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Questões sobre Fernando Novais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE HISTÓRIA
HISTÓRIA DO BRASIL COLÔNIA 
PROFESSORA: ANA MARIA BARROS
ALUNO: MATHEUS PHELIPE MAMEDE LOPES DA LUZ
QUESTÕES SOBRE FERNANDO NOVAIS
Recife
2013
Matheus Phelipe Mamede Lopes da Luz
QUESTÕES SOBRE FERNANDO NOVAIS
 Questões apresentadas como atividade complementar
 para a disciplina de História do Brasil Colônia, pelo Curso 
 de História da Universidade Federal de Pernambuco, 
 ministrada pela professora doutora Ana Maria Barros.
 
 
Recife
2013
QUESTÕES
1. Analisando o capítulo II da obra recomendada, disserte a cerca dos elementos da doutrina econômica mercantilista que nortearam as políticas adotadas na relação metrópole-colônia durante o período englobado pelo modelo do Antigo Sistema Colonial, além de apontar em seu texto a importância econômica das colônias para as economias metropolitanas durante o período do capitalismo mercantil.
2. O Antigo Sistema Colonial não é uma análise que se restringe à colonização do continente americano. Aborde, em linhas gerais, os casos anteriores à colonização da América e os aspectos em que o Antigo Sistema Colonial já se encontra aplicável nos primeiros impulsos de expansão ultramarina das potências europeias.
3. O texto aborda brevemente as particularidades da colonização da América Hispânica. Aponte, com suas palavras, as peculiaridades da expansão marítima espanhola, bem como o por que, segundo a análise de Novais, o caso espanhol não é exceção do Antigo Sistema Colonial.
4. Ao trabalhar o conceito de exclusivo metropolitano, Fernando Novais também discute as concessões comerciais feitas por algumas metrópoles à comerciantes estrangeiros e os atos de contrabando no período abordado no texto. Porém, Novais não vê nestas práticas algo que contradiz seu sistema explicativo (o Antigo Sistema Colonial). Disserte sobre as concessões e o contrabando e como, para Novais, elas não quebram a dinâmica do Antigo Sistema Colonial, mas sim confirmam este modelo de análise.
5. No Antigo Sistema Colonial, o exclusivo metropolitano tem papel estrutural. De que maneira o “exclusivo” orientou as dinâmicas na produção das colônias? Qual o papel da mão de obra escrava e do tráfico negreiro neste sistema?
RESPOSTAS
Os elementos da doutrina mercantilista se baseavam em diversas ideias, como o pensamento metalista, que caracterizava a quantidade de metais na nação como a sua riqueza, quanto mais metais nobres, maior seria a riqueza nacional, com a tentativa de formulação de uma politica econômica baseada no mercantilismo, diversos outros ideais surgiram junto com essa formulação, como o uso da ideia metalista para a definição da doutrina da balança favorável, que se constituía por trazer a entrada do metal precioso e ter uma produção interna de baixo custo, para que os lucros pela entrada do metal acentuassem a economia, e a deixassem em um patamar positivo, é de se ressaltar também que essa política econômica visava muito o protecionismo, causando até a dificuldade de importação de produtos, como cita Fernando Novais “Defesa da saída das matérias primas, estímulo às exportações de manufaturas; inversamente, estímulo à entrada de produtos primários, dificuldade ou mesmo proibição da importação de manufaturados” e isso ressalta ainda mais a ideia mercantilista, que introduzia como lema principal o desenvolvimento da nação, e isso seria feito de qualquer forma, mesmo que a população sofresse com tais politicas econômicas implantadas. A economia metropolitana dependia essencialmente da produção das colônias, com a prática mercantilista, sempre era necessária uma grande produção de manufaturas e a constante procura por metais preciosos, com isso, eram as colônias que mantinham as riquezas metropolitanas, e sem sua exploração, o poder da metrópole decairia de forma impressionante, no ponto de vista econômico a metrópole apenas funcionaria bem, caso fosse feita a exploração, retirada e posterior comercialização dos produtos da colônia. 
