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Resumo - Estratégia Financeira

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Métricas tradicionais de análise de desempenho
	Analisar a performance de uma empresa é em síntese analisar sua capacidade de gerar lucro.
	Indicadores da situação econômica:
		* Indicadores Principais - Relacionados aos propósitos da avaliação.
		* Indicadores Auxiliares - Dão suporte ao entendimento da composição e variações dos indicadores principais. 
		* Indicadores-padrão (benchmarks) - Parâmetros de comparação com os indicadores principais.
	Análise de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) - Percentual de lucro líquido em relação ao capital investido pelos sócios.
	Podemos utilizar o ROE para efetuar a comparação com três benchmarks distintos:
	 * Custo do capital próprio (Ke) - Rentabilidade dos recursos investidos pelos sócios.
	 * ROE histórico da própria empresa - Desempenho da empresa no tempo
 * ROE médio das empresas do mesmo setor 
Indicadores acessórios ao ROE seriam:
	* Margem líquida = Lucro Líquido / Receita Líquida
	* Giro do Patrimônio Líquido (Giro do C.I.) = Receita Líquida / Patrimônio Líquido
	* Giro do Ativo Total = Receita Líquida / Ativo Total
	* Alavancagem Financeira = Ativo Total / Patrimônio Líquido
Decompondo o ROE:
	* ROE = Margem Líquida x Giro do Patrimônio Líquido
	* ROE = Margem Líquida x Giro do Ativo Total x Alavancagem Financeira
Com base nessas análises podemos compreender se as variações do ROE ocorreram por mudanças nas margens de lucro (Margem), por eficácia na geração das receitas em relação aos recursos investidos (Giro) ou por financiamento com recursos de terceiros(Alavancagem).
Análise do Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) - Percentual de lucro gerado (EBIT) em relação a todos os recursos investidos.
 
 Podemos utilizar o ROIC para efetuar a comparação com três benchmarks distintos:
	 * Custo médio ponderado de capital (WACC) - Rentabilidade dos recursos 
	 * ROIC histórico da própria empresa - Desempenho da empresa no tempo
 * ROIC médio das empresas do mesmo setor
** WACC = Ke x (E/V) + Kd x (D/V) x (1-T)
Indicadores acessórios ao ROIC seriam:
* Margem EBIT = EBIT / Receita Líquida
	* Giro do Patrimônio Líquido = Receita Líquida / Capital Investido
Decompondo o ROIC:
	* ROIC = Margem EBIT x Giro do Capital Investido x (1 - T)
Lucro Econômico - Analisa de forma completa o desempenho gerencial, verificando o quanto foi gerado de lucro operacional e custos com a estrutura de capital. Servindo de base para compreensão se os resultados foram superiores a exigência de ganhos mínimos.
Fórmulas: 
Lucro Econômico = [EBIT x (1 - T)] - [CI x WACC]
Lucro Econômico = (ROIC - WACC) x CI 
Lucro Econômico = Lucro Líquido - (Patrimônio Líquido x Ke)
Lucro Econômico = (ROE - Ke) x Patrimônio Líquido
	Métricas Contemporâneas para análise do desempenho gerencial
	CVA (Cash Value Add) - Mensura o quanto está sendo criado de valor para o acionista.
	CVA = Fluxo de Caixa - [(WACC + d) x Base de Ativos]
	Base de Ativos = Capital de Giro + Ativo Permanente Bruto
	Podemos notar a diferença quando percebemos a utilização dos fluxos de caixa ao invés de lucros, valor contábil do capital ao invés de Capital Investido e a utilização de “d” (Depreciação econômica do WACC).
	CFROI (Cash Flow Return on Investment) - Métrica de análise de performance útil para avaliação do portfólio de negócios. Que consiste na TIR com base nos valores atualizados dos investimentos em ativos e fluxos de caixa operacionais gerados pelo investimento. 
	CFROI = (Fluxo(s) de Caixa Operacional(is) + Ativos Não Depreciáveis) / WACC 
	CFROGI (Cash Flow Return on Gross Investment) - Métrica de análise de performance útil para avaliação do portfólio de negócios. Mas que considera apenas um fluxo de caixa.
	CFROGI = (Fluxo de Caixa Operacional / Base de Ativos) / WACC.
	TBR (Total Business Return) - Métrica que análisa os fluxos de caixas livres e o valor estimado da ação ou unidade de negócio em determinado período. 
	TBR = (Fluxo(s) de Caixa(s) Livre(s) + Valor Final do Negócio) / WACC.
	TSR (Total Share Holder Return) - Métrica que análisa os dividendos esperados e no valor estimado das ações ao final de um período.
	TSR = Dividendos + Valor de Venda estimado / Ke
Custo de capital próprio, de terceiros e médio ponderado
Para calcular o custo do capital dos acionistas (Ke), utilizamos o Capital Asset Pricing Model (CAPM).
Sendo a fórmula: Ri = Rf + (Rm - Rf)
onde,
Ri = Retorno do ativo i Rf = Taxa de juros livre de risco
Rm = Retorno da carteira de mercado = beta do ativo i
(Rm - Rf) = Prêmio de risco
	
