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Resumo de Ciência Política - Prof. Rene Zamlutti

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RESUMO DE CIÊNCIA POLÍTICA 
(primeiro semestre) 
O Príncipe (Maquiavel) - Ano de publicação: 1532 
 Em O Príncipe, Maquiavel contesta a maior força política da época, a igreja 
católica, dizendo que o homem não é essencialmente bom como ela pregava, mas que é 
essencialmente mal em seu estado de natureza. Ele pretende mostrar a verdade efetiva das 
coisas, a sociedade real e não a sociedade ideal. Como escreveu a obra para o príncipe 
Lourenço de Médici,Maquiavel trata apenas do principado, ele acreditava que certas 
tendências se repetiam, por exemplo, um principado instável precisava de um príncipe forte 
e temido para torná-lo estável, feito isso o príncipe não era mais necessário e era instaurada 
uma república estável, mas a sociedade sendo muito complexa logo se tornaria novamente 
instável, teríamos novamente um principado, que após tornar-se estável viraria uma 
república e assim seguiria ciclicamente. 
 Para ele, esse príncipe ideal deve ter Virtù (Capacidade de mudar o próprio destino) 
e Fortuna (Sorte), ainda deveria inspirar confiança e carisma na sociedade, além de ser 
temido, pois ser temido era melhor do que ser amado, se amado, as pessoas por sua 
covardia natural poderiam recusar-se a obedecê-lo quando sentissem ameaçadas, já se 
temido, o homem por seu medo natural, obedeceria o príncipe sem questioná-lo. Ele 
também acredita que o poder tem origem humana e não divina. 
 
Leviatã (Thomas Hobbes) - Ano de publicação: 1651 
Estado natural  Pacto social  Estado civil 
 Para Hobbes, o homem em estado de natureza possui uma liberdade absoluta e 
ilimitada, já que nada os põe limites, isso trás uma instabilidade que leva ao estado de 
guerra de todos contra todos, o caos. 
 Por não ter regra alguma, criamos instintivamente um sentimento predatório em 
relação ao outro, isso nos faz temer pela nossa vida, pois se caçamos o outro, ele pode fazer 
o mesmo conosco. 
 Quando o homem passa a temer por sua segurança ele aceita que leis naturais 
devem ser respeitadas para que possamos viver em comunidade sem ameaçar nossas vidas. 
 Assim o homem faz um acordo de respeito mútuo e almejando conseguir a paz e sua 
conservação, o povo cria um "homem artificial" chamado Estado, e cabe à ele proteger a 
sociedade. ( O Estado é um pressuposto de sociedade, sem essa, não há Estado) 
 O homem aceita abrir mão de sua liberdade ilimitada, entregando-a ao soberano que 
deve proteger a sociedade em sua totalidade. Surge o Pacto social, que é na verdade um 
pacto de submissão ao soberano, já que a ele foi confiado pelo próprio povo toda a sua 
liberdade. Portanto, o soberano não é responsável por suas ações, tudo que ele faz "é feito 
pelo povo", já que ele foi escolhido para tomar qualquer decisão em nome do povo e não 
pode ser contestado (irresponsabilidade do soberano). 
Estado natural  Guerra de todos contra todos 
Pacto social  Pacto de submissão 
Estado civil  Autoritário, submissão ao soberano absoluto, irresponsabilidade do 
soberano. 
 
2º Tratado sobre governo (John Locke) - Ano de publicação: 1690 
Estado natural  Pacto social  Estado civil 
 Para Locke, no Estado de natureza possuímos uma liberdade natural, onde nada 
regula nossas ações, vivemos com igualdade de todos e em certa harmonia, o estado de 
guerra mencionado por Hobbes, é possível mas não necessariamente irá acontecer já 
que vivemos em relativa harmonia. O direito de propriedade já nasce com o homem, 
partindo do principio que ele tem a propriedade de sua vida, e ainda no decorrer da vida, o 
homem adquire terras, terras essas que foram cedidas por Deus para suprir as necessidades 
humanas, à medida que o homem trabalha nessa terra para viver dela, ela torna-se sua 
propriedade e qualquer coisa que o homem desenvolva seu trabalho sobre ela, seja 
matando uma animal para se alimentar dele, o torna sua propriedade. 
