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642_ARH II - 2013 1 - Seçao 14

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Elaborado por
Seção 14VERSÃO 2013-1
Administração de 
Recursos Humanos II
Prof. Clovis Bueno de Azevedo
Prof. Leopoldo Antonio de Oliveira Neto
Seção 14
Conteúdo das Seções
� Gestão de Pessoas na Administração Pública: 
– A importância de conhecer e refletir acerca da Gestão de 
Pessoas na Administração Pública
– Os Agentes públicos: agentes políticos, agentes honoríficos 
e agentes administrativos 
– A tipologia ou classificação dos agentes administrativos 
(trabalhadores públicos) 
– Os critérios de classificação: o regime jurídico; a área ou 
setor ao qual se está vinculado; a natureza do vínculo e a 
forma de admissão
– As categorias ou espécies de agentes administrativos ou 
trabalhadores públicos: funcionário públicos, servidores 
públicos e empregados públicos 
2
Seção 14
Conteúdo da Seção
� Gestão de Pessoas na Administração Pública (cont.): 
– Os princípios da Administração Pública: legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
– O tratamento conferido aos trabalhadores públicos na 
Constituição de 1988
– A Emendas Constitucionais 19 e 20, A Reforma Gerencial e 
as propostas de mudança na gestão de pessoas na 
Administração Pública
– Questões para debate: quantidade de trabalhadores 
públicos no Brasil, concurso público e formas de ingresso, 
estágio probatório, estabilidade, formação profissional, 
carreira, aposentadoria 
3
Seção 14
Objetivos
� Conhecer e refletir sobre a importância do debate acerca 
da Gestão de Pessoas na Administração Pública
� Conhecer a classificação e as diversas categorias de 
trabalhadores públicos no Brasil
� Conhecer e apreciar a legislação fundamental sobre os 
trabalhadores públicos no Brasil, na Constituição Federal 
de 1988
� Conhecer e refletir acerca das mudanças propostas na 
Reforma Gerencial e as trazidas nas Emendas 
Constitucionais 19 e 20, de 1998
� Refletir acerca de temas ou tópicos polêmicos da Gestão 
de Pessoas na Administração Pública no Brasil 
4
Seção 14
Por que conhecer e refletir sobre a 
gestão de pessoas na área pública?
� Por sua expressão quantitativa: o Estado (a Administração Pública) é 
um grande empregador: há no Brasil, aproximadamente 8 milhões de 
trabalhadores; em torno de 10% do total de empregos estão na área 
estatal (em 2005, a PEA - População Economicamente Ativa, no 
Brasil, era de 96 milhões de pessoas) 
� Porque o Estado (a Administração Pública) movimenta quase 40% 
dos recursos do País (do PIB) 
� Pela importância da Gestão de Pessoas para o sucesso – a eficiência 
ou a eficácia – das organizações (e não é diferente na Administração 
Pública);
� Em face do recíproco aprendizado que se pode obter comparando-se 
o “mercado” público e o mercado privado, assim como as 
características e as formas de Gestão de Pessoas na Administração 
Pública e no Setor Privado 
5
Seção 14
Por que conhecer e refletir sobre a 
gestão de pessoas na área pública?
� Pelo paradoxo relativo à repulsa e à simultânea 
atratividade do emprego público no Brasil: poucos jovens 
recém formados o querem; muitos adultos, em idade 
madura, o procuram fortemente
� Em face de presunções (mito? preconceito?) como a 
ineficiência intrínseca do Estado, fortemente atribuída ao 
comportamento dos funcionários públicos 
� Em face das polêmicas acerca dessa questão e do 
tratamento não-profundo que a elas se costuma dedicar
6
Seção 14
Agentes Públicos
� Os agentes públicos são todas as pessoas físicas que 
exercem ou desempenham funções estatais (da 
administração pública), desde – por exemplo – os chefes 
do Poder Executivo, os ministros e secretários de estado, 
os servidores públicos, os empregados das empresas 
públicas, os membros dos demais poderes (Legislativo e 
Judiciário), até os jurados, os mesários, ou os 
concessionários e permissionários de serviço público 
� Os agentes públicos subdividem-se em:
– agentes políticos
– agentes honoríficos 
– agentes administrativos 
7
Seção 14
Agentes Políticos
� Os agentes políticos, tal como indica o nome, são as pessoas físicas 
que guardam com a Administração Pública uma relação de natureza 
não empregatícia ou profissional, mas sim de natureza política, 
propriamente dita. Sua relação com o Estado é institucional, 
estatutária, não-contratual
� São agentes políticos: 
– Os membros do primeiro escalão do Poder Executivo, quais 
sejam, o presidente, os governadores, os prefeitos, os respectivos 
vices, além dos ministros e os secretários de estado, seja os 
estaduais, seja os municipais
– Os membros eleitos do Poder Legislativo, quais sejam, os 
senadores, os deputados federais, os deputados estaduais e os 
vereadores 
8
Seção 14
Agente Honoríficos
� Os agentes honoríficos, também denominados de “particulares em 
colaboração com a administração pública”, são as pessoas físicas 
que, permanecendo na sua condição privada, de particular, exercem 
transitoriamente uma função pública
� São exemplos: 
– Jurados
– Mesários (e os antigos apuradores de votos, que havia quando as 
urnas eram manuais...)
