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ASSENTAMENTO JOANA D'ARC - CELEBRIDADE

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ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS E SAÚDE PÚBLICA: REFLEXÕES A PARTIR DO 
ASSENTAMENTO JOANA D’ARC (CELEBRIDADE) 
 
 
 
 1Erlon Moreira Castilho 
 geoerlon@yahoo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo: O futuro é incerto, e é neste contexto que se encontra hoje a saúde 
ambiental, com os desafios de promover uma melhor qualidade de vida e saúde nas 
cidades e a oportunidade de enfrentar nosso absurdo quadro de exclusão social, sob a 
perspectiva da eqüidade. O assentamento “Joana D’Arc” (Celebridade) é exemplo de 
como a falta de infra-estrutura contribui para uma caracterização onde a população vive 
em condições insalubres, estando sujeitos a diferentes tipos de doenças, causadas 
principalmente, pelas contaminações oriundas da precariedade das ações em 
saneamento. Dessa forma, o objetivo desse artigo é analisar os índices de doenças 
infecto-parasitárias relacionando-os ao processo de formação do assentamento e da 
infra-estrutura de saneamento básico. 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: saneamento básico, doenças infecto-parasitárias, saúde pública. 
 
 
 
 
 
1 ERLON. M. C. – Graduado em Geografia pela Faculdade Católica de Uberlândia – FCU (2007) 
 2 
1 - Introdução: 
 
A gestão ambiental apresenta prática de gerenciamento que se baseia nos 
parâmetros de desenvolvimento sustentável. Essa atuação vem sendo reforçada nos 
últimos anos, tendo em vista a preocupação com os efeitos das ações antrópicas sobre 
o meio ambiente. No Setor Leste do município de Uberlândia-MG, mais específico no 
assentamento “Joana D’arc”, conhecido hoje por “Celebridade”, da região periferia da 
área urbana do município, são notórios tais processos, uma vez que, a partir de sua 
formação tornou-se relevante o índice de doenças infecto-parasitárias dos moradores 
pela falta e/ou pela precariedade dos serviços de saneamento básico. O poder público 
municipal têm demonstrado preocupações no que tange essas ações em relação à 
saúde da população dessa região. Atuando com responsabilidade sócio-ambiental 
através da implantação do Sistema de Gestão Ambiental que é a parte de um sistema 
da gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política 
ambiental, para gerenciar seus aspectos ambientais e utilizando das leis ambientais, 
iniciando pelo cumprimento da Constituição Federal de 1988 que indica por seu Art. 
225: 
 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes 
e futuras gerações. 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS; saúde é o "bem estar físico, 
mental e social do cidadão"; e saneamento o "controle de todos os fatores do meio 
físico do homem, que exercem efeitos deletérios sobre o seu bem estar físico, mental 
ou social". 
Conforme a Lei Número 11.445, (05/01/2007), que aborda como princípio a 
universalidade do acesso aos serviços de saneamento e a integralidade, no Artigo 3º 
determina que o saneamento básico baseia-se num conjunto de serviços de 
infraestrutura e instalações operacionais de: 
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e 
instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a 
captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; 
 3 
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e 
instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final 
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu 
lançamento final no meio ambiente; 
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-
estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, 
tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e 
limpeza de logradouros e vias públicas; 
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-
estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de 
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, 
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas; 
 
