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640_ADM Financeira II - 2013 1 - Seçao (1)

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Seção 1
Elaborado por
Seção 1VERSÃO 2013-1
Administração Financeira II
Prof. Antonio Freitas
Prof. Filipe Sobral
Seção 1
Conteúdo da Seção
� Decisões de Investimento e Dimensionamento de 
Fluxos de Caixa:
– O processo de orçamento de capital;
– Os fluxos de caixa relevantes;
– Determinação do investimento inicial;
– Determinação dos fluxos de caixa operacionais;
– Determinação do fluxo de caixa terminal.
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Seção 1
Objetivos da Seção
� Analisar a decisão de investimento e as etapas do 
processo de orçamento de capital.
� Definir os conceitos básicos de orçamento de capital.
� Calcular o investimento inicial, os fluxos de caixa 
operacionais e o fluxo de caixa terminal associados a um 
gasto de capital.
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Seção 1
Decisão de Investimento
� A decisão de investimento envolve a identificação, 
avaliação e seleção de oportunidades para aplicação de 
capital, geralmente de médio ou longo prazo.
� A esse processo de escolha de alternativas de 
investimento de capital (em ativos permanentes) chama-
se orçamento de capital. 
� Decisões ruins em relação ao orçamento de capital 
podem levar, em última instância, à falência da empresa.
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Seção 1
Processo de 
Orçamento de Capital
� O processo de orçamento de capital envolve:
– Dimensionamento dos fluxos de caixa de cada 
proposta de investimento gerada.
– Avaliação econômica dos fluxos de caixa, usando para 
tal técnicas de análise de investimentos.
– Definição da taxa de retorno exigida pelos proprietários 
de capital e sua utilização como critério de aceitação 
de projetos de investimento.
– Análise do risco associado a cada projeto de 
investimentos.
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Seção 1
Motivos para 
Gastos de Capital
� Ampliação e expansão do volume de operações.
� Substituição de ativos fixos que ficaram obsoletos.
� Renovação ou modernização dos ativos fixos.
� Outros investimentos com impacto no longo prazo:
– Publicidade ou propaganda
– Pesquisa e desenvolvimento
– Serviços de consultoria
– Etc.
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Seção 1
Tipos de Investimento
� Projetos economicamente independentes são aqueles 
que não competem pelos recursos da empresa. Uma 
empresa pode selecionar um ou o outro, ou ambos, desde 
que atendam às exigências mínimas de rentabilidade.
� Projetos mutuamente exclusivos são investimentos que 
competem de alguma forma pelos recursos da empresa –
uma empresa pode selecionar um ou outro dos projetos, 
mas não ambos.
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Seção 1
Racionamento de Capital
� Se a empresa tiver fundos ilimitados para a realização 
de investimentos, então todos os projetos independentes 
que prometerem retornos superiores a certo nível poderão 
ser aceitos.
� Geralmente, porém, na maioria dos casos, as empresas 
operam sob condições de racionamento de capital, 
possuindo um número fixo de fundos para aplicar em 
investimentos e projetos.
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Seção 1
Enfoque da Avaliação 
dos Investimentos
� O enfoque de aceitação-rejeição envolve a avaliação de 
propostas para determinar se atendem ao critério mínimo 
de aceitação da empresa.
� O enfoque de classificação envolve o ordenamento de 
propostas com base em uma medida predeterminada, tal 
como a taxa de retorno.
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Seção 1
Fluxos de Caixa Convencionais 
e não Convencionais
� Os fluxos de caixa dizem-se convencionais quando são 
formados por um gasto inicial seguido de uma série de 
entradas de fundos.
� Os fluxos de caixa dizem-se não convencionais quando 
são formados por um desembolso inicial seguido de uma 
série de entradas e saídas de fundos.
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Seção 1
Fluxos de Caixa Relevantes
� Os fluxos de caixa relevantes são constituídos pelo 
investimento inicial e as entradas e saídas de fundos 
subseqüentes.
� Estes últimos chamam-se fluxos de caixa incrementais :
– São fluxos de caixa especificamente associados ao 
investimento.
– Seu efeito (positivo ou negativo) sobre os outros 
investimentos da empresa deve ser considerado.
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Seção 1
Componentes de 
Fluxos de Caixa
� Fluxos iniciais de caixa são fluxos de caixa inicialmente 
resultantes do projeto. Geralmente são representados por 
saídas de caixa.
� Fluxos de caixa operacionais são os fluxos gerados pelo 
projeto durante seu funcionamento. Esses fluxos 
costumam ser positivos.
� Fluxos de caixa terminais resultam da liquidação do 
projeto. São normalmente positivos.
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Seção 1
Componentes de 
Fluxos de Caixa
13
Seção 1
Fluxos de Caixa 
Expansão vs. Substituição
� A elaboração da estimativa de fluxos de caixa 
incrementais é relativamente simples no caso de 
decisões de expansão, mas não no caso de decisões 
de substituição.