 - Este índice mede a variação de uma ação em relação a uma carteira de mercado, perfeitamente diversificada. 
O beta da carteira de ações padrão, IBOVESPA, é sempre igual a 1, uma vez que ela é a base para o cálculo comparativo. O beta desta carteira é o beta médio de todos os títulos disponíveis. Desta forma, concluímos:
β=1 Ativo médio.
Sua variação tende a acompanhar perfeitamente o mercado. Quando o IBOVESPA valoriza 5%, o ativo valoriza na mesma proporção.
β<1 Ativo defensivo.
Possui oscilações inferiores ao mercado e no mesmo sentido. Quando o IBOVESPA valoriza 5%, o ativo tende a valorizar menos do que 5%.
β>1 Ativo agressivo.
Possui oscilações maiores do que o mercado e no mesmo sentido. Por exemplo, uma ação com β=2,0 tende a valorizar/desvalorizar o dobro do mercado (IBOVESPA).
Para calcularmos o temos de calcular a covariância entre os Retornos do ativo i (Ri) e o Retorno da cateira de mercado (Rm) e dividi-lo pela variância do Retorno da carteira de mercado (Rm)
	Sendo a fórmula: =COV (Ri, Rm) / Var (Rm) 
Algumas reflexões precisam ser feitas:
	* Período da amostra: Apesar de um período maior gerar um maior confiabilidade do índice pode também não representar a realidade caso a empresa tenha alterado seu perfil de risco.
	* Intervalo de retorno escolhido: Quanto mais longo o período, menor o número de observações.
	* Escolha do índice de mercado utilizado: A taxa livre de risco e a estimativa de Prêmio de Risco de Mercado deve estar alinhado a realidade ao benchmark e ao perfil do investidor.
β Setorial - Beta do setor no qual a empresa está inserida, muito útil quando não é possível determinar o β da empresa ou quando o β do setor é um parâmetro mais adequado para analisar a sensibilidade do investimento.
	Obs.: Não podemos esquecer que o β de uma empresa leva em conta além do tipo de negócio, sua alavancagem operacional (GAO) e sua alavancagem financeira.
	Tipo de Negócio - O β está relacionado a sensibilidade do negócio e aos fatores macroeconômicos que afetam todo o mercado. Quanto maiores os efeitos macroeconômicos na empresa maior será seu β.
	
	Obs.: Caso uma empresa atue em mais de um segmento o seu β será calculado através da média ponderada de seus diferentes β.
	Grau de Alavancagem Operacional (GAO) - Quanto maior a proporção de custos fixos na estrutura do negócio, maior será o β da empresa. 
	Grau de Alavancagem Financeira - Quanto maior o nível de endividamento em relação ao capital próprio da empresa, maior será o β do Patrimônio Líquido.
	Sendo a fórmula: βL = βu (1 x D/E x ( 1 - T))
	