– Os que prestam o serviço militar
– Os que em situação excepcional e de emergência assumam uma 
tarefa pública
– Os concessionários e permissionários de serviço público 
9
Seção 14
Agentes Administrativos
� Os agentes administrativos são as pessoas físicas que 
analogicamente à condição dos empregados privados 
(v.Seções 15 a 17, referentes ao Direito do Trabalho e 
Legislação):
– Prestam serviços profissionais ao Estado (aos órgãos e às 
entidades da administração pública)
– Pessoalmente
– Mediante remuneração
– Em caráter continuado
– Sob vínculo de dependência e subordinação 
� Os conjunto de agentes administrativos compõe os “recursos 
humanos” da administração pública, são eles os “trabalhadores 
públicos”
10
Seção 14
As categorias ou espécies de
agentes administrativos
� Os trabalhadores públicos podem ser classificados de 
acordo com os seguintes critérios:
– O regime jurídico por meio do qual se vinculam com a 
administração pública (o regime estatutário; o regime 
celetista – a CLT; ou o regime especial)
– A área ou setor da administração pública a que se vinculam 
(aos órgãos da administração direta; ou à administração 
indireta, que compreende: as autarquias e as fundações, as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista)
11
Seção 14
As categorias ou espécies de
agentes administrativos
� Os trabalhadores públicos podem ser classificados de acordo 
com os seguintes critérios:
– A natureza de seu vínculo e, conseqüentemente, a forma de 
admissão (vínculo derivado de concurso público, para posto 
permanente, de carreira; trabalhador escolhido para posto 
de confiança; contratado ou admitido temporariamente, em 
decorrência de situação emergencial e de excepcional 
interesse público) 
– Os trabalhadores públicos classificam-se em: 
• funcionários públicos
• servidores públicos 
• empregados públicos 
12
Seção 14
Funcionários Públicos
� São os trabalhadores cujo vínculo (regime) jurídico com o 
Estado se dá, obrigatoriamente, por meio do regime 
estatutário
� Exercem cargos e, em sentido estrito, vinculam-se apenas 
com a administração direta e seus órgãos (ficando 
excluídos, portanto, os trabalhadores de autarquias, 
mesmo se estatutários)
� Ingressam na administração pública para o exercício de 
cargos efetivos (de carreira), nesse caso, 
obrigatoriamente por meio de concurso público; ou para o 
exercício de cargos de confiança (de provimento “em 
comissão”), de livre nomeação e exoneração 
13
Seção 14
Funcionários Públicos
� A expressão “funcionário público” foi abandonada na 
Constituição Federal de 1988, em decorrência de, na 
ocasião, ter-se determinado a adoção do Regime Jurídico 
Único (RJU) para todos os trabalhadores vinculados à 
administração direta, às autarquias e às fundações 
públicas - vale dizer aos órgãos e às entidades estatais 
“de direito público”
� A obrigatoriedade do RJU foi retirada do texto 
constitucional em 1998, por meio da EmendaConstitucional 19 (a retirada foi suspensa por medida 
liminar, em 2007, em face de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade) 
14
Seção 14
Servidores Públicos
� São os trabalhadores que se vinculam à administração direta e 
a seus órgãos; ou à administração indireta autárquica (a 
autarquias); ou à administração indireta fundacional (a 
fundações) 
� Podem ingressar mediante diversos regimes jurídicos, seja o 
regime estatutário; seja o celetista: a CLT; seja o regime 
especial
� Quando submetidos ao regime estatutário, exercem cargos; 
quando submetidos ao regime celetista, exercem empregos; 
quando submetidos ao regime especial, exercem funções (a 
expressão função também se aplica ao exercício de posto de 
direção, chefia ou assessoramento, no regime estatutário ou no 
regime celetista, por servidor efetivo, de carreira) 
15
Seção 14
Servidores Públicos
� Ingressam (sempre na administração direta, em 
autarquias ou fundações), para: 
– O exercício de cargo ou emprego efetivo, de carreira, e 
nesse caso obrigatoriamente por meio de concurso 
público
– O exercício de cargo, emprego ou função de confiança
– O exercício de função temporária e/ou de emergência
� Todo funcionário público é também um servidor público; 
dentre os servidores públicos, são funcionários públicos 
somente os estatutários vinculados à administração direta
16
Seção 14
Empregados Públicos
� São os trabalhadores que se vinculam à administração pública por 
