia; A Cartografia apresenta uma “divisão”, de acordo com conteúdos, técnicas, objetivos e habilidades (embora todos os mapas sejam do interesse dos geógrafos e cartógrafos). “Sistemática”, “de referência geral” ou “de base”; “Temática”, “geográfica” ou “geocartografia” Esta divisão não é rígida... Cartografia Sistemática Archela (2000): Execução dos mapeamentos básicos que buscam o equilíbrio da representação altimétrica e planimétrica dos acidentes naturais e culturais, visando a melhor percepção das feições gerais da superfície representada. Sua preocupação central está na localização precisa dos fatos, na implantação e manutenção das redes de apoio geodésico, na execução dos recobrimentos aerofotogramétricos e na elaboração e atualização dos mapeamentos básicos. Cartografia Temática Trata da parte da Cartografia que diz respeito ao planejamento e impressão de mapas sobre um Fundo Básico, ao qual serão anexadas informações através de simbologia adequada, visando atender as necessidades de um público específico – determinado tema. - Cartas, mapas ou plantas em qualquer escala, destinadas a um tema específico; - Conhecimentos específicos de um determinado tema (geologia, solos, uso e ocupação, etc.). Cartografia Temática Archela (2000): instrumento de expressão dos resultados adquiridos pela Geografia e pelas demais ciências que têm a necessidade de se expressar na forma gráfica. Tem como preocupação básica a elaboração e o uso dos mapeamentos temáticos, abrangendo a coleta, análise, interpretação e a representação das informações sobre uma carta base. Importa-se mais com o conteúdo que vai ser representado no mapa do que com a precisão dos contornos ou da rede de paralelos e meridianos. Características da Cartografia Sistemática e Cartografia Temática Sanchez (1981) apud Archela (2000) Joly (1990) cartografia temática: todos os mapas que tratam de outro assunto além da simples representação do terreno. Produtos da Cartografia de Base Produtos da Cartografia Temática Mapas topográficos com a representação do terreno Mapas temáticos que representam qualquer tema Atendem a uma ampla diversidade de propósitos Atendem usuários específicos Podem ser utilizados por muito tempo Geralmente os dados são superados com rapidez Não requerem conhecimento específico para sua compreensão. Leitura simples Requerem conhecimento específico para sua compreensão. Interpretação complexa. Elaborados por pessoas especializadas em cartografia Geralmente elaborados por pessoas não especializadas em cartografia. Utilizam cores de acordo com a convenção estabelecida para mapas topográficos Utiliza cores de acordo com as relações entre os dados que apresenta Uso generalizado de palavras e números para mostrar os fatos Uso de símbolos gráficos, especialmente planejados para facilitar a compreensão de diferenças quantitativas e qualitativas Sempre servem de base para outras representações. Raramente servem de base para outras representações. Autor Cartografia topográfica, cartografia de referência geral, cartografia sistemática ou cartografia de base Cartografia temática, cartografia geográfica ou geocartografia Raisz (1969) Mapas gerais Mapas especiais Robinson apud Barbosa (1967) Mapas topográficos Mapas de compilação Barbosa (1967) Mapas topográficos Mapas especiais e Mapas temáticos Deetz (1948) Mapas topográficos oficiais Mapas de fins especiais Sanchez (1973 e 1981) Mapas de base ou de referência geral Mapas temáticos Simielli 1986 Mapas topográficos Mapas temáticos Rosa (1994) Mapas de base Mapas temáticos IBGE Mapas gerais Mapas temáticos Libault (1975) Mapas topográficos Mapas geográficos Martinelli (2003 e 2005) -- Mapas temáticos Joly (1985) Mapas topográficos Mapas temáticos Archela (2000) Mapas sistemáticos Mapas temáticos Slocum (1999) Mapas de referência geral Mapas temáticos (ou estatísticos) Autores e definições de Cartografia de Sistemática e Cartografia Geográfica • Os métodos de