O saneamento básico pode ainda ser definido como o conjunto de serviços e 
ações com o objetivo de alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental. Como 
uma questão essencialmente de saúde pública, o acesso aos serviços de saneamento 
básico deve ser tratado como um direito do cidadão, fundamental para a melhoria de 
sua qualidade de vida. Com base na Lei número 11.145/2007, que estabelece as 
diretrizes nacionais para a política de saneamento, é possível constatar que existe um 
déficit na oferta desses equipamentos em todo o país, principalmente com relação ao 
esgotamento sanitário, considerado o mais precário e deficiente dos serviços pelos 
seus baixos índices e pela extensão da rede coletora. 
A noção de problemas ambientais não só permite uma maior incorporação das 
ciências sociais para a sua compreensão e resolução, mas se encontra mais em 
consonância com o projeto da saúde coletiva. Essa noção permite considerar que no 
projeto da saúde coletiva não só a saúde surge como uma conquista social é um direito 
universal associados à qualidade e à proteção da vida, como afirma Minayo (1997), 
mas também o ambiente. Nesta perspectiva, o desenvolvimento da ciência e da 
tecnologia para a compreensão dos problemas ambientais, que são simultaneamente 
problemas de saúde deverá, como considera Minayo (1997), estar ao serviço do 
sentido social, político e de direito universal, o que inclui a eqüidade. 
 4 
Portanto, podemos associar o conceito de saúde pública ao de saneamento 
básico, onde a falta deste leva a sérias conseqüências. Entre elas: A ausência de 
sistemas adequados de esgotamento sanitário obriga as comunidades a conviverem 
com seus próprios excrementos, agravando os riscos de mortalidade devido a doenças 
transmissíveis por veiculação hídrica ou por vetores (moscas, mosquitos, baratas, ratos 
e outros): cólera, esquistossomose, males gastrointestinais; a ausência de 
abastecimento de água, além de agravar igualmente as condições de saúde, não 
possibilita os cuidados com a higiene pessoal e doméstica e as formas inadequadas de 
disposição de lixo urbano, lançados nos lixões a céu aberto ou nas águas, afetam o 
ambiente, poluindo o solo, a água, o ar, destruindo fauna e flora e prejudicando as 
comunidades locais que passam a conviver com os agentes patogênicos (vírus, 
bactérias, protozoários e fungos) e vetores transmissores de doenças. 
Segundo o diagnóstico elaborado para a realização da Conferência Nacional das 
Cidades, com base nos dados divulgados por pesquisas do IBGE, é justamente aos 
mais pobres que o saneamento mais falta. A maioria dos cerca de 18 milhões de 
pessoas que não tem acesso à água encanada nas áreas urbanas moram em 
habitações precárias nas “favelas, invasões, loteamentos clandestinos e bairros 
populares das periferias dos grandes centros, ou em pequenos municípios 
particularmente do semi-árido”. 
Pesquisas realizadas nos países desenvolvidos comprovaram que a implantação 
de medidas de saneamento básico - abastecimento de água, esgotamento sanitário, 
destinação final adequada dos resíduos (lixo) e controle de vetores - preveniram a 
ocorrência de enfermidades, reduzindo em média: 
 a mortalidade por diarréia em 26%; 
 a ascaridíase em 29%; 
 o tracoma, enfermidade ocular, em 27%; 
 a esquitossomose em 77%; a mortalidade infantil em 55%. 
 
Grupos de Doenças Formas de Transmissão Principais Doenças 
Relacionadas 
Formas de Prevenção 
Feco-orais 
(não bacterianas) 
Contato de pessoa para 
pessoa, quando não se 
tem higiene pessoal e 
doméstica adequada. 
- Poliomielite; 
- Hepatite tipo A; 
- Giardíase; 
- Disenteria amebiana; 
- Diarréia por vírus. 
- Melhorar as moradias e as 
instalações sanitárias; 
- Implantar sistema de 
abastecimento de água; 
- Promover a educação sanitária. 
Feco-orais Contato de pessoa para - Febre tifóide; - Implantar sistema adequado de 
 5 
(bacterianas) pessoa, ingestão e 
contato com alimentos 
contaminados e contato 
com fontes de águas 
contaminadas pelas 
fezes. 
- Febre paratifóide; 
- Diarréias e disenterias 
bacterianas, como a 
cólera. 
disposição de esgotos; 
- Melhorar as moradias e as 
instalações sanitárias; 
- Implantar sistema de 
abastecimento de água; 
- Promover a educação sanitária. 
Helmintos associados 
à água 
Contato da pele com 
água contaminada 
- Esquistossomose. - Construir instalações sanitárias 
adequadas; 
- Tratar os esgotos antes do 
lançamento em curso d’água; 
- Controlar os caramujos; 
- Evitar o contato com água 
contaminada. 
 Grupos de Doenças 
Formas de 
Transmissão 
Principais Doenças 
Relacionadas Formas de Prevenção 
Transmitidas pela via 
feco-oral (alimentos 
contaminados por 
fezes) 
O organismo patogênico 
(agente causador da 
doença) é ingerido. 
- Leptospirose; 
- Amebíase; 
- Hepatite infecciosa; 
- Diarréias e 
disenterias, como a 
cólera e a giardíase. 
- Proteger e tratar as águas de 
abastecimento e evitar o uso de 
fontes contaminadas; 
- Fornecer água em quantidade 
adequada e promover a higiene 
pessoal, doméstica e dos 
alimentos. 
Controladas pela 
limpeza com água 
A falta de água e a 
higiene pessoal 
insuficiente criam 
condições favoráveis 
para sua disseminação. 
- Infecções na pele e 
nos olhos, como o 
tracoma e o tifo 
relacionado com 
piolhos, e a escabiose. 
- Fornecer água em quantidade 
adequada e promover a higiene 
pessoal e doméstica. 
Figura 1: Doenças relacionadas com a ausência de rede de esgotos e água contaminada. 
Fonte: GIDS – Gerência de Informação e Divulgação em Saúde – SMS/PMU - 2008 
 