onde,
βL = beta alavancado do patrimônio líquido
βu = beta desalavancado T = alíquota de impostos
	Obs.: Essa informação é importantíssima para avaliação de empresas que não dispomos de muitas informações. 
	Taxa livre de risco - É estimada com base no retorno sobre títulos públicos (em geral pré-fixados e com baixo risco de inadimplência. (Em geral usasse a Selic mas outras taxas também podem ser usadas como DI, TJLP)
	Prêmio de Risco de Carteira de Mercado - Ativos de renda variável são mais arriscados do que os de renda fixa, por isso o investidor espera receber mais. A Ibovespa é o melhor índice de mercado a ser usado no Brasil.
Custo de Capital Próprio (Ke)
	A taxa de desconto de um projetodeve ser o retorno esperado de um ativo financeiro de mesmo risco. Que em relação a uma empresa seria o custo de capital próprio.
Ke = Rf + Bi [E(Rm) - Rf]
onde,
 Rf = Retorno de um ativo livre de Risco
 Bi = Índice Beta do Ativo i 
 E = Valor de mercado das ações. 
 [E (Rm) - Rf] = Prêmio de Risco do mercado
Sendo que no caso de um investidor global, utilizamos a Global CAPM, tendo como piso para Taxa Livre de Riscos (Rf) os títulos do tesouro americano e como referência para o Retorno de Renda Variável (Rm) a bolsa de Nova York.
E ainda devemos também adicionar o Prêmio de Risco-País (CRP ou Country Risk Premium) ajustado a renda variável. Ficando assim com:
Kei = Rf + CRP + Bi [E(Rm) - Rf]
Custo de Capital de Terceiros (Kd)
	É o custo da captação de dívidas (debentures, empréstimos e financiamentos) estando diretamente ligado ao risco de inadimplência. (Quanto maior o risco maiores maiores os juros).
Custo médio ponderado de Capital (WACC)
	É a taxa de desconto que traz os fluxos de caixa da empresa a valor presente, com o intuito de ponderar o custo de capital da empresa por seus respectivos pesos em relação ao custo total.
	WACC = Ke x E/V + Kd x D/V x (1 - t)
	Onde:
	Ke = Custo de Capital próprio Kd = Custo de Capital de terceiros
	E = Patrimônio Líquido D = Dívidas
	V = Valor da Empresa t = aliquota de impostos
Temos com essa fórmula o WACC nominal, mas devemos ainda no final considerarmos a inflação para fim de calcularmos o WACC real
	WACC(real) = (1 + WACC(nominal)) / (1 + inflação) - 1 
Otimização da estrutura de capital e efeitos no custo de capital
Estrutura de capital é a combinação entre Ke e Kd. E ao reduzirmos o custo médio ponderado de capital (WACC), aumentamos o valor da empresa e o retorno para os acionistas.
Por mais que dívidas possam reduzir o volume de impostos é necessário equilibrar esse acumulo de dividas, pois este aumenta o risco de falência e juros de novas dívidas. onde:
V = B + S 
V = Valor da empresa
B = Valor de mercado da dívida S = Valor de mercado das ações
O acionista deve se preocupar com a estrutura de capital da empresa e não somente com a valorização de suas ações porque as alterações na estrutura de capital somente beneficiarão o acionista se o valor da empresa aumentar.
Uma estrutura ótima de capital deve compreender o endividamento (alavancagem) até o ponto em que os custos da dívida superam seus benefícios. 
Benefícios: 
Fiscal - Aumento do valor da empresa em virtude da redução de impostos. 
Redução dos custos de agência - Aumento do fluxo de pagamentos de juros e amortização.
	Custos:
		Dificuldade financeira - Quanto maior a dívida, mais altos os juros.
		Redução de investimentos - Com uma margem menor devido ao endividamento as vezes se faz necessário reduzir investimentos. Empresas muito alavancadas tendem a ser classificadas (rating) “alto risco”, aumentando o prêmio do investidor e reduzindo investimentos daqueles que não querem correr riscos elevados.
Financiamento de Empresas: Captação de Recursos com Sócios
Abertura de Capital
Uma empresa aberta no Brasil pode ter ações, debêntures, opções e etc. Para abrir o capital da é necessário entrar com um pedido junto à CVM para o registro de empresa aberta e autorização para realizar a venda de ações ao publico. Essa primeira venda de ações é conhecido como IPO (Initial Public Offering) ou Oferta Pública Inicial.
O IPO pode ocorrer de três formas distintas:
- Distribuição primária: A empresa emite as novas ações e os recursos obtidos vão direto para o caixa da empresa.
- Distribuição secundária: Os empreendedores ou os sócios vendem as ações e os recursos vão para eles.
- Mista: Combinação da primária e secundária.
.
Vantagens do IPO:
- Acesso ao mercado de capitais que aumentam as possibilidades de financiamento dos investimentos.
- Uma vez que as ações da empresa tem valor de mercado, esta pode usar suas ações como moeda para aquisição de outras empresas sem fazer um grande desembolso de capital.
- Avaliações e projeções constantes por parte do mercado ajudam a manter a transparência e auxiliam a gestão para a empresa hoje e no futuro.
- Profissionalização da gestão, pois incentiva o desenvolvimento dos executivos e do quadro funcional.
- Melhora a imagem institucional pois a empresa fica obriga a divulgar informações como balanços atraindo maior interesse do mercado e facilitando investimentos.
- Maior liquidez uma vez que o investidor pode entrar e sair da empresa de maneira rápida e fácil.
Contras:
- Custos de Abertura de Capital: Taxas cobradas pela CVM e BM&FBovespa (anuidades e serviços), contratação de auditores, advogados, consultores e equipes especializadas em emissão de ações escriturais, divulgação de informações da empresa, ações de marketing e manutenção dos departamentos de acionistas e de relação com investidores.
