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Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
PLANEJAMENTO EPLANEJAMENTO E
POLÍTICAS PÚBLICASPOLÍTICAS PÚBLICAS
Oficina 4 / ESAF 2013
ABOP Slide 1
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
ƒ d
Estado Estado 
ƒ Estado:
• Por que?
• Para que?
?• Para quem?
ABOP Slide 2
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
ƒ l i
Desenvolvimento Desenvolvimento 
ƒ Desenvolvimento
– O que é?
– Pode ser um conceito único?
É f ?– É um fim em si mesmo?
– Existe em “caixinhas”, isto é, desenvolvimento social, desenvolvimento 
econômico, desenvolvimento de infraestrutura...?
U i ã l i li– Uma visão neocolonialista
Que desenvolvimento?
– Consumo?
l i ?– Tecnologia?
– Produção?
– Meio ambiente?
d ã ?– Educação?
ABOP Slide 3
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
O que é Planejamento (formal) O que é Planejamento (formal) 
Planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um
conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas
para tornar realidade um objetivo futuro (ou uma demanda), de forma apara tornar realidade um objetivo futuro (ou uma demanda), de forma a
possibilitar (facilitar) a tomada de decisões.
9 Estratégias organizacionais estão totalmente interligadas com os objetivos e as9 Estratégias organizacionais estão totalmente interligadas com os objetivos e as
metas organizacionais, oferecendo caminhos e técnicas a serem seguidos para
o alcance dos mesmos. (Conceito Administrativo)
9 No significado em geral sobre “estratégia” observa-se que seu norte principal
diz respeito a ser capaz de posicionar-se corretamente frente às situações
principalmente quando se está diante de incertezas e turbulências do
ambiente.
ABOP Slide 4
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
Dimensões (didática) Dimensões (didática) 
9Estratégica (“longo prazo”)=> se estende aproximadamente a cinco
anos ou mais.
9Táti (“ édi ”) > i i d t d i9Tática (“médio prazo”)=> varia aproximadamente de seis meses a
dois anos.
9Operacional (“curto prazo”)=> relacionadas com a programação da9Operacional ( curto prazo )=> relacionadas com a programação da
produção dos bens e serviços e decisões relativas aos controles de
estoque.
“....” Depende do observador, da referência, do tipo de análise
ABOP Slide 5
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
9 É comum a organização do planejamento defender que em um
Como se desenvolve? Como se desenvolve? 
9 É comum a organização do planejamento defender que, em um
modelo teórico racional, o primeiro passo para a elaboração do
planejamento estratégico é determinar com precisão as seguintes
q estõesquestões:
‰ “Quem somos?”
‰ “O d h ?”‰ “Onde queremos chegar?”
‰ “Avaliamos os fatores externos?”
‰ “Como atingiremos nossos objetivos?”
9 A partir daí, são feitas simulações de situações diversas com a
construção de cenários não objetivando prever o futuro mas simconstrução de cenários, não objetivando prever o futuro, mas sim
descrever possíveis acontecimentos plausíveis que poderão ocorrer.
ABOP Slide 6
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
O Plano Estratégico O Plano Estratégico 
TÁTICA
ABOP Slide 7
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
onvertendo Plano em Ação (principais entraves) onvertendo Plano em Ação (principais entraves) 
Apenas 10% das Estratégias
são Implementadas
Apenas 10% das Estratégias
são Implementadas
Barreiras à implementação das estratégiasBarreiras à implementação das estratégias
Barreira da Visão
Apenas 5% dos
colaboradores
Barreira da Visão
Apenas 5% dos
colaboradores
Barreira da Motivação
Apenas 25% dos
dirigentes têm
Barreira da Motivação
Apenas 25% dos
dirigentes têm
Barreira Cultural
85% dos dirigentes
dedicam menos de
Barreira Cultural
85% dos dirigentes
dedicam menos de
Barreira do orçamento
60% das organizações
não estabelecem
Barreira do orçamento
60% das organizações
não estabelecem
entendem 
a estratégia
entendem 
a estratégia
incentivos associados
à estratégia
incentivos associados
à estratégia
uma hora por mês
discutindo a estratégia
uma hora por mês
discutindo a estratégia
um link entre o
orçamento e a estratégia
um link entre o
orçamento e a estratégia
ABOP Slide 8
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
anejamento, visões complementares. anejamento, visões complementares. 