Sob a luz da razão, o homem percebe que precisa cuidar de suas propriedades, pois há 
aqueles que não respeitam as leis naturais, assim, fazem um pacto de consentimento, onde 
é decidido que leis devem ser criadas para proteger a propriedade privada do homem, cabe 
ao poder legislativo elaborar essas leis ( ele já menciona a tripartição de poderes). 
O povo não deve submeter-se à qualquer custo as ordens do monarca, daí surge o Direito 
de Resistência, as leis devem ser respeitadas em primeiro lugar, por isso o monarca que 
não o fizer deve ser deposto. 
Estado natural  liberdade e relativa harmonia + propriedade privada 
Pacto social pacto de consentimento, onde leis devem ser estabelecidas para 
proteger a propriedade 
Estado civil Direito de resistência, o monarca que desrespeitar as leis deve ser 
deposto, o povo não é submisso à ele. 
 
O Contrato social ( Jean Jacques Rousseau) - Ano de publicação: 1762 
 "O pacto social supõe um processo que garante a segurança do indivíduo ao 
privilegiar a comunidade. Uma sociedade política, regida por leis e fundada em um acordo 
universal e invariável, que beneficia todos igualmente e organizada com base em deveres 
mútuos privilegiando a vontade coletiva." 
 Para Rousseau, o homem em seu estado natural é puro e feliz, a propriedade é 
comunal (de todos), a medida que o homem vai se aproximando um do outro, 
acumulando posses, surge a propriedade privada, daí a desigualdade. 
 "O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um 
terreno, lembrou-se de dizer isto é meu, e encontrou pessoas suficientemente simples para 
acreditar" 
 O homem torna-se violento e corrupto para proteger sua propriedade, os mais fortes 
(com mais posses) decidem unir-se em um Pacto falso para barrar os mais fracos, fazendo 
com que os fortes permanecessem fortes e os fracos permanecessem fracos. 
 Esse pacto falso é derrubado quando a sociedade percebe que para retornar ao 
estado de igualdade inicial, é nescessário a elaboração de leis que limite a liberdade 
individual daqueles "fortes", presando pela liberdade e bem estar de "todos". 
"O povo é o único soberano" 
 Surge o contrato social, os homens devem abrir mão de sua liberdade, para 
privilegiar a liberdade coletiva. O contrato atua como principio primeiro do governo e da 
economia pública. O homem ao tornar-se cidadão de uma sociedade pode aprimorar suas 
potencialidades humanas e portanto desenvolver sua consciência e natureza racional. 
 "O homem ao ingressar na sociedade se priva de diversas vantagens que possui em 
seu estado natural, em contrapartida ele ganha um desenvolvimento de suas capacidades." 
"O Estado e individuo devem se encontrar mutuamente" 
 Em o contrato social a vontade geral é superior a vontade de todo e essa 
vontade deve ser respeitada inclusive pelo governante. A vontade geral está associada à 
organização política da sociedade e se opõe a vontade própria dos indivíduos no estado de 
natureza, é a expressão da "voz" da maior parte dos cidadãos, desde que seja de acordo com 
a leis. 
“A lei é uma expressão da vontade geral" 
 Rousseau defende que a democracia é a melhor forma de governo, embora, a 
democracia direta seja impossível, devido a complexidade da sociedade, ela é a melhor 
maneira do povo se manifestar sobre as decisões políticas. 
"Entende-se que o poder representativo é um mal necessário, mal porque não é a 
expressão real de todos da sociedade, mas devido a complexidade das coisas é necessário 
essa representação, porém o governante deve ser periodicamente trocado" 
 
Elementos da Teoria Geral do Estado 
 Para Dallari, é indispensável que as pessoas conheçam as instituições que governam 
seu Estado. 
 Analisar as possibilidades da realidade social ao invés de prender-se em ideias 
consagradas. 
 O 1º a tratar a sociedadecomo ela realmente é e não como deveria ser foi Nicolau 
Maquiavel. 
 Doutrinas para estudar o Direito: 
 Doutrina sociológica que estuda a gênese e evolução do Estado 
 Doutrina jurídica que estuda a organização do Estado 
 Doutrina justificativa que estuda os fundamentos do Estado 
1. Teorias da sociedade natural 
 Aristóteles defendia o ZOON POLITIKON, o homem é um animal político e vive 
em sociedade por um instinto associativo natural, um instinto que o obriga a viver na 
companhia de outros. 
