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Técnica Operatória - Guia para prática - MEDresumos

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Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
1
MED RESUMOS 2012
ARLINDO UGULINO NETTO 
MEDICINA – P5 – 2009.2
m e d _ r e s u m o s @ h o t m a i l . c o m
TCNICA OPERAT‚RIA
REFERÊNCIAS
1. Material baseado nas aulas ministradas pelos Professores Carlos Leite e Thiago Lino na FAMENE, 
durante o período letivo de 2009.2.
2. MARQUES, Ruy Garcia. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2005.
3. GOFFI, Fabio Schmidt. Tƒcnica cir„rgica: Bases anat…micas, fisiopatol†gicas e tƒcnica da cirurgia. 4ª 
ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2001.
4. WAY, L.W.; DOHERTY, G.M. Cirurgia: Diagn†stico e Tratamento. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1999.
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
2
MED RESUMOS 2012
N E T T O , A r l i n d o U g u l i n o .
TÉCNICA OPERATÓRIA
N O M E N C L A T U R A C I R Ú R G I C A
O s ó r g ã o s e t e c i d o s , a s m a n o b r a s e p r o c e d i m e n t o s o p e r a t ó r i o s , e t a m b é m i n s t r u m e n t o s c i r ú r g i c o s s ã o 
r e c o n h e c i d o s m u n d i a l m e n t e p o r d e n o m i n a ç õ e s p r ó p r i a s , d e p r o c e d ê n c i a e t i m o l ó g i c a d i v e r s a . E s s a s d e n o m i n a ç õ e s 
c o n s t i t u e m a N o m e n c l a t u r a ( d o l a t i m , l i s t a d e n o m e s ) e m T é c n i c a O p e r a t ó r i a .
D e n t r o d o a b r a n g e n t e c o n c e i t o d e l i n g u a g e m , t e m o s a l i n g u a g e m c i e n t í f i c a q u e a l b e r g a , e n t r e o u t r a s c l a s s e s , a 
l i n g u a g e m m é d i c a . D e n t r o d e s t a , p o r s u a v e z , t e m o s a l i n g u a g e m c i r ú r g i c a , q u e s e r v e c o m o m e i o d e m e n s a g e m q u e 
f a c i l i t a a c o m u n i c a ç ã o e n t r e p r o f i s s i o n a i s d a á r e a m é d i c a . 
A N o m e n c l a t u r a C i r ú r g i c a a b r a n g e a l g u n s c o n c e i t o s c o m u n s , t e r m o s g e n é r i c o s , r a í z e s , s u f i x a ç ã o e p r e f i x a ç ã o , 
e p ô n i m o s , s i n ô n i m o s e t e r m o s h í b r i d o s .
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS ANATƒMICAS
C o n c e i t o T e r m o c o r r e s p o n d e n t e E x e m p l o s
R e l a t i v o a e s t ô m a g o G Á S T R I C O T u m o r g á s t r i c o
R e l a t i v o a o f í g a d o H E P Á T I C O S a n g r a m e n t o h e p á t i c o
R e l a t i v o a b a ç o E S P L Ê N I C O O U L I E N A L L i g a m e n t o e s p l e n o r r e n a l 
R e l a t i v o a i n t e s t i n o d e l g a d o E N T É R I C O P e r f u r a ç ã o e n t é r i c a
R e l a t i v o a i n t e s t i n o g r o s s o C Ó L I C O O U C O L Ô N I C O P ó l i p o c o l ô n i c o 
R e l a t i v o a v e s í c u l a b i l i a r ( b i l e ) C O L E C I S T O ( C O L E ) C o l e p e r i t ô n i o ; C o l e c i s t e c t o m i a 
R e l a t i v o a c o r a ç ã o C A R D I O , P R E C Ó R D I O A n a t o m i a c a r d í a c a
R e l a t i v o à t r o m p a S A L P I N G O C i s t o s a l p í n g e o 
R e l a t i v o a o v á r i o O O F O R O O o f o r o p l a s t i a
R e l a t i v o a t e s t í c u l o O R Q U I D O D o r o r q u i d i a n a 
R e l a t i v o a t e n d ã o T E N O T e n o r r a f i a
CONCEITOS COMUNS EM CIRURGIA
C o n c e i t o T e r m o c o r r e s p o n d e n t e E x e m p l o s
I n c i s ã o ; a b e r t u r a d e u m ó r g ã o o u 
c a v i d a d e O T O M I A
G a s t r o t o m i a ; C o l o t o m i a ; 
L a p a r o t o m i a ; F l e b o t o m i a ; 
T o r a c o t o m i a
A b e r t u r a d e u m ó r g ã o e , c o m u n i c a ç ã o 
c o m e x t e r i o r ; D e r i v a ç ã o i n t e r n a O S T O M I A ( o u A N A S T O M O S E )
G a s t r o s t o m i a ; C o l o s t o m i a ; 
G a s t r o e n t e r o s t o m i a 
E x c i s ã o , R e t i r a d a , E x t i r p a ç ã o
E C T O M I A
G a s t r e c t o m i a ; E s o f a g e c t o m i a
E s p l e n e c t o m i a ; C o l e c t o m i a 
O r q u i d e c t o m i a ; M i o m e c t o m i a 
S u t u r a R R A F I A G a s t r o r r a f i a ; T e n o r r a f i a 
P u n ç ã o C E N T E S E
P a r a c e n t e s e ( a b d o m i n o c e n t e s e o u 
l a p a r o c e n t e s e ) ; T o r a c o c e n t e s e 
R e p a r a ç ã o p l á s t i c a , c o r r e ç ã o c i r ú r g i c a P L A S T I A H e r n i o p l a s t i a ; R i n o p l a s t i a 
L i b e r a ç ã o d e a d e r ê n c i a s o u b r i d a s 
( s e q ü e l a s d e p r o c e s s o s i n f l a m a t ó r i o s 
i n t r a b d o m i n a i s o u i n t r a p l e u r a i s )
L I S E
P e r i t o n i ó l i s e 
P l e u r ó l i s e 
I m o b i l i z a ç ã o D E S E A r t r o d e s e ; T e n o d e s e 
I n c i s ã o p a r a r e m o v e r c á l c u l o s L I T O T O M I A C o l e c i s t o l i t o t o m i a ; n e f r o l i t o t o m i a ; 
c o l e d o c o l i t o t o m i a 
C o m p r e s s ã o , E s m a g a m e n t o T R I P S I A L i t o t r i p s i a
A t o d e l i g a r u m v a s o c o m f i o L I G A D U R A L i g a d u r a d a a r t é r i a u t e r i n a
I n t e r v e n ç ã o c i r ú r g i c a p r a t i c a d a c o m 
a u x í l i o d o m i c r o s c ó p i o s o b r e u m a 
e s t r u t u r a v i v a m u i t o p e q u e n a
M I C R O C I R U R G I A M i c r o c i r u r g i a d e l a r i n g e
E x c i s ã o p a r c i a l d e u m ó r g ã o o u 
e s t r u t u r a
R E S S E C Ç Ã O R e s s e c ç ã o d o t u m o r g á s t r i c o
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
3
M a n o b r a q u e r e e s t a b e l e c e a 
c o n t i n u i d a d e d o s t e c i d o s
S Í N T E S E S í n t e s e d a a p o n e u r o s e
L i m p e z a m e c â n i c a d e u m a f e r i d a 
i n f e c t a d a
D E S B R I D A M E N T O D e s b r i d a m e n t o d e e s c a r a d e 
d e c ú b i t o
D i v i s ã o , s e p a r a ç ã o d e t e c i d o s 
o r g â n i c o s
D I É R E S E D i é r e s e d o T C S C
T i r a r o n ú c l e o , r e m o v e r u m t u m o r d e 
s e u s e n v o l t ó r i o s
E N U C L E A Ç Ã O E n u c l e a ç ã o d e n ó d u l o d e m a m a
D e s t r u i ç ã o d o s t e c i d o s a n i m a i s p o r 
f a í s c a s e l é t r i c a s , c o n t r o l a d a s p o r 
e l e t r o d o m ó v e l
F U L G U R A Ç Ã O
F u l g u r a ç ã o d o v a s o s s a n g r a n t e s d o 
r e t r o p e r i t ô n i o 
A d m i n i s t r a ç ã o d e l í q u i d o g o t a a g o t a I N S T I L A Ç Ã O I n s t i l a ç ã o d a s o l u ç ã o d e h e p a r i n a 
TERMOS COMPOSTOS
O s t e r m o s c o m p o s t o s s ã o d e t e r m i n a d o s p o r u m p r e f i x o ( ó r g ã o o u t e c i d o ) e u m s u f i x o ( f i n a l i d a d e d o 
p r o c e d i m e n t o ) .
