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Biocélulas a combustível empregando enzimas oxirredutases imobilizadas em matrizes nanoestruturadas Ana Helena e Maria Lua Orientador: Eduardo Zapp Sumário Introdução; Célula a combustível; Biocélula a combustível; Enzimas; Biocélula vs. Célula; Combustíveis; Objetivo do projeto; Imobilização da levedura; Caracterização; Referências. Introdução Alta demanda energética da sociedade moderna, seja no setor industrial ou consumo doméstico; Utilização de combustíveis fósseis Fonte não renovável, poluente e baixo rendimento; Busca por alternativas mais eficientes e renováveis. Célula a combustível Dispositivo eletroquímico de funcionamento contínuo, que transforma energia química do combustível em energia elétrica a partir de reações de oxirredução. Princípio de funcionamento foi descoberto em 1835 por Sir Grove. Maior eficiência da combustão eletroquímica a frio em relação a combustão térmica (Ciclo de Carnot) Célula a combustível ~ 90% Máquina térmica ~ 45% Célula a combustível Princípio de funcionamento Figura 2. Esquema de funcionamento de uma célula a combustível. Reações Célula a combustível Classificação Tipo de eletrólito - Alcalina (AFC). - Membrana polimérica (PEMFC). - Ácido fosfórico (PAFC). - Carbonatos fundidos (MCFC). - Cerâmicos (SOFC). Figura 3. Diferenças entres os tipos de células. Célula a combustível Temperatura de operação - Baixas temperaturas (60~90ºC): Móveis/Portáteis. - Altas temperaturas (160~900ºC): Unidades estacionárias > Cogeração eletricidade/calor. Figura 4. Célula a combustível comercial de 250 kW. Célula a combustível Combustível Figura 5. Principais formas de produção de hidrogênio. Hidrogênio > Não é encontrado puro na natureza > fonte intermediária. Célula a combustível Combustível Produção de hidrogênio > Energia = calor, luz ou eletricidade Figura 6. Processos de obtenção de Hidrogênio Célula a combustível Catalisadores - Células de baixa temperatura: Metais nobres > Raros e caros > Alto custo > PLATINA. Figura 7. Preço da platina em Real. Biocélulas Biocélulas a combustível são dispositivos com componentes de origem biológica capazes de gerar energia. Podem ser de dois tipos: enzimáticas e microbiológicas. Figura 8. Esquema representativo de um reator de uma biocélula de combustível microbiológica. Figura 9. Representação esquemática de uma biocélula a combustível enzimática. Enzimas Enzimas são proteínas que atuam como catalisadores dos sistemas biológicos que possuem importante papel no perfil de transformações químicas e bioquímicas (LEHNINGER et al., 2006). Figura 9. Estruturas de uma enzima. Enzimas As enzimas podem ser obtidas a partir do extrato bruto e/ou tecidos vegetais, estando em seu habitat natural, possui um maior tempo de vida e estabilidade que as enzimas purificadas. Figura 10. Exemplo de fontes de enzimas oxirredutases (catalisadoras da reação de oxido-redução). Biocélulas vs Células Figura 11. Representação esquemática de uma célula a combustível. Figura 12. Representação esquemática de uma biocélula de combustível. Combustíveis Devido a grande diversidade e especificidade de microorganismos e enzimas existentes, existe a possibilidade de se utilizar diversos combustíveis, uma vez que o biomaterial da biocélula é o responsável pela transformação da energia química em elétrica. Dentre tantos combustíveis possíveis, os mais pesquisados são: Etanol Glicose Hidrogênio Metanol Água de esgoto Objetivo Nosso objetivo nesse projeto é esfoliar o carbono para aumentar a superfície de contato e aplicar Saccharomyces cerevisiae em meio propício para seu desenvolvimento. A levedura deverá consumir a glicose e gerar energia elétrica na biocélula. Figura 13. Filamento de carbono esfoliado. Fonte: FRANK CRESPILHO / USP Imobilização da Levedura Esse recurso é utilizado pois permite o usa da enzima em processos contínuos, pois diminui os riscos de