• Limite das abordagens “prescritivas” e “racionais” (métodos racionais
compreensivo)p )
• (Ciência Política + Ciências Sociais + Administração Pública) versus administração
privadap
• Autores: Mintzberg, Idenburg, Quinn, Lindblom e Wildavsky, entre outros
Os modelos tradicionais e as formulações dele 
decorrentes (ex: orçamento-programa) não 
conseguem combinar as variáveis ambientais 
associadas à e ec ção das políticas em especialassociadas à execução das políticas, em especial 
na dimensão pública.
ABOP Slide 9
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
QuinnQuinn
nejamento, visões complementares. nejamento, visões complementares. 
• Estratégias definidas pela cúpula não são seguidas conforme o
planejado
Quinn Quinn 
• O planejamento da cúpula não é possível ou viável
• Decisões estratégicas são tomadas no nível operacional
• Demais níveis modificam a estratégia inicial de modo incremental (
incrementalismo lógico).
Sugestões:
1º passo: compreender a irracionalidade no processo
2º passo: criar atmosferas de consenso, capacitando a
i ã ( di d hi tó i ) di ã d torganização (aprendizado histórico), na direção das metas
pretendidas, negociando sempre com as forças incontroláveis do
ambiente, considerando também outros fatores que materializam a
consecução da estratégia, como os políticos e os sociais.
ABOP Slide 10
consecução da estratégia, como os políticos e os sociais.
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
MintzbergMintzberg
anejamento, visões complementares. anejamento, visões complementares. 
Enxerga limites no modelo racional-compreensivo de planejamento estratégico (mecanicista).
Necessidade de se negociar sempre com a incerteza, estabelecendo-se pequenos passos
Mintzberg Mintzberg 
incrementais para satisfazer os diversos atores envolvidos. Neste modelo adaptativo, as
decisões são desconexas e fragmentadas, ainda que flexíveis para se adaptar às necessidades do
momento.
ABOP Slide 11
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
WildavskyWildavsky
nejamento, visões complementares. nejamento, visões complementares. 
O modelo de Orçamento-Programaé um descrédito à análise de políticas
Wildavsky Wildavsky 
públicas, pois a lógica de alocação de recursos enviesa o planejamento para o controle e
para a eficiência (controle do orçamento), em detrimento da eficácia e da efetividade
das ações de Governo. Além disso, não considera (de forma explícita) variáveis políticas eç , ( p ) p
sociais que fundamentam o processo decisório.
ABOP Slide 12
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
WildavskyWildavsky
anejamento, visões complementares. anejamento, visões complementares. 
O orçamento-programa induz a criação de procedimentos,
atributos e sistemas de informações devidamente
Wildavsky Wildavsky 
atributos e sistemas de informações, devidamente
apropriados pela burocracia em arranjos processuais, que
não contribuem para a execução (prática) das políticas
úbli i i bili i t dpúblicas e que inviabilizam, por vezes, o aprimoramento da
tomada de decisão nas instâncias superiores devido a
própria complexidade sistêmica.
O resultado deste arranjo, de acordo com o autor, é um
plano formal, burocrático, descolado da racionalidade
política que não indica as principais escolhas do Governo epolítica, que não indica as principais escolhas do Governo e
baseado unicamente em uma racionalidade técnica ou
econômica. Para Wildavsky, deveria ser anulado o
f d áli d lí i
ABOP Slide 13
casamento forçado entre análise de políticas e
orçamento.
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
ConsideraçõesConsiderações
nejamento, visões complementares. nejamento, visões complementares. 
As variáveis políticas, sociais e a própria
Considerações Considerações 
As variáveis políticas, sociais e a própria
flexibilidade de execução precisam ser consideradas
na tentativa de quebrar o atual paradigma de
planejamento onde por vezes os própriosplanejamento, onde, por vezes, os próprios
instrumentos se sobrepõem à ação de planejar.
ABOP Slide 14
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
Crítica ao Planejamento Formal Crítica ao Planejamento Formal 
“A exigência do desenho do projeto (programa) nos
t d ét d d ló i ã j dtermos do método do marco lógico não ajuda
suficientemente a acompanhar processos que, pela
sua própria natureza, são abertos, sujeitos a uma
margem grande de incerteza e que exigem umamargem grande de incerteza e que exigem uma
flexibilidade extraordinária para produzir resultados
“.
Joan Prats i Català 
De la burocracia al management, del management a la governanza
ABOP Slide 15
De la burocracia al management, del management a la governanza 
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
Ambiente do Setor PúblicoAmbiente do Setor Público
Sistema político (adesão x oposição?)