 Para alguns teóricos, é essencial a vida em sociedade pois só assim o homem pode 
conseguir os meios necessários para sua existência, podendo atingir todo aperfeiçoamento 
no campo intelectual, moral e técnico. 
2. Contratualistas 
 Para essa linha filosófica, a sociedade não é um fator natural, é sim um acordo de 
vontades humanas, seu principal defensor foi Thomas Hobbes, em Leviatã. 
Leviatã (Hobbes) 
 O homem em seu estado de natureza é egoísta, luxurioso e agressivo e se 
permanecesse assim, viveríamos no caos, na guerra de todos contra todos, mas o homem 
tem um mecanismo que nenhum outro animal tem, a RAZÃO e é esse mecanismo que faz o 
homem perseguir o desejo de superar seu estado de natureza e chegar à um estado social. 
Para atingir esse estado social os homens concordam entre si que apenas convivendo em 
sociedade conseguirão aperfeiçoar seu estado moral. 
 Assim há uma transferência mútua de direitos, um contrato de que agora viverão 
em sociedade. Mas para que essa sociedade mantenha-se organizada é necessário um 
soberano, uma autoridade que imponha limites, o Leviatã. Hobbes nos dá uma sugestão 
ao absolutismo. 
Qual a finalidade da sociedade? 
 Com o passar do tempo, grupos tornaram-se cada vez mais específicos, 
desenvolvendo funções específicas, surge então um pluralismo social bastante complexo. 
Mas quais são os elementos necessários para considerar um grupo uma sociedade? São 
eles: 
2.1. Deterministas: A finalidade da sociedade é apenas constituir-se como sociedade. Para 
eles a sociedade é uma consequência das causalidades do qual o homem é submetido, não 
há escolha. 
2.2. Finalistas: A finalidade da sociedade é conseguir o Bem Comum, possibilitar, 
respeitados os direitos do próximo, que a sociedade persiga suas necessidades, aprimore-se 
como individuo social. Para isso é necessário reiteração ( repetição de algo para que penetre 
no caráter social), adequação (correlação meio e fim, eficácia) e ordem (Bom senso, se não 
o manter sofrerá sanção judicial ou moral). 
2.2.1. Manifestações de conjunto ordenadas: São manifestações que a sociedade deve 
fazer repetidas vezes, buscando alcançar seu objetivo, pode ser praticada por uma pessoa 
individualmente, desde que respeite os direitos de todos e prevaleça o bem de TODOS. 
Devem seguir uma ordem, que pode ser natural, ou seja, uma causalidade, que é uma 
condição que gera uma consequência, esse ciclo é permanente, imutável (Como a ordem 
para o crescimento de uma planta, não pode ser mudada, por isso é uma ordem natural), 
ou pode ser uma ordem humana, ou seja, uma imputação, que é uma ação que gera uma 
tendência, um ato pode gerar ou não tal resultado, deve-se analisar cada caso específico, 
por isso é humano. E devem também ser adequadas da melhor maneira para o bem 
comum. Em suma, as manifestações de conjunto ordenadas são produzidas em uma ordem, 
para que a sociedade possa atuar em função de um bem comum, mas não necessariamente 
essas manifestações precisam ser praticadas por todos, mas é sabido que quem recusar-se 
tem a consciência de que sofrerá uma sanção, ou judicial, ou moral. 
 Judicial: a norma jurídica é imperativa-atributiva, ou seja, ela impõe algo e atribui 
penalidades se essa imposição não for respeitada. 
 Moral: a norma moral é apenas imperativa, impõe um comportamento, sendo 
facultativo segui-lo, mas sob pena de exclusão social se não o fizer, já que vai 
contra a moral. 
* Reiteração 
*Ordem 
*Adequação 
3. Poder social 
Pode ser visto sob 2 aspectos: 
3.1. Socialidade: O poder é um fenômeno social, jamais podendo ser explicado por fatores 
individuais. 
3.2. Bilateralidade: O poder é uma correlação entre duas ou mais vontades, havendo 
obrigatoriamente uma preponderante sobre a outra. 
 Há uma corrente que despreza todo tipo de poder que comande os rumos da 
sociedade, são os anarquistas, eles acreditam que a sociedade deve viver de acordo com as 
leis naturais e não pode ser submetida à leis morais ou ao comando por instituições. 
