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Aula 1 Introdução ao estudo da história

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Aula 1: O Ofício do Historiador 
 
Ao final desta aula, o aluno será capaz de: 
 
1. Compreender a função da História como Ciência; 
 
2. aprender qual o ofício do historiador; 
 
Mapa Conceitual: Introdução aos Estudos da História 
 
Antes de começarmos o Estudo da disciplina Introdução aos Estudos da 
História, vamos analisar primeiramente o mapa conceitual. 
É importante conhecermos aonde queremos chegar, para darmos a largada. 
 
1.Ofício do Historiador 
 
História: uma ciência 
Objeto de Estudo 
Objetivo da pesquisa 
Crítica às fontes 
Julgar ou compreender? 
 
2. Ofício do Historiador no século XIX 
 
Contexto político: conservadorismo burguês 
 
Ranke e a historiografia conservadora 
Marxismo 
 
3. Escola dos Annales 
 
1ª Geração: Bloch e Febvre 
 
2ª Geração: Braudei e História Quantitativa 
 
3ª Geração: LeGoff e multiplicidade de métodos 
 
Crítica aos annales 
 
4. Reflexões 
 
História X Memória 
 
Documento X Monumento 
 
Como pudemos ver no mapa, a História é uma ciência jovem e que continua 
caminhando, por isso, a forma de ver a História foi modificando nos últimos 
séculos. 
 
Já tivemos períodos no qual só estudava-se a Histórica política, outros que se 
estudava fundamentalmente a economia e, atualmente, que damos atenção a 
todas as possibilidades de análise, tanto política, como econômica, quanto 
cultural. 
De qualquer maneira é fundamental o domínio do conhecimento histórico para a 
atuação social dos indivíduos comprometidos com valores humanistas. 
Existem muitas pessoas que acreditam que a História é coisa do passado e está 
apenas nos livros antigos, o interesse é apenas curiosidade, mas a História é 
viva e está em todos os lugares, desde que você acorda, até a ida ao cinema ou 
ao futebol. O conhecimento que temos do nosso tempo se dá graças ao estudo 
da História. 
Nesta primeira aula, vamos discutir a construção da disciplina: Introdução aos 
Estudos da História. Veja abaixo as perguntas que sempre são feitas: 
 
Como podemos estudar História? 
 
Seria a História apenas uma série de fatos históricos e o conhecimento da 
História estaria na memorização? 
 
Para que o estudo da História? 
 
Você que está começando o curso, certamente se interessa e se encanta em 
pesquisar e ensinar História. Já posso chamá-lo então de futuro Historiador. 
 
O trabalho do Historiador consiste em escolher os assuntos que deseja 
pesquisar. 
 
Sem dúvida que os historiadores não produzem um conhecimento absoluto ou 
total, pois o conhecimento produzido por ele é seletivo e limitado. 
 
“A história consiste num corpo de fatos verificados. Os fatos estão disponíveis 
para os historiadores nos documentos, nas inscrições, e assim por diante, como 
peixes na tábua do peixeiro. O historiador deve reuni-los, depois levá-los para 
casa, cozinhá-los, e então servi-los da maneira que o atrair mais.” 
 
A ciência História é investigação do passado do homem e, para tanto, como 
sugerem Marc Bloch e Carlo Ginzburg, assemelha o ofício do historiador com o 
ofício de um detetive ou de um médico que procuram evidências, pistas e 
sintomas para solucionar um crime ou diagnosticar uma doença. 
Para o desenvolvimento da ciência História, o profissional pode usar vários tipos 
de fontes, ou seja, variados tipos de documentos para se informar sobre a 
economia, política e cultura de uma dada sociedade. 
 
É a partir dos documentos que podemos ter ciência sobre ideias e realizações 
das pessoas e das sociedades de diferentes épocas e lugares. 
Ao reunir informações e interpretar as fontes o historiador pode saber o que 
mudou ao longo do tempo, seja na economia, nas artes, na política, na maneira 
de pensar, ou nas formas de ver e de sentir o mundo. 
No entanto, também estudamos as permanências, aquilo que não foi alterado, 
mesmo que muitas mudanças tenham ocorrido ao longo dos anos. 
 
 
A Importância das fontes históricas 
 
Não faz muito tempo em que as fontes escritas eram consideradas as únicas 
possíveis para a pesquisa histórica. No entanto, hoje, existe uma multiplicidade 
de fontes não escritas que também podem e devem ser utilizadas para o estudo 
da história, pois os historiadores entenderam que também são registros 
importantes da vida do homem. 
 
