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Fisiologia sistema genital parte II - Fisiologia da Gravidez e da Lactação

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Fisiologia da Gravidez e da 
Lactação 
Profª Rafaela Ester Galisteu da Silva 
Introdução 
Gestação: tempo que vai da concepção até o 
parto. 
 
 
 
Varia de 38 a 40 semanas. 
Placenta 
Em torno do 16º dia da fertilização o sangue 
começa a ser bombeado pelo coração do próprio 
embrião. 
 
Simultaneamente sinusóides sanguíneos supridos 
de sangue materno desenvolvem-se em torno das 
partes externas dos cordões trofoblásticos. 
 
As células trofoblásticas enviam cada vez mais 
projeções que se tornam visolisades placentárias 
nas quais capilares fetais crescem. 
O sangue fetal flui através de duas artérias e volta por uma 
veia umbilical para o feto. Na mãe esse transporte se da 
pelas artérias uterinas e retorna pelas veias uterinas. 
 
Nos primeiros meses a placenta ainda não tem muita 
permeabilidade, devido espessamento da membrana e 
tamanho da área. 
 
O processo de transporte é a difusão simples. Próximo do 
final da gravidez chega nos sinusóides maternos uma média 
de 50 mmhg de PO2 e em torno de 30 mmhg para o feto 
após ser oxigenado na placenta. 
 
Apesar de parecer muito pouco 30 mmhg a PO2 de sangue 
fetal que deixa a placenta para nutrir o feto, tem três 
mecanismos que explica: 
 
 
1- A hemoglobina fetal – Níveis de PO2 baixos no sangue fetal, a 
hemoglobina fetal consegue carrear de 20 a 50 % mais oxigênio que a 
hemoglobina materna. 
 
2- A concentração de hemoglobina no sangue fetal é 
aproximadamente 50% maior que a da mãe. 
 
3- O efeito de Bohr – O efeito de Bohr é a capacidade da 
hemoglobina de liberar mais oxigênio para os tecidos em pH baixo. 
 
A hemoglobina consegue carrear mais oxigênio a um nível de PCO2 
baixo do que consegue a um nível de PCO2 alto. O sangue fetal que 
entra na placenta tem grandes quantidades de dióxido de carbono, 
mas este se difunde para o sangue materno. 
Desta forma o sangue fetal é mais alcalino e o materno mais ácido. 
 
 
 
Já relacionado ao CO2, este tem no sangue fetal 
de 2 a 3 mmhg maior que o materno. Essa 
pouca diferença já é suficiente para a saída do 
CO2 fetal, uma vez que a solubilidade deste na 
membrana da placenta é alta, se difunde 20 
vezes mais rápido que o O2. 
 
Hormônios na Gravidez 
1- Gonadotropina Coriônica Humana (HCG): 
manutenção do corpo lúteo. 
Corpo Lúteo: estrogênio e progesterona. 
 
2- Placenta: 
• Gonadotropina coriônica humana 
• Estrogênio 
• Progesterona 
• Somatomamotropina coriônica humana. 
Estrogênios 
Os estrogênios são formados quase que 
inteiramente a partir dos compostos esteroides 
androgênicos desidroepiandrosterona e 16-
hidroxidesidroepiandrosterona que são formados 
nas glândulas adrenais da mãe e do feto. 
 
Esses androgênios fracos são transportados pelo 
sangue para a placenta e convertidos pelas células 
trofoblásticos em estradiol, estrona e estriol. 
 
Efeitos do Estrogênio 
• Aumento da vascularização uterina e 
proliferação da musculatura uterina. 
• Dilatação dos órgãos externos e orifício 
vaginal. 
• Crescimento rápido das mamas. 
• Proliferação dos ductos lactíferos. 
• Deposição de gordura nas mamas. 
• Alargamento pélvico. 
Efeitos da Progesterona 
 
• Disponibilizar nutrientes (armazenados no 
endométrio) para o feto. 
• Relaxamento da musculatura uterina. 
• Complementa os efeitos do estrogênio nas 
mamas. 
 
 
 
Somatomamotropina coriônica 
humana 
A somatomamotropina coriônica humana começa ser 
liberada em torno da quinta semana de gestação, vai 
aumentando ao longo da gravidez e é proporcional ao 
peso da placenta. 
 