A Figura 1 mostra doenças relacionadas com a falta de tratamento adequado de 
água contaminada e esgoto sanitário, assim como, as formas de prevenção que devem 
ser adotadas pelos órgãos responsáveis do município e que a coleta, o tratamento e a 
disposição adequada do esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro 
de saúde da população do município. Vale destacar que os investimentos em 
saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços de 
saúde. Segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), para cada R$ 1,00 (um 
real) investido no setor de saneamento, economiza- se R$ 4,00 (quatro reais) na área 
de medicina curativa. 
As doenças oriundas da falta de saneamento básico são decorrentes tanto da 
quantidade como da qualidade das águas de abastecimento, do afastamento e 
destinação adequada dos esgotos sanitários, do afastamento e destinação adequada 
dos resíduos sólidos, da ausência de uma drenagem adequada para as água pluviais e 
principalmente pela falta de uma educação sanitária. 
 6 
Os problemas ambientais podem ser encarados como todos aqueles que 
atingem negativamente a qualidade de vida das pessoas, a partir da sua interação com 
o ambiente (Souza, 2002). Dessa forma, conclui-se que as questões ambientais devem 
levar em consideração a forma como as sociedades se organizam no espaço. 
As populações que residem na periferia dos grandes centros urbanos ou em 
outras áreas menos valorizadas das cidades, muitas vezes, trazidas pelos movimentos 
migratórios, subsistem em condições inadequadas de moradia, sem acesso aos 
serviços básicos, expostas à poluição, aos produtos químicos, sem trabalho, sem 
acesso à educação, mais propícias a adoecer. 
Os problemas de saúde ocorrem em determinado tempo e em determinado 
espaço com freqüências relativamente diferentes, variando de problemas mais raros até 
problemas mais comuns. Por isso, o espaço passa, então, a ter papel fundamental nos 
estudos epidemiológicos, uma vez que, quando o delimitamos geograficamente e 
consideramos o seu dinamismo, os estudos realizados mostrarão nos seus resultados a 
especificidade da área estudada. Abaixo Ramires (2000, p. 5) relata a importância de 
não usar a categoria espaço apenas como localização de eventos de saúde e sua 
importância para os estudos nessa área. 
A Utilização da categoria espaço não pode limitar-se à mera localização de 
eventos de saúde, mas na análise dos inter-relacionamentos de cada elemento 
constituinte do espaço. A análise da organização do espaço, por ser um 
processo contínuo, permite uma visão do processo saúde-doença. A sua 
aplicação nos estudos da área médica pode transformar em um instrumento 
valioso na avaliação do impacto de processos e estruturas sociais na 
determinação de eventos na saúde. 
 
Os indicadores de saúde vão, assim, num espaço delimitado, evidenciar os 
efeitos de políticas de saúde e avaliar os seus resultados na população. Desse modo a 
localização geográfica torna-se de grande interesse, pois permite avaliações do impacto 
produzido por essas políticas, por meio de saneamento básico, serviços de saúde e a 
identificação das áreas que necessitam de um maior acompanhamento e intervenções. 
Os sistemas de saneamento envolvem diversas soluções individuais e coletivas 
para o abastecimento de água, destino dos esgotos e dos resíduos sólidos e drenagem 
das águas pluviais. Esses sistemas devem ter qualidade e quantidade suficientes para 
a promoção da saúde pública e controle da poluição ambiental. 
 7 
A qualidade de vida é uma abordagem de diversos campos disciplinares, mas 
sobre o prisma geográfico é considerada a partir da construção social e histórica do 
espaço: 
Em uma perspectiva geográfica, o conceito de qualidade de vida e seu uso 
como instrumento à gestão do território (através de seus indicadores) permite a 
detecção de desigualdades espaciais que um determinado território apresenta, 
constituindo-se em uma base de diagnóstico e perspectiva útil aos processos 
de planejamento e formulação de políticas públicas para o desenvolvimento” 
(Feu, 2007, p. 2). 
 