representação cartográfica empregados mundialmente se consolidaram a partir do fim do séc.. XVII. A partir desse momento passou-se a destacar apenas um dos vários elementos que poderiam ser representados, objetivando mais compreensão e controle do espaço. • A cartografia Temática passou a atender a demanda das concepções filosóficas das novas ciências no fim do séc. XVIII. Surgem representações temáticas de fenômenos diversos e as mesmas passam a explorar a percepção da 3D ( Z,X e Y). • A cartografia temática quantitativa se fazia diretamente no mapa, nos lugares de ocorrência, extraído de dados oficiais, relatos da população, economia, produção etc. • Com a Revolução Industrial no final do séc. XIX, as vias de circulação são essenciais para geração de riquezas e desenvolvimento das nações. A cartografia temática passa a abordar nos mapas o dinamismo espacial e temporal dos fenômenos. • Após 1950, a C. temática se favoreceu dos avanços tecnológicos e de pesquisas teóricas e experimentais. Na década de 1990, uma linha da cartografia voltou-se para as possibilidades oferecidas pela informática, geomática e dados georeferenciados. Breve Histórico da Cartografia Temática • Delimita-se parte da realidade a ser problematizada; • Estabelecem-se diretrizes que orientam a busca de respostas; e • Define-se o tema! Os mapas temáticos são construídos levando em conta métodos adequados as características e a formas de manifestação (em pontos, em linhas, em áreas) dos fenômenos considerados em cada tema. Os métodos podem ser agrupados em quatro categorias: • Métodos para representações qualitativas; • Métodos para representações ordenadas; • Métodos para representações quantitativas; • Métodos para representações dinâmicas. Construção de um mapa temático... Fenômenos que compõem a realidade geográfica a ser representada em um mapa podem seguir raciocínio analítico ou sintético. • Um tema declarado no título; • O local e a data do acontecimento, respondendo as questões “o que?”, “onde?” e “quando?”. O tema por ele analisado será apresentado na estruturação da legenda. • Legenda! É o meio pelo qual o leitor compreenderá o conteúdo do mapa, relacionando os símbolos aos seus significados. • Escala! A escala é importante no mapa, através dela pode-se saber quantas vezes a realidade foi reduzida para caber no papel. Finalmente, deve-se declarar a fonte dos dados utilizados na preparação do mapa. O que um Mapa Temático deve conter ? Para representar o tema, seja no aspecto qualitativo (‡), ordenado (O) ou quantitativo (Q), com manifestação em pontos, linhas ou áreas, é preciso explorar a terceira dimensão visual (Z) mediante a variações visuais perceptíveis e compatíveis.Após o mapa temático pronto, são feitas leituras, análise e interpretação para compreensão do conhecimento. São elaborados comentários que podem ser: •Metodológico: analisa o porquê da adoção de determinado método; •Interpretativo: avalia as característica da distribuição do fenômeno, o que mapa revela. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PRINCÍPIOS DA SEMIOLOGIA GRÁFICA • Normatização da representação gráfica em forma de diagramas, redes e mapas; • MONOSSEMIA X POLISSEMIA - significados •Monossemia é importante para que não haja dúvida sobre o que está representado (porém a interpretação não é única); • Legenda é responsável pela padronização do significado de cada signo; • A gráfica auxilia na comunicação e compreensão das informações: uma tabela demanda muito mais tempo para compreensão do que um gráfico; ELEMENTOS DA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA • Componentes (ou variáveis): informações e dados; • Variáveis visuais: Duas dimensões do plano ( X e Y), no mapa, geram apenas uma variável, a localização; e as variáveis retínicas (Z) -> tamanho, valor, granulação, cor, orientação e forma. • Implantação: utilização das duas dimensões do plano; • Três tipos de implantação (primitivas