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3. PRESIDENCIALISMO E PARLAMENTARISMO

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SISTEMAS DE GOVERNO: Parlamentarismo e Presidencialismo
1. Noção geral
A expressão ´sistemas de governo´ diz respeito ao modo pelo qual os Poderes Executivo e Legislativo se relacionam na direção superior do Estado.
2. Parlamentarismo
2.1. Origem histórica
O Parlamentarismo é produto de longa evolução histórica.
Maurice DUVERGER o denomina regime do tipo inglês.
Em 1688-89 o Parlamento inglês afirma sua supremacia, com a destituição de Jaime II e sua substituição por Guilherme de Orange.
Durante o reinado de Guilherme de Orange, bem como no de sua sucessora, a Rainha Ana, havia o hábito de convocar um “Conselho de Gabinete” (corpo restrito de conselheiros privados consultados sobre assuntos de relações exteriores).
Com o falecimento da Rainha Ana, assumem o trono inglês, pela linha de sucessão, Jorge I e, posteriormente, Jorge II, príncipes alemães que não falavam inglês, quando se dirigiam ao Parlamento falavam em latim, não tinham conhecimento dos problemas ingleses, e governavam a Inglaterra a partir de Hanover (antigo Estado alemão).
Nesse período, o Gabinete continuou a se reunir e a tomar decisões sem a presença do Rei. Logo um dos ministros foi se destacando e passou a ser chamado, por ironia, o ´Primeiro Ministro´.
Durante o século XIX o sistema iria ser aperfeiçoado. Reflexões teóricas, nessa fase, foram importantes para que se fixassem as suas regras de funcionamento.
Isso contribuiu para que se firmasse a praxe de escolher para Primeiro Ministro sempre um representante da maioria parlamentar, condicionando-se sua permanência no cargo à manutenção dessa maioria.
Essa prática foi facilitada pelo caráter bipartidário do sistema britânico.
2.2. Características do Parlamentarismo
a) Distinção entre Chefe de Governo e Chefe de Estado.
O Chefe de Estado (monarca ou presidente da República) não participa das decisões políticas, exercendo preponderantemente funções de representação do Estado. Nas Repúblicas parlamentaristas, normalmente sua escolha é feita por eleição no Parlamento e seu mandato é relativamente longo.
Além de funções de representação, o Chefe de Estado atua também como vínculo moral do Estado, colocado acima das disputas políticas. Ele desempenha importante papel nos momentos de crise, quando é necessário indicar um novo Primeiro Ministro à aprovação do Parlamento.
O Chefe de Governo (Primeiro Ministro) é a figura política central no Parlamentarismo, pois é ele quem exerce o Poder Executivo. Como ele só se torna Primeiro Ministro depois de obter a aprovação do Parlamento, muitos o consideram um delegado do Poder Legislativo, posto que só pode assumir o governo e permanecer nele mediante aprovação da maioria parlamentar.
LOEWENSTEIN afirma, a propósito do Parlamentarismo, que não há como se sustentar que nesse sistema se preserve a separação de poderes, conforme teorizada por Montesquieu.
b) A Chefia de Governo é exercida com responsabilidade política
O Chefe do Governo, aprovado pelo Parlamento, não tem mandato com prazo determinado, podendo permanecer no cargo por alguns dias ou por muitos anos.
Há dois fatores que podem determinar a demissão do Primeiro Ministro e a de seu Gabinete (queda do governo):
Perda da maioria parlamentar
O partido ou os partidos de sustentação do Primeiro Ministro perde(m) as eleições.
Aprovação de voto de desconfiança
Se um parlamentar desaprova, no todo ou num importante aspecto particular, a política desenvolvida pelo Primeiro Ministro, propõe contra ele um voto de desconfiança.
Se esta for aprovada pela maioria parlamentar significa que o Chefe de Governo perdeu as condições políticas de permanecer no cargo. Sendo assim, deve demitir-se.
c) Possibilidade de dissolução do Parlamento.
No sistema inglês, uma característica importante é a possibilidade de ser dissolvido o Parlamento, considerando-se extintos os mandatos dos membros da Câmara dos Comuns antes do prazo normal (cinco anos).
Isso pode acontecer quando o Primeiro Ministro percebe que conta apenas com uma apertada maioria no Parlamento, ou, então, e isso acontece mais nos sistemas pluripartidários, quando o Primeiro Ministro recebe um voto de desconfiança mas entende que é o Parlamento quem se encontra em desacordo com a vontade popular. Nesses casos, ele pode pedir ao Chefe de Estado que declare extintos os mandatos dos membros do Parlamento e, pelo mesmo ato, convoque novas eleições gerais.
Realizadas as eleições, seu resultado determinará a permanência do Primeiro Ministro ou a sua demissão.
Presidencialismo
3.1. Origem histórica
O Presidencialismo é criação norte-americana, do séc. XVIII.
Os construtores do Estado norte-americano repudiavam a monarquia e veneravam a liberdade, o que lhes propiciou o aproveitamento das idéias de Montesquieu, expostas em O Espírito das Leis, sobretudo no que tange ao mecanismo que impediria, segundo o filósofo iluminista, a concentração do poder. Trata-se da separação dos Poderes em Legislativo, Executivo e Judiciário.
Para Montesquieu, o Poder Executivo deveria permanecer nas mãos do monarca – órgão unipessoal.
Os norte-americanos não tinham um rei! Criaram, então, a figura do Presidente da República.
3.2. Características do Presidencialismo:
Presidente é chefe de Estado (vínculo moral do Estado e funções de representação) e chefe de Governo (chefe do Executivo).
Ver a exemplo art. 84 da CRFB/88
As transformações no papel do Estado ocorrida com a passagem do Estado liberal para o Estado intervencionista, fortaleceram sobremaneira a figura do Presidente da República como chefe de governo.
Chefia do Executivo é unipessoal.
Responsabilidade pela fixação das diretrizes de governo é do presidente.
O Vice-Presidente, nas Repúblicas que o admitem, possui poucas funções institucionais, além da função de substituir o PR.
Ministério: corpo de auxiliares diretos. Os ministros são pessoas de confiança do PR. Os ministros são demissíveis ad nutum (com um aceno de cabeça).
O presidente é escolhido pelo povo (voto direto ou voto indireto).
O presidente é escolhido por um prazo determinado
No Brasil, são quatro anos.
Não pode permanecer indefinidamente no governo
Limite máximo de dois períodos. No Brasil, admite-se uma única reeleição.
O presidente tem poder de veto.
De acordo com o Princípio da separação dos poderes, o Congresso (Câmara + Senado) – exerce o Poder Legislativo.
Para que não houvesse a ditadura do Legislativo, sendo o Executivo reduzido a mero executor automático de leis, foi-lhe confiado o poder de veto.
Assim, projetos de lei aprovados pelo Congresso devem ser remetidos ao Presidente para sanção (manifestação de concordância).
Se o presidente considerar o projeto inconstitucional ou contrário ao interesse público, ele o veta.
O Legislativo, então, para aprovar o projeto deve apreciar o veto mediante votação especial (maioria absoluta do Congresso Nacional).
Se o Legislativo acolher o veto, o projeto está rejeitado.
Se o Legislativo rejeita o veto, o projeto é aprovado, mesmo contra a vontade do Executivo. 
O veto poder total ou parcial.
O Presidente pode também enviar projetos de lei ao Legislativo.

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