- Atender as normas de divulgação de demonstrativos financeiros, procedimentos de auditoria e princípios contabeis.
- Fechar o capital da empresa é muito dificil, muito caro e muito ruim para a imagem da empresa perante o mercado.
- Menor flexibilidade decisória e pressão por desempenho, as decisões são tomadas por um conselho, impossibilitando decisões arbitrárias e demandando uma burocracia maior para qualquer decisão. Além da pressão por resultados e lucro.
- Maior vulnerabilidade, uma vez que as ações são públicas grupos de investidores ou empresas podem adquirir grandes fatias da empresa e incorporá-la.
Governança Corporativa
	A governança surgiu da necessidade de alinhar o interesse entre acionistas e gestores, proporcionando ao mesmo tempo incentivos e monitoramento. Na bolsa de valores as empresas podem optar voluntariamente por um dos quatro segmentos (Novo Mercado, Bovespa Mais, Nível 1 e Nível 2), podendo posteriormente alterar os segmentos.
Novo Mercado 
	- Mais elevado padrão de governança corporativa. 
	- Capital composto exclusivamente por ações com direito a voto. (Ações Ordinárias(ON)
	- Tag Along: Em caso de mudança de controle todos os acionistas tem o direito de vender suas ações pelo mesmo preço.
	- Caso opte por fechar o capital ou cancelar o contrato do Novo Mercado com a BM&FBovespa a empresa deve fazer uma oferta pública para recomprar as ações de todos os acionistas no mínimo pelo valor de mercado.
	- O Conselho de Administração deve ser composto no mínimo por cinco membros sendo 20% de conselheiros independentes com mandato de no máximo 2 anos.
	- A empresa se compromete a manter 25%, no mínimo, das ações em circulação.
- Divulgação completa de dados, com dados trimestrais, demonstração de fluxo de caixa e relatórios consolidados revisados por auditoria independente.
- Relatórios financeiros anuais no padrão (IFRS ou US GAAP).
- Divulgação mensal das negociações com valores mobiliários pelos diretores, executivos e acionistas controladores.
Bovespa Mais
Idealizado para permitir um maior número de empresas no mercado de ações, além de permitir que as empresas entrem “aos poucos” no mercado. Seguindo diretrizes elevadas mas com o enfoque em pequenas e médias empresas. Esta categoria atraem mais investidores porque o potencial de desenvolvimento é mais acentuado.
Nível 2
As empresas devem aceitar e cumprir as obrigações do Novo Mercado, mas com algumas excessões:
- Podem ter ações Preferênciais (tem preferência no recebimento de dividendos mas sem direito a voto).
- Tag Along, de no mínimo de 80% do preço. 
Nível 1 
	As empresas devem adotar práticas que favoreçam a transparência e o acesso às informações, relatórios financeiros completos, informações sobre negociações feitas por diretores, executivos e acionistas, manter um free float de 25%.
Etapas para abertura de capital
	Um processo que dura em média 10 semanas e segue normalmente o seguinte fluxo:
	- Análise preliminarda conveniência da abertura 
	- Escolha do auditor independente: Um auditor, registrado na CVM, deverá analisar e emitir um parecer a respeito, atestando a empresa.
	- Escolha do coordenador-líder: Para isso a empresa deve apresentar os documentos necessários (atos societários, demonstrativos financeiros e parecer de auditores independentes). (A legislação brasileira exige que exista um intermediário financeiro, podendo ser uma corretora de valores, um banco múltiplo, banco de investimento ou distribuidora).
	E após isso temos mais doze etapas:
	- Definição das características da operação
		* Dura três semanas, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro.
	- Contrato de distribuição de valores imobiliários
		* Dura uma semana, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro.
	- Adaptação do estatuto e outros procedimentos legais
		* Dura três semanas, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro.
	- Elaboração do prospecto
		* Dura quatro semanas, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro.
	- Processo de registro junto à CVM.
		* Dura cinco semanas, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro e a CVM.
	- Processo de registro normal em bolsa.
		* Dura cinco semanas, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro e a bolsa de valores.
	- Aviso ao mercado e road show.
		* Dura três semanas, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro e os investidores.
	- Período de reserva e bookbuilding.
		* Dura três semanas, envolvendo os intermediários financeiros e os investidores.
	- Obtenção do registro CVM e anúncio do ínicio da negociação.
		* Dura uma semana, envolvendo o intermediário financeiro e a CVM.
	- Subscrição e liquidação dos novos títulos ou leilão em bolsa
		* Dura uma semana, envolvendo a empresa e o intermediário financeiro, a bolsa de valores e os
 investidores.
	- Início da negociação em bolsa ou em mercado de balcão organizado
* Dura uma semana, envolvendo a bolsa de valores e os investidores.
- Anúncio de encerramento
	* Dura uma semana, envolvendo apenas o intermediário financeiro.
	Uma vez que a empresa abre seu capital esta passa a ter uma comunicação com o mercado e com as mídias. Para manter-se como companhia empresa de capital aberta é necessário cumprir rigorosamente as obrigações. Para manter a confiança dos investidores a empresa deve estar apta:
	
