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A INTERAÇÃO DOS ELEMENTOS DO CLIMA COM OS FATORES DA ATMOSFERA GEOGRÁFICA: PARTE 01 - TEMPERATURA Disciplina: Climatologia I (GF-410) Prof. Dr. Raul Reis Amorim UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS (IG) DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA (DGEO) OS ELEMENTOS CLIMÁTICOS E SEUS FATORES GEOGRÁFICOS Os elementos climáticos são definidos pelos atributos físicos que representam as propriedades da atmosfera geográfica de um dado local. TEMPERATURA UMIDADE PRESSÃO VENTO NEBULOSIDADE ONDAS DE FRIO E CALOR PRECIPITAÇÃO Elementos climáticos Manifestações FATORES CLIMÁTICOS FATORES CLIMÁTICOS LATITUDE ALTITUDE RELEVO CONTINENTALI- DADE / MARITIMIDADE VEGETAÇÃO LATITUDE ALTITUDE RELEVO ORIENTAÇÃO DAS VERTENTES POSIÇÃO RELEVO CONTINENTALIDADE X MARITMIDADE VEGETAÇÃO TEMPERATURA A temperatura pode ser definida em termos de movimentos das moléculas, de modo que quanto mais rápido o deslocamento mais elevado será a temperatura. Mais comumente, ela é definida em termos relativos tomando-se por base o grau de calor que um corpo possui. A temperatura é a condição que determina o fluxo de calor que passa de uma substância para outra. O calor se desloca de um corpo que tem temperatura mais alta para outro com temperatura mais baixa. TEMPERATURA TEMPERATURA: CONCEITOS E MEDIDAS “A temperatura do ar é a medida do calor sensível nele armazenado, comumente dada em graus Celsius ou Fahrenheit e medida por termômetros” (MENDONÇA E DANI-OLIVEIRA, 2007, p. 49). Conceito importante: CALOR SENSÍVEL Calor que pode ser medido com um termômetro; uma medida de concentração de energia cinética do movimento molecular. “Temperatura é uma medição da energia cinética média (movimento) de moléculas individuais na matéria. Sentimos o efeito da temperatura como transferência do calor sensível de objetos mais quentes para objetos mais frios. Por exemplo, quando você pula em um lago frio, pode sentir a transferência de calor de sua pele para a água conforme a energia cinética deixa seu corpo e flui para a água, sente-se um calafrio” (CHRISTOPERSON, 2012, p. 114). TEMPERATURA: CONCEITOS E MEDIDAS ESCALAS DE TEMPERATURA TERMÔMETRO E ABRIGO METEOROLÓGICO REPRESENTAÇÕES DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA Representações na variação de temperatura Distribuição areal Isotermas Distribuição temporal Gráficos ISOTERMAS ISOTERMAS GRÁFICOS FONTE: http://www.conexaoisrael.org/wp-content/uploads/2014/09/grafico-julho-c.jpg PRINCIPAIS CONTROLES DA TEMPERATURA Principais controles da temperatura Latitude Influência a insolação Altitude Maior altitude tem maior variação diária Maior altitude tem média anual mais baixa Nebulosidade Altos valores de albedo Temperaturas moderadas – dias mais frios, noites mais quentes LATITUDE E TEMPERATURA ALTITUDE DIFERENÇAS DE AQUECIMENTO ENTRE TERRA E ÁGUA DIFERENÇAS DE AQUECIMENTO ENTRE TERRA E ÁGUA C o n se q u ên ci as d a co n ti n en ta lid ad e Sobre o continente, o atraso entre os períodos de temperaturas de superfície máxima e mínima é de apenas um mês. Sobre os oceanos e locais costeiros, o atraso chega a dois meses. A amplitude anual da temperatura é menor nas localidades costeiras do que nas localidades interiores Por causa da maior área continental do Hemisfério Norte, os verões são mais quentes e os invernos mais frios do que os do Hemisfério Sul. TEMPERATURAS DE JANEIRO • Equador térmico em direção ao sul; • Mais evidente em continentes maiores. TEMPERATURAS DE JULHO • Equador térmico em direção ao norte; • Mais evidente em continentes maiores. VARIAÇÃO DE TEMPERATURA GLOBAL - CONTINENTALIDADE O SOLO É OPACO CORRENTES MARÍTIMAS E A TEMPERATURA A corrente do Golfo desloca-se para o noroeste da Europa CONSEQUÊNCIA: maior temperatura em detrimento de outras áreas com mesma latitude TEMPERATURAS NA SUPERFÍCIE DO MAR CLIMAS MARINHOS E CONTINENTAIS: VANCOUVER VERSUS WINNIPEG CLIMAS MARINHOS E CONTINENTAIS: SAN FRANCISCO VERSUS WICHITA CLIMAS MARINHOS E CONTINENTAIS: TRONDHEIM VERSUS VERKHOYANSK VARIAÇÕES DIÁRIAS DE TEMPERATURA FONTE: http://educacao.globo.com/provas/enem-2009/questoes/24.html AMPLITUDE TÉRMICA DIÁRIA Amp. térmica = T (máx.) – T (min.) VARIAÇÕES DIÁRIAS DE TEMPERATURA Fa to re s q u e in fl u en ci am a am p lit u d e t ér m ic a d iá ri a Variação na insolação – diminui a medida que afasta-se do Equador. Efeito de continentalidade x maritimidade Presença de nuvens Variação na quantidade de vapor d’água - menor quantidade aumenta a quantida da radiação que emana da superfície terrestre e que pode escapar para o espaço A variação da temperatura é menor nos dias com vento, porque a troca de calor afeta uma camada mais ampla de ar. Capacidade condutiva da superfície VARIAÇÃO VERTICAL DA TEMPERATURA Mecanismos de inversão da temperatura Inversão de superfície por radiação Inversão de superfície por advecção Inversões de fundo de vale Inversão de subsidência Inversão frontal VARIAÇÃO VERTICAL DA TEMPERATURA – INVERSÕES DE TEMPERATURA INVERSÃO DA SUPERFÍCIE POR RADIAÇÃO Ocorrem preferencialmente no inverno, nas chamadas noites radiantes, quando os ventos não existem ou são muito fracos e não há nebulosidade. Sob essas condições, o solo perde rapidamente energia por radiação e condução para a camada de ar sobrejacente que, da mesma forma, transmite essa energia para camadas acima, resfriando-se próximo ao solo, enquanto o ar acima mantém-se mais aquecido. INVERSÃO DA SUPERFÍCIE POR ADVECÇÃO Se dá preferencialmente em noites claras de inverno, quando há advecção (movimento horizontal) do ar quente sobre uma superfície fria que, por contato, passa a resfriá-lo pela base, produzindo a inversão de superfície. INVERSÕES DE FUNDO DE VALE Ocorrem por drenagem do ar frio do topo de morros e montanhas que, mais pesado, escoa pelas vertentes em direção aos fundos de vale, mantendo-se abaixo do ar mais quente. INVERSÃO DE SUBSIDÊNCIA Ocorre em níveis mais elevados da Troposfera se produz um movimento de descenso do ar em larga escala, chamado de subsidência. Assim, por compressão, o ar tende a apresentar uma isotermia (ausência de variação da temperatura com a altitude), ou mesmo uma inversão da temperatura. INVERSÃO FRONTAL É produzida ao longo da área de atuação da frente (zona de interação entre duas massas de ar distintas).
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