� No caso de decisões de substituição, os fluxos de caixa 
incrementais devem ser calculados subtraindo-se os 
fluxos de caixa de projetos existentes dos fluxos de caixa 
do novo projeto.
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Seção 1
Custos Irrecuperáveis 
e Custos de Oportunidade
� Note-se que os gastos já realizados, isto é, os custos 
irrecuperáveis, são irrelevantes ao processo de decisão.
� Entretanto, os custos de oportunidade, correspondentes 
a fluxos de caixa que poderiam ser obtidos na melhor 
utilização alternativa do ativo são relevantes.
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Seção 1
Determinação do 
Investimento Inicial
� O termo investimento inicial refere-se às saídas de caixa 
relevantes que devem ser consideradas na avaliação de 
um gasto de capital.
� O cálculo do investimento inicial deve considerar:
– Custo do novo ativo (incluindo custos de instalação);
– Recebimento depois de imposto de renda com a venda 
do ativo antigo
– Variação do capital de giro líquido
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Seção 1
Investimento Inicial
Exemplo
� A Powell Corporation, uma grande e diversificada 
fabricante de componentes para aeronaves, está tentando 
determinar o investimento inicial necessário para substituir 
uma máquina antiga por um modelo novo e mais 
sofisticado. O preço de compra da máquina é $ 380.000; 
$ 20.000 adicionais serão necessários para instalá-la. A 
depreciação será calculada considerando um prazo de 
recuperação de cinco anos. A máquina atual (antiga) foi 
comprada há três anos, ao custo de $ 240.000, e estava 
sendo depreciada considerando um prazo de cinco anos. 
17 Exemplo pág. 315
Seção 1
Investimento Inicial
Exemplo
� A empresa encontrou um comprador disposto a pagar 
$ 280.000 por essa máquina, e ele se encarregará de 
transportá-la à sua própria custa. A empresa espera que 
um aumento de $ 35.000 dos ativos circulantes e de 
$ 18.000 dos passivos circulantes acompanhe essa 
substituição. Tais variações resultarão em um crescimento 
de $ 17.000 ($ 35.000 – $ 18.000) do capital de giro 
líquido. Tanto os rendimentos ordinários quanto os 
ganhos de capital são tributados à alíquota presumida de 
40%.
18 Exemplo pág. 315
Seção 1
Investimento Inicial
Exemplo
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Cálculo do Investimento Inicial
Custo da Nova Máquina
(+) Valor de compra da máquina
(+) Custo de instalação
Recebimento depois de imposto de renda da venda 
da máquina atual
(–) Valor de venda da máquina
(+) Imposto sobre a venda da máquina atual
(+) Variação do capital de giro líquido
Investimento Inicial 
$ 380.000
$ 20.000
$ 400.000
$ 280.000
$ 73.600
$ 206.400
$ 17.000
$ 210.600 
Seção 1
Determinação dos 
Fluxos de Caixa Operacionais 
� Os benefícios esperados de um gasto de capital ou 
projeto de investimento incluem as receitas operacionais
depois de imposto de renda menos as despesas 
operacionais.
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Seção 1
Fluxos de Caixa Operacionais
Exemplo 
� As estimativas de receitas e despesas (excluindo 
depreciação) da Powell Corporation, com a nova máquina 
proposta e com a máquina atual, descritas no exemplo 
anterior, são fornecidas na Tabela seguinte. Tanto a vida 
útil estimada da máquina proposta quanto a vida útil 
restante da máquina atual são iguais a cinco anos. O valor 
a ser depreciado com a máquina proposta é calculado 
somando-se o preço de compra de $ 380.000 aos custos 
de instalação de $ 20.000.