A população tem o direito não somente ao saneamento básico, mas 
principalmente ao saneamento ambiental que, conforme Kobiyama (2008) visa o 
aproveitamento do meio ambiente para obter um bom saneamento, pois possui alta 
potencialidade no alcance do desenvolvimento sustentável. Conclui-se que tanto os 
elementos ambientais quanto os socioeconômicos servem para qualificar a vida da 
população. 
As Figuras 2 e 3 ajudam a visualizar o processo de transmissão de doenças 
através da falta de coleta de esgotamento sanitário e de água contaminada. Observa-se 
que o esgoto não coletado contamina os corpos d’água e o solo, criando um ambiente 
propício à propagação de microorganismos patogênicos que, por sua vez, contaminam 
o córrego de onde a água para consumo na residência é captada. 
 
 Figura 2: Exemplo de Saneamento Inadequado 
 Fonte: Manual de Saneamento (FUNASA, 2006) 
 
 8 
As doenças infecciosas relacionadas com a água podem ser causadas por 
agentes microbianos e agentes químicos e de acordo com o mecanismo de transmissão 
destas doenças podem ser classificadas em quatro grupos: 
 
 Cólera (agente etmológico: Vibrio Choleras) 
 Febre tifóide (agente etmológico: Salmonella Typhi) 
 Disenteria bacilar (agente etmológico: Shigella Spp) 
 Hepatite infecciosa(agente etmológico: Vírus) etc. 
 
Na Figura 3 aparece um sistema de saneamento com instalações sanitárias, 
coleta, tratamento e disposição final adequada do esgoto, onde não se registra a 
presença de microorganismos patogênicos na água do córrego que serve como fonte 
de abastecimento humano. 
 
 Figura 3: Exemplo de Saneamento Adequado 
 Fonte: Manual de Saneamento (FUNASA, 2006) 
 
As doenças infecciosas causadas pela falta de esgotamento sanitário são 
aquelas causadas por patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e helmintos) 
existentes em excretas humanas, normalmente nas fezes. Muitas doenças relacionadas 
com as excretas também estão relacionadas à água que podem ser transmitidas de 
várias formas como, por exemplo: 
 9 
 
 Contato de pessoa a pessoa. Ex.: poliomielite, hepatite A; 
 Ingestão de alimento e água contaminada com material fecal. Ex.: 
salmonelose, cólera, febre tifoide, etc; 
 Penetração de alimentos existentes no solo através da sola dos pés. Ex.: 
áscaris lumbricóides, ancislotomíase (amarelão), etc; 
 Ingestão de carne de boi e porco contaminada. Ex.: Taeníase. 
 
Já os resíduos sólidos (lixo) quando mal dispostos, proporcionam a proliferação 
de moscas, as quais são responsáveis pela transmissão de uma infinidade de doenças 
infecciosas (amebíase, salmonelose, etc.). O lixo serve ainda como criadouro e 
esconderijo de ratos que também são transmissores de doenças como: peste bubônica, 
leptospirose (transmitidas pela urina do rato) e febres (devido à mordida do rato). O lixo 
também favorece a proliferação de mosquitos que se desenvolvem em água acumulada 
em latas e outros recipientes abertos encontrados principalmente nos lixos depositados 
a céu aberto. O homem pode ainda contaminar-se pelo contato direto ou indireto 
através da água dos rios e córregos por ele contaminada (Chorume). 
São fatores como estes que nos arremete a refletir sobre os problemas causados 
pela falta de infra-estrutura ambiental nos municípios de pequeno porte e nas periferias 
dos grandes centros urbanos. É importante frisar que a condição socioeconômica é o 
que determina, na maioria das vezes, a qualidade e a quantidade de exposição 
ambiental, uma vez que, grande parte da população vivencia ou experimenta o meio 
ambiente através da pobreza. Ou seja, fatores econômicos e sociais são importantes 
determinantes da saúde devido a sua influência direta no meio ambiente. Condição 
ambiental precária é fator contribuinte principal para a queda do estado geral de saúde 
e a baixa qualidade de vida. 
De acordo com o gráfico da Figura 4 é fácil perceber um aumento no índice de 
atendimento à algumas doenças infecto-parasitárias no ano de 2006 pelo fato de ter 
havido um aumento também de pessoas ocupando algumas regiões da periferia da 
cidade de Uberlândia, principalmente no Setor Leste onde entre os anos de 2000 a 
2008 aconteceram várias invasões e a formação de assentamentos precários. 
 10 
 