R a i z O r i g e m S i g n i f i c a d o E x e m p l o
A D E N ( O ) G r e g o G l â n d u l a , g â n g l i o A d e n e c t o m i a
A N G I ( O ) G r e g o V a s o A n g i o r r a f i a
A R T R ( O ) G r e g o A r t i c u l a ç ã o A r t r o d e s e
C O N D R ( O ) G r e g o C a r t i l a g e m C o n d r e c t o m i a
C O L E G r e g o B i l e C o l e p e r i t ô n i o
C O L ( O ) G r e g o I n t e s t i n o g r o s s o C o l o t o m i a ; C o l o s t o m i a 
C O L P ( O ) G r e g o V a g i n a C o l p o r r a f i a ; C o l p o t o m i a 
D E R M O , D E R M A , 
D E R M A T O
G r e g o P e l e D e r m o l i p e c t o m i a
E N T E R ( O ) G r e g o I n t e s t i n o d e l g a d o E n t e r o s t o m i a ; E n t e r o t o m i a 
F L E B G r e g o V e i a F l e b o g r a f i a
F R E N ( O ) G r e g o R e l a t i v o a d i a f r a gm a F r e n o t o m i a
F R E N O L a t i m F r e i o F r e n o t o m i a
G A S T R ( O ) G r e g o E s t ô m a g o
G a s t r o s c o p i a ; 
g a s t r e c t o m i a ;
g a s t r o d u o d e n o s t o m i a 
H E P A T ( O ) G r e g o F í g a d o H e p a t e c t o m i a
H I S T E R ( O ) G r e g o Ú t e r o H i s t e r e c t o m i a
Í L E O L a t i m Í l e o I l e o s t o m i a
Í L I O L a t i m Í l i o D e r i v a ç ã o í l i o f e m o r a l 
L A M I N A L a t i m L â m i n a ( a r c o v e r t e b r a l 
p o s t e r i o r )
L a m i n e c t o m i a
L A P A R O G r e g o F l a n c o L a p a r o t o m i a
L I P ( O ) G r e g o G o r d u r a L i p e c t o m i a
L I T ( O ) G r e g o P e d r a L i t o t r i p s i a
M E N I N G ( O ) G r e g o m e m b r a n a M e n i n g o t o m i a
M A S T ( O ) G r e g o M a m a M a s t e c t o m i a
M I O G r e g o M ú s c u l o M i e c t o m i a
N E F R ( O ) G r e g o R i m N e f r o p e x i a ; N e f r o s t o m i a 
N E U R ( O ) , N E V R ( O ) G r e g o N e r v o N e u r o r r a f i a ; N e v r a l g i a
Ó O F O R ( O ) G r e g o O v á r i o O o f o r e c t o m i a
O R Q U I ( O ) G r e g o T e s t í c u l o O r q u i p e x i a
Ó S T E O G r e g o O s s o O s t e o s s í n t e s e
P I E L ( O ) G r e g o B a c i a ; p e l v e r e n a l P i e l o g r a f i a
P I L O R O G r e g o P o r t e i r o P i l o r o m i o t o m i a ; 
P i l o r o p l a s t i a
P I O G r e g o P u s P i o g ê n i c o
P L E U R O G r e g o P l e u r a P l e u r o c e n t e s e
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
4
P N E U M O G r e g o P u l m ã o ; a r P n e u m o t ó r a x
P n e u m o p e r i t ô n i o 
P R O C T ( O ) G r e g o R e t o ; â n u s P r o c t o c o l e c t o m i a 
Q U E I L ( O ) G r e g o L á b i o Q u e i l o p l a s t i a
R I N ( O ) G r e g o N a r i z R i n o p l a s t i a 
S E P S I G r e g o P u t r e f a ç ã o A n t i - s e p s i a 
T R A Q U E L ( O ) G r e g o c o l o u t e r i n o T r a q u e l o r r a f i a
T R Á Q U E ( O ) G r e g o R u d e ; á s p e r o , t r a q u é i a T r a q u e o s t o m i a 
T R E S ( O ) G r e g o P e r f u r a ç ã o A t r e s i a i n t e s t i n a l
V A R I C ( O ) G r e g o V a r i z V a r i c o c e l e
V Í S C E R L a t i m Ó r g ã o V i s c e r o m e g a l i a
PREFIXOS
R a i z O r i g e m S i g n i f i c a d o E x e m p l o
A B L a t i m A f a s t a m e n t o , s e p a r a ç ã o ; 
p a r a f o r a
A b d u ç ã o
A , A N G r e g o P r i v a ç ã o ; n e g a ç ã o A n a l g e s i a
A D L a t i m A p r o x i m a ç ã o , p a r a d e n t r o A d u ç ã o
A N A G r e g o S e p a r a ç ã o , a t r a v é s d e A n a t o m i a
A N T I G r e g o C o n t r a A n t i s s e p s i a
C I R C U M , C I R C U N L a t i m A o r e d o r C i r c u n c i s ã o
E C , E C T O G r e g o F o r a , p a r a f o r a E c t o p i a
E X L a t i m F o r a , p a r a f o r a , e x t e r n o E x o f t a l m i a
E X T R A L a t i m M a i s a l é m , a d i c i o n a l , 
e x t e r i o r
E x t r a - u t e r i n o
H E M I G r e g o M e t a d e H e m i p l e g i a
H I P E R G r e g o M a i s , e x c e s s i v o , a c i m a H i p e r e s p l e n i s m o
H I P O G r e g o M e n o s , d e f i c i e n t e , a b a i x o H i p o t i r e o i d i s m o
H O M O , H O M E O G r e g o I g u a l , s e m e l h a n t e H o m o e n x e r t o
P E R I G r e g o A o r e d o r d e P e r i n e f r i t e
P O L I G r e g o M u i t o s , m u i t o P o l i t r a u m a t i z a d o
P Ó S L a t i m D e p o i s , a p ó s , a t r á s P ó s - o p e r a t ó r i o 
P R É L a t i m A n t e s , d i a n t e P r é - o p e r a t ó r i o
P S E U D ( O ) G r e g o F a l s o P s e u d o a n e u r i s m a
R E T R O L a t i m A t r á s , p a r a t r á s R e t r o p e r i t o n e a l
S I N G r e g o C o m , j u n t o , c o l a d o a , 
f u s i o n a d o
S i n é q u i a p l e u r a l
T A Q U I G r e g o R á p i d o , a c e l e r a d o T a q u i c a r d i a
T R A N S L a t i m A t r a v é s d e , m a i s a l é m T r a n s d i a f r a g m á t i c o
SUFIXOS
R a i z O r i g e m S i g n i f i c a d o E x e m p l o
A L G I A G r e g o D o r L o m b a l g i a
A N A S T O M O S E G r e g o C o m u n i c a ç ã o e n t r e 2 
ó r g ã o s
G a s t r o e n t e r o a n a s t o m o s e 
C E L E G r e g o H é r n i a , t u m o r H i d r o c e l e
C E N T E S E G r e g o P u n ç ã o P a r a c e n t e s e
C L I S E G r e g o L a v a g e m E n t e r ó c l i s e
E C T A S I A G r e g o E x p a n s ã o , d i l a t a ç ã o B r o n q u i e c t a s i a
E C T O M I A G r e g o E x c i s ã o , a b l a ç ã o A p e n d i c e c t o m i a
E M I A G r e g o S a n g u e V o l e m i a
G R A F I A G r e g o D e s e n h a r , o b t e r L i n f o g r a f i a
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
5
LISE Grego Dissolu€o, destrui€o Pleur‚lise
MEGALIA Grego Crescimento, aumento Esplenomegalia
ƒIDE Grego Semelhante a Polip‚ide
PENIA Grego Falta de Osteopenia
PEXIA Grego Suspenso, fixa€o Nefropexia
PLASTIA Grego Repara€o pl„stica Rinoplastia
PTOSE Grego Queda, prolapso Nefroptose
RRAFIA Grego Sutura Tenorrafia
RRAGIA Grego Fluxo excessivo Metrorragia
RR…IA Grego Fluxo, secre€o anormal Sialorr†ia
SCOPIA Grego Visualiza€o Broncoscopia
STASIA Grego Deten€o Hemostasia
STOMIA Grego Abertura, “boca” Esofagostomia
TOMIA Grego Inciso, corte Gastrotomia
TRIPSIA Grego Compresso, 
esmagamento
Neurotripsia
EPƒNIMOS EM CIRURGIAS
O emprego de grande n‰mero de epŠnimos (do grego e p ó n y m o s , que d„ o seu nome a; e p i , sobre + o n y m o s , 
nome) em que a manobra (Kocher, por exemplo), sinal (Gray-Tunner), posicionamento (Trendelenburg) e t†cnica ou 
procedimento cir‰rgico (Whipple), conserva o nome de quem primariamente os descreveu (ou divulgou), ainda que 
obsoleto, desafia a moderna nomenclatura cir‰rgica.
E p ô n i m o S i g n i f i c a d o
Opera€o de 
Wertheim-Meigs 
Histerectomia total por c‹ncer de colo uterino
Gastrectomia a
Billroth I
Anastomose do estŠmago com duodeno
Gastrectomia a
Billroth II
Anastomose do estŠmago com jejuno
Cirurgia em Y de 
Roux 
Anastomose do estŠmago com jejuno em Y: caracterizada por uma gastrojeunostomia (1) e 
uma enteroenterostomia (3), em que o estŠmago † ligado a uma por€o distal do intestinal 
delgado (2) e o duodeno † mantido (4) para continuar recebendo as secre€Œes pancre„ticas e 
biliares, encaminhando-as para o coto intestinal distal (3).
Cirurgia de Miles Amputa€o abdominoperineal de reto
Opera€o de 
Whipple 
Gastroduodenopancreatectomia cef„lica
Opera€o de Patey Mastectomia radical
Cirurgia de Bassini Hernioplastia inguinal que une o tendo conjunto ao ligamento inguinal
Cirurgia de McVay Hernioplastia inguinal que une o ligamento de Cooper ao ligamento inguinal
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
6
EPƒNIMOS EM LAPAROTOMIAS
C i r u r g i a d e P a u l -
M i c u l i c z 
C o l o s t o m i a e m d u p l a b o c a : a c o l o s t o m i a s u p e r i o r s e r v e p a r a a e x c r e ç ã o d e f e z e s e n q u a n t o q u e 
a c o l o s t o m i a i n f e r i o r s e r v e p a r a a e x t e r i o r i z a ç ã o d e m u c o . 
C i r u r g i a d e 
H a r t m a n n
R e t o s s i g m o i d e c t o m i a c o m f e c h a m e n t o d o c o t o r e t a l e c o l o s t o m i a .
E p ô n i m o T i p o d e i n c i s ã o I n d i c a ç ã o
I n c i s ã o d e L e n n a n d e r P a r a m e d i a n a p a r a r r e t a l i n t e r n a V e s í c u l a b i l i a r
I n c i s ã o d e M c B u r n e y O b l í q u a n a F I D A p e n d i c i t e
I n c i s ã o d e D a v i s T r a n s v e r s a n a F I D A p e n d i c i t e
I n c i s ã o d e C h e vr o n T r a n s v e r s a s u p r a u m b i l i c a l A c e s s o a o a b d ô m e n s u p e r i o r
I n c i s ã o d e P f f a n i s t h i e l T r a n s v e r s a i n f r a u m b i l i c a l C e s a r e a n a
I n c i s ã o d e K o c h e r S u b c o s t a l d i r e i t a V e s í c u l a b i l i a r
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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SINƒNIMOS
TERMOS H„BRIDOS
T e r m o o r i g i n a l S i n ô n i m o T e r m o a t u a l
E n x e r t o a u t ó l o g o A u t o e n x e r t o T r a n s p l a n t e a u t ó g e n o
E n x e r t o h o m ó l o g o A l o e n x e r t o T r a n s p l a n t e a l o g ê n i c o 
E n x e r t o h e t e r ó l o g o X e n o e n x e r t o T r a n s p l a n t e h e t e r ó g e n o 
T e r m o o r i g i n a l R a d i c a l l a t i m R a d i c a l g r e g o
R a d i o t e r a p i a R a d i u m T h e r a p é i a
A p e n d i c i t e A p p e n d i c e Í t i s
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8
MED RESUMOS 2012
NETTO, Arlindo Ugulino; CORREIA, Luiz Gustavo; SANTOS, Ronney Alves.
TÉCNICA OPERATÓRIA
I N S T R U M E N T A L C I R Ú R G I C O
O termo c i r u r g i a significa o p e r a ç ã o m a n u a l , pois deriva do grego c h e i r (mo) e e r g o n (trabalho). … evidente que 
um ato cir‰rgico requer tamb†m instrumentos para aumentar a destreza do operador e possibilitar a realiza€o de 
manobras impossveis de serem executadas apenas com as mos. 
Usamos o termo “instrumento” para denominar cada pe€a, em particular; e “instrumental” para o conjunto destas 
pe€as. 
Os instrumentos cir‰rgicos mais antigos de que se tem conhecimento foram descobertos recentemente, em 
2001, em um deserto pr‚ximo ao Cairo. Foram fabricados em bronze e, dentre eles, havia bisturis e agulhas. Estavam 
em uma tumba que se acredita ter pertencido ao cirurgio faraŠnico Skar, que viveu h„ mais de 4000 anos, na 5Ž 
dinastia egpcia. Nos papiros egpcios de Smith e Ebers (entre 1500 e 1600 a.C.), havia men€Œes a in‰meros 
instrumentos cir‰rgicos. Nos escombros de Nnive, a importante capital do imp†rio de Nabucodonosor (em torno de 500 
a 600 a.C.), foram encontrados instrumentos cir‰rgicos de bronze bem definidos, como bisturis, serras e tr†panos. No 
incio do primeiro s†culo da era Crist, Celsus tamb†m descreveu diversos desses instrumentos e empregava termos 
s c a l p e l l u m e s c a l p r u m para designar o que hoje conhecemos como bisturi. In‰meros instrumentos cir‰rgicos foram 
encontrados em um local chamado C a s a d o C i r u r g i ã o , em meio aos destro€os de Pomp†ia, ocorrido no final desse 
mesmo s†culo.