contaminação em operações com altas taxas de diluição e a formação de subprodutos, aumenta a estabilidade, permite o reaproveitamento do material e reduz o custo de operação. Além disso, permite a utilização em diferentes solventes, pHs e temperaturas e podem ser expostas a agentes desnaturantes. Figura 14. Representação de enzimas imobilizadas. Tipos de Imobilização Figura 15. Esquema representativo dos métodos de imobilização de enzimas. Caracterização Voltametria cíclica: um método de caracterização eletroquímica no qual se obtém informações quantitativas e qualitativas de uma espécie química através do registro de curvas-potencial, medidas durante a eletrólise dessa espécie em uma cela eletroquímica. , O potencial é aplicado entre os dois eletrodos a uma velocidade constante em função do tempo (varredura). O potencial e a corrente resultante são registrados simultaneamente. A curva corrente vs. potencial obtida é chamada de voltamograma. Caracterização Figura 16. Exemplo de voltamograma. Caracterização Microscopia: Analisa a microestrutura, permitindo entender as correlações microestrutura-defeitos-propriedades e prediz as propriedades do material quando estas correlações são estabelecidas. Pode ser: Ótica (2000x) Eletrônica de Varredura (900000x) A microscopia eletrônica de varredura (MEV), além de permitir observar o material com uma definição melhor que a ótica, também nos fornece a topografia da superfície do material, composição, cristalografia, etc. Caracterização Figura 17. Neurônios vistos em um microscópio óptico. Figura 18. Neurônios vistos em um microscópio eletrônico. Caracterização Espectofotometria: permite que componentes desconhecidos de uma solução possam ser identificados por seus espectros característicos ao ultravioleta, visível, ou infravermelho. Figura 19. Espectofotômetro de alguns elementos químicos. Referências - AQUINO NETO, Sidney de. Preparação e caracterização de bioanodos para biocélula a combustível etanol/O₂. 2012. 77 f. Tese (Doutorado) - Curso de Química, Química, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012. - FATIBELLO-FILHO, Orlando; VIEIRA, Iolanda da Cruz. USO ANALÍTICO DE TECIDOS E DE EXTRATOS BRUTOS VEGETAIS COMO FONTE ENZIMÁTICA. Química Nova, [s.l.], v. 25, n. 3, p.455-464, maio/jun. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v25n3/9340.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015. - PEREIRA, Rafael Matsumoto. Técnicas de imobilização e estabilização de lipases obtidas a partir de diferentes fontes microbianas. 2014. 30 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Química, Universidade Federal de Alfenas, Poços de Caldas-mg, 2014. Disponível em: <http://www.unifal-mg.edu.br/engenhariaquimica/system/files/imce/TCC_2013_2/Rafael Matsumoto.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015. - CARDOSO, Carmen Lúcia; CAS, Marcela C. de Moraes e Quezia B.. Imobilização de enzimas em suportes cromatográficos: uma ferramenta na busca por substâncias bioativas. Química Nova, [s.l.], v. 32, n. 1, p.393-394, fev. 2009. Disponível em: <http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol32No1_175_32-RV07488.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015. Referências - SOUZA, Karina Ap. de Freitas Dias de; NEVEZ, Valdir Augusto. Enzimas. Disponível em: <http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/enzimas.htm>. Acesso em: 15 out. 2015. - ALEIXO, Luiz Manoel. VOLTAMETRIA: CONCEITOS E TÉCNICAS. Disponível em: <http://usuarios.upf.br/~gobbi/CADA UMA DAS DISCIPLINAS/QUIMICA ANALITICA - - - INSTRUMENTAL/voltametria-vf.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015. SALLET, Paulo Clemente. Prêmio Nobel: dinamite, neurociências e outras ironias. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-60832009000100007&script=sci_arttext>. Acesso em: 15 out. 2015. - MALISKA, Ana Maria. 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