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Resenha Crítica de A Origem do Homem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE HISTÓRIA
PRÉ-HISTÓRIA
PROFESSORA: ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS
ALUNO: MATHEUS PHELIPE MAMEDE LOPES DA LUZ
A ORIGEM DO HOMEM
Recife
2013
Matheus Phelipe Mamede Lopes da Luz
A ORIGEM DO HOMEM
 Resenha crítica apresentada como atividade complementar
 Para a disciplina de Pré-História, pelo Curso de História da
 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ministrada
 pela professora doutora Ana Catarina Ramos.
 
Recife
2013
A ORIGEM DO HOMEM
O documentário A Origem do Homem foi lançando no ano de 2002 pelo Discovery Channel, e busca relatar a evolução humana em diversas etapas, mostrando os locais e suas formas de adaptação a eles, e o documentário recorre ao uso fundamental da reconstrução genética, para mapear os locais onde nossos antepassados começaram sua travessia ao redor do globo, e também usam a arqueologia e o achado dos fósseis para comprovar ou iniciar um debate sobre o rastreamento genético. E o documentário procura usar novas questões para debater acerca do tema evolutivo, questionando diversas teorias e colocando outras opiniões em jogo. 
Eis que há cento e cinquenta mil anos surge a “Eva genética” na África Oriental, dela que iriam surgir os descendentes que iriam povoar todas as partes do globo, para isso ser estudado foi necessária a técnica do rastreamento genético que é usada para mostrar o mapa da rota da evolução humana, os pontos onde o ser humano se dispersou ao redor do mundo, e com esse estudo também surgem as perguntas frequentemente usadas, que são “Quem somos?” e “De onde viemos?”. 
Há cento e cinquenta mil anos o mundo passava por uma era glacial, a África do Norte era um grande deserto com áreas dispersas de florestas, e nessas áreas residiam pequenos grupos de humanos modernos (iguais a nós na atualidade, em força e poderiam chegar ao mesmo intelecto), eles eram caçadores e coletores, percorriam imensas distâncias, e sempre estavam em busca de refúgios para se abrigar, também plantavam sementes e frutas. 
A caça cada vez mais se tornava fundamental para a sobrevivência da raça humana, e essa também era uma provável explicação para o bipedismo, e para a caça ser bem sucedida era necessário o desenvolvimento de um planejamento, de um plano de caça, e para isso era necessária uma grande inteligência e mais necessária ainda uma comunicação viável, por fim podemos citar a divisão do alimento que era feita pela tribo, era o começo de um sistema de ajuda mutua, da constituição de verdadeiras famílias. 
A vida já era muito complexa para nossos antepassados, apesar do abismo diferencial da cultura antiga para atual, muito dos pensamentos usados por eles eram iguais aos nossos, eles já possuíam o pensamento abstrato. Em torno de sete mil gerações o homem moderno deixou a África para povoar o resto do mundo, o uso do rastreamento genético foi fundamental para explicar esse acontecimento. 
O estoque das matérias fundamentais, a presença de ritos funerários, o saber da distinção do passado e do futuro são algumas das características ditas pelos sítios arqueológicos da África oriental, em conjunto com os achados arqueológicos, o uso do DNA mitocondrial (código molecular, nossa peça única) para traçar os marcadores que mostram o deslocamento dos habitantes da África de cento e cinquenta mil anos atrás. 
A datação dos crânios dos primeiros humanos modernos é feita pelos achados em cavernas, os crânios são datados de cento e vinte mil anos atrás, e possuem a aparência idêntica a da que é relacionada a “Eva genética” e com isso os estudos dizem que toda uma linhagem genética evoluiu em três milhões de anos para a chegada do homem moderno, e com essa chegada, a partir da “Eva genética” podemos pontuar como o começo da árvore genealógica do homem moderno. 
Com todo esse estudo foi ressaltado o ponto de que a África é o berço inicial do homem moderno, os registros climáticos definem muitas características principalmente ligadas a definição do tempo de saída do homem moderno da África, essa saída foi um processo gradual e natural, tanto por motivos corriqueiros (a caça das presas, a coleta dos alimentos) como pelas grandes mudanças climáticas, foi a luta contra as incessantes secas e as grandes enchentes que afetaram diretamente a vida no inicio da vida do homem moderno. Registros climáticos mostram a devastadora era glacial que transformou boa parta de África em um grande deserto.
Há oitenta mil anos o mundo passou por outra era glacial (tão devastadora quanto a anterior) e outra grande seca se apoderou do território africano, e a caça acabou por se transportar para o norte, para os caçadores e coletores restou aprender a pesca nas praias, nesse ponto da história da evolução humana, levavam uma vida costeira os descendentes da “Eva genética”, a sobrevivência sempre esteve interligada a dependência das condições climáticas. 
Com a salinização da água, a pesca e a coleta costeira ficaram muito mais difíceis, e essa foi a causa da outra explicação para a saída do homem moderno para povoar o resto do globo, a grande demanda pelo alimento, pois era largo o crescimento da população, e o alimento era fundamental para a continuidade da espécie, nessa época pode-se estimar apenas dez mil homens modernos habitando o mundo, era iminente o risco da extinção. 