Somente ap‚s a Guerra Civil Americana, a partir de metade do s†culo XIX, perodo conhecido como a “era 
moderna da cirurgia”, in‰meros instrumentos especificamente cir‰rgicos foram surgindo, facilitando, sobremaneira, os 
diversos procedimentos que j„ vinham sendo efetuados. Halsted, por exemplo, quando em visita  clnica vienense de 
Billroth, em 1877, fez anota€Œes alusivas ao uso das pin€as hemost„ticas, que come€avam a ser usadas rotineiramente.
O n‰mero de instrumentos cir‰rgicos † incont„vel; ao longo dos tempos os cirurgiŒes vm criando e modificando 
novos elementos, que so incorporados aos j„ existentes. Quase sempre levam o nome de seus idealizadores, muitas 
vezes diferindo apenas em detalhes muito pequenos. 
… de fundamental import‹ncia para a boa pr„tica cir‰rgica o conhecimento da nomenclatura do instrumental 
cir‰rgico tanto pelo cirurgio quanto pelo auxiliar. Al†m disso, a montagem da mesa cir‰rgica, com a eventual 
organiza€o das pe€as, † imprescindvel.
Portanto, nas pr‚ximas p„ginas, revisaremos os principais instrumentos utilizados na pr„tica cir‰rgica, fazendo 
aluso s suas respectivas fun€Œes no que diz respeito aos fundamentos de todos os atos operat‚rios, isto †, d i é r e s e , 
h e m o s t a s i a e s í n t e s e . Esses princpios da T†cnica Operat‚ria englobam todos os procedimentos realizados desde a 
inciso cut‹nea e da parede, o ato operat‚rio principal (a finalidade da opera€o), at† o fechamento da parede. Em 
algumas situa€Œes em que a opera€o determina a extirpa€o de um ‚rgo ou de um segmento tecidual, a esses 
fundamentos se acrescenta a e x é r e s e .
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INSTRUMENTOS DE DIRESE
O t e r m o d i é r e s e a d v é m d o l a t i m d i a r e s e e d o g r e g o d i a i r e s i s , a m b o s s i g n i f i c a n d o d i v i s ã o , i n c i s ã o , s e c ç ã o e 
s e p a r a ç ã o , p u n ç ã o e d i v u l s ã o . S i g n i f i c a , p o r t a n t o , a d i v i s ã o d o s t e c i d o s q u e p o s s i b i l i t a o a c e s s o à r e g i ã o a s e r o p e r a d a .
C A B O S E L Â M I N A S D E B I S T U R I
O b i s t u r i c l á s s i c o , d e n o m i n a d o e s c a l p e l o ( d o l a t i m , s c a l p e l l u ) o u b i s t u r i d e l â m i n a f i x a é p o u c o u s a d o n o s d i a s 
d e h o j e ; d e u l u g a r a o s c a b o s d e b i s t u r i q u e u t i l i z a m l â m i n a s d e s c a r t á v e i s .
C a b o s d e b i s t u r i ( m a i s f r e q u e n t e m e n t e u t i l i z a d o s ) : o s d e 
n ú m e r o 3 , 4 e 7 , e x i s t i n d o c o r r e s p o n d e n t e s m a i s l o n g o s ( 3 L e 4 L ) 
e a n g u l a d o s ( 3 L A ) . A o s c a b o s d e n ú m e r o s 3 e 7 , a c o p l a m - s e 
l â m i n a s d e n ú m e r o s 1 0 e 1 5 , e a o c a b o d e n ú m e r o 4 s e a c o p l a m 
l â m i n a s n ú m e r o s 2 0 a 2 5 .
T E S O U R A S D E D I S S E C Ç Ã O G E R A L
A s t e s o u r a s s ã o i n s t r u m e n t o s d e d i é r e s e q u e s e p a r a m o s t e c i d o s p o r e s m a g a m e n t o , p o i s o s t e c i d o s s ã o 
e s m a g a d o s e n t r e a s l â m i n a s q u e a s c o m p õ e m . I s t o s i g n i f i c a q u e , q u a n t o m a i s c r í t i c o f o r o c o n t a t o e n t r e a s d u a s b o r d a s , 
m e n o r s e r á o t r a u m a , o q u e v a l e d i z e r q u e s e r á m a i s a f i a d a .
T e s o u r a M e t z e n b a u m : P o d e m s e r r e t a s ( p a r a c o r t a r f i o s e 
s u t u r a s ) o u c u r v a ( p a r a c o r t a r t e c i d o s ) , n e s t e c a s o , t r a t a - s e 
d e t e s o u r a c u r v a . A s p o n t a s s e a p r e s e n t a m a r r e d o n d a d a s , 
c o m v a r i a ç õ e s e n t r e 1 4 - 2 6 c m . 
T e s o u r a M a y o - S t i l l e : G e r a l m e n t e , a p r e s e n t a m p o n t a s 
r o m b a s . P o d e m s e r r e t a s o u c u r v a s . 
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T e s o u r a M a y o - H a r r i n g t o n r e t a : s ã o t e s o u r a s c o m p o n t a s 
s e m i - a g u d a s o u b i s e l a d a s ; t a m b é m r e t a s o u c u r v a s , c o m 
c o m p r i m e n t o d e 1 4 - 2 2 c m .
T e s o u r a f o r m a t o p a d r ã o c u r v a : a p r e s e n t a m l â m i n a s d e 
D u r a c o r t e ® . T a m b é m a p r e s e n t a m - s e n a f o r m a r e t a o u c u r v a .
T e s o u r a J o s e p h c u r v a : a p r e s e n t a m p o n t a s a g u d a s .
T e s o u r a J o s e p h r e t a : a p r e s e n t a m p o n t a s a g u d a s .
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11
T E S O U R A S E S P E C Í F I C A S
T e s o u r a B a l i u : é u t i l i z a d a e m c i r u r g i a s g i n e c o l ó g i c a s .
T e s o u r a D i e t r i c h o u P o t t s - D i e t r i c h : é u t i l i z a d a e m c i r u r g i a s 
v a s c u l a r e s e a b d o m i n a i s , p r i n c i p a l m e n t e , e mc o l e d o c o t o m i a .
T e s o u r a M e t z e n b a u m c u r v a c o m e n t r a d a p a r a d i s p o s i t i v o 
m o n o p o l a r p a r a c a u t e r i z a ç ã o , p o d e n d o s e r m o n o o u b i p o l a r .
T E S O U R A S F O R T E S
T e s o u r a f o r t e L i s t e r : a p r e s e n t a d i s p o s i ç ã o a n g u l a d a .
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12
T e s o u r a p a r a f i o s d e a ç o
T e s o u r a r e t a d e S p e n c e r : É u t i l i z a d a p a r a r e t i r a d a d e f i o s 
c i r ú r g i c o s .
P I N Ç A S E L Á S T I C A S
A s p i n ç a s e l á s t i c a s s ã o i n s t r u m e n t o s q u e a u x i l i a m n a r e a l i z a ç ã o d a d i é r e s e e , p o r t a n t o , s e r ã o a q u i d e s c r i t a s .
P i n ç a a n a t ô m i c a s e m d e n t e : e s t ã o d i s p o n í v e i s e m d i v e r s o s 
t a m a n h o s ( 1 0 e 3 0 c m ) , e s e r v e m p a r a m a n i p u l a r t e c i d o s 
d e l i c a d o s , v a s o s , n e r v o s , p a r e d e s v i s c e r a i s , e t c . S e u u s o n ã o 
e s t á i n d i c a d o p a r a a p r e e n s ã o d a p e l e , n a s í n t e s e c u t â n e a , h a j a 
v i s t a q u e , d e s p r o v i d a s d e d e n t e s , a f o r ç a a p l i c a d a p o d e c a u s a r 
i s q u e m i a .
P i n ç a a n a t ô m i c a c o m d e n t e d e r a t o : s ã o u t i l i z a d a s p a r a 
m a n i p u l a r t e c i d o s c o m m a i o r r e s i s t ê n c i a ( a p o n e u r o s e , p e l e ) . 
N ã o p o d e m s e r u t i l i z a d a s p a r a p r e e n s ã o d i r e t a d e v í s c e r a s 
o c a s e d e v a s o s s a n g u í n e o s . O s p e q u e n o s d e n t e s s ã o m e n o s 
t r a u m á t i c o s d o q u e a q u e l a s c o m d e n t e s m a i o r e s .
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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P i n ç a d e A d s o n : So pin€as delicadas, com ou sem dentes 
em suas pontas – reta ou anguladas -, de grande utiliza€o em 
opera€Œes est†ticas e com 12 cm de comprimento. 
P i n ç a A d s o n - B r o w n : so retas ou com pontas anguladas e 
serrilhadas e com m‰ltiplos microdentes, tamb†m com 12 cm. 
As ranhuras da pin€a Adson-Brown, diferentemente da Adson, 
so apenas at† a metade das garras.
P i n ç a d e C u s h i n g : So retas ou curvilneas, com 17-20 cm e 
com ou sem dentes. So mais pontiagudas que as pin€as de 
Potts-Smith.
P i n ç a d e B a k e y : retas ou curvas, com pontas delicadas e 
atraum„ticas, variando entre 15 e 30 em de comprimento; 
originalmente, foram concebidas para uso em Cirurgia 
Vascular, mas apresentam grande aplica€o na preenso de 
tecidos delicados, como a mucosa intestinal, vias biliares etc.
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P i n ç a L u c a e : t e m h a s t e s e m b a i o n e t a e t a m a n h o v a r i a n d o 
e n t r e 1 4 e 1 8 c m ; i d e a l i z a d a s p a r a p e r m i t i r m a i o r v i s i b i l i d a d e 
e m c a m p o o p e r a t ó r i o e x í g u o , c o m o a s p i n ç a s c u r v i l í n e a s d e 
C u s h i n g .
P i n ç a M a y o - R u s s a : r e t a s , c o m s e r r i l h a d o a r r e d o n d a d o n a s 
p o n t a s , c o m 1 5 a 2 5 c m ; c o m o a p r e s e n t a m m a i o r n ú m e r o d e 
d e n t e s d o q u e a s p i n ç a s d e l i c a d a s , s ã o u t i l i z a d a s n a s 
s i t u a ç õ e s e m q u e h á n e c e s s i d a d e d e s e r e a l i z a r a p r e e n s ã o 
t e c i d u a l o m a i s a t r a u m a t i c a m e n t e p o s s í v e l , d e u m a f o r m a 
m a i s e f i c a z d o q u e c o m a s p i n ç a s m a i s d e l i c a d a s .
P i n ç a N e l s o n : r e t a s , c o m s e r r i l h a d o d e l i c a d o n a s p o n t a s , 
c o m c o m p r i m e n t o e n t r e 1 5 e 2 3 e m ; p e r m i t e m f á c i l p r e e n s ã o 
t e c i d u a l , s e m g r a n d e t r a u m a t i s m o
P i n ç a d e P o t t s - S m i t h : É u m t i p o d e p i n ç a e l á s t i c a c o m 
v í d i a s ( r e t a s o u c u r v i l í n e a s , c o m 1 7 - 2 0 c m ; p o d e s e 
a p r e s e n t a r c o m o u s e m d e n t e s ) .
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P i n ç a d e P e r r y : i n s t r u m e n t o m a i s d e l i c a d o , u t i l i z a d o p a r a p r e e n s ã o 
d e e s t r u t u r a s m i n ú s c u l a s e s e n s í v e i s .
A F A S T A D O R E S
A f a s t a d o r e s d e Farabeuf : a f a s t a d o r e s d e m ã o m a i s 
u t i l i z a d o s , a p r e s e n t a n d o h a s t e s d e c o m p r i m e n t o e l a r g u r a 
v a r i a d o s ( 6 a 2 0 e m e 6 a 2 0 m m , r e s p e c t i v a m e n t e ) , e 
d u a s e x t r e m i d a d e s c o m l â m i n a s d i s c r e t a m e n t e c u r v a s . 