Burocracias estruturadas Ideologia (adesão x oposição?)Burocracias estruturadas
Insulamento
Processualista
Ideologia (adesão x oposição?)
Lucro x Cidadania
Problemas ambíguos
Re o li it doFoco no controle
Ritualismo
P líti té i
Recursos limitados
Assimetria de informações
Alternativas turvas
Política x técnica
Conclusões:
1) complexidade não tem aderência absoluta às caixas, cronogramas,
retângulos, físico-financeiro, etc.
2) Modelos não são neutros (e podem atrapalhar a pensar...)
ABOP Slide 16
2) Modelos não são neutros (e podem atrapalhar a pensar...)
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
E aquele conceito de Planejamento? E aquele conceito de Planejamento? 
• definir objetivos ou resultados a serem alcançados;
d fi i i ibilit li ã d lt d• definir meios para possibilitar a realização de resultados;
• interferir na realidade para passar de uma situaçãointerferir na realidade, para passar de uma situação
conhecida a uma situação desejada, dentro de um intervalo
definido de tempo;
• tomar no presente decisões que afetam o futuro;
• processo de elaboração de planos para tentar controlar o
f t
ABOP Slide 17
futuro
(estabelece objetivos, faz planos, executa os planos).
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
Por que há uma diversidade de formas de compreender os conceitos?
Interesses x conceito Interesses x conceito 
Por que há uma diversidade de formas de compreender os conceitos?
i. cada forma de explicar ou conceituar o termo está relacionada a uma 
maneira própria de criar o próprio objeto e explicá-lo à luz das 
conveniências de cada área. 
ii. compreender as motivações que levam os grupos a defenderem o que se 
entende por planejamento governamental remete, portanto, ao 
desvelamento (sutileza da dominação) dos interesses destes gruposdesvelamento (sutileza da dominação) dos interesses destes grupos
iii. as relações, conscientes ou não, que delimitam os conceitos e, portanto, 
qualificam o que é adequado ou inadequado (fato que remete a posiçõesqualificam o que é adequado ou inadequado (fato que remete a posições 
favorecidas e desfavorecidas dos agentes) são motivadas pelo jogo de 
interesses afetos às formas de apropriação do conceito de planejamento 
ABOP Slide 18
p p ç p j
governamental
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
"A di d f di i i ã
Método x objeto Método x objeto 
"Acreditar que se pode fazer progredir uma investigação 
científica aplicando-lhe um método tipo, escolhido porque deu 
bons resultados em outra investigação ao qual estavabons resultados em outra investigação ao qual estava 
relacionado, é um equívoco estranho que nada tem em comum 
com a ciência."
Antonio Gramsci 
O MÉTODO DEVE RESPEITAR A PARTICULARIDADE DAS POLÍTICAS (E DA
ABOP Slide 19
O MÉTODO DEVE RESPEITAR A PARTICULARIDADE DAS POLÍTICAS (E DA 
POLÍTICA)
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
Planejamento Governamental Planejamento Governamental 
Para construir o conceito mais adequado deve-se:
a) associar ao conceito o espaço público com todas as suas determinações e 
nuances:
Estado, poder, legitimidade, conflito, política, hegemonia, ideologia, etc.
b) ir além das definições mais simples apropriadas por ciências específicasb) ir além das definições mais simples apropriadas por ciências específicas.
Centro do debate: 
i. relações entre Estado, sociedade civil e esfera pública, 
ii. o papel do Estado, 
iii. a relação entre política e análise de políticas e 
iv. os dilemas que decorrem dessas relações.
ABOP Slide 20
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Dimensões do Conceito:
Planejamento Governamental Planejamento Governamental 
Dimensões do Conceito:
1) diagnóstico: quais dinâmicas foram e são responsáveis pela atual 
configuração da nossa realidade?
2) escolhas: o que devemos fazer para conduzir a sociedade a um patamar 
mais desenvolvido?
3) organização dos meios: organizar e garantir a materialização daquilo que foi 
previsto.
Sugestão: Planejamento Governamental é uma função do Estado que 
deve anteceder e condicionar a ação do Estado de modo a viabilizar as ç
escolhaspolíticas.
ABOP Slide 21
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ƒ l j é i id d é i lí i ?
Planejamento para o desenvolvimento Planejamento para o desenvolvimento 
ƒ Planejamento é uma atividade técnica ou política?