meio do regime celetista (da CLT) (as expressões “funcionário 
público” – cujo regime é obrigatoriamente estatutário – e “empregado 
público” cujo regime é obrigatoriamente celetista – são excludentes, 
incompatíveis) 
� Exercem “empregos públicos” 
� Há trabalhadores celetistas que se vinculam à administração direta, a 
autarquias ou a fundações (tais empregados públicos são também 
servidores públicos) 
� Em sentido estrito, os empregados públicos são os trabalhadores que 
se vinculam às empresas públicas e às sociedades de economia 
mista. Nessas organizações, o regime celetista é obrigatório tais 
empregados públicos não são servidores públicos) 
17
Seção 14
A administração pública na 
Constituição de 1988
� Pela Constituição de 1988, de acordo com o artigo 37, do 
Capítulo “Da Administração Pública”, aplicam-se 
expressamente (explicitamente), a toda a administração 
pública, seja a direta, seja a indireta (autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia 
mista), os princípios: 
– Legalidade
– Impessoalidade
– Moralidade 
– Publicidade
– Eficiência (acrescentado em 1998) 
18
Seção 14
Os princípios da
Administração pública 
� Legalidade: a obrigatoriedade de que o comportamento 
dos agentes públicos esteja sempre em rigorosa 
obediência e subordinação à lei; em sentido estrito, ao 
agente público só é permitido fazer o que a lei prevê ou 
determina
� Impessoalidade: a obrigatoriedade de que não se aja 
com base em influências subjetivas, pessoais, ou 
discricionárias de qualquer natureza; no limite, o agente 
público não pode ter vontades, desejos ou preferências; a 
única vontade legítima é a da lei, que por definição tem de 
ser impessoal 
19
Seção 14
Os princípios da
Administração pública
� Moralidade: a obrigatoriedade de os atos e os 
comportamentos subordinarem-se à moralidade (à ética), o que 
se verifica pela conformidade como as finalidades e o interesse 
público; o interesse público deve sempre prevalecer; a 
moralidade tem uma natureza dupla: verifica-se tanto pela 
forma quanto pela orientação do comportamento do agente 
público
� Publicidade: a obrigatoriedade de os comportamentos dos 
agentes públicos não constituírem segredos; não serem 
invisíveis; não ocorrerem às escondidas; as ações públicas 
devem ser efetivamente públicas tanto no sentido de sua forma 
e orientação quanto no sentido de sua transparência; os 
comportamentos e atitudes dos agentes públicos devem ser 
“transparentes” 
20
Seção 14
Os princípios da
Administração pública
� Eficiência (este princípio foi acrescentado – explicitado –
pela Emenda 19): a obrigatoriedade de que os 
comportamentos dos agentes públicos, além de legais, 
impessoais, morais e públicos, estejam focados em resultados 
e sejam capazes de atingi-los de maneira competente e eficaz; 
além da observância da forma, da boa condução dos 
processos, é indispensável prestar serviços eficientes à 
população (há quem entenda que o princípio da eficiência já 
estava implícito, ou até que era uma decorrência obrigatória 
dos demais princípios, em especial, o da moralidade) (e há 
quem entenda que o princípio da eficiência - relacionado ao 
atingimento - de resultados relativiza ou flexibiliza os demais 
princípios relacionados aos meios ou processos) 
21
Seção 14
A Constituição de 1988 e a gestão 
dos Trabalhadores Públicos 
� As regras fundamentais referentes à Gestão de Pessoal, aos 
direitos e aos deveres dos servidores e empregados públicos 
estão estipuladas no Capítulo Da Administração Pública 
(constituiu novidade nas Constituições Brasileiras um Capítulo 
especificamente destinado à Administração Pública, assim 
como um título dedicado aos Servidores Públicos) 
� Tais regras, assim como os princípios constitucionais da 
Administração Pública, aplicam-se não apenas à administração 
pública direta, mas também à totalidade da administração 
indireta (constituiu igualmente novidade a extensão expressa 
de todos os princípios à totalidade da Administração Pública, 
desde a Administração Direta até Sociedades de Economia 
Mista) 
22
Seção 14
A Constituição de 1988 e a gestão 
dos Trabalhadores Públicos 
� São elas:
– A investidura (ingresso) em cargo ou emprego público é restrita a 
brasileiros e depende de aprovação em concurso público (a 
restrição a brasileiros foi revista pela Emenda 19)
– Ressalvam-se os cargos (e empregos) em comissão, assim 
declarados em lei