A F A S T A D O R E S E S P E C I A I S
D e v e m s e r c o l o c a d o s o r g a n i z a d o s e m u m a p a r t e s e p a r a d a d a m e s a c i r ú r g i c a .
A f a s t a d o r d e G i l l i e s : a f a s t a d o r e s d e l i c a d o s , c o m 
e x t r e m i d a d e e m g a n c h o , m u i t o u t i l i z a d o s e m o p e r a ç õ e s 
e s t é t i c a s .
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A f a s t a d o r d e S e n n - M u l l e r o u S e n n - T a y l o r : c o m c a b o s d e 1 4 
a 1 6 c m , u m a e x t r e m i d a d e c o m g a r r a e o u t r a c o m l â m i n a .
A f a s t a d o r d e L a n g e n b e c k : c o m c a b o s l o n g o s , v a r i a n d o e n t r e 
2 0 e 2 4 c m , e c o m l â m i n a s d e l i c a d a s n a p o n t a , c o m 1 0 a 1 6 
m m d e l a r g u r a e 3 a 5 c m d e c o m p r i m e n t o .
A f a s t a d o r d e Volkmann c o m g a r r a ú n i c a a g u d a :
a f a s t a d o r e s e m f o r m a d e a n c i n h o , c o m c a b o s d e 1 1 a 1 6 c m e 
e x t r e m i d a d e ú n i c a e m g a r r a c o m u m a q u a t r o p e q u e n o s r a m o s 
( g a r r a s ) , r o m b o s o u a g u d o s .
A f a s t a d o r d e Volkmann c o m 4 g a r r a s a g u d a s
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17
A f a s t a d o r m e c â n i c o o u d i n â m i c o p a r a c a v i d a d e d o 
t i p o D e a v e r .
V á l v u l a s u p r a - p ú b i c a d e D o y e n : b a s t a n t e u t i l i z a d o p a r a 
a f a s t a r e i s o l a r o l e i t o h e p á t i c o d u r a n t e a r e t i r a d a d a 
v e s í c u l a b i l i a r . 
L â m i n a s f l e x í v e i s : s ã o l â m i n a s q u e p o d e m s e r m o l d a d a s 
a c r i t é r i o d o c i r u r g i ã o p a r a s e r v i r e m d e a f a s t a d o r e s 
d i n â m i c o s .
L â m i n a s m a l e á v e i s
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18
A f a s t a d o r a u t o - e s t á t i c o d e s u p e r f í c i e G e l p i : c o m 
e x t r e m i d a d e a g u d a ú n i c a d e p r e e n s ã o .
A f a s t a d o r a u t o - e s t á t i c o d e s u p e r f í c i e M a y o - A d a m s :
e x t r e m i d a d e s r o m b a s , e m a n c i n h o .
A f a s t a d o r a u t o - e s t á t i c o d e s u p e r f í c i e W e i t l a n e r c o m 
g a r r a s a g u d a s : a p r e s e n t a c a b o s a r t i c u l á v e i s e n ã o -
a r t i c u l á v e i s , e t r ê s o u q u a t r o r a m o s ( o u g a r r a s ) r o m b o s 
o u a g u d o s , e m a n c i n h o , e m s u a s e x t re m i d a d e s . 
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19
A f a s t a d o r a u t o - e s t á t i c o d e c a v i d a d e B a l f o u r : u t i l i z a d o e m 
g r a n d e p a r t e . d a s o p e r a ç õ e s a b d o m i n a i s ; a l é m d e s e p a r a r a s 
p a r e d e s l a t e r a i s , t a m b é m a f a s t a a e x t r e m i d a d e s u p e r i o r o u 
i n f e r i o r .
A f a s t a d o r a u t o - e s t á t i c o d e c a v i d a d e G o s s e t g r a n d e :
a f a s t a m e n t o d a s p a r e d e s l a t e r a i s d o a b d o m e , c o m 
e x t r e m i d a d e s v a r i á v e i s .
A f a s t a d o r a u t o - e s t á t i c o d e c a v i d a d e G o s s e t p e q u e n o :
a f a s t a m e n t o d a s p a r e d e s l a t e r a i s d o a b d o m e , c o m 
e x t r e m i d a d e s v a r i á v e i s .
A f a s t a d o r a u t o - e s t á t i c o d e c a v i d a d e F i n o c h i e t t o : u t i l i z a d o 
e m c i r u r g i a s t o r á c i c a s p a r a a f a s t a m e n t o d a s c o s t e l a s e 
a l a r g a m e n t o d o e s p a ç o i n t e r c o s t a l .
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I N S T R U M E N T O S A U X I L I A R E S D E D I É R E S E
P i n ç a P e a n : pode ser utilizada para o manuseio de gazes com a 
subst‹ncia antiss†ptica a ser aplicada no campo de di†rese 
(processo vulgarmente conhecido como “pintura do campo 
cir‰rgico”).
P i n ç a C h e r o n : tamb†m † utilizada para pintar o campo 
cir‰rgico, assim como a pin€a Pean. Tamb†m apresenta 
tipos descart„veis.
P i n ç a B a c k h a u s : bastante ‰til e utilizada para a fixa€o dos campos 
cir‰rgicos. Como a montagem dos campos cir‰rgicos precedem a 
pr‚pria di†rese, este instrumento deve ser organizado junto aos 
instrumentos de di†rese.
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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T e n t a c â n u l a : a p r e s e n t a d u a s f a c e s , u m a c ô n c a v a e o u t r a c o n v e x a . 
T r a t a - s e d e u m i n s t r u m e n t o c o m 1 5 e m d e c o m p r i m e n t o , c o m m ú l t i p l a s 
a p l i c a ç õ e s . E m u m a d a s e x t r e m i d a d e s , a p r e s e n t a u m a f e n e s t r a ç ã o q u e 
l h e p e r m i t e s e r d e g r a n d e v a l i a p a r a a r e a l i z a ç ã o d e l i b e r a ç ã o d e " f r e i o s " 
d e l í n g u a e d e l á b i o - o " f r e i o " é i n t r o d u z i d o n e s s a f e n e s t r a , p o s s i b i l i t a n d o 
s u a s e c ç ã o a j u s t a d a . N a o u t r a e x t r e m i d a d e , m a i s l o n g a , a p r e s e n t a d u a s 
f a c e s : u m a c ô n c a v a e o u t r a c o n v e x a . N a f a c e c ô n c a v a , e x i s t e u m a 
d i s c r e t a c a l h a o u c a n a l e t a q u e , a o s e r i n t r o d u z i d a , p o r e x e m p l o , s o b u m 
p l a n o t e c i d u a l , p e r m i t e , c o m f a c i l i d a d e , a r e a l i z a ç ã o d e i n c i s õ e s r e t i l í n e a s . 
A f a c e c o n v e x a , b e m c o m o a s u a e x t r e m i d a d e , é d e g r a n d e u t i l i d a d e n a s 
o p e r a ç õ e s d e e x t r a ç ã o d e u n h a .
INSTRUMENTOS DE HEMOSTASIA 
A h e m o s t a s i a t e m p o r á r i a p o d e s e r e x e c u t a d a , n o d e c o r r e r d a c i r u r g i a , c o m i n s t r u m e n t o s p r e n s o r e s , d o t a d o s d e 
t r a v a s , d e n o m i n a d o s p i n ç a s h e m o s t á t i c a s . P r e n d e m a e x t r e m i d a d e d o v a s o s e c c i o n a d o a t é q u e a h e m o s t a s i a d e f i n i t i v a 
s e j a f e i t a , g e r a l m e n t e p o r l i g a d u r a f e i t a c o m f i o s . 
N a m e d i d a d o p o s s í v e l , d e v e m p i n ç a r a p e n a s o v a s o , c o m u m m í n i m o d e t e c i d o a d j a c e n t e . T a m b é m l e v a m o s 
n o m e s d o s s e u s c r i a d o r e s ; s e n d o m u i t o s e m e l h a n t e s e n t r e s i , d i f e r i n d o e m p e q u e n o s d e t a l h e s . S ã o d i f e r e n c i a d a s , q u a s e 
s e m p r e , p e l o d e s e n h o e r a n h u r a s d a p a r t e i n t e r n a d e s e u s r a m o s p r e n s o r e s . 
P I N Ç A S D E H E M O S T A S I A
P i n ç a K e l l y : a p r e s e n t a t i p o s c u r v o s o u r e t o s , c o m 
s e r r i l h a d o t r a n s v e r s a l ( r a n h u r a s ) e m 2 / 3 d a g a r r a , c o m 1 3 a 
1 5 e m d e c o m p r i m e n t o .
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P i n ç a C r i l e : s i m i l a r e s à s p i n ç a s d e K e l l y , c o n t u d o , 
a p r e s e n t a m s e r r i l h a d o t r a n s v e r s a l a o l o n g o d e t o d a a s u a
g a r r a , c o m 1 4 a 1 6 e m d e c o m p r i m e n t o . P o d e m s e r c u r v a s 
o u r e t a s .
P i n ç a d e H a l s t e d ( o u M o s q u i t o ) : é u m a p i n ç a h e m o s t á t i c a 
p e q u e n a , d e r a m o s p r e n s o r e s d e l i c a d o s , p r e s t a m - s e m u i t o b e m 
p a r a p i n ç a m e n t o d e v a s o s d e m e n o r c a l i b r e , p e l a s u a p r e c i s ã o . 
C o m o a p i n ç a d e C r i l e , é t o t a l m e n t e r a n h u r a d a n a p a r t e p r e n s o r a
( c o n t u d o , s e u t a m a n h o é c o n s i d e r a v e l m e n t e m e n o r ) . P o d e s e r 
c u r v a o u r e t a .
P i n ç a d e R o c h e s t e r - P e a n : c u r v a s o u r e t a s , r o b u s t a s , 
c o m s e r r i l h a d o t r a n s v e r s a l m a i s g r o s s e i r o e m t o d a a 
g a r r a , c o m 1 6 a 2 4 e m d e c o m p r i m e n t o .
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P I N Ç A S D E P R E E N S Ã O
P i n ç a d e p r e e n s ã o C o l l i n : pontas com formato de cora€o (o que lhe 
rende o apelido de “pin€a cora€o”), com 16 a 23 em de comprimento; 
utilizadas para pin€amento de visceras ocas. Suas garras apresentam 
um formato mais arredondado do que as garras da pin€a Foerster.
P i n ç a d e p r e e n s ã o F o e r s t e r : retas ou curvas, com 18 a 25 em de 
comprimento; para preenso de visceras ocas; permitem que seus 
ramos permane€am algo afastados, mesmo ao se encaixarem os 
primeiros dentes da cremalheira. Suas garras so mais elips‚ides 
quando comparadas com as garras da pin€a Collin.
P i n ç a d e p r e e n s ã o D u v a l - C o l i n c o m v í d i a : formato triangular, 
com dentes ou serrilhados pequenos e delicados nas trs faces 
do tri‹ngulo, com 18 a 25 cm de comprimento; tamb†m utilizadas 
para preenso de vsceras ocas.
P i n ç a d e p r e e n s ã o A l l i s : pin€a com garras detalhadas em formato de 
mo que auxiliam no manuseio de vsceras ocas e tecidos rgidos.