A reconstrução genética conta que pelo rastreamento genético, os antepassados do homem moderno teriam atravessado uma parte emersa entre o mar vermelho e montanhas próximas para assim pode povoar outra parte do globo, os que sobreviveram a árdua travessia adentraram a uma terra jamais avistada ou povoada por homens modernos, e segundo estudos, a vida era muito mais fácil para os que chegaram a nova costa, pois havia um novo e grande quantitativo de alimento disponível, da água mais própria para o consumo e das novas oportunidades para a caça. Entre os motivos para a chegada às novas terras pelo homem, podemos citar a curiosidade de saber sobre o que estava além de sua visão.
Depois da saída da África, cada grupo seguiu para uma localidade distinta, desses pontos, eles gradualmente foram povoando as partes do globo, a redução de linhagem foi comum para os grupos humanos, era causada pelo isolamento mesmo assim, após o povoamento do globo, houve uma grande diversificação dos povos que se adaptavam as mais distintas localidades e climas. 
Há setenta e quatro mil anos, e com mais de dez mil quilômetros de distância para a costa africana, descendentes da “Eva genética” chegavam ao meio do sudeste asiático, nas densas florestas tropicais, e foi rápida a adaptação dos corpos, começam a aparecer características como a menor estatura (comparada com a média dos humanos modernos que continuavam na África), a pele ficava mais clara pelo menor contato com o sol, e suas atividades são essencialmente coletoras, a vida nas florestas tropicais era divida com predadores muito perigosos. 
A arqueologia e a genética confirmaram o caminho de nossos ancestrais, e passaram há setenta e quatro mil anos no sudeste asiático, o nível do mar era em torno de cinquenta metros abaixo do que nos dias atuais, e as ilhas provavelmente eram interligadas pela mesma faixa de terra. O próximo passo a ser dado pelos nossos ancestrais seria a chegada à Austrália, e esse é um ponto que causa grande discrepância entre as opiniões no meio científico, usando o ponto da reconstrução genética, fica muito provável que o homem chegou, e forma os primeiros habitantes modernos a adentrar a megafauna assustadora da Austrália. 
A comparação entre o DNA mitocondrial entre todos os grupos de humanos é muito mais semelhante do que a comparação feita entre macacos do mesmo grupo, isso ressalta a nossagrande proximidade genética. A melanina é mais presente nas populações mais próximas das regiões equatoriais, com isso, define a cor, por isso existem tantas diferenças em relação a cor dos grupos da espécie humana, a distinção é normal e é causada por diferenças genéticas. 
Os grupos que não foram pela costa até a Austrália, tomaram diferentes rumos, foi o outro começo da povoação do globo. Há cinquenta mil anos atrás as linhagens genéticas conseguiram chegar à Europa (norte), a diferença de tempo que é muito questionada na chegada do homem ao norte é caracterizada pela grande dificuldade do humano moderno para atravessar a Europa, era um caminho fechado que conseguiu uma melhora repentina há exatos cinquenta mil anos.
O crescente fértil abriu novas fontes de sobrevivência para os grupos humanos, e também uma nova rota de deslocamento, é muito difundida e aceita a ideia de que os homens modernos chegaram à Europa através do Norte da África, mas, para o rastreamento genético essa ideia está incorreta, os humanos modernos teriam chegado a Europa por uma rota sul para a saída da África, e eram compostos por uma única linhagem familiar africana. No crescente fértil graças aos dois rios que circundavam a região, surgiam às primeiras comunidades que viriam a se tornar grandes povos na antiguidade, graças a abundância de água e alimento surgiam os primeiros fazendeiros, e resultante dessa abundância surgiam povos que se tornaram exímios agricultores e construtores. 
Os primeiros passos foram dados para os grupos que viriam a se tornar grandes impérios que criariam a escrita, desenvolveriam leis e o comércio, que também começariam guerras entre si, durante essa época o homem presenciou e solidificou a evolução de novas tecnologias, as ferramentas ficavam mais eficazes e leves, e houve de fato uma “certeza geográfica”, pois, já eram decididos os locais que seriam usados para ritos funerários e outros variados tipos de rituais.
Com o rastreamento genético, diversas comparações entre o DNA de vários grupos foram comparados e considerados muito próximos, diversos locais foram exemplificados e isso ressalta bem mais a incrível proximidade entre os homens, ressalta a força da ideia da “Eva genética” que poderia ser considerada a mãe da humanidade. 
O documentário se mostra muito importante por contar com as diversas opiniões de grandes cientistas e estudiosos relacionados a esses assuntos, tanto arqueólogos quanto engenheiros genéticos, todos contribuíram para um estudo que vem a modificar toda a ideia da história da evolução do homem moderno, o documentário é recomendado para todo o público que se interessa por esse assunto, pois, com as opiniões demonstradas embasa uma grande área de conhecimento para todos, é fundamental apreciar e julgar todos os depoimentos dados, pois, alguns se mostram contraditórios ao longo da exibição, mas, isso, não tira a indiscutível importância dos temas focados pelos estudos do documentário. 
	
Graduando do curso de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 1º Período.

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