 Figura 4: PMU / Gestão SAÚDE - 22/10/2008 
 Qtde. Atendimento por Cid relacionando Ano 
 Data Atendimento: Janeiro a Dezembro de 2000/2008 
 Seleção Ativada: Unid. Saúde Atendimento 'Múltipla' (**************) 
 Capitulo 'Igual' (Algumas doenças infecciosas e parasitarias-I) 
 
2 - Assentamento Joana D’Arc (Celebridade) 
 
A preocupação com os efeitos na saúde provocados pelas condições ambientais 
é evidente desde a Antigüidade. Assim, sempre esteve presente nos diferentes 
discursos e práticas sanitárias que se constituíram como respostas sociais às 
necessidades e aos problemas de saúde. Essa preocupação parece se acentuar 
particularmente nas últimas décadas, quando os problemas ambientais sobre a saúde 
estiveram associados aos efeitos do rápido e intenso processo de industrialização e 
urbanização que passaram a incidir nas condições de vida e trabalho. A higiene é 
introduzida como uma estratégia de saúde para as populações, envolvendo a vigilância 
e o controle dos espaços urbanos (ruas, habitações, locais de lixos, sujeiras e 
toxicidade) e grupos populacionais (pobres, minorias étnicas e as classes 
trabalhadoras) considerados sujos e perigosos. 
A partir de um trabalho realizado em campo fez-se um levantamento de dados 
físicos, sócio-econômicos e ambientais da população residente no Assentamento Joana 
D’arc (Celebridade), avaliou-se as condições de saneamento básico (coleta de lixo, 
redes de esgoto, abastecimento de água), para que fosse feito um diagnóstico da área 
com o objetivo de promover um trabalho de proteção da saúde coletiva. 
 
 11 
 
 Figura 05: Imagem Aérea do Setor Leste de Uberlândia 
 Fonte: Google Earth – 2010 
 
Os dados colhidos são consolidados (ordenados de acordo com as 
características das pessoas, lugar, tempo, etc.) em tabelas, gráficos, mapas da área em 
estudo, fluxos de pacientes e outros. Essa disposição fornecerá uma visão global do 
evento, permitindo a avaliação de acordo com as variáveis de tempo, espaço e pessoas 
(quando? onde? quem?) e de associação causal (por quê?) e deverá ser comparada 
com períodos semelhantes de anos anteriores. 
É importante lembrar que, além das freqüências absolutas, o cálculo de 
indicadores epidemiológicos (coeficientes de incidência, prevalência, letalidade e 
mortalidade) deve ser realizado para efeito de comparação. Nas Figuras 6 e 7 
podemos fazer uma comparação da faixa etária da população do assentamento por 
idade: 
 
 12 
 
Figura 6 e 7: Faixa Etária da população do Assentamento Joana D’Arc (Celebridade). 
Fonte: Castilho, E. M. 2008. 
 
De acordo com o gráfico percebe-se que os índices de crianças até 10 anos se 
destacam não só na quantidade como nos principais agentes de aumento das doenças 
infecto-parasitárias, diarréias como a principal delas, pela falta de infra-estrutura de 
saneamento ou por viver em condições insalubres. E os adultos na faixa etária de 21 a 
30 anos se dão pela falta de trabalho ou às vezes subemprego, onde a perspectiva de 
crescimento e de adquirir melhores condições de trabalho se esbarram na falta de 
experiência ou pelo baixo nível de instrução. 
Porém, na Figura 8 compara-se a quantidade de moradores por residência que é 
um parâmetro muito importante na relação condições de vida e qualidade de vida, uma 
vez que, com poucas perspectivas de trabalho e muitos jovens dependendo do salário 
do pai ou da mãe é relevante no estilo de vida da família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 2 4 6 8 10 12
Número de Moradores
1
2
3
4
5
Acima de 6
Qu
an
tid
ad
e d
e 
Re
sid
ên
cia
s
Número de Moradores por Residência
 13 
 
 Figura 8: Quantidade de moradores por residência. 
 Fonte: Castilho, E. M. 2008. 
 