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P I N Ç A S E S P E C I A I S E C L A M P S V A S C U L A R E S
P i n ç a M i x t e r : b a s t a n t e u t i l i z a d a p a r a a u x l i a r o p r o c e s s o d e d i s s e c ç ã o d e 
p e d í c u l o b i l i a r .
P i n ç a d e p r e e n s ã o B a b c o c k .
P i n ç a d e t r a ç ã o d e K o c h e r : d e f o r m a s e m e l h a n t e à s d e 
C r i l e , a s p i n ç a s d e K o c h e r t ê m a f a c e i n t e r n a d a s u a p a r t e 
p r e n s o r a t o t a l m e n t e r a n h u r a d a s n o s e n t i d o t r a n s v e r s a l . 
D i f e r e m p o r p o s s u í r e m " d e n t e d e r a t o " n a s u a 
e x t r e m i d a d e , o q u e s e p o r u m l a d o a u m e nt a m u i t o a s u a 
c a p a c i d a d e d e p r e n d e r - s e a o s t e c i d o s , p o r o u t r o a t o r n a 
m u i t o m a i s t r a u m á t i c a . S ã o a p r e s e n t a d a s e m t a m a n h o s 
v a r i a d o s , r e t a s o u c u r v a s . E l a é c o n s i d e r a d a u m a p i n ç a d e 
t r a ç ã o p a r a m a n u s e a r t e c i d o s r í g i d o s , c o m o a p o n e u r o s e .
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C l a m p e s v a s c u l a r e s a t r a u m á t i c o s c u r v o s t i p o b u l l d o g : d e B a c k e y e D i e t r i c h ( r e s p e c t i v a m e n t e ) :
C l a m p e s v a s c u l a r d e B a k e y : s e r r i l h a d o c o m p o s t o p o r 
d u a s f i l a s d e p e q u e n o s d e n t e s t r i a n g u l a r e s e m u m d o s 
r a m o s e u m a f i l a s i m i l a r n o r a m o o p o s t o , q u e s e e n c a i x a n o 
c e n t r o d a s a n t e r i o r e s , f o r n e c e n d o p r e e n s ã o f i r m e e 
a t r a u m á t i c a .
C l a m p e s v a s c u l a r d e B a k e y : e n c o n t r a m - s e d i s p o n í v e i s e m 
g r a n d e i n f i n i d a d e d e f o r m a s ( r e t o s , c u r v o s e a n g u l a d o s ) e 
t a m a n h o s , d e s d e p e q u e n o s , c o m 8 a 1 0 e m d e 
c o m p r i m e n t o , p a r a m a n i p u l a ç ã o d e v a s o s m u i t o p e q u e n o s 
( d e a t é 2 m m d e d i â m e t r o ) , a t é c l a m p e s p a r a a o r t a t o r á c i c a , 
c o m c e r c a d e 3 0 c m d e c o m p r i m e n t o . C o n s t i t u e m o s 
c l a m p e s m a i s c o n h e c i d o s e m a i s u t i l i z a d o s e m C i r u r g i a 
C a r d i o v a s c u l a r . 
C l a m p e s v a s c u l a r d e S a t i n s k y : s ã o c l a m p e s l o n g o s , c o m 
2 0 a 2 7 c m d e c o m p r i m e n t o , d e s e n h a d o s p r i m a r i a m e n t e 
p a r a c o n t r o l a r o s a n g r a m e n t o d o a p ê n d i c e a u r i c u l a r , p a r a s e 
o b t e r a c e s s o a o á t r i o , d u r a n t e o p e r a ç õ e s s o b r e o c o r a ç ã o : 
S e u f o r m a t o h e x a g o n a l a n g u l a d o p e r m i t e o c l a m p e a m e n t o 
p a r c i a l d o s v a s o s , s e m i n t e r r u p ç ã o t o t a l d o f l u x o s a n g u í n e o .
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C l a m p e g a s t r i n t e s t i n a l a t r a u m á t i c o d e D o y e n .
C l a m p e g a s t r i n t e s t i n a l a t r a u m á t i c o d e K o c h e r : p o d e r 
s e r r e t o o u c u r v o .
P i n ç a d e P o t t s - S m i t h : r e t a s , c o m o u s e m d e n t e s , p o u c o t r a u m á t i c a s , c o m g u i a s e n t r e s e u s r a m o s , a p r e s e n t a n d o 
c o m p r i m e n t o v a r i á v e l e n t r e 1 8 e 2 5 c m . P o d e m a p r e s e n t a r - s e c o m d e n t e s . S ã o p i n ç a s d i f e r e n c i a d a s p e l o s e u g r a n d e 
t a m a n h o . P o r v á r i o s a u t o r e s , n ã o é c o n s i d e r a d a u m a p i n ç a d e d i s s e c ç ã o c o m u m e , p o r e s t a r a z ã o , d e v e f i c a r s e p a r a d a 
e m l o c a l d i f e r e n c i a d o d u r a n t e a m o n t a g e m d a m e s a c i r ú r g i c a . É u t i l i z a d a p a r a c i r u r g i a s v a s c u l a r e s .
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INSTRUMENTOS PARA S„NTESE 
E s t e s i n s t r u m e n t o s s ã o o s r e s p o n s á v e i s p e l a s m a n o b r a s d e f e c h a m e n t o d a f e r i d a c i r ú r g i c a , a t r a v é s d a a p l i c a ç ã o 
d e s u t u r a s . P a r a i s t o s ã o u t i l i z a d a s a g u l h a s e p i n ç a s e s p e c i a i s p a r a c o n d u z i - l a s d e n o m i n a d a s p o r t a - a g u l h a s . E m b o r a 
h a j a p o r t a - a g u l h a s m u i t o d e l i c a d o s p a r a a p r e e n s ã o d e a g u l h a s p e q u e n a s , u m a c a r a c t e r í s t i c a d e s t e s i n s t r u m e n t o s é a 
r o b u s t e z d a s u a p a r t e p r e e n s o r a , b a s t a n t e d i f e r e n c i a d a d a s p i n ç a s h e m o s t á t i c a s p o r a p r e s e n t a r e m u m s u l c o a o l o n g o d e 
s u a s g a r r a s , q u e c o s t u m a m o s c h a m a r d e r e p o u s o ( e s t e d e t a l h a é i m p o r t a n t e p a r a e v i t a r a q u e b r a d a a g u l h a ) . 
S ã o f u n d a m e n t a i s p a r a a c o n f e c ç ã o d a s s u t u r a s , u m a v e z q u e a m a i o r i a d a s a g u l h a s é c u r v a e o s e s p a ç o s 
c i r ú r g i c o s s ã o e x í g u o s . S o m e n t e a s a g u l h a s r e t a s e a s d e c o n f o r m a ç ã o e m " S " d i s p e n s a m o s e u u s o . O s p o r t a - a g u l h a s 
m a i s u t i l i z a d o s s ã o o s d e M a y o - H e g a r , d e B a c k e y e d e M a t h i e u .
P o r t a - a g u l h a s d e M a y o - H e g a r : é s e m e l h a n t e à s p i n ç a s 
h e m o s t á t i c a s c l á s s i c a s , é p r e s o a o s d e d o s p e l o s a n é i s 
p r e s e n t e s e m s u a s h a s t e s e p o s s u i c r e m a l h e i r a p a r a 
t r a v a m e n t o , e m p r e s s ã o p r o g r e s s i v a . P o r é m a s u a p a r t e 
p r e e n s o r a é m a i s c u r t a , m a i s l a r g a e n a s u a p a r t e i n t e r n a 
a s r a n h u r a s f o r m a m u m r e t i c u l a d o c o m u m a f e n d a c e n t r a l , 
n o s e n t i d o l o n g i t u d i n a l . S ã o a r t i f í c i o s p a r a a u m e n t a r a s u a 
e f i c i ê n c i a n a i m o b i l i z a ç ã o d a a g u l h a d u r a n t e a s u t u r a , 
i m p e d i n d o s u a r o t a ç ã o q u a n d o a f o r ç a é a p l i c a d a .
P o r t a - a g u l h a s d e M a t h i e u : o p o r t a - a g u l h a s d e M a t h i e u d i f e r e 
m u i t o d o a n t e r i o r , n a s u a f o r m a , p o r n ã o p o s s u i r a n é i s n a s 
h a s t e s t e m a a b e r t u r a d a p a r t e p r e n s o r a l i m i t a d a , p o i s h á u m a 
m o l a e m f o r m a d e l â m i n a u n i n d o s u a s h a s t e s , o q u e f a z c o m 
q u e f i q u e m a u t o m a t i c a m e n t e a b e r t o s , q u a n d o n ã o t r a v a d o s .
S ã o u t i l i z a d o s p r e s o s à p a l m a d a m ã o , o q u e o s f a z e m a b r i r , 
s e i n a d v e r t i d a m e n t e f o r e m p r e g a d a f o r ç a e x c e s s i v a d u r a n t e a 
s u a m a n i p u l a ç ã o . S u a m e l h o r i n d i c a ç ã o s e r i a p a r a s u t u r a d e 
e s t r u t u r a s q u e o f e r e c e m p o u c a r e s i s t ê n c i a à p a s s a g e m d a 
a g u l h a . U m b o m i n d í c i o d i s t o é q u e n ã o p o s s u e m a f e n d a 
l o n g i t u d i n a l q u e a u m e n t a o a p o i o d a a g u l h a .
P o r t a - a g u l h a s d e O l s e n - H e g a r : t i p o d e p o r t a - a g u l h a q u e 
a p r e s e n t a , a c o p l a d a s à s s u a s e x t r e m i d a d e s p r e e n s o r a s , 
m a r g e n s c o r t a n t e s q u e a u x i l i a m n o p r o c e s s o d e c o r t e d o f i o d e 
s u t u r a . 
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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MONTAGEM DA MESA CIR…RGICA
Os materiais que devem ser acondicionados na mesa cir‰rgica, antecipadamente solicitados, separados e 
organizados pelo instrumentador, vo atender a todo o ato operat‚rio e devero estar organizados e dispostos de talforma que atendam aos tempos cir‰rgicos e possveis intercorrncias.
Tradicionalmente, a chamada M e s a d e M a y o pode ser grosseiramente organizada de forma que os instrumentos 
cir‰rgicos sejam divididos de acordo com os tempos cir‰rgicos e agrupados da seguinte forma: 
(1) Instrumentos de di†rese ou abertura: destinados  separa€o de tecidos ou planos para se atingirem os 
‚rgos a serem manipulados. Neste grupo, encontram-se tesouras, bisturis, serras e tr†panos, dentre 
outros.
(2) Instrumentos de hemostasia: destinados  preven€o, deten€o ou impedimento do sangramento. Este 
grupo † representado pelas pin€as hemost„ticas.
(3) Instrumentos de sntese: destinados s suturas, jun€o e unio de tecidos ou planos para o 
restabelecimento de sua continuidade, facilitando o processo de cicatriza€o. So representados por porta-
agulhas e agulhas.
(4) Instrumentos de ex†rese: determinados pelo tipo de opera€o, sendo utilizados no ato cir‰rgico 
propriamente dito.
(5) Instrumentos auxiliares: destinados ao auxlio  dissec€o 
tecidual. So exemplo as pin€as el„sticas anatŠmicas e “dente 
de rato”.
(6) Afastadores: instrumentos de exposi€o que permitem a melhor 
visualiza€o de estruturas superficiais e da cavidade.
A organiza€o da mesa pode seguir os quadrantes dispostos na 
figura ao lado. Contudo, vale salientar que no existe nenhum sistema rgido 
quanto  arruma€o, devendo-se seguir as rotinas estabelecidas pela 
institui€o, ou, simplesmente, ser o mais f„cil e pr„tico para a a€o do 
instrumentador, desde que no interfira na din‹mica do ato.