– Cargos em comissão e funções de confinaça destinam-se 
preferencialmente a servidores de carreira técnica ou profissional 
(a Emenda 19 converteu a “preferência” em “reserva obrigatória de 
percentual”)
– A contratação sem concurso é admissível, nos termos e limites da 
lei, por tempo determinado, para situações excepcionais de 
interesse público 
23
Seção 14
A Constituição de 1988 e a gestão 
dos Trabalhadores Públicos 
– Aquisição de estabilidade, após dois anos de estágio probatório, 
pelos servidores nomeados para cargo efetivo em virtude de 
concurso público (a Emenda 19, em 1998, estendeu o prazo para 
três anos)
– Extensão da estabilidade a servidores que, embora tivessem sido 
admitidos sem concurso público, trabalhassem – à época da 
promulgação da CF (ocorreu em 5 de outubro de 1988) – há pelo 
menos cinco anos ininterruptos na administração direta, em 
autarquias ou fundações 
– Servidores estáveis só podem ser demitidos: em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado; ou mediante processo 
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa (a 
Emenda 19 acrescentou outras duas hipóteses: excesso de 
despesa e demissão por ineficiência) 
24
Seção 14
A Constituição de 1988 e a gestão 
dos Trabalhadores Públicos 
– O direito à livre associação sindical (estava proibido até 1988)
– O direito de greve, nos limites estipulados em lei (estava proibido 
até 1988)
– Reserva, por lei, de percentual de cargos e empregos públicos, 
para portadores de deficiência
– Revisão de remuneração por meio de lei específica, assegurada 
revisão geral anual
– Isonomia nos reajustes salariais de servidores públicos civis e 
servidores públicos militares (pela Emenda 18, de 1998, os 
militares deixaram de ser denominados de “servidores públicos” 
como artifício para eliminar a isonomia) 
– Proibição de acumulação de cargos (assim como empregos ou 
funções), salvo no caso de se tratar de dois cargos de professor; 
um de professor e outro técnico ou científico; ou de dois cargos 
privativos de médico (alterado, depois, pela Emenda 34, de 2001,para “profissionais da saúde, com profissão regulamentada”)
25
Seção 14
A Constituição de 1988 e a gestão 
dos Trabalhadores Públicos 
– Limitação da remuneração ao subsídio mensal em espécie dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal
– Obrigatoriedade de Regime Jurídico Único, assim como Planos de 
Carreira para os servidores públicos (retirada pela Emenda 19; 
retirada depois suspensa por liminar)
– Isonomia salarial para cargos de atribuições iguais ou 
assemelhadas (retirada pela Emenda 19) 
– Remuneração integral ao servidor posto em disponibilidade 
(alterado pela Emenda 19)
– Aposentadoria compulsória do servidor público aos setenta anos, 
com proventos proporcionais 
– Aposentadoria integral do servidor público por invalidez 
permanente (a integralidade foi retirada pela Emenda 20)
26
Seção 14
A Constituição de 1988 e a gestão 
dos Trabalhadores Públicos 
– Aposentadoria integral voluntária do servidor público aos 35 anos 
de serviço, para homens, e aos 30, para mulheres (a integralidade 
foi retirada pela Emenda 20)
– Aposentadoria integral aos ocupantes de cargos, limitando-se seu 
valor à remuneração percebida na atividade no cargo que serviu 
de referência para a aposentação 
– Pensão integral, por morte do servidor, aos seus beneficiários, no 
valor de seus vencimentos dos proventos de aposentadoria (o 
limite foi posteriormente alterado, pela Emenda Constitucional 41 
de 2003, retirando-se a integralidade)
– Revisão de aposentadorias e de pensões na mesma proporção e 
na mesma data da remuneração dos ativos
– Extensão para a aposentadoria e para as pensões de quaisquer 
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos ativos
27
Seção 14
Outros direitos de servidores 
públicos conforme a CF/1988
� Em 1988, estipulou-se que os servidores públicos, assim 
como os empregados privados, também têm direito a:
– Salário mínimo
– Décimo Terceiro Salário
– Salário noturno superior ao diurno
– Salário família
– Duração máxima do trabalho diário de 8h e semanal de 
44h
– Repouso semanal remunerado 
28
Seção 14
Outros direitos de servidores 
públicos conforme a CF/1988
– Serviço extraordinário 50% superior ao normal
– Férias anuais remuneradas em pelo menos um terço 
superior ao salário normal
– Licença à gestante (maternidade) de 120 dias
– Licença-paternidade
– Proteção do mercado de trabalho da mulher