ƒ Racionalidade burocrática vs racionalidade política
ƒ Na formulação, como são tomadas as decisões?
d ?• Poder?
• Racionalismo?
ABOP Slide 22
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O i
olíticas públicas: origem, conceito, modelos olíticas públicas: origem, conceito, modelos 
z Origem
z Enquanto disciplina acadêmica nasce nos EUA
z Enquanto prática de estado nasce com o a Guerra Fria
Fundadores: H Laswell H Simon C Lindblom e D Eastonz Fundadores: H. Laswell, H. Simon, C. Lindblom e D. Easton
ABOP Slide 23
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ƒ lí i úbli i ã d li C li S
Políticas Públicas: Definições e AplicaçõesPolíticas Públicas: Definições e Aplicações
ƒ Políticas Públicas: uma revisão da literatura – Celina Souza.
ƒ Definições clássicas
Mead (1995) a define como um campo dentro do estudo da política que 
li à l d d tõ úblianalisa o governo à luz de grandes questões públicas
Lynn (1980), como um conjunto de ações do governo que irão produzir 
efeitos específicos.
Peters (1986) política pública é a soma das atividades dos governos quePeters (1986), política pública é a soma das atividades dos governos, que 
agem diretamente ou através de delegação,e que influenciam a vida dos cidadãos
Dye (1984)“o que o governo escolhe fazer ou não fazer” 
Laswell quem ganha o quê por quê e que diferença fazLaswell, quem ganha o quê, por quê e que diferença faz.
Souza “colocar o governo em ação” e/ou analisar essa ação e, quando 
necessário, propor mudanças no rumo ou curso dessas ações 
ABOP Slide 24
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
Políticas Públicas: Definições e AplicaçõesPolíticas Públicas: Definições e Aplicações
ƒ Políticas Públicas: UMA DEFINIÇÃO ALTERNATIVA:
ƒ “POLÍTICAS PÚBLICAS SÃO A FORMA DE MANIFESTAÇÃO DO
PODER PÚBLICO ESTATAL, HISTORICAMENTE DECORRENTE DA
ASSUNÇÃO DE FUNÇÕES CONSIDERADAS ORIGINARIAMENTEASSUNÇÃO DE FUNÇÕES CONSIDERADAS ORIGINARIAMENTE
INDELEGÁVEIS AO SETOR PRIVADO, SEJAM ELAS FUNÇÕES
CLÁSSICAS OU CONTEMPORÂNEAS”CLÁSSICAS OU CONTEMPORÂNEAS
ABOP Slide 25
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
ƒ lí i úbli i ã d li C li S
Políticas Públicas: Definições e AplicaçõesPolíticas Públicas: Definições e Aplicações
ƒ Políticas Públicas: uma revisão da literatura – Celina Souza.
ƒ Modelos de formulação e análise:
O tipo da política pública – Theodor Lowi – políticas distributivas, 
l tó i di t ib ti tit tiregulatórias, redistributivas e constitutivas
Incrementalismo – Lindbloom, Wildavski
Garbage can – Cohen, March e Olsen
Coalizão de defesa SabatierCoalizão de defesa – Sabatier
Múltiplos fluxos – Kingdom
Arenas sociais – empreendedores políticos
Equilíbrio interrompido ‐ Baumgartner e Jones – relações com as ciênciasEquilíbrio interrompido ‐ Baumgartner e Jones – relações com as ciências 
biológicas, com grande importância da mídia nos “espasmos” das políticas
ABOP Slide 26
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
l d d
Políticas Públicas: Definições e AplicaçõesPolíticas Públicas: Definições e Aplicações
Na Europa – papel do Estado;
ƒ Nos EUA – estudos empíricos sobre a ação concreta dos governos.
ƒ O que são Políticas Públicas???
ƒ d ã à i d lí i úbli i iƒ Introdução à Teoria da Política Pública – Enrique Saravia.
ƒ Fábio Konder Comparato diz que “O government by policies, em substituição ao
government by law, supõe o exercício combinado de várias tarefas que o Estado
lib l d h i l t S õ d l i t d té i i i lliberal desconhecia por completo. Supõe o desenvolvimento da técnica previsional, a
capacidade de formular objetivos possíveis e de organizar a conjunção de forças ou a
mobilização de recursos – materiais e humanos – para a sua consecução. Em uma
palavra o planejamento”palavra, o planejamento .