cartográficas): ponto, linha e área; • Elevação: utilização das variáveis retínicas (essas variáveis representam informações impossíveis somente com as duas dimensões do plano, que ficam na localização). Classificação das variáveis visuais segundo os quatro níveis de organização (propriedades perceptivas): seletivo, associativo, ordenado e quantitativo Variáveis visuais retínicas e níveis de organização/propriedades de percepção ►Seletivo (≠) : permite isolar todas as correspondências da mesma categoria (a família dos signos vermelhos, a família dos signos verdes; a família dos signos escuros, a família dos signos claros; ►Associativo (≡): permite o agrupamento imediato de todas as correspondências diferenciadas por esta variável (todas as variáveis visuais são associativas, porém em diferentes graus); ►Ordenado (O): permite a classificação visual de suas categorias (cinza é intermediário dentre o preto e o branco (variável valor); o médio é intermediário entre o pequeno e o grande (variável tamanho); ►Quantitativo (Q): revela a relação de proporcionalidade entre elementos (A é duas vezes maior do que B). Classificação dos componentes segundo os três níveis de organização qualitativo; ordenado; e quantitativo Nível Qualitativo (ou nominal) Objetos ou fenômenos que têm relação de igualdade ou diferença mútua. Questão: “o quê?”. Ex: usina nuclear, mina de carvão, poço de petróleo; budista, católico, muçulmano, hinduista – não são ordenadas. Devem ser representadas por uma variável visual seletiva ou associativa. • O mapa resultará em algo exaustivo, dispondo todos os seus atributos. Representação qualitativa Expressa a existência, localização e extensão de ocorrência dos fenômenos. Variável visual deve ser seletiva ou associativa. Exemplo Tipo de implantação: área; Componente: qualitativo; Variável visual: cor (seletiva). Mapa corocromático com informação seletiva no modo de implantação zonal Fonte: Archela e Théry, 2008 Solução de mapas No exemplo ao lado, usou-se o mapa exaustivo, a coleção de mapas e a legenda. Traz a vantagem de leitura em nível de conjunto. A fotografia ou desenho associada a cada legenda organizada em uma coleção de mapas propicia maior compreensão do conteúdo temático do mapa. • Na representação da diversidade das ocorrências com manifestação localizada, pode-se usar variações visuais puntiformes de forma, orientação ou de granulação. • A orientação tem maior poder seletivo, deve-se ter o cuidado de manter o mesmo tamanho e o mesmo “peso” visual. Em fenômenos de com manifestação linear, as variações poderão ser de granulação, orientação e de forma, sendo preciso manter invariável a espessura da linha e seu peso visual. As variações também podem ser usadas de forma combinada. Neste caso, a cor tem limitações, salvos se a espessura do traço for bem visível Em ocorrências zonais a construção da representação denomina-se método corocromático. No método aplica-se cores diferenciadas para as distintas rúbricas em suas áreas de manifestação. A variação de cor oferece maior eficácia. Um exemplo desse tipo de aplicação pode ser feito na representação da Geologia, em nível seletivo, diferenciando as unidades lito-estruturais, conforme mostra o mapa da Geologia do Brasil. A solução clássica atribui cores convencionais às ocorrências. • Na impossibilidade de usarem-se cores, deve-se empregar texturas compostas por elementos lineares (forma) ou puntiformes: Lineares: forma; Puntiformes: orientação ou granulação; É importante cuidar para se obterem resultados de mesmo valor visual. Essas variações também podem ser usadas de forma combinada. Na reprodução em branco e preto pode-se usar texturas diferentes de mesmo valor visual. Nível ordenado Elementos que tenham relação de grandeza ou hierarquia entre si. Questão “em que ordem?”