A etnia é fator muito importante quando fazemos comparações entre população e 
qualidade de vida, que às vezes é excludente de algumas camadas sociais. O negro, 
por exemplo, ainda à margem da sociedade por fator histórico, é prejudicado na 
questão de emprego. Essa classe social tem tido dificuldades em inserir na sociedade, 
poucas oportunidades de empregos, salário sempre abaixo dos salários dos 
funcionários brancos, na educação (Figuras 9 e 10), poucos conseguem atingir um 
nível mais elevado de conhecimento ficando sempre à margem de empregos onde há 
poucas perspectivas de crescimento. 
Por mais que haja uma parcela dos negros brasileiros incluídos nas camadas 
mais altas da sociedade, esse quadro não condiz com a situação da maioria dessa 
população, que historicamente está à deriva no acesso aos processos de cidadania. 
A situação do negro brasileiro, em termoseducacionais, sociais e econômicos, 
melhorou nas últimas décadas, embora de forma tímida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 9: Escolaridade dos Moradores Figura 10: Moradores que freqüentam a Escola 
 Fonte: Castilho, E. M. 2008 Fonte: Castilho, E. M. 2008. 
 
A análise desses quadros nos remete a conclusão de que os benefícios sociais 
não são distribuídos de forma igualitária e que os programas educacionais têm mais 
impacto na trajetória de vida das crianças brancas e, bem menos, na trajetória dos 
Grau de Escolaridade dos Moradores
38%
38%
24%
Nenhuma
Escolaridade
Ensino
Fundamental
Incompleto
Ensino
Fundamental
Completo
Ensino Médio
Completo
Superior Completo
Pós-graduação
Moradores que já frequentaram ou ainda 
frequentam a escola
0
5
10
15
20
25
30
35
Sim Não
 14 
negros. São escassos os estudos que trazem dados gerais sobre o negro e, 
especificamente, sobre a sua situação educacional. 
Conforme Pereira (1997:77) "Ao longo da história do Brasil, os movimentos 
sociais negros, as pessoas e os grupos engajados nas lutas pelos direitos humanos 
têm plantado sementes de respeito, de dignidade e de valorização da pluralidade étnica 
e cultural. Tais movimentos demoliram o falso mito da democracia racial que durante 
muitas décadas deste século, impediram o investimento honesto e amplo na construção 
da convivência igualitária, democrática, harmônica e dinâmica entre os povos que 
tecem o cotidiano da nação brasileira." Nas escolas brasileiras pouco se fala em etnia. 
Negros e índios são esquecidos, Ainda o discurso e o conteúdo pedagógico são 
voltados apenas para o fortalecimento dos valores da população branca. 
Os Programas de assistência como: Bolsa Família, Bolsa Escola e Vale Gás 
foram criados pelo governo com o objetivo de apoiar as famílias mais pobres e garantir 
a elas o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde. Tem por objetivos 
combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional; combater a pobreza e 
outras formas de privação das famílias; promover o acesso à rede de serviços públicos, 
em especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social; e criar 
possibilidades de emancipação sustentada dos grupos familiares e desenvolvimento 
local dos territórios. 
Porém, nem todos conseguem tais benefícios, de acordo com a Figura 11, 
grande parte dos moradores do Assentamento Joana D’arc não estão inseridos nos 
programas do governo. Para isso é preciso atender algumas exigências como: manter 
as crianças e adolescentes em idade escolar freqüentando a escola; e cumprir os 
cuidados básicos em saúde, que é seguir o calendário de vacinação para as crianças 
entre 0 e 6 anos, e a agenda pré e pós-natal para as gestantes e mães em 
amamentação. 
 15 
0 3 6 9 12 15 18 21 24
tipo
Bolsa Família
Bolsa Escola
Vale Gás
Outros
Não Recebe
Bolsa Escola e Bolsa Família
tipo
Tipo de Ajuda 
 
 Figura 11: Benefícios recebidos do governo 
 Fonte: Castilho, E. M. 2008. 
 