ƒ O que são Políticas Públicas??? – “Trata‐se de um fluxo de decisões públicas,
orientado a manter o equilíbrio social ou a introduzir desequilíbrios destinados a
modificar essa realidade ”modificar essa realidade.
ABOP Slide 27
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
Políticas Públicas: Definições e AplicaçõesPolíticas Públicas: Definições e Aplicações
ƒ Políticas Públicas: nós conceituais – Leornardo Secchi.
ƒ Políticas públicas são elaboradas exclusivamente por atores estatais, ou também
por atores não‐estatais?
ƒ Políticas públicas também se referem à omissão ou à negligência do poder
público?
ƒ Apenas diretrizes estruturantes (de nível estratégico) são políticas públicas, ou as
di i i i bé d id d i ?diretrizes operacionais também podem ser consideradas como tais?
ƒ Mapeamento dos Modelos de Análise de Políticas Públicas: como reconhecer sua
ilid d Th Dutilidade – Thomas Dye.
ƒ Ordenar e simplificar a realidade
ƒ Identificar o que é relevante
ƒ C di lid dƒ Condizer com a realidade
ƒ Comunicar algo significativo
ƒ Orientar a pesquisa e a investigação
ƒ li õ l õ
ABOP Slide 28
ƒ Propor explicações e soluções
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
S
olíticas públicas: senso comum, campo de estudos olíticas públicas: senso comum, campo de estudos 
Senso comum:
“Políticas sociais seriam intervenções planejadas do poder público com a finalidade de 
resolver situações sociais problemáticas” (Di Giovanni & Nogueira, 2013)
Campo de estudos:
“Forma de exercício de poder em sociedades democráticas, resultante de uma 
complexa interação entre Estado e sociedadecomplexa interação entre Estado e sociedade …
… uma intervenção estatal, de uma modalidade de regulação política e de um 
expediente com o qual se travam lutas por direitos e por distribuição” (Di Giovanni & 
Nogueira, 2013)
ABOP Slide 29
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
“U fi ã ífi d l õ d d fi ã
Políticas públicas hoje Políticas públicas hoje 
“Uma configuração específica de relações de poder –uma configuração 
institucionalizada, recorrente e estruturada– mediante a qual se constitui uma 
possibilidade de ação coletiva”. (Di Giovanni & Nogueira, 2013)
Possibilidade nem única nem exclusiva, convivendo/concorrendo com o 
corporativismo, o mandonismo local, o coronelismo, o populismo, a responsabilidade 
social, o voluntariado.
ABOP Slide 30
Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 
P líti úbli ã d fi id ti d t hi tó i
Políticas públicas: historicidade Políticas públicas: historicidade 
Políticas públicas são definidas e praticadas em termos históricos.
Levar em conta a historicidade permite ir além da visão empirista dominante nos 
modelos analíticos disponíveis.
A partir de meados do século 20, complexificação,diferenciação e fragmentação das 
sociedades:
ƒ Transformação demográficaTransformação demográfica
ƒ Industrialização
ƒ Urbanização
ƒ Revolução tecnológica
ƒ Redefinição e ampliação dos sistemas educacionais
ƒ Secularização crescente da vida coletiva
ƒ Transformação das relações entre gêneros
ƒ Revolução no modo de vida
Interações interesses direitos carecimentos
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Interações, interesses, direitos, carecimentos
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A i d d it li t d ó f d l t ( l
Políticas públicas: historicidade Políticas públicas: historicidade 
As sociedades capitalistas do pós‐guerra foram marcadas pelo aumento (em volume e 
importância estratégica) das intervenções do Estado na vida econômica e social. 
Três fatores‐chave desse processo de reconfiguração:
ƒ De natureza política, a bipolarização capitalismo‐socialismo
ƒ De natureza macroeconômica, políticas keynesianas (os “30 anos dourados”)
ƒ De natureza sociocultural, a consolidação dos direitos sociais (Hobsbawm, 1994)
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R lt d d di â i d d it li t
Políticas públicas: historicidade Políticas públicas: historicidade 
Resultados da dinâmica do mundo capitalista:
ƒ “Sociedade de consumo de massas”
ƒ “Revolução das expectativas” (Bell, 1976): binômio direito‐demandaç p ( , )
ƒ Aumento das clivagens sociais: o Estado passa a agir não apenas para resolver situações 
problemáticas, mas também para gerir conflitos
ƒ Intervenções estatais modeladas por uma pluralidade de atores e demandas de natureza diversaIntervenções estatais modeladas por uma pluralidade de atores e demandas de natureza diversa 
e vinculados a interesses específicos (congruentes ou contraditórios), que convivem em um campo de 
tensões no qual se confrontam ao menos três lógicas de ação:
ƒ acumulação de capitalacumulação de capital
ƒ acumulação de poder
ƒ acumulação de recursos de bem‐estar e garantia de direitos
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C it li i t d d i ã d t itó i b di ã d
Globalização, Estado e políticas públicas Globalização, Estado e políticas públicas 
Capitalismo: conquista do mundo, incorporação dos territórios, subordinação da 
natureza
Globalização correspondendo ao ciclo atual da mundialização capitalista...