	- Fechar um balanço patrimonial com precisão mensal e trimestral e disponibilizar relatórios consolidados de acordo com a norma da CVM.
	- Possuir um departamento financeiro experiente, para respeitar as exigências contabeis e emissão de relatórios.
	- Prever com precisão os resultados da empresa. 
	- Documentar e testar todos os processos e possuir estruturas de controles internos adequados.
	- Ter código de Ética e Compliance disseminado para toda a empresa.
	- Contar com infraestrutura de TI adequada para auxiliar o compliance e esforços operacionais.
	- Ter uma área de risco com metodologia formal adequada, para identificar, monitorar e minimizar problemas.
	- Possuir um setor para relação com os investidores, com definição clara das políticas de divulgação de informações
	Caso a empresa não esteja apta a realizar alguma exigência esta deverá contratar consultorias independentes especializadas, auditores, assessores jurídicos e etc.
Private Equity e Venture Capital
	O Private Equity (PE) é uma atividade financeira que tem por finalidade, em geral, o investimento em empresas consolidadas, normalmente empresas de capital fechado, de pequeno e médio porte ou em fase de reestruturação financeira.
	Ao investir em uma empresa o PE passa a ter participação nas empresas sendo majoritários ou não. Suprindo lacunas das empresas agregando uma grande diversidade de competências que são requeridas para a gestão da empresa, estruturação, monitoramento e investimentos na empresa. 
	São investimentos de alto risco e de elevadas possibilidades de retorno. Contudo essas intermediações de gestão não podem ser executadas por bancons comerciais e bancos de investimentos.
		Existem quatro estratégias básicas dos fundos:
			- Expansion: São empresas que estão investindo em novos projetos, na intenção de expandir o empreendimento.
			- Acquisition Finance: São empresas que estão buscando expandir através de fusões ou aquisições com outras empresas, em geral por possibilidade de redução de custos, possibilidade de complementar os produtos ou possibilidade de ganhar mais mercado.
			- Turnaround: Empresas que buscam crescer através através da reestruturação do negócio, necessitando investir em TI, logística, revisão de processos, implementação de VBM (Value Based Management). Uma situação comum de demanda de turnaround é quando a empresa caminha para a insolvência financeira, mas não é a única possibilidade.
			- MBO/LBO: Management Buyout (MBO) quando os executivos se endividam para tentar adquirir o controle da empresa e Leveraged Buyout (LBO) quando a empresa faz uma forte alavancagem para realizar a aquisição do controle.
	Venture Capital
	Investimento em empreendimentos na fase inicial de sua existência em geral com foco em inovações e tecnologia avançadas. São em geral modelos que precisam de grandes ajustes, empreendedores em formação e alto potencial de crescimento e retorno, devido a essa “imaturidade” os fundos de Venture Capital são de altíssimo risco mas com elevados retornos.	
	