De fato, cada cirurgio tem a sua maneira preferida para a organiza€o da mesa e, portanto, devemos entender 
que a arruma€o da mesa cir‰rgica deve ser din‹mica. At† porque o modelo sugerido logo acima no abrange todos os 
instrumentos especiais ou instrumentos para a pr‚pria montagem do campo operat‚rio. Sugere-se, com isso, que ela 
deve conter, em cada tempo operat‚rio, os instrumentos apropriados  sequncia a ser executada de acordo com cada 
procedimento, conferindo maior seguran€a ao seu manuseio.
Uma forma mais completa e bastante ecl†tica para a montagem da mesa, de forma mais did„tica para o 
estudante de medicina em treinamento cir‰rgico, ser„ apresentada logo a seguir. O padro de organiza€o da mesa que 
ser„ apresentado atende  ordem cronol‚gica de um ato operat‚rio gen†rico e completo, isto †, incluindo desde a 
prepara€o e anti-sepsia do campo cir‰rgico, passando pela di†rese, apresenta€o, hemostasia, preenso, instrumentos 
especiais e sntese. A ordem de utiliza€o dos instrumentos na mesa deve seguir o sentido hor„rio.
1 . P r e p a r o d e c a m p o o p e r a t ó r i o . Por serem utilizados antes mesmo da di†rese, os instrumentos para 
montagem e pintura do campo operat‚rio devem ser colocados em primeiro plano nesta organiza€o. So 
eles: P i n ç a B a c k h a u s (utilizada para fixar os panos do campo operat‚rio); P i n ç a P e a n (para pintar o campo); 
P i n ç a C h e r o n (para pintar o campo em ginecologia, principalmente); C u b a r e d o n d a (para estocar a solu€o 
anti-s†ptica utilizada na pintura do campo); Gazes.
2 . D i é r e s e e I n s t r u m e n t o s d e E x p o s i ç ã o . Logo em seguida, na sequncia do sentido hor„rio, os instrumentos 
para cortar os tecidos devem ser posicionados. So eles: C a b o s d e b i s t u r i s m o n t a d o s c o m s u a s r e s p e c t i v a s 
l â m i n a s ; T e s o u r a d e M e t z e m b a u m R e t a (para cortar fios de sutura) e C u r v a (para cortar estruturas 
org‹nicas); T e s o u r a d e M a y o R e t a e C u r v a ; T e n t a c â n u l a (instrumento especial utilizado para extra€o 
ungueal, mas tamb†m auxilia na di†rese). Materiais pequenos e de manuseio pr„tico para exposi€o e 
acesso s estruturas por meio da ferida cir‰rgica – como os A f a s t a d o r e s d e F a r a b e u f – podem ser 
necess„rios pr‚ximos ao quadrante da di†rese. Os Farabeuf sempre devem estar disponveis em n‰mero 
par.
3 . I n s t r u m e n t o s d e p r e e n s ã o . As pin€as de preenso auxiliam na di†rese por ajudar na manipula€o das 
bordas da ferida e por serem capazes de promover divulso. Por esta razo, devem ser colocadas pr‚ximas 
aos instrumentos de di†rese. So eles: P i n ç a s e l á s t i c a s c o m o a P i n ç a A n a t ô m i c a ( o u P i n ç a d e D i s s e c ç ã o 
s e m D e n t e ) ; P i n ç a D e n t e - d e - r a t o ( o u P i n ç a d e D i s s e c ç ã o c o m D e n t e ) ; P i n ç a d e A d s o n c o m d e n t e e s e m 
d e n t e ( P i n ç a d e R e l o j o e i r o ); P i n ç a d e A d s o n - B r o w n ; P i n ç a d e C u s h i n g ; P i n ç a d e B a k e y (pin€a bem mais 
extensa que as demais e † bem menos traum„tica). A P i n ç a d e K o c h e r † uma p i n ç a d e t r a ç ã o bastante 
utilizada para manipular e isolar aponeurose, auxiliando na sntese desta estrutura ao final do procedimento 
e, portanto, pode ser enquadrada como instrumento de preenso. Contudo, ainda pode ser colocada no 
quadrante dos instrumentos especiais ou mesmo no quadrante de sntese (alguns cirurgiŒes optam por 
colocar esta pin€a em um espa€o de transi€o entre estes dois quadrantes).
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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4 . I n s t r u m e n t o s d e h e m o s t a s i a . E m c o n c o m i t â n c i a à d i é r e s e , é i n t e r e s s a n t e p r o v e r u m a a d e q u a d a 
h e m o s t a s i a e , p o r e s t a r a z ã o , o s i n s t r u m e n t o s p a r a e s t e f i m d e v e m e s t a r p r ó x i m o s a o s i n s t r u m e n t o s 
p r e v i a m e n t e l i s t a d o s . É i n t e r e s s a n t e o r g a n i z a r c a d a t i p o d e p i n ç a e m u m a g a z e e / o u c o m p r e s s a s 
e m p i l h a d a s . S ã o i n s t r u m e n t o s d e h e m o s t a s i a : P i n ç a d e H a l s t e d ( o u M o s q u i t o ) ; P i n ç a d e K e l l y R e t a e C u r v a 
( r a n h u r a s n o t e r ç o d i s t a l d a p i n ç a ) ; P i n ç a d e C r i l e R e t a e C u r v a ( r a n h u r a s e m t o d a a p r e s a d a p i n ç a ) . A 
P i n ç a d e R o c h e s t e r - P e a n é u m a p i n ç a e s p e c i a l i z a d a p a r a a h e m o s t a s i a d e g r a n d e s v a s o s , c o m o a a o r t a o u 
v e i a c a v a e p o d e s e r e n q u a d r a d a n o q u a d r a n t e d a h e m o s t a s i a o u n o s m a t e r i a i s e s p e c i a i s .
5 . A f a s t a d o r e s g r a n d e s ( e x p o s i ç ã o ) e i n s t r u m e n t o s e s p e c i a i s . B o a p a r t e d o l a d o d i r e i t o d a m e s a p o d e s e r 
r e s e r v a d o p a r a a c o l o c a ç ã o d e i n s t r u m e n t o s c o n s i d e r a d o s g r a n d e s , c o m o o s a f a s t a d o r e s e s p e c i a i s ( V á l v u l a 
S u p r a - P ú b i c a d e D o y a n ; A f a s t a d o r d e B a l f o u r ; A f a s t a d o r d e F i n o c h i e t t o ; A f a s t a d o r d e V o l k m a n n ; A f a s t a d o r 
d e G o s s e t ) e o B i c o d e A s p i r a d o r . U m p e q u e n o q u a d r a n t e d e v e s e r r e s e r v a d o p a r a p i n ç a s e d e m a i s 
i n s t r u m e n t o s e s p e c i a i s , t a i s c o m o : P i n ç a M i x t e r ( u t i l i z a d a p a r a d i s s e c a r p e d í c u l o s ) ; P i n ç a d e B a b - M i x t e r ;
P i n ç a d e B a b c o c k ; P i n ç a P o t t s - S m i t h ; C l a m p s V a s c u l a r e s e I n t e s t i n a i s ; P i n ç a d e C o l l i n ; P i n ç a F o e r s t e r ; 
P i n ç a D u v a l - C o l l i n ; P i n ç a d e A l l i s ; P i n ç a d e L u c a e ( g i n e c o l ó g i c a ) . E s t e s i n s t r u m e n t o s s ã oc o n s i d e r a d o s 
e s p e c i a i s p o r s e r e m u t i l i z a d a s e m c i r u r g i a s e s p e c í f i c a s .
6 . I n s t r u m e n t o s d e S í n t e s e . P a r a o f e c h a m e n t o d o s t e c i d o s a b e r t o s d u r a n t e a d i é r e s e , d e v e m o s a s s o c i a r 
i n s t r u m e n t o s d e s í n t e s e c o m o P o r t a - A g u l h a e F i o s d e S u t u r a ( c o m a g u l h a o u n ã o ) c o m p i n ç a s e l á s t i c a s 
( p i n ç a a n a t ô m i c a e / o u a p i n ç a d e n t e - d e - r a t o ) p a r a a m a n i p u l a ç ã o d a s b o r d a s d a f e r i d a .
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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MED RESUMOS 2012
NETTO, Arlindo Ugulino.
TÉCNICA OPERATÓRIA
O P E R A Ç Õ E S F U N D A M E N T A I S
( P r o f e s s o r C a r l o s L e i t e )
O p e r a ç ã o o u i n t e r v e n ç ã o c i r ú r g i c a consiste no conjunto de gestos manuais ou instrumentais executados pelo 
cirurgio para a integral realiza€o de ato cruento, com finalidade diagn‚stica, teraputica ou est†tica. As o p e r a ç õ e s 
f u n d a m e n t a i s so tipos de opera€Œes cir‰rgicas simples que, quando associadas, permitem a realiza€o de opera€Œes 
complexas.
V„rios foram os fatores hist‚ricos que contriburam para solidificar as bases modernas da cirurgia. Dentre eles, 
destacamos:
• Estudo e descri€o da anatomia humana.
• Aprimoramento da anestesia: nos prim‚rdios alguns cirurgiŒes consideravam a dor uma consequncia inevit„vel 
do ato cir‰rgico, no havendo uma preocupa€o, por parte da maioria deles, em empregar t†cnicas que 
aliviassem o sofrimento relacionado ao procedimento. As primeiras tentativas de alvio da dor foram feitas com 
m†todos puramente fsicos como presso e gelo, bem como uso de hipnose, ingesto de „lcool e preparados 
bot‹nicos. Com a demonstra€o da anestesia, em 1846 pelo anestesiologista William Thomas Green Morton, os 
processos cir‰rgicos tornaram-se mais vi„veis e menos traum„ticos.
• Melhor conhecimento dos agentes causadores de infec€Œes como, particularmente, as bact†rias. A descoberta 
da penicilina tamb†m foi um grande marco no s‚ para a cirurgia, mas para a medicina como um todo. 
• Estudo da fisiopatologia e da resposta do organismo  agresso cir‰rgica.
D i é r e s e , h e m o s t a s i a e s í n t e s e constituem o fundamento de todos os atos operat‚rios. Esses princpios da 
T†cnica Operat‚ria englobam todos os procedimentos realizados desde a inciso cut‹nea e da parede, o ato operat‚rio 
principal (a finalidade da opera€o), at† o fechamento da parede. Em algumas situa€Œes em que a opera€o determina a 
extirpa€o de um ‚rgo ou de um segmento tecidual, a esses fundamentos se acrescenta a e x é r e s e .
 D i e r e s e : diviso dos tecidos que possibilita o acesso  regio a ser operada 
 H e m o s t a s i a : parada do sangramento 
 S í n t e s e : fechamento dos tecidos 
A exemplifica€o pode propiciar uma melhor compreenso. Assim a sequncia operat‚ria para a realiza€o de 
uma gastrectomia subtotal, por exemplo, inclui: (1) inciso (di†rese) da pele, tecido subcut‹neo, aponeurose (eventual 
divulso ou di†rese muscular) e peritŠnio; (2) reviso cuidadosa da hemostasia da parede abdominal; (3) exposi€o do 
campo operat‚rio, invent„rio da cavidade abdominal e demarca€o do segmento g„strico a ser ressecado; (4) ligadura 
(hemostasia) e sec€o dos vasos sanguneos que irrigam esse segmento g„strico; (5) sec€o (di†rese) e retirada 
(ex†rese) do segmento g„strico; (6) hemostasia na linha de ressec€o; (7) reconstitui€o do transito intestinal, pela 
realiza€o de anastomose do coto g„strico com o duodeno ou com o jejuno (sntese); (8) reviso da cavidade abdominal 
(hemostasia); e (9) sntese da parede abdominal. Essa sequncia se aplica a muitas das opera€Œes da parede 
abdominal.