– Redução de riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene, segurança 
29
Seção 14
Emendas Constitucionais 
19 e 20
� Por meio da Emenda Constitucional 19, de 1999, 
(conhecida como da Reforma da Administração Púbica), 
assim como pela Emenda Constitucional 20, de 1998 
(conhecida como da Previdência), promoveram-se 
diversas mudanças importantes, diretamente 
relacionadas, ou que afetaram a Gestão de Pessoas na 
Administração Pública:
30
Seção 14
Emenda 19 
Reforma da Administração Pública
� A retirada da obrigatoriedade do Regime Jurídico Único (em 2007, 
mediante liminar concedida em face de Ação Direta de 
Inconstitucionalidade, a retirada do RJU foi suspensa)
� A inclusão do princípio da eficiência
� A possibilidade de, nos termos da lei, estrangeiros ingressarem em 
cargos, empregos ou funções
� A preenchimento obrigatório (em vez de preferencial), por servidores 
públicos de carreira, de percentual dos cargos em comissão e das 
funções de confiança
� O estabelecimento de que postos (cargos ou empregos) em comissão 
(de confiança) são exclusivamente os de direção, chefia e 
assessoramento
� A obrigatoriedade de se instituir a participação dos usuários na 
administração pública 
31
Seção 14
Emenda 19 
Reforma da Administração Pública
� A ampliação da autonomia gerencial de órgãos e entidades da 
administração pública, no tocante à remuneração de pessoal, desde 
que se institua “contrato de gestão” com o poder público
� A obrigatoriedade de instituir Conselhos de Política de Administração 
e Remuneração de Pessoal com a participação de servidores dos 
respectivos poderes 
� A obrigatoriedade de instituir Escola de Governo, cujos cursos tenham 
validade para o crescimento na carreira do servidor
� A ampliação do estágio probatório, de 2 para 3 anos
� A concessão da obtenção da estabilidade fica condicionada à 
aprovação em avaliação especial de desempenho realizada por 
Comissão constituída para essa finalidade
� A previsão de dispensa por ineficiência, assegurada ampla defesa, 
mediante avaliação periódica de desempenho 
32
Seção 14
Emenda 19 
Reforma da Administração Pública
� Remuneração proporcional ao tempo de serviço, no caso de servidor 
estável posto em disponibilidade
� A previsão de dispensa por excesso de despesa com pessoal ativo e 
inativo nos termos de lei complementar
� Havendo “excesso de gastos” (despesas com pessoal acima de 50% 
da receita líqüida, no caso do governo federal; e acima de 60% no 
caso de estados e municípios), antes de demitir servidores estáveis a 
CF obriga preliminarmente a: redução em 20% das despesas com 
cargos de confiança; dispensa dos servidores não estáveis (a regra 
jamais foi aplicada até hoje, 2008)
� A previsão de que o custeio de aposentadorias e pensões passam a 
contar com a contribuição dos servidores públicos estatutários ativos 
(pela Emenda Constitucional 41, de 2003, permitiu-se que os inativos 
passassem, também, a contribuir) 
33
Seção 14
Emenda 20 
Reforma Da Previdência
� Proibição de acúmulo, não somente de cargos, empregos 
e funções, mas também – expressamente – de 
aposentadorias; ou de aposentadoria com cargo, emprego 
ou função, salvo nos mesmo casos de acúmulo permitidos 
na atividade
� A proibição de acumulação não se aplica aos cargos 
eletivos e aos cargos em comissão
� A aposentadoria integral fica expressamente restrita os 
ocupantes de cargos efetivos, limitando-se seu valor à 
remuneração percebida na atividade no cargo que serviu 
de referência para a aposentação 
34
Seção 14
Emenda 20 
Reforma Da Previdência
� Inclusão no Regime Geral de Previdência Social dos servidores 
ocupantes exclusivamente de cargos em comissão, assim 
como dos servidores ocupantes de cargos temporários ou 
empregos públicos
� Possibilidade de instituição de Regime de Previdência 
Complementar pela União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios, podendo-se – nesse caso – limitar-se o valor da 
aposentadoria dos titular de cargo efetivo ao limite máximo do 
Regime Geral
� O ingresso do servidor estatutário no Regime de Previdência 
Complementar fica condicionado à sua prévia e expressa 
opção, desde que o ingresso do servidor tenha ocorrido antes 
da instituição do novo Regime 
35
Seção 14
Temas para Debate
� Quantidade de trabalhadores públicos no Brasil: é 
demasiada? Como avaliá-la comparativamente à situação 
dos demais países? 
