Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Juliana Penso Homeostasia energética Liberação de Insulina Diabetes Mellitus - DM “O diabetes mellitus (DM) não é uma única doença, mas um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia.” “A hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos.” Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Uma epidemia de diabetes mellitus (DM) está em curso!! Diabetes Mellitus - DM 0 50 100 150 200 250 300 350 1 2 3 4 Número de Pacientes diabéticos (milhões) 1985 1995 2002 2030 Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Diabetes Mellitus Freqüentemente, o DM não e mencionado na declaração de óbito. Pelo fato de serem suas complicações, particularmente as cardiovasculares e cerebrovasculares, as causas da morte. Estima-se 4 milhões de mortes!!! Mais de 800 mil mortes por ano no mundo!! Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Prevalência de acordo com a idade 2,7% para a faixa etária de 30-59 anos; 17,4% para a de 60-69 anos. Os gastos, no Brasil, chegam a 3,9 bilhões de dólares. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Tolerância à glicose diminuída Anormalidade na regulação da glicose no estado pós-sobrecarga, que é diagnosticada através do teste oral de tolerância a glicose (TOTG), que inclui a determinação da glicemia de jejum e de 2 horas após a sobrecarga com 75g de glicose. Estado intermediário entre a homeostase normal da glicose e o DM. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Diabetes Mellitus - DM Tipo 1 (5 – 10%): Etiologia auto-imune; Deficiência absoluta na secreção de insulina → manifestações são mais freqüentes. Tipo 2 (90 – 95%): Síndrome complexa; Resistência ou deficiência na secreção de insulina; Pode estar associado com a obesidade. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Predisposição genética Resposta imunitária Agressão externa Vírus (caxumba, rubéola, coxsackie) Agentes químicos Tipo 1: A – AUTOIMUNE B - IDIOPÁTICO + + DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS β MARCADORES IMUNOLÓGICOS: ● Anticorpos anti-insulina ● Anticorpo anti-ilhota (ICA) Diabetes Mellitus – Tipo 1 Diabetes do Tipo 1 • 99 % - Auto-Imune (1 A) • 1 % - Idiopática (1 B) A Incidência vem Aumentando em Todo o Mundo Início Abrupto: Poliúria Polifagia Polidipsia Emagrecimento Cetoacidose Diabética Diabetes Mellitus – Tipo 2 Sinais e sintomas mais freqüentes Diferenças entre Diabetes tipo 1 e 2 Tipo 1 Tipo 2 Maior incidência em crianças, adolescentes e adultos jovens Maior incidência após os 40 anos Início abrupto dos sintomas 60 – 90 % são obesos Pacientes magros Cetose rara: somente em situações de estresse Facilidade para cetose e flutuações da glicemia Glicemia mais estável Menor concentração familiar Concentração familiar freqüente Deterioração clínica rápida se não tratada prontamente com insulina Hiperglicemia mantida se não tratada Diabetes Gestacional Não exclui a possibilidade de a condição existir antes da gravidez; Ocorre em 1%-14% de todas as gestações sendo associado a aumento de morbidade e mortalidade perinatal; Pacientes com DM gestacional devem ser reavaliadas quatro a seis semanas após o parto e reclassificadas; Existe risco de 17%-63% de desenvolvimento de DM2 dentro de 5-16 anos após o parto. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. É qualquer intolerância a glicose, de magnitude variável, com início ou diagnóstico durante a gestação. Diabetes Mellitus Insulina estimulada pela glicose Fatores de Risco para DM Obesidade; Uso de medicamentos hiperglicemiantes (corticóides, tiazídicos, β-bloqueadores); Diabetes gestacional prévio. Uma redução do peso em torno de 3 a 4kg em quatro anos reduziu a incidência do DM em 58%. Tuomilehto J, Lindstrom J, Eriksson JG, Valle TT, Hamalainen H, Hanne-Parikka P, Keinanen-Kiukaanniemi S; N Engl J Med. 2001; 344(18): 1343-50. Prevenção primária da DM DM1: Não há evidência científica de prevenção possível; DM2: a maioria dos indivíduos também apresenta obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia A hiperinsulinemia seria o elo de ligação entre esses distúrbios metabólicos; Há necessidade de intervenções abrangendo essas múltiplas anormalidades metabólicas. Existem evidencias de que as alterações no estilo de vida, com ênfase na alimentação e na redução da atividade física, estão associadas ao acentuado aumento na prevalência do DM2. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. O controle metabólico estrito tem papel importante na prevenção do surgimento ou da progressão das complicações crônicas. Medidas importantes na prevenção secundaria são: o tratamento da hipertensão arterial e da dislipidemia; o prevenção de ulcerações nos pés e de amputações.; o rastreamento para diagnóstico e tratamento precoce da retinopatia; o rastreamento para microalbuminuria (prevenir ou retardar a progressao da insuficiencia Renal); o medidas para reduzir o consumo de cigarro. Prevenção secundária da DM Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Hemoglobina Glicada Podem ocorrer situações em que o paciente apresente, sistematicamente, períodos contínuos e alternantes de hiperglicemia e hipoglicemia significativas, de tal forma que a glicemia media de um determinado período acabe ficando dentro dos parâmetros normais. O nível de hemoglobina glicada acaba se mantendo dentro de limites aceitáveis. É importante a avaliação sistemática da glicemia em vários períodos do dia para se comprovar a validade da correlação entre o nível de hemoglobina glicada e a real situação clinica do paciente. Hemoglobina Glicada O nível de hemoglobina glicada reflete a glicemia média de um indivíduo durante os 2 a 3 meses anteriores; Realizar pelo menos duas vezes ao ano para todos os indivíduos diabéticos a cada três meses para pacientes que se submeterem a alterações do esquema terapêutico ou que não estejam atingindo os objetivos recomendados com o tratamento vigente. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Tratamento Objetivos glicêmicos Glicemia de jejum e pré-prandial: 70-120mg/dL Glicemia pós-prandial: < 140mg/dL Hb AC1 (hemoglobina glicada): < 7% Abordagem de outros fatores de risco Controle de PA, colesterol, triglicerídeos Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Tratamento do DM II Agentes antidiabéticos orais Podem ser classificados como: Incrementam a secreção pancreática de insulina (sulfonilureias); Reduzem a velocidade de absorção de glicídios (inibidores das alfaglicosidases); Diminuem a produção hepática de glicose (biguanidas); Aumentam a utilização periférica de glicose (glitazonas). No entanto, com finalidade prática, os antidiabéticosorais podem ser classificados em duas categorias principais: Aumentam a secreção de insulina (hipoglicemiantes); Não aumentam a secreção de insulina (anti-hiperglicemiantes). Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Sulfoniluréias Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Agem nos canais de Potássio das células beta: fechamento do canal Despolarização: entrada de cálcio Exocitose dos grânulos contendo insulina Sulfoniluréias Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Sulfoniluréias Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Contraindicações e precauções Pacientes com doença renal Idosos Gestantes Alta ligação a proteínas plasmáticas – cuidado interações Efeitos Adversos Hipoglicemia Ganho de peso Hipersenssibilidade às sulfoniluréias Biguanidas - Metformina Mecanismo de ação não elucidado Ações: Aumento da sensibilidade à insulina (captação de glicose) Inibição da gliconeogênese Redução do glucagon (?) Não provoca hipoglicemia quando utilizada em monoterapia! Não há aumento de peso: pacientes obesos Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006. Biguanidas Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. Inibidores da alfaglicosidase Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006. Inibe a absorção de glicose no intestino; Inibe enzimas que quebram os carboidratos para que eles possam ser absorvidos; Redução do aporte de glicose advindo do alimento; Bom controle da glicemia pós-prandial e não basal; Normalmente não é usada em monoterapia. Efeitos adversos: flatulência. Inibidores da alfaglicosidase Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006. Glitazonas Atuam no receptor nuclear PPAR gama do músculo liso, adipócitos e fígado Uma vez ativado, esse receptor modula a transcrição de genes Modula a transcrição de genes envolvido com a sinalização dos efeitos da insulina (ex: Glut 4) Aumenta a resposta tecidual à insulina: depende da presença de insulina Efeitos colaterais: Edema, ganho de peso, anemia Risco principal: Hepatotoxicidade Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006. Glitazonas Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006. Insulina As preparações de insulina podem ser classificadas de acordo com: Início de ação. Pico de ação. Duração de ação. Preparações de ação curta, intermediária ou longa. A espécie de origem pode ser: Humana Suína (alanina em vez de treonina - B30) Bovina (alanina e valina em vez de treonina e isoleucina - A8 e A10) Insulina DM1 Tratamento intensivo: mimetização do padrão normal de secreção de insulina DM2 Controle glicêmico inadequado com dieta, atividade física e antidiabéticos orais Formas Basal Plena (basal e bolus pré-prandiais) Insulina Efeitos Adversos Hipoglicemia Resistência a insulina Agravamento da obesidade Produção de anticorpos contra insulina –administrar insulina humana Locais de Aplicação Importância do Rodízio Algoritmo Terapêutico no manejoo da DM2 Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006. NPH Regular Insulina TRATAMENTO DA HIPOGLICEMIA Soluções simples de 10-20 g de carboidrato de absorção rápida suco de frutas (1/2 a 1 copo) leite (1 a 2 copos) ↓ nível de consciência: açúcar ou mel na boca glucagon (1mg – IM ou SC) glicose IV Conservação e armazenamento da insulina NPH •Frasco aberto – 1 mês em geladeira (prateleiras inferiores) e 1 mês TA REGULAR •Frasco aberto – 1 mês em TA e geladeira TRANSPORTE • recipiente fechado, opaco e sem gelo. Se contiver gelo, este não deve ficar em contato direto com o frasco da insulina. Algoritmo Terapêutico no manejo da DM2 Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006. Metas de Controle Glicêmico Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009.
Compartilhar