Conquanto a di†rese, hemostasia e sntese estejam presentes na maioria dos atos operat‚rios que realizamos, 
tamb†m existem situa€Œes em que algum desses princpios pode estar ausente. Por exemplo, na drenagem de um 
abscesso superficial, realizam a di†rese, o procedimento propriamente dito (drenagem – e x é r e s e – da secre€o 
purulenta) e, nesse particular, no esto comumente presente a hemostasia e a sntese.
Por tudo isso que foi exposto, a compreenso do significado de cada um desses princpios fundamentais da 
T†cnica Operat‚ria † primordial para o adequado entendimento das diversas etapas de um procedimento cir‰rgico.
DIRESE
Di†rese adv†m do latim d i a r e s e e do grego d i a i r e s i s , ambos significando diviso, inciso, sec€o e separa€o, 
pun€o e divulso. Pode ser definida como o ato ou manobra realizada pelo cirurgio no intuito de criar uma via de 
acesso, uma solu€o de continuidade, atrav†s dos tecidos. A di†rese est„ presente em todo e qualquer ato operat‚rio. 
Pode ser executada em todos os tecidos org‹nicos: pele, tecido celular subcut‹neo, aponeurose, tecido muscular, osso, 
vasos, nervos, tendŒes e sistema digestivo. 
Comumente, o objetivo principal da di†rese † propiciar que se atinja determinada regio sobre a qual se planeja 
realizar um procedimento, com preserva€o dos planos anatŠmicos, da viabilidade tecidual e da homeostasia. Contudo, 
tamb†m pode, em algumas situa€Œes, significar o pr‚prio ato operat‚rio, como, por exemplo, na drenagem de um 
abscesso, na pun€o de uma cole€o, em uma laparotomia, etc.
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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A s c a r a c t e r í s t i c a s b á s i c a s d a d i é r e s e s ã o : ( 1 ) i n c i s ã o p r o p o r c i o n a l a o p r o c e d i m e n t o q u e s e i n t e n t a r e a l i z a r ; ( 2 ) 
t é c n i c a a d e q u a d a a c a d a p l a n o a n a t ô m i c o ; ( 3 ) d i s s e c a ç ã o a p r o p r i a d a , c o m h e m o s t a s i a r i g o r o s a ; e ( 4 ) m a n i p u l a ç ã o 
c u i d a d o s a , e m c o n s i d e r a ç ã o à e s t r u t u r a t e c i d u a l .
T I P O S D E D I É R E S E
• I n c i s ã o : é u m t i p o d e d i é r e s e r e a l i z a d o p o r m e i o d e u m b i s t u r i d e l â m i n a f r i a ( c o n v e n c i o n a l ) o u d e l â m i n a q u e n t e 
( e l é t r i c o ) . U m a d i é r e s e p o r i n c i s ã o e x e c u t a u m a f e r i d a d e b o r d a s b a s t a n t e r e g u l a r e s e m q u e , g e r a l m e n t e , o 
c o m p r i m e n t o p r e d o m i n a s o b r e a p r o f u n d i d a d e . A s f e r i d a s p r a t i c a d a s p o r b i s t u r i s o u p o r t e s o u r a s d u r a n t e o a t o d a 
i n c i s ã o s ã o c h a m a d a s d e f e r i d a s i n c i s a s o u f e r i d a c o r t a n t e s .
• S e c ç ã o : é o a t o d e s e p a r a r d u a s p o r ç õ e s d e u m a e s t r u t u r a . N a s e c ç ã o d o f í g a d o , p o r e x e m p l o , d i v i d i m o s o s s e u s 
l o b o s e n t r e s i . É i m p o r t a n t e s a b e r q u e t o d a s e c ç ã o c o m e ç a c o m u m a i n c i s ã o : a a b e r t u r a d o f í g a d o ( h e p a t o t o m i a ) é 
i n i c i a d a c o m u m a i n c i s ã o n a c á p s u l a d e G l i s o n e t e r m i n a p o r s e c c i o n a r o f í g a d o e m d u a s p a r t e s i g u a i s . 
• D i v u l s ã o : é u m t i p o d e d i é r e s e c a u s a d a p o r a f a s t a m e n t o d o s t e c i d o s . N a t r a q u e o s t o m i a o u n a c r i c o t i r e o i d o t o m i a , 
p o r e x e m p l o , a d i é r e s e p o d e s e r r e a l i z a d a p o r a u x í l i o d e p i n ç a s o u p o r a f a s t a d o r e s .
• P u n ç ã o : t r a t a - s e d e u m a d i é r e s e p r a t i c a d a p o r i n s t r u m e n t o s q u e e x e c u t a m f e ri m e n t o s p u n t i f o r m e s , c o m o u m a 
a g u l h a , c a u s a n d o u m a d e s c o n t i n u i d a d e e n t r e o s t e c i d o s e g a r a n t i n d o a c e s s o a e s t r u t u r a s p r o f u n d a s . C i r u r g i a s 
l a p a r o s c ó p i c a s p o d e m s e r r e a l i z a d a s p o r p u n ç ã o q u a n d o s e i n t r o d u z i n s t r u m e n t o s d e n t r o d a c a v i d a d e a b d o m i n a l 
q u e p e r m i t e m a r e a l i z a ç ã o d e p r o c e d i m e n t o s c i r ú r g i c o s s e m s e r n e c e s s á r i a a i n c i s ã o . A p r ó p r i a f l e b o t o m i a ( a c e s s o 
v e n o s o ) é u m a d i é r e s e p o r p u n ç ã o .
• D i l a t a ç ã o : é o t i p o d e d i é r e s e e m q u e o c i r u r g i ã o a p r o v e i t a u m a a b e r t u r a 
o r g â n i c a n a t u r a l d o o r g a n i s m o ( o u f o r a m e ) e p r o m o v e a s u a d i l a t a ç ã o 
g r a d a t i v a . É m a i s c o m u m e m o p e r a ç õ e s d e c u r e t a g e m u t e r i n a q u a n d o a 
m u l h e r t e m u m a b o r t a m e n t o i n c o m p l e t o , d e m o d o q u e o o b s t e t r a i n t r o d u z 
u m a p i n ç a p r o m o v e n d o a d i l a t a ç ã o d o c o l o u t e r i n o p a r a f a c i l i t a r o a c e s s o 
a o ú t e r o E s t e p r o c e d i m e n t o t a m b é m é r e a l i z a d o e m p r o b l e m a s d a u r e t r a 
c o m o e m c a s o s d e e s t e n o s e e m q u e o u r o l o g i s t a i n t r o d u z u m t i p o d e 
v á l v u l a q u e s e r v e p a r a d i l a t a r a u r e t r a .
• S e r r a ç ã o : é o t i p o d e d i é r e s e u t i l i z a d a p a r a a s e p a r a ç ã o d e p a r t e s d e e s t r u t u r a s r í g i d a s 
d o o r g a n i s m o , c o m o o s o s s o s . A s e r r a d e G i g l e é o p r i n c i p a l a p a r a t o c i r ú r g i c o u t i l i z a d o 
n a s e r r a ç ã o d e o s s o s p a r a a m p u t a ç ã o o u t o r a c o t o m i a c o m a b e r t u r a d o o s s o e s t e r n o .
O B S 1 : O p e r a ç õ e s f u n d a m e n t a i s n o a d v e n t o d a t r a q u e o s t o m i a . O p r o c e d i m e n t o c i r ú r g i c o a b a i x o t r a t a - s e d e u m a 
t r a q u e o s t o m i a , q u e p o d e v a r i a r e n t r e u m a i n c i s ã o t r a n s v e r s a l o u l o n g i t u d i n a l c o n c e n t r a d a n o p o n t o m é d i o d a l i n h a q u e 
u n e a f ú r c u l a e s t e r n a l à p r o e m i n ê n c i a l a r í n g e a . É u m p r o c e d i m e n t o c o m u m e n t e u t i l i z a d o d u r a n t e o s u p o r t e a v a n ç a d o d e 
v i d a p a r a a r e a l i z a ç ã o d e i n t u b a ç ã o . A b a i x o , s e g u e m a s v á r i a s e t a p a s d a d i é r e s e n e s t e p r o c e d i m e n t o :
 A n e s t e s i a l o c a l p o r m e i o d e x i l o c a í n a , q u e u m a d i é r e s e p o r p u n ç ã o , o n d e s e p r o m o v e u m a d e s c o n t i n u i d a d e 
e n t r e o s t e c i d o s p a r a p e r m i t i r o d e p ó s i t o d o a n e s t é s i c o ;
 F a z - s e u m a d i é r e s e p o r i n c i s ã o l o n g i t u d i n a l , c o m o a u x í l i o d e u m b i s t u r i , a b r i n d o o t e c i d o c e l u l a r s u b c u t â n e o , 
a t r a v e s s a n d o l o g o e m s e g u i d a o m ú s c u l o p l a t i s m a ;
 U t i l i z a n d o - s e d e u m a p i n ç a h e m o s t á t i c a , f a z - s e u m a d i é r e s e p o r d i v u l s ã o p a r a r o m p e r a s f i b r a s d e s t e m ú s c u l o , 
g a r a n t i n d o u m m e l h o r a c e s s o c o m o a u x í l i o d e a f a s t a d o r e s , p r o m o v e n d o , a s s i m , u m a d i é r i s e p o r d i v u l s ã o
 C h e g a n d o a o p l a n o p r é - t r a q u e a l , f a z - s e u m a n o v a p u n ç ã o p a r a a a n e s t e s i a d a t r a q u é i a , a f i m d e i m p o s s i b i l i t a r o 
e s t í m u l o n a t u r a l d e t o s s e q u e é d e s e n c a d e a d o n o p r o c e s s o d e a b e r t u r a d a t r a q u é i a .
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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P R I N C Í P I O S F U N D A M E N T A I S D A D I É R E S E
 Ter extenso suficiente para boa visibilidade do campo operat‚rio: o que implica dizer que a inciso deve ser 
suficientemente grande para a fiel realiza€o do ato operat‚rio; 
 Ter bordas ntidas, favorecendo cicatriza€o est†tica e firme: neste caso † importante saber que no se deve 
“biselar” a inciso, ou seja, evitar incisŒes oblquas ou segmentadas irregulares. O bisturi deve ser utilizado 
perpendicularmente  pele. Caso haja um desvio desta angula€o, a inciso pode se dar de maneira tangencial 
 pele, dificultando o fenŠmeno da cicatriza€o.
 Atravessar os tecidos, respeitando a anatomia regional, um plano de cada vez: o que implica dizer que se deve 
abrir pele, tecido celular subcut‹neo, aponeurose, musculatura peritŠnio parietal e, enfim, chegar nas cavidades 
como a abdominal. Contudo, h„ situa€Œes especiais onde se pode executar a inciso de um plano ‰nico como 
nas toracotomias de urgncias, ferimentos penetrantes de t‚rax, onde se abre por meio de uma ‰nica inciso em 
plano ‰nico para se chegar na cavidade tor„cica.
 No afunilar a inciso, isto †, evitar fazer incisŒes pequenas para depois ir afunilando ou tentando corrigir o erro.