Recibo 
 
Escravo: Ataíde Nascimento 
Dono: Meneslau Ferreira 
 
Ano: 1789 
 
De um recibo de compra e venda de um escravo, por exemplo, pode-se obter 
pelo menos uma informação básica: 
Enquanto houve escravidão no Brasil, escravos podiam ser negociados como 
mercadorias, 
A partir desta mesma fonte, podemos saber qual era a moeda utilizada no Brasil, 
o preço de um escravo, as especificações que eram dadas,dentre outros. 
Já no caso de um monumento histórico, podemos saber o tipo de material com o 
qual foi produzido, o período, o tipo de arquitetura e quais eram as técnicas 
empregadas pelos construtores. 
 
Escrita: 
 
Dentre as fontes escritas estão as cartas, jornais, revistas, documentos oficiais, 
agendas, diários, dentre outros. 
 
Oral: 
 
É o relato de alguém (famoso ou não), normalmente recolhido por um 
historiador, contando os aspectos da sua vida. 
 
Material: 
 
Pinturas, esculturas, roupas, armas, músicas, filmes, fotografias, utensílios e 
objetos variados, construções. 
 
A produção histórica é fruto de critérios e evidências científicas e verificáveis, 
porém, contrapondo o senso comum que afirma a neutralidade das ciências em 
relação ao seu objeto de estudo, é necessário entender o historiador e a sua 
produção como produtos socialmente construídos. 
A seleção do objeto de estudo, da metodologia especifica a ser aplicada, das 
fontes históricas e da própria escrita da história são produtos de 
escolha/intervenção do historiador e, por sua vez, estão condicionadas pela 
formação acadêmica, política, cultural e pelo tempo histórico no qual o 
historiador está inserido. 
A suposta neutralidade do historiador e de sua produção deve ser relativizada, o 
que não invalida o compromisso do historiador e de sua ciência com a verdade 
histórica. 
 
A concepção de verdade deve ser entendida como passível de crítica, 
modificação e superação, o que daria origem às diferentes linhas historiográficas 
existentes. 
 
Como vimos anteriormente, a História constitui uma ciência e, como tal, a 
pesquisa precisa surgir da dúvida. 
 
Assim, o historiador tem de passar pelas dificuldades que espreitam qualquer 
pesquisa e legitimar suas conclusões com a comprovação. 
Todo o historiador deve saber que não existe verdade e que qualquer fonte está 
sob a influência de quem produziu, seja essa fonte oral, escrita ou material. 
 
Dessa forma, a pesquisa final está relacionada aos interesses e ao tipo de olhar 
do pesquisador. 
 
Não existe a pesquisa histórica na qual o historiador se anula completamente 
como imaginavam e desejavam os positivistas no século XIX. (VEREMOS A 
ESCOLA POSITIVISTA NA AULA 4) 
 
Quando formos analisar uma fonte primária, temos que saber o contexto no qual 
ela foi produzida e quem a produziu. Tendo isso em mente, o pesquisador estará 
apto a estudar as causas circunstanciais e indiretas muitas vezes ignoradas à 
primeira vista. 
 
Hoje o historiador não pode ter mais a pretensão de recolher “todas” as fontes 
de um determinado período para dar conta do conhecimento de toda a 
sociedade, ele sabe que ao fazer isso se perderá em emaranhado de fontes que, 
não tendo objetividade na pesquisa, acabará afogado nas próprias fontes, sem 
conseguir montar o quebra-cabeça.Embora já tenhamos achado que poderíamos ter o conhecimento de toda uma 
época, hoje sabemos que não é mais possível. 
 
Ao estudante que hoje deseja conhecer o discurso da História através dos 
tempos, terá que mergulhar nos textos produzidos por Homero e Tucídides na 
Grécia clássica, pensar no Historicismo de Leopold Von Ranke, conhecer a 
vertente marxista influenciada por Karl Marx e Friedrich Engels de análise da 
sociedade; se aprofundar nas três gerações da escola dos Annales. 
 
São muitos os autores que leremos durante o curso e que são indispensáveis à 
boa formação cultural e intelectual do historiador. 
 
Existem muitas histórias para serem contadas. Sendo a História uma ciência, 
terá sempre a possibilidade de ser recontada com novas visões, ou novas fontes 
de estudo. 
 
Como diz Marc Bloch, “a história não apenas é uma ciência em marcha. É 
também uma ciência na infância: como todas aquelas que têm por objeto o 
espírito humano, esse temporão no campo do conhecimento racional.” 
 
Sendo assim, cabe a você, futuro historiador, ajudar a criar e a orientar conosco 
os rumos dessa ciência que está ainda na infância. 
 
Nessa aula você: 
 Compreendeu a função da História como Ciência; 
 aprendeu qual o ofício do Historiador

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