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Supervisão e Orientação Pedagógica - Aula 08

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SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Aula 08: O Supervisor Pedagógico e a constituição dos grupos de professores na escola
Tema da Apresentação
O Supervisor Pedagógico e a constituição dos grupos de professores na escola – AULA 8
SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Conteúdo Programático desta aula
 Os desafios que estão postos ao Supervisor Pedagógico quando sua busca é o trabalho coletivo.
 A importância do Supervisor Pedagógico na constituição dos grupos de trabalho na formação continuada.
- O passo a passo e os cuidados necessários à constituição dos grupos de trabalho na escola.
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Já sabemos que a principal função do Supervisor Pedagógico é formar os professores dentro da instituição em que atuam e a formação continuada é a condição para o exercício de uma educação consciente, que trabalhe as necessidades atuais dos alunos.
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Os professores dentro da escola formam um grupo e o grupo como um todo, interfere na atividade de cada um e essas acabam sendo norteadas pelas relações estabelecidas nesse espaço de interação. 
Nesse caso existe a necessidade de intervenção do Supervisor Pedagógico para que seja desenvolvido um trabalho que possibilite a superação da fragmentação consolidando um trabalho coletivo.
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	Consideramos de vital importância a ação conjunta de toda a equipe de gestão da escola. Esse trabalho em parceria torna a equipe mais capaz de articular o grupo de professores, mobilizando-os e comprometendo-os com a melhoria do trabalho pedagógico.
		Assim, a prática educativa da escola passa a ter novos significados, envolvendo também a prática pedagógica dos professores em um processo de formação contínua. 
O trabalho coletivo na escola: 
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A intencionalidade do professor precisa ser engendrada junto às intencionalidades dos outros educadores, tornando possível a efetividade do projeto pedagógico da escola.
Segundo Freire (1970), a dialogicidade é a essência para a transformação da educação rumo a sua autonomia. 
		
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Para Souza (2001), não basta uma somatória de pessoas para existir um grupo, desta forma se torna necessário pensar em como possibilitar a construção do grupo para o desenvolvimento de um trabalho coletivo rumo à superação da fragmentação.
 Primeiro passo - reunir os professores e essa tarefa não é fácil, pois a conciliação de horários, muitas vezes acaba sendo a primeira grande barreira. 
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	Possibilidade – flexibilização de horários - encontros marcados, semanais ou quinzenais, porém, permanentes.
	Disponibilidade do Supervisor pedagógico - cuidado na organização das tarefas cotidianas - disponibilidade no horário marcado. 
	Não atrasar ou interromper as reuniões por eventuais ocorrências. 
Os professores precisam perceber a valorização e o envolvimento do Supervisor pedagógico com o grupo - exemplo para o próprio envolvimento dos professores.
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E agora, o que fazer?
Planejamento para formação contínua - deve contemplar as necessidades do grupo de professores. 
Trabalho parecido com o do professor que antes, precisa conhecer o que seus alunos já sabem e o que ainda precisam saber.
 A essa altura o Supervisor Pedagógico já deve ter observado as maiores necessidades dos professores na relação com:
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- alunos;
- ensino;
- visão de educação;
- concepção de aprendizagem;
- concepção de avaliação, etc.
Devido as lacunas deixadas na formação inicial dos professores é comum percebermos que os professores conhecem pouco sobre:
- o processo de aprendizagem dos alunos;
- a avaliação;
- como lidar com a indisciplina dos alunos;
- estratégias de ensino, etc.
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Dessa forma surge a questão: por onde começar?
Pode ser pelo que mais incomoda os professores ou o que está dificultando a aprendizagem dos alunos ou o que está emperrando o avanço da proposta de ensino da escola. Porém, é preciso ter cuidado para não deixar o grupo se sentir impotente ou mesmo paralisar.
		É importante perceber se um tema mais polêmico não vai desmobilizar o grupo, comprometendo o processo de reflexão e discussão.
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 Todas as questões devem ser analisadas pelo Supervisor pedagógico na construção do seu planejamento, é ele quem deve avaliar a situação e escolher o caminho, por isso é muito importante que ele conheça o professor.
Escolha feita, é hora de começar: o tema já foi escolhido, é necessário planejar uma tarefa a ser desenvolvida pelo grupo, pois a busca de objetivos comuns fortalece, é o momento de estabelecer o “como”, ou seja, a forma que irá favorecer o desenvolvimento dos objetivos propostos para esse trabalho. 
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 O Supervisor Pedagógico deve ter muito cuidado ao abordar com os professores questões relativas às suas atividades docentes, pois não se deve levantar erros antes da construção de vínculos.
Com os vínculos estabelecidos é mais possível lidar com as críticas, com os não-saberes e confrontar falhas.
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Pode-se iniciar com o estudo teórico do tema escolhido - os textos precisam estar adequados ao grupo.
 