Estudos mostram que tem efeitos parecidos ao 
hormônio do crescimento em pequena escala. 
 
Diminui a sensibilidade a insulina e a utilização de 
glicose pela mãe, disponibilizando assim mais glicose ao 
feto. Promove liberação de ácidos graxos para a mãe, 
dando uma alternativa para uso de seu metabolismo. 
 
Relação com outros hormônios: 
 
A hipófise anterior da mãe aumenta em torno de 50%, aumentando a 
produção de corticotropina, tireotropina e prolactina. Já o FSH e LH 
estão quase suprimidos devido ao estrogênio e progesterona. 
 
Os glicocorticoides geralmente estão aumentados, geralmente para 
mobilizar aminoácidos da mãe para o feto. A secreção de aldosterona 
aumenta quase duas vezes até o final da gravidez, isso faz com que 
reabsorva muito sódio dos túbulos e predisponha a hipertensão 
mesmo em gravidas normais. 
 
A glândula tireóide aumenta e aumenta a saída da tiroxina, devido a 
liberação do HCG e de um outro hormônio secretado pela placenta 
tireotropina coriônica humana. 
 
As paratireoides aumentam, em especial se a mão tiver uma dieta 
deficiente. O cálcio aumenta no nível extra celular para ir para o feto 
importante em sua calcificação. 
 
Alterações fisiológicas na 
gravidez 
Alterações fisiológicas na gravidez 
Sinais e sintomas que surgem nessa fase podem ser 
relacionados à alterações psicossomáticas e 
aparecem nas queixas: 
 
1. Cefaléias 
2. Dores locais e generalizadas 
3. Hiperêmese gravídica 
4. Ansiedade 
5. Medo 
6. Insônia 
7. Alterações do apetite 
Principais Alterações de acordo 
com o trimestre 
Primeiro Trimestre 
1 a 12ª Semana: adaptação ao embrião e ao 
desenvolvimento da placenta. 
 
• Aumento do metabolismo, batimentos e 
respiração. 
• Aumento do útero. 
• Aumento dos seios e aumento da 
sensibilidade. 
 
Segundo Trimestre 
13ª a 18ª Semana 
• Expansão do útero, redução da cintura. 
• Relaxamento da musculatura 
gastrointestinal: redução secreção gástrica. 
• Relaxamento da musculatura intestinal. 
• Refluxo esofágico 
Terceiro Trimestre 
29ª Semana em diante 
Bexiga e intestino pressionados pelo útero. 
Feto pressiona o diafragma: aumento da 
respiração. 
Fadiga. 
Edema de MMII. 
Ligamentos distendidos. 
Sistema genital 
1. Todo o sistema genital passa por alterações desde o 
momento da fecundação e que permanecem até o 
final da gravidez. Surgem sinais como: 
 
• Amenorréia 
• Congestão e hiperestesia mamária 
• Vascularização mais evidente na mama 
• Hiperpigmentação da aréola primitiva 
• Alterações cutâneas com hipertrofia das glândulas 
sebáceas da aréola secundária 
• Pigmentação da linha alba (linha nigra) 
• Náuseas e vômitos 
• Fadiga 
Sistema genital 
• O colo torna-se mais macio e vascularizado, 
mas permanece firme até o início do parto. 
 
• O útero sofre hipertrofia e dilatação, 
necessitando um aumento da vascularização. 
 
• A placenta aumenta progressivamente 
havendo um aumento progressivo do fluxo 
sanguíneo uteroplacentário. 
Sistema endócrino 
Os estrogênios e a progesterona levam ao 
aumento da produção de insulina e sua 
utilização periférica, com tendência a 
hipoglicemia no início da gravidez. 
 
Já na segunda metade da gravidez ocorre a 
elevação na resistência periférica à insulina, 
que é compensado por um aumento nos 
níveis de insulina. 
Progesterona 
É produzida pelo corpo lúteo até cerca de 10 a 12 
semanas de gestação. 
 