	O Fundo de Venture Capital pode ser inserido em três modalidades:
	- Seed Capital e Startup: Pequenas empresas ainda não fase de projeto ou em vias de iniciar.
	- Early Stage:Empresas que já estão definidas e já estão desenvolvendo seu produto ou serviço, mas ainda não estão gerando lucro.
	- Later Stage: Empresas que já estão definidas, já estão gerando lucro, mas ainda com pequeno porte e com potencial de crescimento.
	Dificuldade para tomada de recursos
	As empresas tendem a ter dificuldade para conseguir recursos de PE/VC, principalmente devido a dificuldade se determinar o valor justo da participação, em geral os mercados ainda estão cheio de incertezas, projetar fluxos de caixa é muito dificil, determinar taxas de desconto, prêmios de risco e etc. Além dos prêmios de risco adicionais que são justificavéis por:
	- Risco de liquidez das empresas fechadas e cotas dos fundos.
	- Risco de não continuidade das empresas.
	- Falta de Governança Corporativa e Transparência dos negócios.
	- Pequeno porte das empresas.
	
	Ao superar a fase inicial a empresa pode necessitar de mais investimentos (além dos VC iniciais), uma das possibilidades é recorrer a um PE, que tem como característica captarem maiores volumes de capital em relação aos VC.
 Etapas do Private Equity e Venture Capital
O primeiro momento é o de captação de recursos, em geral os investidores dos Fundos são Carteiras de instituições financeiras, patrimônios administrados por individuos, family offices e fundos de pensão.
Os recursos aplicados nos veículos de investimento (PE/VC) podem ser utilizados através dos seguintes instrumentos:
- Participação acionária: O método mais comum, adquirindo ações ON ou PN e bônus de subscrição.
- Dívida: O capital recebido pela empresa se torna um exigível a longo prazo tendo como financiador o veículo que realizou o empréstimo.
- Dívida conversível (mezzanine financing): aquisição de debentures com opção de conversão em ações e costumam ter clausulas de subordinação às dívidas seniors, tendo preferência em relação aos demais acionistas.
Passos da seleção de investimentos:
Prospecção: Demonstração do projeto através de candidatura espontânea, indicação de terceiros ou prospecção do fundo.
Pré-análise e valuation: Análise preliminar para levantamento de informações e premissas tais como demanda do consumidor, concorrentes, produto, tecnologia, aspectos jurídicos-legais.
Due diligence: Confirmação das informações financeiras: faturamento, rentabilidade, endividamento. Verificação da situação legal, trabalhista e fiscal: autorizaçõesde funcionamento, registro de pessoal, impostos em dia. Checagem da qualidade (e propriedade) dos ativos operacionais e intelectuais.
Negociação e execução dos investimentos (investing): Término da captação de recursos financeiros para o veículo de PE/VC. 
Agregação de valor e monitoramento (monitoring): Os gestores passam a criar e manter mecanismos que impulsionem a velocidade e qualidade do crescimento da empresa tais como: Reestruturação da gestão, Controles internos, Governança Corporativa, Redução do custo de captação, investimentos mais criteriosos e acompanhamento dos resultados. 
Desinvestimentos ou estratégias de saída (exits): O intuito dos investimentos das PE/VC são a recuperação do capital investido e ganhos de capital a médio e longo prazo. Ao término do período estabelecido são liquidados os investimentos e retornam-se os proventos aos investidores. 
As saídas dos investimentos podem acontecer através de IPO, Venda estratégica e revenda para sócios.
Politica de dividendos e reinvestimento de lucro
A empresa em geral retem lucro quando tem projetos e/ou investimentos com retorno superior ao custo de oportunidade ou VPL positivo
Cronograma de pagamentos, tipos de dividendos e métricas da política de dividendos
Dividendos são estabelecidos pelos Conselho de Administração.
Tipos de dividendos:
	- Regular: Pagos em intervalos regulares (mensal, trimestral, semestral ou anual)
	- Especial: Pago de forma esporádica além dos regulares.
	- Liquidação: Reembolso do capital investido. (tem tributação diferenciada).
Métricas da política de dividendos:
	Dividend Yield = Dividendos/Preço da ação: É o ganho corrente da ação. Empresas com maiores ganhos correntes em geral são menos volateis.
	Dividend Payout = Dividendos/Lucro por ação: Quanto do lucro gerado está sendo distribuido aos acionistas. Algumas empresas não distribuem investimentos para reinvestir e com isso aumentam seu valor. Desta forma não podemos julgar precipitadamente que empresas que não distribuem lucros não são boas. 
Escola de pensamento sobre a política de dividendos
Irrelevância dos dividendos / Dividendos são ruins / Dividendos são bons
Banco de fomento
	Bancos que suprem a demanda para o setor privado principalmente quando não existe interesse por parte das instituições financeiras privadas.
	Exemplos: Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) , BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Economico e Social), BNB (Banco do Nordeste) e BASA (Banco da Amazônia).
BNDES: É o principal agente de financiamento de longo prazo nacional. Os recursos utilizados pela instituição são Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), Fundo para o desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), Fundo de Garantia à exportação (FGE) e Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
Os custos dos financiamentos tem como base essas taxas:
- Taxa de juros de longo prazo (TJLP)
- Variação do dolar acrescido de juros
- Taxa fixa
- Variação cambial em relação a uma cesta (mix) de moedas.
 				- Prêmio pelo risco da operação (entre 1% a.a. e 4% a.a.)
		Em geral agências financeiras avaliam e assumem os riscos dos financiamentos.
		O BNDES pode atuar de três formas distintas:
	
			- Financiamento direto: Operação realizada diretamente com o BNDES ou por meio de mandatório (necessária carta-consulta).
			- Financiamento indireto: Operação realizada por meio de instituição financeira credenciada. Podendo ser automático ou não. Outra possibilidade é o cartão BNDES.
			- Financiamento misto: Combinação entre o financiamento direto e o indireto.
		Produtos:
		BNDES automático: Limite de 20 milhões, focado em projetos de implantação, expansão e modernização de empresas. Não a prazo específico, sendo este estipulado em função da capacidade do tomador.
		BNDES P&G: Investimento em empresas que atuam no mercado de Petróleo e Gás
		BNDES PSI: Apoia a produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos de forma isolada ou em um projeto de investimento.
		BNDES Finame: Financiamento de máquinas e equipamentos de fabricação nacional. Não existe limite do valor financiado e o prazo varia de acordo com a atividade do tomador e o montante envolvido. 
			Variantes:
				- Finame Leasing: Destinado a sociedades arrendadoras, sem limite, para operações de arrendamento mercantil.
				- Finame Agrícola: Destinado ao setor agropecuário.
		BNDES Exim Pós-embarque: Suporte a comercialização em de bens e serviços no exterior, por meio de refinanciamento ao exportador (supplier’s credit) ou de financiamento direto ao importador (buyer’s credit).
 
