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UFBA / Instituto de Letras Componente: LET A 24 – Sintaxe Profa. Edivalda Araujo A voz passiva Toda e qualquer passiva apresenta as seguintes características: o verbo envolvido na construção passiva precisa ser transitivo direto ocorre apagamento do argumento externo (somente na passiva analítica esse argumento pode ser ou não realizado) o argumento interno assume a função sintática de sujeito Na voz passiva, o sujeito recebe o papel temático de paciente (se tiver o traço + humano) ou de tema. Na língua portuguesa, existem três formas de construção da voz passiva: 1ª – passiva analítica – essa construção é formada pelo verbo ser, em qualquer que seja o tempo ou forma, acompanhado de um particípio com valor nocional de verbo (e não de adjetivo). Nesse tipo de passiva, o argumento externo pode ou não ser realizado; fica a critério do falante. A fórmula é: ser + PA. a) Todos os alunos foram aprovados pela professora. b) As roupas são examinadas pelo critério de qualidade. c) O pão é considerado o melhor dos alimentos. d) O assunto vai ser compreendido se houver muita dedicação aos estudos. e) Crianças haviam sido encontradas em festas sem o acompanhamento dos pais. 2ª – passiva pronominal (ou sintética) – nesse tipo de passiva, o argumento externo nunca é realizado e o verbo é acompanhado pelo pronome se. O sintagma nominal (AI) mantém-se à direita do verbo, mas desencadeia concordância com ele, porque é o sujeito da oração. A fórmula é TD + -se. a) Vende-se sonho. b) Aluga-se vestido de noiva. c) Pintam-se casas. d) Corrigem-se trabalhos acadêmicos. 3ª – passiva lexical – esse tipo de passiva ocorre com os verbos ergativos. O argumento externo é apagado e o argumento interno é elevado à posição de sujeito. a) O copo quebrou. b) A aula terminou. c) A porta abriu.
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