O Supervisor pedagógico deve saber mais sobre o tema que os professores - é preciso muito estudo. 
Também os professores devem fazer a leitura do texto escolhido antes da reunião
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Perguntas que podem ser feitas: 
 O que entenderam da leitura realizada?
 O que acharam mais importante?
 O que não entenderam?
- Que relações fizeram com a prática?
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No início é comum o silêncio como resposta, muitas vezes o medo da exposição prevalece.
As pessoas precisam estar seguras para expressarem seus entendimentos sobre determinado assunto.
O medo vai sendo superado com a construção de vínculos e com a própria compreensão do texto.
Necessidade do Supervisor pedagógico estudar o texto e fazer levantamento dos pontos principais.
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 Quando acontecer o silêncio ou a simplificação excessiva dos conceitos, o Supervisor
pedagógico deve levar o grupo de volta ao texto e ir, aos poucos, explicitando as ideias, fazendo perguntas e estabelecendo relações com a prática.
 Se os professores não levantarem questões sobre o texto, o Supervisor Pedagógico deverá fazê-lo.		
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 Uma pauta deve ser organizada – observar o tempo dedicado ao encontro e a distribuição de atividades, deve ser lida no início da reunião - organiza e prepara o grupo para as atividades que serão desenvolvidas, facilitando o trabalho.
Deverá haver incentivo do registro das principais discussões e também encaminhar as sínteses, é muito importante historicizar o processo de maturação do grupo.
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Ao final de cada encontro é necessário fazer a avaliação da reunião, essa avaliação ajuda a conhecer o grupo, facilitando a expressão de cada um e possibilita avanço na escrita dos professores.
Feito dessa forma, cada reunião pode iniciar pela leitura da síntese do encontro anterior, podendo ser lida por um ou dois elementos, ou mesmo por todos do grupo. Esse momento constitui-se, também, em espaço de reflexão, pois retoma as questões discutidas anteriormente,
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Nesse caso pode-se usar algumas das seguintes perguntas: 
 O que aprendi hoje?
 O que constatei que já sei e no que preciso aprofundar?
 Os pontos levantados facilitaram a compreensão do conteúdo do texto?
- Houve avanço do grupo em relação às questões propostas?
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Essas questões e outras que podem ser utilizadas devem favorecer a reflexão dos professores e possibilitar ao Supervisor pedagógico avaliar o próprio grupo.
		Com relação à pauta, temos que ter em mente que ela é só um caminho, que pode ser aberta e incluir outras possibilidades. Porém, no início da reunião, quando for lida, cabe ao Supervisor pedagógico perguntar ao grupo se não desejam incluir outros assuntos. Assim, esse momento também promove a participação de todos no grupo.
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O Supervisor pedagógico deve estar preparado para fazer intervenções constantes, buscando sempre estabelecer vínculos. Também é preciso garantir que todos falem, assim como, caso haja ataque a algum elemento do grupo, é necessário intervir em sua defesa.
		Freire (1993) constata três movimentos vividos na construção dos grupos, esses movimentos não são isolados, se constituem processo.
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No primeiro movimento o grupo é um “amontoado indiferenciado”, ou seja, pessoas juntas em um mesmo espaço com a mesma finalidade. 
Nesse caso a busca é pela semelhança e todos acreditam que o Supervisor pedagógico vai suprir todas as suas necessidades.
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No segundo movimento, as pessoas começam a perceber as diferenças, também a divergir e querem expressar essa divergência, nesse caso as pessoas começam a assumir uma identidade própria e o Supervisor pedagógico é visto como alguém que pode ajudar o grupo, mas não resolver todos os problemas.
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No terceiro movimento, as divergências são exercitadas e as pessoas já não temem discordar ou emitir seus pontos de vista. O grupo já se enxerga e aceita o outro com suas diferenças. 
Nesse momento o exercício da crítica passa a ser constante. Já se aceita o outro e percebe-se sua individualidade. Sem contar que já há intimidade suficiente para fazer críticas. Essa crítica também alcança o Supervisor pedagógico, pois o grupo tende a recriar o “modelo de educador”.
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Ainda segundo Freire (1993), existem cinco papeis que também podemos encontrar em um grupo:
- Silencioso – cristaliza os silêncios do grupo, mantendo escondido o que acredita que não pode ser dito
- Líder de mudança – enfrenta as dificuldades, os conflitos que surgem e aponta as soluções favorecendo o crescimento.
- Líder de resistência – impede o grupo de avançar, sempre retoma questões já resolvidas como uma nova problemática.
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 - Porta-voz – capta os mal-estares do grupo explicitando-os, possibilita que os conflitos sejam trabalhados.
- Bode expiatório – funciona como depósito das questões que o grupo não pode ou não quer enfrentar, costumeiramente se torna o depósito de tudo que é ruim no grupo.
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 Tanto os movimentos quanto os papeis existentes no grupo, precisam ser identificados e trabalhados pelo Supervisor pedagógico.
 Os papeis exercidos pelos elementos, precisam ser alternados de forma a não se cristalizar em uma única pessoa.
		
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Lidar com grupos implica em lidar com as diferenças, o que equivale a enfrentar conflitos e também buscar caminhos para superação dos mesmos.
Um espaço de desenvolvimento e aprendizagem efetivos, só existe de fato quando se contempla as diferenças.
 Afinal, já sabemos que é o pensamento divergente que propicia avanços no conhecimento.		
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Se quisermos que os professores considerem a heterogeneidade de seus alunos, é preciso que o Supervisor pedagógico desenvolva um trabalho com o grupo de professores que considere suas diferenças.
		Freire (1993) nos lembra que fomos educados segundo uma concepção autoritária de educação, por isso, estamos acostumados a lidar com os grupos como se fosse “massa homogênea”, daí a necessidade de construção de um projeto democrático de constituição dos grupos, envolvendo todos os participantes da escola.
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Modificar essa estrutura demanda grande investimento do Supervisor pedagógico que, a partir de sua intervenção, promove o aparecimento das diferenças, para serem trabalhadas, porém, reforçando a individualidade de cada um. Isso significa trabalhar pela igualdade de participação:
 controlando os mais falantes;
 dando voz aos silenciosos;
- valorizando a crítica construtiva.
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É necessário lembrar que as pessoas que atuam na escola, são as que podem protagonizar as mudanças e o Supervisor Pedagógico deve estar consciente de que seu papel é fundamental, especialmente investido na formação do grupo.
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