		BNDES Profarma: Suporte a comercialização de máquinas e aparelhos nacionais dos setores médico-hospitalares e odontológicos, bem como serviços associados.
		BNDES Prosoft: Suporte a comercialização no exterior de software e serviços de TI na modalidade supplier’s credit.
		Banco do Nordeste (BNB) - Sociedade de Economia mista, de capital aberto, tendo mais de 90% de seu capital pertencente ao Governo Federal. Abrange o Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), norte de Minas e norte do Espirito Santo.
		Administra programas como o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e o FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste). Tem financiamentos disponíveis para empresas e possui sete canais distintos:
		- Agroindustria, Aquicultura, Comércio, Indústria, Serviços, Turismo, Tecnologia.
		Finep - Tem como finalidade apoiar o empreendimento e a inovação. Vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, concede financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis. Universidades, centros de pesquisa e empresas com proposta de investimento.
		Debêntures - São títulos de dívida de médio ou longo prazo, emitidos por empresas. Debentures podem ser negociadas no mercado secundário e representa uma fração total da dívida contraída no ato da emissão. Em geral garantem rendimento fixos, podendo eventualmente ter rendimentos variáveis como participação nos lucros ou conversibilidade em ações. 
		Vantagens da emissão de debentures:
			- Planejamento sob medida para atender as necessidades.
			- Flexibilidade nos prazos, garantias e condições de emissão. 
			- Divisão da emissão em séries a serem integralizadas nos períodos estabelecidos.
			- Custos menores de captação.
			- Pagamento de juros dedutível do imposto de renda (ao contrário dos dividendos).
			- Captação de recursos de longo prazo sem alterar o controle acionário da empresa.(exceto exista clausula de conversão em ações)
			- Inclusão de cláusulas para atrair compradores (PLR, conversão, repactuação).
			- Consolidação de dívidas de diversas naturezas, podendo reduzir seu custo médio, alongar os prazos, diminuição das garantias para captação de recursos.
		Tem sido amplamente utilizada para financiamento de projetos, securitização de ativos, reestruturação de passivos financeiros e obtenção de capital de giro.
		Tipos de debêntures
		Formas: 
			* Nominativas - Registro e controle das transferências são realizadas pela companhia emissora no Livro de Registro.
			* Escriturais - Também nominativas, mas a custódia e escrituração são feitas por instituição financeira autorizada. 
		Classes:
			* Simples: Não são conversíveis e nem permutáveis em ações.
			* Conversíveis: Podem ser convertidas em ações da empresa desde que esteja previsto.
			* Permutáveis: Podem ser convertidas em ações 
		Tipos: (condições possíveis de acordar à época da escritura)
			* Subordinada: Reconhece a preferência somente aos acionistasda empresa no ativo remanescente em caso de liquidação da sociedade.
			* Quirografária: Não tem nenhuma garantia real sobre o ativo da empresa ou de terceiros.
			* Permutáveis: Todo o ativo pode ser alterado no curso do negócio até o vencimento das debêntures.
			* Garantia real: Garantia por hipoteca, caução, penhor ou anticresesobre bens ficam vinculados à emissão.
			* Participação nos lucros: Agregam condições para participação nos lucros da empresa.
	
	Processo de emissão: 
	- Abertura do capital da companhia.
	- A emissão é decidida em assembléia geral de acionistas ou em reunião do conselho administraivo. 
	- Deve ser eleito uma instituição financeira para estruturar e coordenar o processo de emissão.
Sendo o coordenador responsável por:
* Modelagem da operação.
* Preparo da documentação e registro da emissão pública na CVM.
* Formação do consórcio de distribuição.
* Realização de apresentações (road show)
* Apuração do bookbuilding
* Inserção dos títulos para os investidores
* Due dilligence 
No processo de emissão serão descritas todas as características do papel em um documento chamado: Escritura de emissão, e que terão diversas características como:
 	- Valor Nominal	- Indexador para atualização do valor 	- Prazo
	- Forma de cálculo 	- Rentabilidade proposta			- Fluxo de pagamento
	- Condições obedecidas pela empresa ao longo da vida do ativo.
	Risco das debentures
	O risco das debentures estão associados ao comportamento da taxa de juros, além do risco de crédito da empresa emissora. O investidor deve observar os prospectos que tem todas as informações da empresa (balanço, resultados e etc) e o risco de liquidez do título (pouca líquidez no Brasil).
	Precificação:
	O processo de apreçamento depende exclusivamente do seu fluxo de pagamentos.
	Tipo de juros:
		- Préfixados: Sem conversibilidade ou recompensa antecipada, desconta-se do cluxo de caixa de pagamentos pela taxa adequada de risco.
		- Pós-fixados: O título está referenciado à uma taxa (CDI por exemplo) acrescentando-se o spread pactuado na emissão, para obtermos a taxa de juros. E é descontado por uma taxa adequada ao risco (IPCA ou IGPM por exemplo).
		- Debentures conversíveis: Neste caso adicionasse o valor da call (opção de compra).
	Leasing
	
	O leasing funciona como um aluguel ou cessão de direito de utilização do bem. 
	Vantagens:
	