 No comprometer vasos e nervos importantes: Nas cirurgias de hernioplastias inguinais, existem dois nervos 
importantes que so o genitofemural e o ilioinguinal, os quais se forem seccionados causam dor na virilha e o 
outro na face interna da coxa e testculo.
 Acompanhar, de preferncia, as linhas de for€a de tenso da pele (vide O B S 2 ).
 Seccionar a aponeurose na dire€o das fibras musculares.
 Promover uma hemostasia rigorosa
O B S 2 : As l i n h a s d e t e n s ã o d a p e l e so descritas por Langer (1861) nos cad„veres e por Kraissl (1951) no vivo. Elas 
so ‰nicas para cada paciente, semelhantemente s impressŒes digitais. Esto localizadas perpendicularmente aos 
m‰sculos, sendo identificadas pelo pin€amento da pele: como as linhas de tenso na pele dos membros so circulares, 
toda inciso na pele dos membros deves ser circulares, excetuando-se quando se trata de tumores malignos, em que as 
incisŒes so transversas.
D E L I M I T A Ç Ã O D A D I É R E S E C U T Â N E A
Uma vez determinado o local para a inciso cut‹nea, ap‚s a anti-sepsia e a correta aposi€o a afixa€o dos 
panos cir‰rgicos est†reis (campos cir‰rgicos), a di†rese deve ser previamente planejada e mapeada no paciente. 
Existem quatro tipos principais de demarca€o pr†via da inciso cut‹nea: (1) com fios cir‰rgicos; (2) com canetas 
apropriadas; (3) com escarifica€o da pele com a l‹mina de bisturi (t†cnica que deve ser enfaticamente desestimulada); 
e (4) no imagin„rio.
I S O L A M E N T O P R O V I S Ó R I O D O L O C A L D A I N C I S Ã O
Antes de se incisar a pele, o local delimitado para ela deve ser provisoriamente isolado com a coloca€o de 
compressas laterais, com o intuito de se evitar o contato direto com a pele e de se absorver o sangue que possa advir 
das bordas da ferida.
F I X A Ç Ã O D A P E L E P A R A A D I É R E S E 
Para que o bisturi realize uma inciso precisa e firme, a pele deve ser mantida relativamente im‚vel e tensa. 
Essa fixa€o † facilmente obtida com o uso do primeiro e do segundo quirod„ctilos da mo no-dominante do cirurgio 
(e/ou do primeiro auxiliar), que so colocados aos lados da linha previamente demarcada para a inciso, em suas 
extremidades superior ou distal, com um leve movimento de afastamentoda linha de inciso. ’ medida que o bisturi 
avan€a na sec€o tecidual, os dedos fixadores so deslocados no mesmo sentido, permitindo um ajuste do local em que 
a pele † fixada. A tra€o com pin€as no deve ser empregada.
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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C A R A C T E R Í S T I C A S E S E N T I D O D A I N C I S Ã O
Uma vez delimitado o local e procedido  sua fixa€o, a l‹mina do bisturi deve ser aplicada suave e 
uniformemente, de uma ‰nica vez, para permitir a correta di†rese tecidual. Inicialmente, a margem cortante do bisturi 
deve ser penetrada quase perpendicularmente na pele, sendo, logo ap‚s, deitado em alguns graus para permitir um 
maior contato da l‹mina cortante com o tecido a ser seccionado. Ao t†rmino da inciso em tra€o ‰nico e contnuo, a 
l‹mina do bisturi deve ser recolocada em posi€o vertical de sada, com uma flexo for€ada do punho. O tipo de inciso 
correta † a inciso totalmente vertical, devendo ser evitadas as incisŒes oblquas e a segmentada irregular.
Com o cirurgio colocado  direita do paciente, como regra geral, as incisŒes se realizam em um ou mais 
tempos (inicialmente, pode ser incisado apenas um segmento da pele e depois estendido), da esquerda para a direita e 
do lado distal para o proximal (em rela€o ao cirurgio). Contudo, quando realizadas em „reas com declive, devem ser 
iniciadas de baixo para cima, para impedir que eventual sangramento torne obscurecido o campo operat‚rio.
I N S T R U M E N T A Ç Ã O
A seguir, realizaremos uma descri€o dos principais instrumentos cir‰rgicos utilizados na maioria das 
especialidades cir‰rgicas para a realiza€o da di†rese, bem como de alguns instrumentos auxiliares.
 I n s t r u m e n t o s d e C o r t e : bisturi, serra, tesoura, rugina, cisalha, cost‚tomo, goiva.
o Bisturi: † essencial que apresentem boa l‹mina de corte, permitindo a inciso ao menor contato, sem a 
necessidade de se exercer demasiada presso e acarretar aumento do dano tecidual. Existem alguns 
tipos de bisturi: (1) bisturi de C h a s s a i g n a c (modelo mais antigo, em que a l‹mina cortante faz parte do 
corpo do bisturi, mas no † mais utilizado); (2) bisturi com ponta romba, utilizado para a dissec€o de 
estruturas teciduais, mas tamb†m com raro emprego atual; (3) bisturi tradicional, constitudo de um cabo 
reutiliz„vel (de numera€o 3 e 4), com encaixe para l‹minas intercambi„veis ou descart„veis, de uso 
‰nico, em uma extremidade (l‹minas de numera€o entre 10 e 15 para o cabo no3; l‹minas de 20 a 25 
para cabo de no4). O cabo n‰mero 7 tamb†m † bastante utilizado, sendo ele mais longo que os demais. 
o Tesouras: so numerosos e variados os modelos existentes de tesouras cir‰rgicas, muitas cumprindo 
diferentes finalidades, e algumas apresentando utiliza€o especfica: cortar, disseca€o tecidual, 
desbridar e divulsionar tecidos org‹nicos. As tesouras so dividias nas seguintes partes: an†is ou aros 
digitais; hastes; caxilho ou fulcro; l‹minas de corte; pontas. Quanto ao tipo de ponta ou v†rtice, elas 
podem ser rombas, semi-agudas e agudas, e, quanto  forma de seus ramos, curvas ou retas. Os dedos 
polegar (apenas a falange distal) e anular (falange distal e pequeno segmento da falange m†dia) so 
introduzidos nos an†is da tesoura e executam os movimentos de abertura e fechamento do instrumento 
para que o movimento seja o mais perfeito possvel.
o Tesouras para disseca€o tecidual: M e t z e n b a u m , retas ou curvas, com ambas as pontas arredondadas 
(delicadas ou no), com tamanhos variando entre 14 e 26 cm; M a y o - S t i l l e , com pontas arredondadas 
(rombas); e M a y o - H a r r i n g t o n , com pontas semi-agudas ou biseladas, tamb†m retas ou curvas, entre 14 
e 22 cm.
o Tesouras especficas: foram desenhadas para o desempenho de fun€Œes relativamente especficas: 
t e s o u r a d e B a l i u (para uso ginecol‚gico) e as tesouras de P o t t s , D i e t r i c h e outras varia€Œes (tesouras
com angula€Œes de diversos graus em sua extremidade ativa, para uso em Cirurgia Vascular, mas 
tamb†m utilizadas em algumas oportunidades na Cirurgia Geral).
o Tesouras fortes: no so utilizadas para a disseca€o tecidual e sim para a inciso de tecidos rgidos, 
resistentes e espessos, bem como para o corte de bandagens. Alguns exemplos so: D o y e n curvas ou 
retas; F e r g u s o n , retas, com pontas rombas; L i s t e r , anguladas; M a y o - N o b l e , curvas ou retas; R e y n o l d s , 
com fios dentados nas pontas, para inciso de cartilagens e tecidos fibrosos.
o Tesouras para retirada de pontos cir‰rgicos: S p e n c e r , retas ou curvas; L i t t a u e r retas, mais robustas; e 
O ` B r i e n retas, anguladas.
 I n s t r u m e n t o s d e D i v u l s ã o : pin€as, tesouras, afastador, tentac‹nula.
o Pin€as el„sticas ou de dissec€o: consistem em dois segmentos met„licos (hastes) unidos em uma 
extremidade e cujas pontas podem ser lisas (com leves estrias) ou com dentes. Quando apresentam 
dentes em suas pontas, so chamadas de pin€as de dissec€o com dentes ou, simplesmente, pin€as 
“dente de rato”.
o Tentac‹nula: trata-se de um instrumento de 15 cm de comprimento, com 
m‰ltiplas aplica€Œes. Em uma das extremidades apresenta uma fenestra€o 
que lhe permite ser de grande valia para a realiza€o de “freios” de lngua e 
de l„bio. Na outra extremidade, mais longa, apresenta duas faces: uma 
cŠncava (apresenta uma discreta calha que permite, com facilidade, a 
realiza€o de incisŒes retilneas) e uma convexa (de grande utilidade nas 
opera€Œes sobre as unhas).
o Afastadores: so instrumentos auxiliares utilziados para o afastamento de estruturas teciduais, visando 
fornecer a exposi€o propcia ao desenvolvimento de determinado ato operat‚rio. So divididos em 
Arlindo Ugulino Netto – TCNICA OPERAT‚RIA – MEDICINA P5 – 2009.2
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a f a s t a d o r e s ( o u r e t r a t o r e s ) d e p a r e d e o u d e c o n t e ú d o i n t r a c a v i t á r i o ( a b d o m i n a l o u t o r á c i c o ) ; a m b o s o s 
t i p o s s ã o s u b d i v i d i d o s e m m a n u a i s ( o u d i n â m i c o s , o u s e j a , p o d e m s e r f r e q u e n t e m e n t e a l t e r a d o s e m 
f u n ç ã o d a n e c e s s i d a d e m o m e n t â n e a ) e a u t o - e s t á t i c o s ( o u a u t o f i x a n t e s , p e r m a n e c e m e m u m a p o s i ç ã o 
p r e d e t e r m i n a d a p e l o c i r u r g i ã o ) . O s m a i s f r e q u e n t e m e n t e u t i l i z a d o s u n i v e r s a l m e n t e s ã o o s d e F a r e b e u f , 
a f a s t a d o r d e m ã o , c o m h a s t e s d e c o m p r i m e n t o e l a r g u r a v a r i a d o s e d u a s e x t r e m i d a d e s c o m l â m i n a s 
d i s c r e t a m e n t e c u r v a s . O s a f a s t a d o r e s d e M a y o - C o l l i n s e o s d e P a r k e r t a m b é m a p r e s e n t a m f o r m a e 
f u n ç õ e s s e m e l h a n t e s .
 I n s t r u m e n t o s d e P u n ç ã o : t r o c a r t e , a g u l h a d e V e r r e s .
 I n s t r u m e n t o s d e D i l a t a ç ã o : V e l a d e H e g a r ( u t i l i z a d a p a r a d i l a t a ç ã o d o c o l o u t e r i n o n a s 
p a c i e n t e s q u e t e m a b o r t a m e n t o i n c o m p l e t o ) , b e n i q u e ( u t i l i z a d o p a r a d i l a t a ç ã o d a 
e s t e n o s e d a u r e t r a ) .
HEMOSTASIA
O t e r m o h e m o s t a s i a p r o v é m d o g r e g o h a i m ó s t a s i s ( h e m o s = s a n g u e ; s t a s i s = d e t e r ) . N o q u e s e r e f e r e a o a t o 
o p e r a t ó r i o , d e n o m i n a - s e h e m o s t a s i a o c o n j u n t o d e m a n o b r a s d e s t i n a d a s a p r e v e n i r o u c o i b i r h e m o r r a g i a s . F a l h a s n e s t e 
p r o c e s s o d a h e m o s t a s i a p o d e c o m