O tabu da virgindade

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Breve resumo/introdução
Tanto a vida sexual precoce de muitos adolescentes quanto a opção pela virgindade são motivo de polêmicas. Nestes tempos de tolerância, ou permissividade, a castidade até o casamento volta a ser valorizada pelos jovens, como era por seus bisavós. Numa inversão de papéis, muitos pais da geração dos anos 1960 consideram seus filhos conservadores. Outros suspiram aliviados, ou porque são religiosos, ou porque têm medo de doenças sexualmente transmissíveis, ou, ainda, porque acham que a virgindade é sinal de juízo. 
Os conceitos e valores acerca da virgindade feminina e masculina sempre foram diferentes, mas, a polêmica em relação à feminina é maior por envolver também um fator biológico: o hímem. Antigamente era preciso ser virgem para obter respeito e garantir um bom casamento. As mulheres que transavam antes do casamento eram consideradas fáceis e sem valor algum. O preconceito era tanto por parte dos homens quanto por parte das outras mulheres. Mas, e agora, que respeito é conquistado de várias outras formas que não privação de sexo, numa época em que as mulheres não estão nem um pouco preocupadas e nem priorizam o casamento?
Hoje em dia, muito mais que um fator biológico, a virgindade feminina é também um fator sociocultural, que envolve conceitos pessoais que foram evoluindo ao longo do tempo. O tabu da virgindade acompanhou o sexo feminino durante centenas de ano. No período da Segunda Guerra Mundial, na primeira metade do século XX, a mulher conseguiu entrar no mercado de trabalho e garantir uma certa independência. No entanto, continuava a sofrer com o preconceito. Com a invenção da pílula anticoncepcional, na década de 60, a mulher passou a ter mais autonomia sobre o próprio corpo.
Os pontos negativos
A polêmica da jovem que preferiu leiloar virgindade
A notícia de que uma jovem brasileira estaria leiloando a sua virgindade gerou polêmica. A catarinense Catarina Migliorini, 20, recebeu um lance de R$ 1,5 milhão para ter a sua primeira relação sexual com um japonês de 53 anos. Tudo isso fazia parte de um documentário que prometia mostrar o cotidiano de meninos e meninas virgens. Contudo, a jovem se disseenganada pelos produtores do documentário, pois o japonês não tinha a aparência quedescreveram para ela e, por isso, ela desistiu de perder a virgindade com ela.  
Além disso, a catarinense recebeu represálias pela atitude, chegando a ter desfiles de moda cancelados por conta da reação negativa do público. Segundo o psicanalista Renato Mendonça Lucas, a jovem acabou trazendo à tona o velho tabu da virgindade.
“Voltaremos às feiras em que se vendem escravos? Livremente expostos à venda, aliás, ao leilão? O leilão da virgindade, por internet, é um fato que deve preocupar educadores, juristas, filósofos… Da curiosidade morbosa, é preciso passar à reflexão, talvez com um pouco mais de vergonha diante do que está acontecendo. Nossa dignidade comum está sendo leiloada! É deprimente!”
Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo.  
Creme de virgindade gera polêmica na Índia
Pomada que promete estreitar vagina recebe críticas de médicos e grupos feministas no país, onde tradições e novos costumes se chocam.
Uma companhia da Índia lançou o que afirma ser o primeiro creme para 'estreitar a vagina', chamado 18 Again (18 de novo), que afirma fazer a mulher se sentir ''como uma virgem'' novamente. A Ultratech, fabricante do 18 Again baseada em Mumbai, diz que o produto é o primeiro no gênero em toda a Índia (cremes semelhantes existem em outras partes do mundo, como os Estados Unidos). O proprietário da Ultratech, RishiBhatia, afirma que o creme, que está sendo vendido por US$ 44 (cerca de R$ 90), contém ingredientes naturais, como pó de ouro, aloe vera, amêndoa e romã, e foi clinicamente testado. Ele frisa que o produto não se diz uma restauração da virgindade de uma mulher, mas sim resgatar as emoções de ser uma virgem. ''Estamos apenas dizendo, 'sinta-se como uma virgem'. É uma metáfora. Ele tenta retomar a sensação que uma pessoa tem aos 18 anos de idade.''
Mas a estratégia de marketing da empresa gerou críticas de médicos, grupos feministas e usuários de redes sociais. Os críticos afirmam que o produto reforça a visão amplamente difundida na Índia de que o sexo pré-nupcial é algo recriminável, um tabu considerado até pecaminoso por muitos.
''Ser virgem ainda é algo valorizado e não creio que as atitudes mudarão neste século'', afirma MahindaWatsa, ginecologista que assina uma popular coluna de conselhos sexuais nos jornais 'Mumbai Mirror' e 'Bangalore Mirror'.