	Arrendatário: 
		- Financiamento total do bem.		- Liberação do capital de giro da empresa.
		- Equalização do prazo da operação com a amortização do bem.
		- Economia no imposto de renda.
	Arrendador:
		- Segurança: a inadimplência do arrendatário provoca a recuperação do bem.
- Benefícios fiscais: depreciação e Valor residual garantido 
- Benefícios financeiros: O arrendatário é obrigado a pagar pelo bem mesmo não precisando mais do mesmo até o final do contrato.
- Não incide IOF na operação e sim o ISS.
	O Leasing se divide em duas informações: 
- Contraprestação: Valor devido periodicamente pela arrendataria, seu cálculo é partir da aplicação de um fator, com base no prazo e spread acertado sobre o valor original. 
- Opção de compra: Opção de compra correspondente a uma porcentagem do custo total da operação, servindo de base também para aquisição ou renovação.
Quanto maior o valor residual, menor será o valor das contraprestações.
Valor Residual garantido (VRG )
É possivel incluir um VRG, para fins contábeis, que é uma parcela da opção de compra. Podendo ser pago no ínicio, meio ou fim do contrato.
Ao final do leasing caso o valor da venda seja maior que o valor da opção de compra a arrendadora reembolsará a arrendatária com a diferença entre o VRG pago e o valor obtido com a venda.
Leasing Financeiro 
	Trata-se de um financiamento em forma de locação, em geral amortizado em um período correspondente ao da vida útil do bem. No termino o arrendatário pode escolher:
	- Renovar o contrato por valor determinado
	- Devolver o bem ao arrendador
	- Comprar o bem por valor pré-estabelecido em contrato.
	Alem das vantagens fiscais pode-se renovar o contrato e garantir que sempre o maquinario estará em bom estado e modernizado.
Leasing Operacional
	Tem por objeto um contrato similar ao do leasing financeiro, contudo nesta modalidade a manutenção ou assistência técnica fica a cargo do arrendador e não existe opção de compra no termino do contrato. Contudo existe neste caso um prejuízo fiscal ao arrendatario que é a possibilidade de declarar a depreciação.
	Project Finance 
Estruturação financeira que tem por objetivo viabilizar um projeto de investimento, visando isolar o risco do projeto do risco dos acionistas. (em geral projetos de infraestrutura) 
	Nesta perspectiva o que é análisado é a empresa como um todo e não somente o projeto específico. Trata-se de uma estratégia onde:
	- Segregamos e dividimos o risco;
	- Preservamos a capacidade de endividamento dos patrocinadores.
	- Prosseguimos com um projeto que seria grande demais para apenas um patrocinador.
	- Evitamos a necessidade de garantias reais, utilizando o próprio projeto e seus recebíveis como garantia.
	A diferença principal do PF para um financiamento normal é que neste caso os credores e acionistas não estão investindo o capital na empresa e sim no projeto.
	
			Para que um projeto possa ser um Project Finance, seus ativos devem funcionar como unidade econômica independente, dessa forma toda a sua confiabilidade está relacionada a segurança de crédito e amarração contratual.
			Vantagens do Project Finance:
			- Expansão do endividamento - Contratos de longo prazo podem ser usados para assegurar o crédito ou a expansão. Gerando fluxos de caixa para cobrir o serviço da dívida do projeto
			- Sinergia de processos - Usufruir da análise em conjunto dos projetos das empresas envolvidas no Project Finance.
			- Divisão de risco - Ao dividir o projeto com mais de um patrocinador ou parceiros o risco de capitalização fica diluído.
			- Liberação de fluxo de caixa livre - Diferente de um processo de financiamento comum onde o fluxo de caixa fica retido ou distribuído aos acionistas o capital fica a cargo da decisão dos investidores.
		Análise de risco
			Como em qualquer projeto o risco deve ser avaliado. No caso do PF devemos nos focar principalmente no risco associado ao projeto, que variam de acordo com a natureza do projeto.
	- Risco de operação: Redução da produção, revisão ou reajuste de tarifas e insumos)
	- Risco de suprimentos: Custos, preços, qualidade, inflação e flutuação da moeda.
	- Risco de construção: Abandono, atraso, curtos superiores ao estimado e performance frustrada.
	- Risco de produção: Flutuação da demanda, dos preços e da moeda.
	- Risco regulatório: Concessão, desapropriação, controle de preços, regulamentações e ambiental.
Estruturação financeira
A Estruturação financeira demanda a definição clara das obrigações de cada um dos participantes, distribuir os riscos entre as partes e fazer a avaliação do fluxo de caixa para garantir a segurança dos interesses envolvidos.
Em termos gerais, as estruturas financeiras que servem de fontes de financiamento ao projeto são o capital de risco (equity), os empréstimos (debt), os instrumentos híbridos (como debêntures conversíveis) e o arrendamento mercantil (leasing). Para prevenir problemas supervenientes, estas estruturas são garantidas por obrigações contratuais (covenants) de performance, de compra, de fornecimento, de financiamento e de risco soberano.

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