� Gastos e a Remuneração do funcionalismo: são 
excessivas as despesas com pessoal? São elevados os 
salários dos trabalhadores públicos? Ganham mais do 
que os empregados privados?
� Formas de ingresso: a obrigatoriedade de contratação por 
concurso público deve ser revista? Deve ser diminuída a 
quantidade de cargos de confiança? 
36
Seção 14
Temas para Debate
� Estabilidade e demissão: deve ser livre o desligamento de 
trabalhadores públicos? A liberdade de demissão seria 
compatível com os princípios constitucionais da 
Administração Pública? 
� Terceirização: a prestação de serviços públicos deve ser 
“publicizada” (transferida do Estado para o Terceiro 
Setor), a exemplo da privatização das atividades 
econômicas?
� A aposentadoria integral dos servidores públicos ainda 
existe? É um privilégio que deve ser revisto? 
37
Seção 14
Tamanho do Emprego Público
País % do emprego total % da população
Alemanha 15,4 6,6 
Austrália 18,7 8,5 
Áustria 22,5 9,6 
Bélgica23,9 8,7 
Brasil 11,3 5,1 
Canadá 19,9 9,0 
Dinamarca 39,3 18,7 
Espanha 18,0 5,5 
EUA 14,9 7,0 
Finalândia 27,2 10,8
França 27,0 10,4
Grécia 12,9 4,7 
Holanda 13,9 5,4 
Irlanda 21,1 7,5 
Itália 23,2 8,2 
Japão 7,0 3,6 
México 11,4 4,3 
N. Zelândia 14,2 6,5 
Portugal 17,5 7,5
Reino Unido 16,9 7,4 
Suécia 38,1 17,2 
Turquia 12,1 3,9
38
Fonte: OCDE, in Eneuton Pessoa Filho: Evolução do Emprego Público no Brasil, tese de doutorado defendida
junto ao Instituto de Economia da Unicamp 
Seção 14
Gastos do governo federal 
(em % do pib) 
Pessoal (1) Previdência (1) Juros (1) Gasto Social (2)
/ (INSS) 
2002 5,28 6,54 8,48 14,18 
2003 4,87 6,88 9,32 14,15 
2004 4,74 7,12 7,26 14,51
2005 4,76 7,54 8,11 15,32 
2003/2005 4,79 7,18 8,23 14,66
Fonte (1): Extraído de Giambiagi, Fábio - Cenários para a relação dívida 
pública/PIB”, textos para discussão IPEA – as informações quanto aos 
juros são do Banco Central; as informações quanto a pessoal e 
previdência são da Secretaria do Tesouro Nacional. 
Fonte (2): Extraído de Castro, Jorge Abrahão e outros – “Gasto Social e 
Política Macroeconômica”.
39
Seção 14
Bibliografia
� Básica
– FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos: conceitos, ferramentas e 
procedimentos. São Paulo, Atlas, 2007.
� Complementar
– MELLO, Celso Antônio Bandeira de – Curso de Direito Administrativo, São Paulo, Malheiros, 
2007.
– Di PIETRO, Maria Sylvia Zanella – Direito Administrativo, São Paulo, Atlas, 2006. 
– SILVA, Antonio Álvares da. Os Servidores Públicos e o Direito do Trabalho, São Paulo, LTr 
Editora, 1993
– LONGO, Francisco. A Gestão de Pessoas no Setor Público, São Paulo, Edições Fundap, 
2007
– AZEVEDO, Clovis Bueno de e LOUREIRO. Maria Rita. Carreiras Públicas em uma Ordem 
Democrática, entre os modelos burocrático e gerencial, Brasília, Revista do Serviço 
Público, 54(1), Janeiro de 2003
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