Como foi citado, o inicio da expansão ultramarina europeia começou algumas décadas antes da descoberta do território americano, o uso do antigo sistema colonial que posteriormente seria posto em prática na América, se deu principalmente na colonização das ilhas atlânticas, e na exploração da costa africana que começou em torno do ano de 1419, e é nítida a possibilidade de equiparação entre o antigo sistema colonial usado na costa africana, e o antigo sistema colonial usado na América. É perceptível toda a criação de um sistema de exploração econômica pelos europeus (Inglaterra, França e os Países Baixos), mais especificamente, pelos portugueses, o mesmo que sistema que seria implantado décadas depois na América, com a mesma ideia de exploração de matéria prima para a exportação no mercado europeu. O ponto abordado depois da implantação do antigo sistema colonial na América, é que o seu uso na costa africana e em outros territórios anteriores a descoberta, serviu como uma implantação teste de um novo sistema econômico de exploração, que seria definitivamente usado e difundido com a colonização do território americano. 
A expansão marítima espanhola também se deu por meio do antigo sistema colonial, podemos ver um avanço a partir do alargamento das empresas de navegação espanhola, quando certo monopólio no qual o comércio com a Espanha se daria pelo porto Andaluz, e esse monopólio acaba sendo um dos motivos por fechar e deixar ainda mais rígido o sistema espanhol, outro motivo foi a pirataria que aparelhou ainda mais outras nações na concorrência ultramarina, um das consequências da maior rigidez do sistema espanhol foi que a partir do ano de 1543 as navegações espanholas passaram a ser obrigatórias em determinado período do ano, e nessa obrigação que se deu um grande aparelhamento e novas tentativas de expansão ultramarina feitas pela Espanha. O fato é que o forte monopólio empregado pelos espanhóis causou uma concorrência rápida das outras nações, principalmente no que se refere ao trafico negreiro, pois havia fatores que dificultavam a parada dos espanhóis em terras africanas, mesmo assim, nesse ponto a concorrência não duraria muito tempo. Esses e outros fatores acima ressalvam que a Espanha teve um sistema mercantilista enquadrado no antigo sistema colonial, apesar de perder muito em diversas situações pela rigidez de sua politica econômica. 
A dinâmica do antigo sistema colonial era baseada no monopólio, mas, foram observadas diversas concessões de licenças especiais, principalmente pelo fato das dificuldades financeiras enfrentadas pelos estados na época abordada, mas, em paralelo a essas concessões a comerciantes estrangeiros, diversas proibições também eram postas em prática, e posteriores a essas proibições eram constatados o enorme fluxo de contrabando, e com essa constatação, leis extremamente rigorosas (como a pena de morte) foram implantadas, por outro lado, também foram vistas outras concessões de licenças especiais para diminuir o fluxo contrabandista. Novais afirma contundentemente que as licenças em nada afetariam o antigo sistema colonial, pois, elas não atingem a base principal do sistema, para ele, as concessões não induziriam a livre competição entre os compradores, e de fato pode se confirmar a manutenção dos preços, algo apenas conquistado pela não concorrência entre os compradores, ainda foi percebida uma pequena elevação de preços na colônia que resultou em grande lucro excedente para os investidores metropolitanos, portanto a balança ainda continuava favorável para os investidores e os lucros ainda chegavam à metrópole. 
O exclusivo metropolitanodirecionou a produção da colônia a um monopólio, onde o comércio seria feito apenas entre a metrópole e suas colônias, para o inicio da produção colonial, eram necessários em torno de três passos, a ocupação do território, o seu povoamento pelos colonos e consequentemente a valorização da terra, a produção era cunhada como “mercantil” que abrangeria um fluxo direto da produção com a exportação pela metrópole, a estrutura de produção sempre foi moldada na produção de mercadorias diretamente para a Europa, e assim esse fluxo de produção se fortaleceu, e toda a comercialização se deu com base nessa estrutura. A mão de obra escrava e o tráfico negreiro impulsionaram o antigo sistema colonial, pois era clara que toda produção dependia da mão de obra escravista, e o próprio comércio escravista interno na colônia rendeu bons lucros, e essa forma de trabalho compulsória era diretamente ligada a necessidade da adaptação da produção metropolitana na colônia, portanto pode se concluir que sem a mão de obra escrava a empreitada colonizadora dificilmente teria sucesso, o caso do tráfico negreiro trouxe lucros estarrecedores para a metrópole, mas, é de se destacar que ao mesmo tempo que proferia lucros, diversas batalhas eram travadas para a sua prática ultramarina.

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