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6. SISTEMAS ELEITORAIS

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SISTEMAS ELEITORAIS
1 - Noção de Sistemas Eleitorais
Trata-se de conjunto de técnicas e procedimentos que se empregam na realização das eleições, destinados a organizar a representação do povo no território nacional.
Os sistemas eleitorais dividem-se em duas grandes famílias:
os sistemas majoritários, e
os sistemas proporcionais
2 - Sistema Majoritário 
Por esse sistema, a representação, em dado território (circunscrição ou distrito), cabe ao candidato ou candidatos que obtiverem a maioria (absoluta ou relativa) dos votos.
O Direito Constitucional brasileiro vigente consagra o sistema majoritário:
Por maioria absoluta – para a eleição do Presidente e Vice Presidente da República (art. 77), para Governador e Vice Governador do Estado (art. 28), para Prefeito e Vice Prefeito Municipal, em Municípios com mais de 200.000 mil eleitores (art. 29, II).
Por maioria relativa – para a eleição dos Senadores Federais e para Prefeitos de Municípios com menos de 200.000 mil eleitores.
3 - Sistema Proporcional
A Constituição acolheu o sistema proporcional para a eleição de Deputados Federais, de Deputados Estaduais e de Vereadores. 
Por este sistema, pretende-se que a representação, em determinado território se distribua em proporção às correntes ideológicas ou de interesse integradas nos partidos políticos concorrentes.
Para se compreender o sistema proporcional, é importante conhecer alguns conceitos, dentre os quais se encontram os seguintes:
Votos Válidos – para a determinação do quociente eleitoral, contam-se como válidos, os votos dados à legenda partidária e os votos de todos os candidatos. Os votos nulos e os brancos não entram na contagem.
Quociente Eleitoral – determina-se o quociente eleitoral, dividindo-se o número de votos válidos pelo número de lugares a preencher na Câmara dos deputados, ou na Assembléia Legislativa estadual ou na Câmara Municipal, desprezada a fração igual ou inferior a meio, arredondando-se, para 1, a fração superior a meio.
Quociente Partidário – é o número de lugares cabível a cada partido, que se obtém dividindo-se o número de votos obtidos pela legenda pelo quociente eleitoral, desprezada a fração.
Distribuição dos Restos – feitas as operações supra-indicadas, ficar-se-á sabendo quantos candidatos elegeu cada partido. Acontece que podem sobrar lugares a serem preenchidos, em conseqüência de restos de votos em cada legenda não suficientes, de per si, para fazer mais um eleito. Para solucionar este problema o direito brasileiro adotou o método da maior média.
Determinação dos Eleitos – definido o número de cadeiras de cada partido, há que se determinar o preenchimento dos lugares, com que cada partido foi contemplado. Os candidatos mais votados, em cada legenda, serão eleitos para ocupar as cadeiras que lhes toquem. No caso de empate, haver-se-á por eleito o candidato mais idoso.
Falta de Quociente Eleitoral – pode acontecer de nenhum partido conseguir obter o quociente eleitoral. Ocorrendo isso, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados.
OBS: Para o professor José Afonso da Silva deveríamos considerar, neste caso, nula a eleição e, por conseqüência, realizar novo pleito.
Exemplo:
Eleição para a Câmara dos Deputados, pelo Estado X:
Votos válidos = 8.000.000
Cadeiras a preencher = 42
Quociente eleitoral = 8.000.000 – 42 = 190.476
(Isto significa que cada partido fará tantos deputados quantas vezes sua votação contiver 190.476)
Quociente partidário, supondo aqui que 6 partidos tenham disputado as eleições, encontram-se os quocientes partidários (nº de cadeiras obtidas por partido) da seguinte forma:
PARTIDO 	VOTOS	QUOC. ELEITORAL	QUOC. PARTIDÁRIO	 	SOBRAS
 A		3.000.000		190.476		 15 cadeiras e	142.860 votos
 B		2.200.000		190.476		 11 cadeiras e	104.764 votos
 C		1.600.000		190.476		 8 cadeiras e	 76.192 votos
 D		 800.000		190.476		 4 cadeiras e	 38.096 votos
 E		 300.000		190.476		 1 cadeira e	109.524 votos
 F		 100.000		190.476		 nenhuma cadeira não se conta
Total de cadeiras preenchidas = 39. Restam, pois, 3 cadeiras a serem distribuídas de acordo com a técnica da maior média, conforme o seguinte cálculo:
Para a primeira cadeira a ser distribuída:
PARTIDO	VOTOS			QUOC. PARTIDÁRIO			MÉDIAS
 A		3.000.000		--		16 (15 + 1)			187.500 
 B		2.200.000		--		12 (11 + 1)			183.333
 C		1.600.000		--		 9 (8 + 1)			177.777
 D		 800.000		--		 5 (4 + 1)			160.000
 E		 300.000		--		 2 (1 + 1)			150.000
 F		Está fora por falta			___________			________
		de quoc. Eleitoral
O partido A, assim, obteve a maior média, ficando com a primeira das 3 cadeiras.
Após, repete-se a operação para se saber a qual deles caberá a segunda cadeira:
PARTIDO	VOTOS			QUOC. PARTIDÁRIO			MÉDIAS
 A		3.000.000		--		17 (16 + 1)			176.470
 B		2.200.000		--		12 (11 + 1)			183.333
 C		1.600.000		--		 9 (8 + 1)			177.777
 D		 800.000		--		 5 (4 + 1)			160.000
 E		 300.000		--		 2 (1 + 1)			150.000
Assim, a segunda cadeira caberá ao partido B. Resta descobrir com quem ficará a terceira cadeira. Para tanto, basta repetir a operação:
PARTIDO	VOTOS			QUOC. PARTIDÁRIO		MÉDIAS
 A		3.000.000		--		17 (16 + 1)			176.470
 B		2.200.000		--		13 (12 + 1)			169.230
 C		1.600.000		--		 9 (8 + 1)			177.777
 D		 800.000		--		 5 (4 + 1)			160.000
 E		 300.000		--		 2 (1 + 1)			150.000
A maior média desta vez é a do partido C, que ficará com a terceira cadeira. Foram, então, distribuídas as 42 cadeiras.
4 - Sistema misto 
Por esse sistema, que tem sido muito reivindicado para o Brasil, cada Estado será dividido em tantos distritos em número igual à metade dos lugares a preencher. Cada partido apresentará um candidato para cada distrito e uma lista partidária para todo o Estado. O eleitor disporá de dois votos: o primeiro será atribuído a um dos candidatos do distrito, assinalando um nome, e, o outro, a uma das listas partidárias, assinalando uma legenda.
A reforma do sistema eleitoral é um das pautas da reforma política em curso no Congresso Nacional.

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