Suas ações: 
- Reduz tonicidade da musculatura lisa de órgãos 
internos. 
- Aumento da temperatura e da gordura corporal. 
- Na mama, associa-se às células alveolar e 
glandular que produzem leite. 
- Estímulo do centro respiratório (aumenta 
frequência e amplitude respiratórias). 
Estrogênio 
Ações: 
- Retenção hídrica. 
- Aumento da camada intermediária da 
mucosa vaginal. 
- Flexibilidade das articulações pélvicas. 
- Junto à prolactina, age nos ductos mamários 
preparando para a lactação. 
Relaxina 
 
• Somente observado em mulheres grávidas. 
• “Frouxidão” ligamentos. 
Sistema Tegumentar• Podem ocorrer também alterações de 
pigmentação , principalmente na região dos 
mamilos, axilas, períneo e linha nigra. 
 
- Cloasmas: podem desaparecer após o parto 
ou se estenderem até o climatério. 
- Estrias: podem ser prevenidas, mas quando 
surgem são permanentes. 
Sistema Tegumentar 
• Ganho de peso e gordura localizada. 
 
• Há predisposição para a gordura se concentrar 
nas nádegas, coxas, abdome, braços e mamas. 
 
Sistema Tegumentar 
• Varizes: 
- Aparecem geralmente após a segunda metade 
da gravidez, influenciadas pela dificuldade de 
retorno venoso ao coração. 
 
- Sofrem interferência dos hormônios, ganho de 
peso exagerado, compressão do útero e 
sobretudo de aspectos genéticos da gestante. 
 
Sistema Tegumentar 
• Mamas: 
 
 
- Normalmente o leite humano aparece no 
terceiro ao quarto dia após o parto, sendo 
precedido pelo colostro de cor amarelada ou 
transparente, rico em nutrientes e anticorpos. 
Sistema Músculo-esquelético 
• A postura da gestante está influenciada pela 
alteração no centro de gravidade com uma 
tendência para o deslocamento para a frente. 
• As curvas lombares e torácicas estão 
aumentadas e são responsáveis por 50% das 
queixas de dor nas costas das gestantes. 
• As articulações estão mais flexíveis pela ação 
dos hormônios, bem como a maior retenção de 
água. 
Sistema Gastrointestinal 
• Náuseas e vômitos predominam da 6ª à 16ª 
semana, sendo que as náuseas afetam 90% das 
gestantes, em especial as primíparas e obesas. 
• As gengivas ficam hiperemiadas e amolecidas, e a 
salivação é excessiva. 
• O estômago fica deslocado para as proximidades 
do fígado. 
• No final da gravidez aumenta em até 70% a 
incidência de pirose (queimação retroesternal), 
estando associada ao retardamento do 
esvaziamento gástrico. 
 
Sistema Gastrointestinal 
• A constipação intestinal pode aparecer, 
associada a obstrução mecânica do útero com 
diminuição da motilidade. 
 
• A dieta bem equilibrada e com muitas fibras 
ajuda a evitar a maioria dos transtornos 
gastrointestinais. 
 
• Hemorroidas. 
Sistema Respiratório 
• A frequência e a amplitude das respirações 
estão aumentadas. 
• As alterações anatômicas se relacionam com a 
aproximação do útero ao diafragma. 
 
• No trato respiratório superior pode se observar 
congestão e hiperemia nasal com tendência a 
coriza, acúmulo de secreções e predisposição 
às infecções, como rinite e sinusite. 
Sistema Cardiovascular 
 
• O volume de sangue aumenta, o aumento do 
volume plasmático se aproxima dos 40% e o 
volume das hemácias aumenta 30%. 
 
• A água corpórea total e o sódio aumentam 
pelo estrogênio, que leva à retenção de água 
e sódio. 
• O débito cardíaco se eleva em 30%. 
Emoções 
 
 
• Separar-se da criança que acaba de nascer 
é separar-se, de novo, da própria mãe, que é o 
primeiro objeto de amor - fato que pode levar 
as depressões pós-parto. 
 
• Oscilações no humor. 
 
Efeitos Fisiológicos do parto 
Algumas razões sem explicação, mas duas bem descritas para a resposta 
e início da contração e parto: 
• Aumento progressivo de hormônios 
• Mudanças mecânicas progressivas 
 
Aumento progressivo do estrogênio, a partir do sétimo mês aumenta 
enquanto a progesterona permanece. 
A ocitocina – os receptores de ocitocina vão aumentando ao final da 
gravidez. O aumento da secreção dela durante o parto aumenta. 
 