. Envolve conceitos que permitem um ordenamento dos elementos de maneira universalmente conhecida (frio-quente-morno; preto-cinza-branco; pequeno-médio- grande; bom-médio-ruim). Deve ser representado por uma variável visual ordenada; A relação dos objetos é de ordem; são definidas as hierarquias. Alguns fenômenos são passíveis de serem classificados por ordem, são categorias de interpretações qualitativas, quantitativas ou de datações. Exemplos: a hierarquia das cidades pelo tamanho populacional; a sequência do uso dos espaços agrícolas no tempo. Na percepção ordenada, o tamanho expressa proporcionalidade (B é tantas vezes maior que A). Quando não for possível fazer essa relação, deve-se usar somente valor. Pode-se usar a ordem visual entre cores, organizando-as das mais claras as mais escuras, seja entre cores quentes ou entre cores frias. Para representações ordenadas com manifestação pontual, fixa-se o tamanho e a forma elementar e varia-se o valor pontual do claro para o escuro. Em manifestação linear, fixa-se a espessura do traço e varia-se o valor visual do claro para o escuro. Na manifestação zonal, considera-se uma variação visual de valor do claro para o escuro. • Outra forma de representar a Geologia do Brasil em nível seletivo através da classificação ordenada é conforme o exemplo, ao lado, da coluna estratigráfica. • As rúbricas da legenda seguem a ordem cronológica dos conjuntos espaciais no tempo geológico. • A ordem cronológica será transcrita por uma ordem visual no mapa, usando a variável valor. • Nas representações ordenadas, consideram-se, ainda, aquelas que transcrevem duas ordens opostas de ocorrências com manifestação zonal. É um exemplo, o uso da terra e cobertura do solo, que traz oposição entre o espaço natural e o produzido pelo homem. Para compreensão dessa oposição, pode-se explorar as cores frias em oposição as cores quentes, observando os seus aspectos sensorial, psicológico, místico e simbólico. • A ordem das cores frias ligada as questões naturais e a ordem das cores quentes associada aspectos humanos. Softwares específicos trazem bons resultados para esses mapas. Representação ordenada Expressa fenômenos que apresentam ordem hierárquica entre os elementos.Variável visual deve ser ordenada (o tamanho, embora seja ordenado, deve ser reservado à proporcionalidade). A cor pode ser explorada (clara e escura - fria e quente). Ex: Tipo de implantação: área Componente: ordenado Variável visual: valor e cor (seletiva) Mapa coroplético com informação ordenada no modo de implantação zonal Fonte: Archela e Théry, 2008 Nível quantitativo (métrico) Usado quando fazemos uso de unidades contáveis (número de habitantes, valor em dinheiro, vezes). Questão “Quanto?”. Deve ser representado pelo tamanho (quantitativa); • As representações quantitativas são usadas para destacar a proporção entre objetos (B é 4 vezes maior que A). • A realidade é expressa pela quantidade. • Na relação visual, há uma variação de tamanho. Devido às situações da realidade serem complexas, a cartografia temática sistematizou uma série de soluções s para representar corretamente manifestações lineares, pontuais ou zonais. • É um método recomendado para representação quantitativa de fenômenos localizados: • É um exemplo, a população urbana, ideal para valores absolutos. • A proporção entre os objetos é expressa por uma percepção visual, cuja única variável é o tamanho. • As figuras geométricas são círculos, acomodados sobre a base cartográfica. Manifestação Pontual: método das figuras geométricas proporcionais • Este método foi aplicado por Minard (1851), que estabeleceu círculos proporcionais em implantação pontual. • Ele representou a produção das minas de carvão da França, combinada aos fluxos dos combustíveis minerais no mesmo território. • Este autor também idealizou a aplicação da divisão de círculo em setores para representar parcelas do total. • Uma forma simples de calcular a proporcionalidade é considerar a área do círculo (figura escolhida) igual à quantidade a ser representada (Q), para isso é necessário conhecer o