21 Exemplo pág. 316-17
Seção 1
Fluxos de Caixa Operacionais
Exemplo
� Nota: as despesas não incluem a depreciaçãoda máquina
22 Exemplo pág. 317
Tabela de Receitas e Despesas
Com Máquina Nova Com Máquina Antiga
Ano Receitas Despesas Ano Receitas Despesas
1 $ 2.520.000 $ 2.300.000 1 $ 2.200.000 $ 1.990.000
2 $ 2.520.000 $ 2.300.000 2 $ 2.300.000 $ 2.110.000
3 $ 2.520.000 $ 2.300.000 3 $ 2.400.000 $ 2.230.000
4 $ 2.520.000 $ 2.300.000 4 $ 2.400.000 $ 2.250.000
5 $ 2.520.000 $ 2.300.000 5 $ 2.250.000 $ 2.120.000
Seção 1
Cálculo dos 
Fluxos Operacionais
23
Cálculo dos Fluxos Operacionais
(+) Receitas Operacionais
(-) Despesas Operacionais
Resultado antes da depreciação e do imposto de renda
(–) Depreciação
Lucro líquido antes do imposto de renda
(–) Imposto de renda
Lucro líquido depois do imposto de renda
(+) Depreciação
Entradas (ou saídas) operacionais de caixa
Seção 1
Fluxos de Caixa Operacionais
Exemplo
24
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Receita 2.520 2.520 2.520 2.520 2.520 
(-) Despesa 2.300 2.300 2.300 2.300 2.300 
Resultado bruto 220 220 220 220 220 
(-) Depreciação 80 80 80 80 80 
Lucro antes imposto 140 140 140 140 140 
(-) Imposto (40%) 56 56 56 56 56 
Lucro Líquido 84 84 84 84 84 
(+) Depreciação 80 80 80 80 80 
Entradas de Caixa 164 164 164 164 164 
Cálculo dos Fluxos Operacionais de Caixa ($ 1.000) - Máquina Nova
Seção 1
Fluxos de Caixa Operacionais
Exemplo
25
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Receita 2.200 2.300 2.400 2.400 2.250 
(-) Despesa 1.990 2.110 2.230 2.250 2.120 
Resultado bruto 210 190 170 150 130 
(-) Depreciação 48 48 - - - 
Lucro antes imposto 162 142 170 150 130 
(-) Imposto (40%) 65 57 68 60 52 
Lucro Líquido 97 85 102 90 78 
(+) Depreciação 48 48 - - - 
Entradas de Caixa 145 133 102 90 78 
Cálculo dos Fluxos Operacionais de Caixa ($ 1.000) - Máquina Antiga
Seção 1
Fluxos de Caixa Operacionais
Exemplo
26
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Entradas de Caixa 
Máquina Nova 164 164 164 164 164 
(-) Entradas de Caixa 
Máquina Antiga 145 133 102 90 78 
Fluxos de Caixa 
Incrementais 19 31 62 74 86 
Cálculo dos Fluxos de Caixa Incrementais ($ 1.000)
Seção 1
Determinação do 
Fluxo de Caixa Terminal
� O fluxo de caixa terminal é o que resulta do 
encerramento ou liquidação de um projeto no final de sua 
vida útil.
� Representa o fluxo de caixa que existe no último ano do 
projeto excluindo os fluxos de caixa operacional desse 
ano.
27
Seção 1
Cálculo do 
Fluxo de Caixa Terminal
28
Cálculo do Fluxo de Caixa Terminal
Recebimento com a venda do novo ativo depois do IR = 
(+) Recebimento com a venda do novo ativo
(–) Imposto de renda sobre a venda do novo ativo
(–) Recebimento com a venda do ativo antigo depois do IR = 
(+) Recebimento com a venda do ativo antigo
(–) Imposto de renda sobre a venda do ativo antigo
(±) Variação do capital de giro líquido
Fluxo de Caixa Terminal
Seção 1
Fluxo de Caixa Terminal
Exemplo
29
Cálculo do Fluxo de Caixa Terminal
Recebimento com a venda do novo ativo = 
(+) Recebimento com a venda do novo ativo
(–) Imposto de renda sobre a venda do novo ativo
(–) Recebimento com a venda do ativo antigo = 
(+) Recebimento com a venda do ativo antigo
(–) Imposto de renda sobre a venda do ativo antigo
(±) Variação do capital de giro líquido
Fluxo de Caixa Terminal
$ 50.000
$ 12.000
$ 0
$ 0 
$ 38.000
$ 0
$ 17.000
$ 55.000
Seção 1
Fluxos de Caixa Terminal
Exemplo 
� Prosseguindo com o exemplo da Powell Corporation, 
vamos supor que a empresa espere ser capaz de liquidar 
a nova máquina, no final de sua vida útil de cinco anos, 
recebendo $ 50.000 líquidos. A máquina antiga pode ser 
liquidada por $ 0 no final dos cinco anos porque estará 
completamente obsoleta. A empresa espera recuperar 
seu investimento de $ 17.000 em capital de giro líquido no 
término do projeto. Tanto os rendimentos ordinários 
quanto os ganhos de capital são tributados a uma alíquota 
de 40%.
30 Exemplo pág. 321
Seção 1
Síntese do Fluxo 
de Capitais Relevantes
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Seção 1
Exercícios
� Resolver os problemas 8-2, 8-3, 8-4 e 8-6 do livro-texto 
referente aos conceitos básicos de orçamento de capital.
� Resolver os problemas 8-13 e 8-14 do livro-texto referente 
ao cálculo do investimento inicial.
� Resolver os problemas 8-18 e 8-19 do livro-texto referente 
ao cálculo dos fluxos de caixa operacionais.
� Resolver os problemas 8-20 e 8-21 do livro-texto referente 
ao cálculo do fluxo de caixa terminal.
� Resolver os problemas integrativos 8-24 e 8-25 do livro-
texto.
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Seção 1
Bibliografia
� Básica:
– Gitman, L. J. Princípios de Administração Financeira. 
10ª Ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004. 
(Cap. 8).
– Assaf Neto, A. Finanças Corporativas e Valor. 2ª Ed. 
São Paulo: Atlas, 2005. (Cap. 14).
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