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CASO ESCOLA BASE: OS CONFLITOS ENTRE OS DIREITOS DA PERSONALIDADE E A LIBERDADE DE IMPRENSA

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CASO ESCOLA BASE: OS CONFLITOS ENTRE OS DIREITOS DA PERSONALIDADE E A LIBERDADE DE IMPRENSA
GT3: Direito civil e processo civil
Esp. Tatiana Manna Bellasalma e Silva (FAMMA/UNICESUMAR)
Georges Rodrigo Nogueira de Oliveira (FAMMA)
Gleysa Taíz Machado de Almeida (FAMMA)
RESUMO: A liberdade de imprensa, quando mal exercida pode atingir direitos personalíssimo, avançando e atingindo à honra, à imagem, à privacidade e à intimidade da pessoa humana. O abuso da liberdade de imprensa pode gerar uma infinidade de conflitos que podem causar danos, notadamente de ordem moral. Na liberdade de informação e do pensamento, a imprensa assume um papel primordial, emitindo fatos e opiniões, e tem como função levar a todos a notícia verdadeira, sendo de suma importância inclusive que atuem de maneira com que os direitos da personalidade sejam respeitados. Os direitos da personalidade são direitos originários, adquiridos simplesmente no fato de nascerem, sem a necessidade de concurso de qualquer meio de aquisição, ou seja, são conaturais ao sujeito já que resultam da própria natureza do homem, como o direito à vida, ao corpo, à integridade, à honra e à liberdade. Já a liberdade de imprensa ou a liberdade da informação consiste em propiciar a notícia para a população, sendo um componente imprescindível em uma sociedade democrática, bem como de expressar sem qualquer tipo de censura ou retaliação. Contudo não há de se negar que a própria imprensa possui seus interesses particulares, como por exemplo, alavancar suas receitas, utilizando-se do sensacionalismo como forma de alcançar este fim. Um exemplo marcante na história jornalística brasileira foi o caso da Escola Base, uma escola particular na cidade de São Paulo, fechada em 1994 quando seus proprietários foram injustamente acusados pela imprensa de abuso sexual contra alguns alunos. O caso envolveu um conjunto de acontecimentos ligados a essa acusação, tais como a cobertura considerada parcial por parte da imprensa, e as atitudes precipitadas e muito questionadas por parte do delegado responsável pelo caso, que supostamente teria agido pressionado pela mídia televisionada e pelas manchetes de jornais. No entanto, as acusações logo ruíram e todos os indícios foram apontados como inverídicos e infundados. Sem provas, o inquérito policial foi arquivado. Em resumo, a vida dos envolvidos nunca mais foi a mesma, atingindo seus direitos personalíssimos, uma vez que a atuação da imprensa transformou o caso a ser apurado em verdade absoluta. Assim, é dever da imprensa apresentar a verdade dos fatos, sem distorções, sob pena de atingir os direitos mais íntimos da pessoa de forma tão contundente que jamais serão reparados.
PALAVRAS-CHAVE: Direitos Fundamentais. Direitos da Personalidade. Liberdade de Imprensa.
PROBLEMA DA PESQUISA: Quais as principais colisões entre o direito da personalidade e a liberdade de imprensa? Por um lado o Direito da Personalidade uma esfera inatingível do homem a serem preservados, ou seja, direitos essenciais, que estão ligados diretos na condição humana, na qual a proteção à integridade moral, à imagem, à privacidade e a intimidade, que são absolutos, e destinam-se a resguardar a eminente dignidade da pessoa humana. 
OBJETIVOS: Discutir o papel principal da imprensa, que é primar pela qualidade, imparcialidade e idoneidade, da informação, adotando um comportamento crítico, ético e responsável. Analisar em especial o direito à privacidade das pessoas no âmbito bibliográfico. 
REFERÊNCIAS TEÓRICOS METODOLÓGICAS: Foi utilizado como referencial teórico metodológico a pesquisa e o estudo bibliográfico, sendo que e os materiais restringem-se à coleta de dados doutrinários, artigos de revistas e material disponível na internet atinente ao tema. 
RESULTADOS ALCANÇADOS: Os resultados esperados versam sobre o exercício responsável da liberdade, uma vez que os danos causados quando a liberdade de imprensa é má empregada pode ser irreversível. A liberdade de imprensa deve ser exercida atendendo o dever de apresentar a verdade dos fatos, prevalecendo a ética no exercício profissional. Os danos ocasionados pela exploração indevida do caso podem deixar marcas indeléveis naqueles que foram vítimas dos abusos da imprensa, cabendo assim aos profissionais da área da comunicação uma reflexão sobre o seu papel social, visto que existe uma linha tênue que separa o direito à informação e o direito personalíssimo de preservar a integridade física e social de todos os brasileiros. Imprensa é sinônimo de responsabilidade. 
BIBLIOGRAFIA:
CANTALI, Fernanda Borghetti. Direitos da personalidade: disponibilidade relativa, autonomia privada e dignidade humana. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.
GODOY, Claudio Luiz Bueno de. A liberdade de Imprensa e os Direitos da Personalidade. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GUERRA, Sidney. A liberdade de imprensa e o direito à imagem. 2 ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004.
VIII Simpósio Jurídico da FAMMA: Políticas Públicas
Maringá – Paraná - Brasil

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