seu raio. • O círculo representa uma quantidade que pode ser subdividida para abordar parcelas que compõem o total. • Na subdivisão dos setores a proporcionalidade está no ângulo central. • As parcelas são dadas em porcentagens, multiplica-se o valor percentual por 3,6 graus. • Devido a variabilidade dos dados os círculos podem resultar muito grandes ou muitos pequenos, devem ser adequados a escala do mapa multiplicando ou dividindo todos os raios por uma constante K. • A Legenda é composta de uma parte quantitativa, qualitativa ou ordenada. Para a leitura quantitativa ,constrói-se um gráfico cartesiano. • Nas ordenadas a medida gráfica dos parâmetros lineares em que os diâmetros podem ser medidos diretamente sobre o mapa. • Para a leitura qualitativa, a legenda é organizada mediante uma série de caixas separadas que identificam visualmente a diversidade ou a ordem dos componentes. • A representação do aspecto quantitativo em escala zonal considera que as quantidades se estendem por toda área de ocorrência. • Utiliza-se como solução centralizar as figuras geográficas no centro de gravidade da área considerada. • É uma construção pontual, não leva em conta a superfície das unidades de observação. Representações Quantitativas –Manifestação Zonal: Método das Figuras Geométricas Proporcionais Centralizadas na Área de Ocorrência Representação quantitativa Expressa relação de proporcionalidade entre os componentes. Variável visual deve ser quantitativa (somente o tamanho) Método dos círculos proporcionais; Raio do círculo = raiz de Q (qdade); Ex: Tipo de implantação: ponto Componente: quantidade Variável visual: tamanho (quantidade) Mapa de círculos proporcionais com informação quantitativa no modo de implantação pontual Fonte: Archela e Théry, 2008 • MEIO FÍSICO • - ROCHAS - GEOLÓGICOS • - SOLOS – PEDOLÓGICOS – MATERIAIS INCONSOLIDADOS • - ERODIBILIDADE • MEIO ANTRÓPICO • USO E OCUPAÇÃO • - OUTROS Exemplos de Mapas temáticos Mapa Substrato Geológico Mapa de materiais Inconsolidados Mapa de Erodibilidade Tipos de representações da Cartografia Temática Representação corocromática •Choros (área) e chroma (cor). •Utilizado para representações de componentes nominais (qualitativos). •Implantação zonal. •Representa fenômenos que se manifestam segundo áreas com limites não preestabelecidos (zonas geológicas, zonas de vegetação). Mapa corocromático com informação seletiva no modo de implantação zonal Fonte: IBAMA, 2005. Representação coroplética •Choros (área) e pletos (valor). •Implantação zonal. •Representa fenômenos que se manifestam segundo áreas com limites preestabelecidos (municípios, estados etc.). •As variáveis visuais utilizadas devem ser cor e valor; •Os dados representados devem ser relativos (taxas, porcentagens, índices) e nunca absolutos (quantidades). Mapa coroplético com informação ordenada no modo de implantação zonal Fonte: SEPLAG/DEPLAN, 2010. Representação isarritmica •Iso (igual) – linhas de mesmo valor. •Linhas unem os pontos de mesmo valor (isarrítmica); •Mapas de isolinhas e mapas isopléticos (com preenchimento das zonas entre as linhas); •Pode ser utilizado para representar valores absolutos ou relativos. Mapa isoplético com informação ordenada no modo de implantação zonal Fonte: Atlas Solarimétrico do Brasil, 2000. Representação por símbolos proporcionais •Utilizado para representar quantidades em valores absolutos •A superfície da figura é proporcional à quantidade do componente na unidade geográfica; •Representacão pontual; •Variável visual tamanho. Mapa de círculos proporcionais com informação quantitativa no modo de implantação pontual Fonte: Atlas da questão agrária brasileira, 2008 Representação por pontos de contagem •Utilizado para representar quantidades em valores absolutos •Cada ponto corresponde a uma quantidade do componente representado, sendo implantado o número de pontos correspondente; •Implantação zonal; Mapa de pontos de contagem com