Outro fator relevante à questão social que atinge a maioria das camadas menos 
favorecidas é o desemprego, isto é, a medida da parcela da força de trabalho disponível 
que se encontra sem emprego. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 12: Desempregados por família 
 Fonte: Castilho, E. M. 2008 
 
Esse fenômeno social é observado principalmente em países subdesenvolvidos 
cujas economias não conseguem suprir o crescimento populacional. Um agravante é 
crescimento populacional. Um agravante é a crescente mecanização e informatização 
dos processos de trabalho, excluindo cargos que antes eram desempenhados por 
pessoas e agora o são por máquinas. No Brasil, o desemprego possui outro agravante, 
que é a migração de pessoas de uma região a outra em busca de oportunidades de 
trabalho. De acordo com a Figura 12, o emprego está diretamente ligado a geração de 
renda, sem geração de renda há um acumulo de pobreza. 
Número de Desempregados por Família
nenhuma
uma
duas
mais de três
 16 
Os governos brasileiros sempre adotaram um modelo de desenvolvimento 
altamente excludente do ponto de vista social, mesmo no Brasil onde a grande maioria 
da população vive em centros urbanos, os serviços de saneamento básico, de 
responsabilidade pública, não são oferecidos amplamente nessas localidades, 
sobretudo nas periferias. 
Pereira firma que “entre os principais sistemas de infra-estrutura urbana estão os 
de saneamento básico, que são diretamente relacionados com a preservação do meio 
físico e com a saúde da população” (2003, p. 23). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 13 – Percentual de Fossas e Esgotos 
 Fonte: Castilho, E. M. 2008 
 
O saneamento ambiental (Figura 13) constitui atividade estratégica para a 
melhoria da saúde pública e diminuição com os gastos hospitalares. E a ausência na 
coleta e tratamento do esgoto doméstico contribui para a contaminação do meio e para 
a proliferação de doenças, que interfere na qualidade de vida das pessoas. A 
preservação do meio ambiente, assim como a coleta do esgoto doméstico deve ser 
uma questão de parceria entre o Poder Público e a sociedade civil, só assim é possível 
haver desenvolvimento. Segundo Souza (2007). 
 
 
 
 
 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
Fossa Rede de Esgoto
Percentual de Fossas e Esgotos 
 17 
Considerações Finais: 
 
Na perspectiva da saúde coletiva, para a qual os problemas de saúde da 
população resultam da forma como se organiza a sociedade, em suas dimensões 
política, econômica e cultural, propondo então mudanças em direção tanto à 
democratização da sociedade, como das práticas de saúde os programas de promoção 
da saúde relacionados com os problemas ambientais devem ser movimentos 
politicamente agressivos na perspectiva de uma eqüidade social, política e econômica. 
Incorporando a perspectiva das ciências sociais apontada por Vieira (1995), podemos 
considerar que estes programas de promoção da saúde devem ser movimentos de 
resoluções dos problemas ambientais de formas socialmente justas, economicamente 
viáveis, ecologicamente prudentes e politicamente emancipadoras. 
Como uma questão essencialmente de saúde pública, o acesso aos serviços de 
saneamento básico deve ser tratado como um direito do cidadão, fundamental para a 
melhoria de sua qualidade de vida. A ausência de coleta e tratamento dos esgotos é um 
dos fatores que explicam a contaminação do meio ambiente (Pereira, 2003). É 
imprescindível que seja dada atenção a esse setor no planejamento urbano, 
principalmente em áreas em expansão, porque o esgoto sem tratamento facilita a 
disseminação e proliferação de doenças, interferindo na qualidade de vida da 
população. 
É reconhecida a importância de cada um desses serviços, entretanto, é preciso 
que seja abordado especificamente o esgotamento sanitário, justamente por constituir o 
mais precário dos direitos de saneamento básico verificados no mundo. O tratamento 
de esgoto sanitário é o serviço de saneamento básico mais deficiente no Brasil, e 
constitui uma das mais importantes medidas preventivas de enfermidades, é comum 
vermos as galerias pluviais sendo utilizadas como descarga de dejetos. 
O modo como os problemas são solucionados (de modo democrático e 
participativo, em oposiçãoao modo não democrático e baseado em especialistas) é tão 
importante como a solução encontrada, uma vez que processos e resultados possuem, 
ainda que separados, profundos efeitos sobre a saúde humana. 
 18 
De acordo com Leff (2000), a resolução dos problemas ambientais implica a 
ativação e objetivação de um conjunto de processos sociais os quais as ciências sociais 
têm um importante papel a desempenhar. Destaca também uma série de processos 
que podem se constituir em indicativos de uma agenda de pesquisa em saúde sobre os 
problemas ambientais, sendo estes: 1) a incorporação dos valores do ambiente na ética 
individual, nos direitos humanos e na norma jurídica dos atores econômicos e sociais; 
2) a socialização do acesso e apropriação da natureza; 3) a democratização dos 
processos produtivos e do poder político; 4) as reformas do Estado que lhe permitam 
mediar a resolução de conflitos de interesses em torno da propriedade e 
aproveitamento dos recursos e que favoreçam a gestão participativa e descentralizada 
dos recursos naturais; 5) o estabelecimento de uma legislação ambiental eficaz que 
normatize os agentes econômicos, o governo e a sociedade civil; 6) as transformações 
institucionais que permitam uma administração transetorial do desenvolvimento; 7) a 
reorientação interdisciplinar do desenvolvimento do conhecimento e da formação 
profissional dos profissionais no campo da saúde coletiva. Todos esses processos 
implicam a necessidade de se avançar na reflexão sobre a pesquisa no campo dos 
problemas ambientais que afetam a saúde coletiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
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http://bastion.uberlandia.mg.gov.br/sedur/bairros/index.htm - (Acessado em 05/03/2009) 
 