Alguns estudos em animais determinam que a dilatação e irritação do 
colo do útero gera este estímulo. 
Estiramento da musculatura lisa, assim até os movimentos do feto. 
Irritação do colo do útero. 
 
 
 
 
Trabalho de parto 
Durante a gravidez tem algumas contrações 
fracas e lentas – contrações de Braxton Hicks. Ao 
aumentar e se tornar rítmicas da origem as 
contrações no trabalho de parto. 
 
A teoria do feed back positivo – que a dilatação 
do colo do útero pela cabeça do feto gera as 
contrações do corpo e cada vez mais sua cabeça 
distende e mais contrai. 
 
Tipos de Parto 
Tipos de parto 
 
Parto normal 
É o parto também por via baixa, 
passando pelo mesmo processo do 
parto normal, porém com a utilização 
de um instrumento, conhecido como 
FÓRCEPS, utilizado para auxiliar a 
extrair a cabeça do feto em certas 
condições, quando o processo de 
trabalho de parto é interrompido e 
pode resultar em risco de vida 
imediato para a mãe e feto. 
Parto à fórceps 
Cesárea 
Cócoras 
É um parto também por 
via baixa, passando pelo 
mesmo processo do parto 
normal, devendo a 
gestante permanecer na 
posição de cócoras, 
facilitando assim a 
descida natural e normal 
do feto para fora da 
cavidade uterina. 
 
Parto na água 
Parto humanizado 
 POSIÇÕES PARA 
AJUDAR QUE O 
TRABALHO DE 
PARTO SEJA MAIS 
RÁPIDO E MAIS 
FÁCIL 
Parto humanizado - posições favoráveis 
Parto humanizado - posições 
favoráveis 
Parto humanizado - posições favoráveis 
Recuperação 
 
 
Durante as 4 a 5 semanas o útero involui. 
 
No local que tinha a placenta sofre autólise e 
causa sangramento. 
 
Lactação 
Anatomia 
Alvéolos mamários. 
Lóbulos mamários. 
Ductos lactíferos. 
 
Hormônios 
 
Quatro hormônios são importantes para o 
crescimento do crescimento dos ductos: 
 Hormônio do crescimento, prolactina, 
glicocorticoides adrenais e insulina. 
 
Desempenham papel no metabolismo das 
proteínas. 
 
Desenvolvimento das Mamas 
As mamas começam a se desenvolver na 
puberdade com o estímulo do estrogênio. 
 
O estrogênio estimula o crescimento da glândula 
mamária e a deposição de gordura para dar massa 
às mamas. 
 
Na gravidez as mamas tem um crescimento ainda 
maior em função dos altos níveis de estrogênio. 
 
Hormônios 
Estrogênio: gordura, ductos mamários. 
Progesterona: atua junto com estrogênio e 
outros hormônios, para o desenvolvimento 
mamário, proliferação dos ductos. 
Prolactina: Produção de leite. 
Estrogênio e progesterona atuam como 
inibidores. A prolactina é secretada em média 
após a 5ª Semana, mas após o parte aumenta 
sua atuação. 
Hormônios 
Além da prolactina, outros hormônios tem 
importante atuação na produção do leite: 
hormônio do crescimento, os glicocorticóides 
adrenais e a insulina. 
 
Após o parto a sucção do bebê é o estímulo 
para a liberação da prolactina. 
Hormônios 
Ocitocina: contração dos alvéolos – secreção 
de leite para o ductos. 
 
O colostro é produzido nos últimos dias e nos 
primeiros após nascimento. Ele contém lactose e 
proteínas, porém quase nenhuma gordura. 
 
Após nascimento a prolactina exerce suas funções. 
Alguns hormônios atuam como do crescimento, 
cortisol, insulina e paratormônio. São necessários 
para fornecer aminoácidos, ácidos graxos, glicose e 
cálcio. 
 
Após o nascimento do bebê os níveis de prolactina 
cai para os níveis basais, mas a amamentação cria 
picos de produção que dura por uma hora. 
 
Cuidados com as mamas 
Obrigada....

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