informação quantitativa no modo de implantação pontual no qual se visualiza uma mancha mais clara ou mais escura consoante a ocorrência do fenômeno representado. Fonte: Archela e Théry, 2008 Representação dinâmica – movimentos no espaço: Método dos fluxos •Utilizado para representar quantidades em valores absolutos; •A espessura das linhas representa a quantidade do componente representado; •Implantação linear •Variável visual: tamanho Mapa de fluxo com informação quantitativa no modo de implantação linear. Fonte: Atlas da questão agrária brasileira, 2008 Representação dinâmica – movimentos no tempo: Método dos círculos concêntricos •Utilizado para representação de dois valores ao mesmo tempo por meio de dois círculos sobrepostos com cores diferentes. •Este tipo de representação é recomendado para a apresentação de uma mesma informação em períodos distintos, ou para duas informações diferentes com dados não muito discrepantes. •Implantação linear •Variável visual: tamanho e cor Mapa de círculos concêntricos com informação quantitativa no modo de implantação pontual Fonte: Archela e Théry, 2008 Representação por método de síntese •O mapa de síntese é mais complexo e exige profundo conhecimento técnico dos assuntos a serem mapeados. •Esse tipo de mapaé construído a partir da sobreposição, porém sem construção de tipologias de objetos. •Martinelli, 2003 critica essa postura afirmando que o mapa de sobreposição nega a própria idéia de síntese e sendo mapas muito confusos. Mapa de síntese – mapa coroplético representando a síntese de estudos sobre diferentes fenômenos Fonte: Archela e Théry, 2008 Representação por método de síntese •O mapa ao lado apresenta a síntese de 8 indicadores ambientais agrupados em classes evidenciando os conjuntos espaciais como coloca Martinelli, 2003. •Nesse caso o que se destaca são os agrupamentos de atributos para a identificação dos espaços similares, para definição da tipologia de cada espaço. Mapa de síntese – mapa coroplético representando a síntese de estudos sobre diferentes fenômenos através da tipologia Fonte: Ugeda Junior, 2012 Utilizando as normas e possibilidades da representação cartográfica apresentadas o mapa deve ser pensado como um todo. Mapa para ver Responde: o componente X, onde está? Conjunto de mapas (exaustivo). Mapa para ler Responde: o lugar x, o que tem? Poderia ser represntado por formas, por exemplo. Leitura análise e interpretação de mapas temáticos Leitura do mapa pelo usuário 1º Momento: compreensão do título e verificação da escala. O que significa o título? A escala é grande ou pequena? A escala favorece ou dificulta a leitura? 2º Momento: Entendimento da Legenda Quais os símbolos que ela representa? É completa? É Clara? 3º momento: observação atenta do mapa a fim de criar uma setorização para a decodificação/descrição. Nesse caso poderiam ser as áreas mais elevadas do Brasil 4º Momento: decodificação do mapa. 5º Momento reconstrução mental do mapa. Fonte: Castrogiovanni, 1998. Todos os elementos citados devem ser levados em consideração no momento da concepção dos mapas. ►Qual o propósito do mapa: para que ele servirá? ►Quem usará o mapa: usuários em potencial? ► Como o mapa vai ser utilizado? Ele será utilizado para uma finalidade específica ou para informação geral? ► A dimensão espacial do dado (modo de implantação): ponto, linha ou área? ► O nível de organização do componente: qualitativo, quantitativo, ordenado?; ► Como as variáveis serão mapeadas (variáveis visuais utilizadas)? ► Há um componente temporal para o dado? ► Como ele será disposto para uso? ► Há alguma limitação técnica? Por exemplo: publicação restrita à P&B? • Tempo e custos envolvidos. • Estética: alguns símbolos são mais chamativos do que outros. • Adaptado de Nogueira (2008), Martinelli (2003) e Archela (2000) Leitura análise e interpretação de mapas temáticos Aspectos considerados pelo autor
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