''Os homens ainda esperam se casar com uma virgem, mais as mulheres na Índia, ao menos nas grandes cidades, estão fazendo sexo antes do casamento. As mulheres me escrevem, perguntando, o que devo fazer, já fiz sexo, mas como posso convencer que eu ainda sou virgem?'', relata a ginecologista.
Cresce à procura da plástica da virgindade 
Mulheres procuram clínicas para cirurgia de reconstituição do hímen. Procedimento custa até R$ 8 mil. Em tempos de virgindade valendo ouro, uma nova moda invadiu os consultórios de cirurgia plástica em Rio Preto e de todo país: a cirurgia de reconstituição do hímen, a himenoplastia. Entre elas, a modelo Ângela Bismarchi, que já fez o procedimento duas vez. “Essa ideia surgiu de um desejo meu, para realizar uma fantasia sexual com o meu marido. Então, resolvi presenteá-lo com a minha virgindade. A segunda vez foi por que resolvemos casar no civil e religioso e sacramentar uma união de 10 anos”, diz ela. Ângela afirma que não sentiu dores, nem durante e nem depois do procedimento. “Foi rápido. Durou 20 minutos”. A modelo recomenda o procedimento em caso de estupros, como presente de aniversário de casamento ou para Dia dos Namorados.
Os pontos positivos
Sabemos que o sexo foi criado por Deus com um propósito elevado, nobre e saudável. No entanto, desde a Queda, a sexualidade vem sendo deturpada de modo irresponsável, pecaminoso e grotesco. 
Não querendo Deus que o homem vivesse só, deu-lhe uma esposa (Gn 2.18). Por isso, o Cântico dos Cânticos de Salomão exalta o relacionamento sexual não entre solteiros, mas entre um homem e uma mulher devidamente casados (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Isso significa que o sexo antes ou fora do casamento desagrada a Deus. E quem vive na prática do pecado não herdará o Reino de Deus (Ef 5.5).
Muita gente acha que o relacionamento sexual entre marido e mulher tem como único objetivo a procriação. Isso é um erro. Na Bíblia, encontramos vários textos que incentivam o casal a desfrutar das alegrias conjugais. Em Provérbios 5.18-23, os cônjuges são exortados a usufruírem da intimidade matrimonial. Por outro lado, o homem é advertido contra “a mulher estranha”, a adúltera. Em seguida, é incentivado a valorizar a união matrimonial e santa, exaltando sempre a monogamia, a fidelidade e o amor (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).
O mundo aponta para uma sociedade onde sexo é quase obrigação. Há insinuações na novela, no rádio, nas piadas, nos filmes, nas músicas, na imprensa, nas leis, na propaganda, na bebida, enfim, estamos cercados por um mundo que torna o sexo um “direito inalienável”. Você tem que praticá-lo para ser legal, para ser normal. Mal podemos assistir um desenho animado que lá estão piadas ou indiretas a respeito do tema. Muitos não concordam com isso.
Existem dados da Organização Mundial de Saúde que mostram que 7% das mulheres e 2,5% dos homens garantem viver perfeitamente sem sexo, não tendo qualquer problema com isso – diz a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Projeto de Estudos em Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. Estes homens e mulheres formam o grupo dos assexuados. Eles sentem atração física, mas não o suficiente para quererem fazer sexo. E, portanto, sentem-se verdadeiros alienígenas num planeta onde tudo e todos os olham como se fossem “doentes”. Mas são pessoas perfeitamente normais e saudáveis. A castidade aqui é uma opção livre de influênciacultural ou religiosa.
Virgindade: não há valor que pague...
Para a psicóloga Angelita Scárdua, a espera pelo parceiro certo tem a ver com a história e os valores de cada um. “Quando a pessoa é fiel àquilo que acredita, ela vai se sentir mais confortável. A gente não deve nunca se forçar a fazer algo que viole nossos princípios e crenças, porque, em geral, é muito difícil lidar com as consequências disso, principalmente quando se é jovem”, observa a psicóloga.
Opinião go grupo à cerca do tema discutido
O grupo não prioriza mante-se virgem ou não antes do casamento, prioriza o ato como sendo sentimentalista e sem recorrer a fins que gerem certa lucratividade de alguma parte. Prioriza o sentimento para o tal e não o fazer por fazer, ou fazer para garantir algum tipo de “recompensa”. O grupo também acredita na virgindade como sendo uma só, não valorizando meios que a tente recuperá-la.
Conclusão
Virgindade é um assunto repleto de questões sobre “moralidade”, tradição e políticas de gênero. Ser ou não ser virgem é uma questão relativa que vai da moral e do costume de cada um. O fato é cada um tem o seu tempo certo. E você como você define a perda de sua virgindade? O que torna a nossa virgindade tão valiosa? 
“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada” Clarice Lispector
Referências bibliográficas
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