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Fundação Nacional de Saúde, 2006. 
 
BRASIL, Lei 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o 
saneamento básico. Brasília – DF. Governo Federal. 
 
Brasil. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde Distrito 
Federal/Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde – Brasília: 
Conasems,2007 92 p. 
 
PEREIRA, J. A. R. Saneamento em áreas urbanas. In: Pereira, J. A. R. (org). 
Saneamento Ambiental em Áreas Urbanas. Belém: UFPA, 23-36. 2003. 
 
SOUZA, M. L. ABC do Desenvolvimento Urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 3ª ed, 
2007. 
 
SOUZA, M. S. Mudar a Cidade: uma introdução crítica ao planejamento e à gestão 
urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. 
 
FEU, R.C. Serviços de água e esgoto e qualidade de vida em Volta Redonda: 
discutindo o uso de indicadores para a formulação de políticas públicas. Dissertação de 
Mestrado, PPGG/UFRJ. 170p. 2007. 
 
KOBIYAMA, M.; MOTA, A.A. & CORSEUIL, C.W. Recursos Hídricos e Saneamento. 
Curitiba: Ed. Organic Trading, 2008. 160p. 
 
Doenças infecciosas e parasitárias: aspectos clínicos, de vigilância epidemiológica e de 
controle - guia de bolso / elaborado por Gerson Oliveira Pena [et al]. - Brasília: 
Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 1998. 
 
Minayo MCS 1997. Pós-Graduação em saúde coletiva: um projeto em construção. 
Ciência e Saúde Coletiva 2(1/2):53-71. 
 
RAMIRES, J. C. de L. O envelhecimento populacional e os serviços de saúde pública 
em Uberlândia. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS DA 
ABEP, 13, 2000. Caxambu. Anais... Caxambu; ABEP, 2000. 1 CD ROM. 
 
 20 
Vieira PF 1995. A problemática ambiental e as ciências sociais no Brasil (1980-1990), 
pp. 103-147. In DJ Hogan e PF Vieira (orgs.). Dilemas socioambientais e 
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Leff E 2000. Pensamento sociológico, racionalidade ambiental e transformações do 
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RAMIRES, J.C. de L. GEOGRAFIA DA Atenção em Saúde em Uberlândia / Júlio César 
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MINISTERIO DAS CIDADES. “Contribuição para a formulação de uma política nacional 
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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
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da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância 
Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 444 p: Il. – (Série B. 
Textos Básicos de Saúde) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexos: 
 
 
Figuras 5 e 6: Fossas negras 
Autor: Castilho, E. M. (2008) 
 
 
 
Figuras 7 e 8: Esgoto a céu aberto 
Autor: Castilho, E. M. (2008) 
 
 
 
Figuras 9 e 10: Moradias 
Autor: Castilho, E. M. (2008) 
 
 22 
 
 Figuras 7 e 8: Moradias 
 Autor: Castilho, E. M. (2008)

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