… sendo um processo multidimensional (econômico, tecnológico, mas também 
político social cultural)político, social, cultural)
Policentrismo, blocos regionais, comunidades supranacionais, atores transnacionais, g , p ,
Sociedade mundial, mas não um Estado mundial:
“Sociedade mundial sem Estado mundial significa uma sociedade que não está politicamente 
organizada e na qual novas oportunidades de poder e de intervenção surgem para os atores 
transnacionais, que não possuem a devida legitimidade democrática.” (Beck, 1999)
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D ld i l b l d l b l “t t d b d t d
Globalização, Estado e políticas públicas Globalização, Estado e políticas públicas 
Da aldeia global ao supermercado global: “troca‐se tudo, sabe‐se de tudo, consome‐
se uma inesgotável infinidade de bens (simbólicos, antes de tudo), mas convive‐se em 
termos fugazes, de modo errático, virtual.” ( Di Giovanni & Nogueira, 2013)
O mundo encolheu, a vida ficou mais acelerada: “todos” estão conectados o tempo 
todo nos problemas de “todos”, em tempo realp , p
Todos?
A globalização tem favorecido sobretudo os segmentos sociais “incluídos”, os países mais 
desenvolvidos, as organizações mais poderosas...
… mas também sugere a possibilidade de construir um mundo “mundializado”: interconectado, g p ,
justo e democrático, propício à emancipação plena do gênero humano.
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T difí i l ã l d id ã d t d
Globalização, Estado e políticas públicas Globalização, Estado e políticas públicas 
Tempos difíceis: a aceleração geral da vida, a compressão do tempo e dos espaços 
surpreendem e confundem, gerando dificuldades adicionais de adaptação, equilíbrio e 
recomposição.
Mais informação não garante mais conhecimento:
Razão instrumental (custo/benefício)
Razão crítica (compreensão do mundo)Razão crítica (compreensão do mundo)
Mudança acelerada, império do mercado:
Estados nacionais perdem força, governos têm dificuldades para regular, planejar, coordenar, 
dirigir
As organizações públicas, acostumadas ao controle, são instadas a trocar o burocrático pelo 
gerencial, o planejamento pelo empreendedorismo, a norma pela flexibilidade, a lentidão pela 
l id d id dã l livelocidade, o cidadão pelo cliente
Tudo se resume a valores econômicos?
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P d f i lib l E t d lt à i i l
Globalização, Estado e políticas públicas Globalização, Estado e políticas públicas 
Passada a euforia neoliberal, o Estado volta à cena principal.
Menor poder de regulação e intervenção, mas estratégico como antes: decisivo para 
equacionar a vida comum e a questão social
Uma gestão pública renovada ética, técnica e politicamente tornou‐se uma imposição 
da realidade:
Esgotamento das “ferramentas de gestão”Esgotamento das  ferramentas de gestão
Explosão de demandas e reivindicações
Exigência de criatividade na formulação e na implementação das políticas
Parceria e participação
Reconstrução democrática do Estado
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O d lh fi i di d i d d d t
Globalização, Estado e políticas públicas Globalização, Estado e políticas públicas 
O mundo encolheu, ficou mais diverso e deixou de ser ordenado por regras e centros 
claramente reconhecidos. Os Estados e os governos estão cercados pela economia 
internacionalizada. Os governos governam com dificuldades e são pouco produtivos.
Mas, enquanto buscarmos maior igualdade e mais justiça social,  necessitaremos de 
Estados (de ambientes ético‐políticos que forneçam parâmetros de sentidos para a vida ( p q ç p p
comum) e de Estado (de aparatos políticos e administrativos com que governar a 
complexidade da vida).
A democratização contemporânea faz‐se acompanhar de novos desafios e exigências, 
tanto em termos de espírito republicano como no plano do conhecimento e da 
i t ã t lintervenção governamental.
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