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ATOS ADMINISTRATVO QUANTO À CLASSIFICAÇÃO

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2 QUANTO À CLASSIFICAÇÃO
                            Para a classificação dos atos administrativos não há uma uniformização ou uma padronização entre os autores de obras de Direito Administrativo, porém Hely Lopes Meirelles prefere em sua obra classificar os atos administrativos, quanto aos seus destinatários, em atos gerais e individuais, quanto ao seu alcance, em atos internos e externos, quanto ao objeto, em atos de império, de gestão e de expediente e por fim quanto ao seu regramento, em atos vinculados e discricionários.[12]
                            Além dessas classificações já mencionadas, Hely Lopes Meirelles também faz outras classificações dos atos administrativos como: a.)Ato simples, complexo e composto; b.) Ato constitutivo, extintivo, declaratório, alienativo, modificativo ou abdicativo; c.) Ato válido, nulo e inexistente; d.) Ato perfeito, imperfeito, pendente e consumado; e.) Ato irrevogável, revogável e suspensível; f.) Ato autoexecutório e não autoexecutório; g.) Ato principal, complementar, intermediário, ato condição e ato de jurisdição; h.) Ato constitutivo, desconstitutivo e de constatação.
                            Enquanto Celso Antonio Bandeira de Melo, procura tratar em tópico separado a Perfeição, Validade e a Eficácia dos atos administrativos, Hely Lopes Meirelles, procura explicá-los dentro das classificações dos Atos Administrativos, como por exemplo, quanto à eficácia, o ato administrativo pode ser válido, nulo e inexistente.[13]
                            Maria Sylvia Zanella Di Pietro, classifica os atos administrativos quanto às prerrogativas com que atua a Administração, os atos podem ser de império e de gestão, quanto á função da vontade, os atos administrativos podem ser propriamente ditos e puros ou meros atos administrativos, quanto à formação da vontade, os atos administrativos podem ser simples, complexos e compostos, quanto aos destinatários, os atos podem ser geras ou individuais, quanto à exequibilidade, o ato pode ser perfeito, imperfeito, pendente e consumado e por fim quanto aos efeitos, o ato administrativo pode ser constitutivo, declaratório e enunciativo.[14]
                            Analisando as classificações dos atos administrativos, verifica-se que Hely Lopes Meirelles, subdivide bem mais os atos administrativos do que Maria Sylvia Zanella Di Pietro, porém em algumas divisões verifica-se semelhança entre eles, como por exemplo, aos atos de império e gestão, que aquele menciona quanto ao objeto, enquanto esta menciona quanto às prerrogativas, outras semelhanças encontram-se nos atos simples, complexos e compostos, onde ambos mencionam quanto à formação do ato.
                            Não obstante, vemos outras semelhanças em relação aos destinatários dos atos administrativos, onde ambos mencionam que os atos podem ser gerais e individuais, também há semelhança aos atos perfeito, imperfeito, pendente e consumado, porém Hely Lopes Meirelles os tratam quanto à eficácia enquanto Maria Sylvia Zanella Di Pietro os tratam quanto à exequibilidade.
                            Apesar de semelhantes, os atos constitutivo, declaratório e enunciativo, Maria Sylvia Zanella Di Pietro os tratam quanto ao seu efeito, enquanto Hely Lopes Meirelles os tratam quanto ao seu conteúdo, porém é importantíssimo salientar que Hely Lopes Meirelles ao tratar dos atos quanto ao conteúdo, menciona somente os seguintes atos diferentemente de Maria Sylvia Zanella Di Pietro: Ato constitutivo, extintivo, declaratório, alienativo, modificativo ou abdivativo.[15]
                            Antonio A. Queiroz Telles, classifica os atos administrativos em: a.) Unilateral e bilateral; b.) Simples, complexo e coletivo; c.) Inexistente; d.)Ato constitutivo; e.) Ato declaratório; f.) Ato constitutivo especial e geral; g.) Ato inválido; h.) Ato de autoridade; i.) Ato político; j.) Ato perfeito e imperfeito; l.) Atos externos, internos e mistos.[16]
                            Denota-se que sua classificação é parecida com a de Hely Lopes Meirelles, porém bem menos subdividida, apesar de quando trata dos atos complexos, Antonio A. Queiros Telles, subdivide esses atos em iguais, desiguais, internos e externos, divisões estas não realizadas por aquele.[17]
                            Tanto Lúcia Valle Figueiredo[18], quanto Odete Medauar[19], preferem tratar da perfeição, validade e eficácia do ato, em tópico separado da classificação dos atos administrativos.
                            Odete Medauar procura classificar os atos administrativos em critérios da seguinte forma:  a) Critério do Objeto; b) Critério da forma de expressão; c) Critério da margem de escolha; d) Critério do âmbito de repercussão; e) Critério dos destinatários; f) Critério do número de manifestações para a formação do ato.[20]
                            De acordo com a autora, os atos administrativos são analisados dentro de cada critério ou classificação. Dentro do critério do objeto são analisados os atos normativos, atributivos de funções, cessam funções, consentem no exercício de atividades, restritivo de atividades, reconhecem o direito ao recebimento de serviço público, informam ou reproduzem situações documentadas, sancionadores, confirmam outros atos, extinguem outros atos, atos de comunicação, desencadeiam processos, atos de controle. [21]
                            No critério da forma de expressão são analisados os atos de decreto, regimento, resolução, deliberação, portaria, instrução, circular, ordem de serviço, despacho, comunicado, alvará, certidão, edital, homologação.[22]
                            Já no critério da margem de escolha são analisados os atos discricionários e vinculados, no critério do âmbito da repercussão são analisados os atos externos e internos, no critério dos destinatários são analisados os atos individuais ou especiais e os gerais e por fim no critério do número de manifestações para a formação do ato são analisados os atos simples, compostos e os complexos.[23]
                            Lucia Valle Figueiredo procurou em sua obra fazer uma classificação de acordo com Mássimo Severo Giannini, o qual o autor afirma a existência de tipologias procedimentais, sendo estas: procedimentos autorizativos, procedimentos concessivos e procedimentos ablatórios.[24]
                            Como pode ser observado neste capítulo cada autor classifica os atos administrativos de maneira diferente, separando os em critérios, procedimentos, em espécies e no caso de Hely Lopes Meirelles subdividindo os atos em partes menores.
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/33146/atos-administrativos#ixzz3pdLP8J00

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