Atualmente a corrente anarquista está bastante enfraquecida, isso deve-se principalmente ao 
seu caráter violento. 
 Há ainda uma corrente menor que a anarquista, são os anarquistas de cátedra, que 
apenas rejeitam o poder e o veem como uma mera expressão de superioridade material. 
 Em suma, eles condenam a propriedade privada e alegam que a coação usada para 
manter uma ordem não tem valor algum. 
 Para Dallari, é necessário compreender que o poder é essencial para a vida em 
sociedade, o poder é um pressuposto para a sociedade, mesmo em comunidades mais 
prósperas e ordenadas, existem conflitos que só podem ser resolvidos pela intervenção de 
um poder preponderante. Porém, esse poder deve ser legitimado, ou seja, consentido pela 
sociedade, se não torna-se totalitário, prevalecendo a vontade do governante, tornando-se 
ilegítimo. 
"Poder legítimo é poder consentido." 
4. As sociedades políticas 
Uma sociedade política é constituída por dois fins: 
4.1-Fins particulares -Uma vontade definida e escolhida voluntariamente por seus 
membros. 
4.1.1-Vontade de todos: São finalidades muito especificas e particulares 
(greenpeace,torcida organizada) 
4.2-Fins gerais (difusos) - tem objetivo genérico de criar condições para que a sociedade 
possa realizar seus objetivos individuais. 
4.2.1. Vontade Geral: Tem varias finalidades difusas, fins gerais, como família, estado, 
sociedade. 
A sociedade política engloba a totalidade dos fatores do homem: ideologias sociais, 
crenças religiosas, interesses pessoais. Portanto, o Estado é uma sociedade política. 
5-Formação do Estado 
Há inúmeras teorias sobre quando surgiu exatamente o termo Estado. Primeiramente, o 
termo Estado significa situação permanente de convivência, mas usa-se o ano de 1648 (séc. 
XVII) com os Tratados de Westfália (inaugurou o sistema de soberania estatal e 
Estado-nação) como referência para nascimento do Estado como conhecemos hoje. 
Há duas maneiras de se formar um Estado: 
5.1. Formação originária: Forma-se a partir de agrupamentos humanos que ainda não 
foram integrados em um Estado. 
 Natural: O Estado forma-se naturalmente, sem que a vontade humana interfira. 
 Contratual: Crê-se que um acordo entre alguns homens ou todos os homens levou a 
criação do Estado. 
 Familial: Defende-se que cada família primitiva se ampliou e originou um Estado. 
 Força: A superioridade da força de um grupo social, que submete outro grupo mais 
fraco à suas vontades, pode ser por tomadas em guerras, por exemplo. 
 Econômica: Seres humanos tem necessidades humanas e para conquistar essas 
necessidades é necessário uma ajuda mútua entre humanos, fazendo com que surjam 
funções especificas, ou melhor, a divisão do trabalho, adentrando num motivo 
econômico. 
5.2. Formação derivada: Que é a formação de um Estado a partir de outros pré 
existentes. 
 Por fracionamento: quando uma parte de um território é desmembrada e passa à 
constituir um novo Estado. ( Ex:As 13 colônias inglesas que tornaram-se 
independentes e depois integraram os E.U.A) 
 Por união: quando 1 ou mais estados unem-se formando um único e novo Estado, 
adotando inclusive a mesmaConstituição. (Ex: O Brasil quando torna-se reino 
unido a Portugal) 
6. Tipologia dos Estados 
 O Estado particular não é um fenômeno isolado, ele é absolutamente influenciado 
por ações atuais e pretéritas de outros Estados. 
 JELLINEK defende que "tipo' é a expressão da mais perfeita essência do gênero. 
6.1. Estado Antigo 
 Nesse período, não havia distinção entre política, religião, moral, filosofia e etc. 
Mas duas características eram dominantes, a natureza unitária e a religiosidade. 
 Natureza unitária: Verifica-se que o estado antigo sempre aparece como uma 
unidade geral, não admitindo qualquer divisão interior, nem territorial, nem de 
funções. 
 Religiosidade: O Estado era muito religioso, ocorrendo uma forte associação de que 
o governante era escolhido pelo divino e dele recebia poderes, ou mesmo de que o 
governante era a própria divindade. 
6.2. Estado Grego 
 Diz-se estado grego, mas agrega todos os povos helênicos, não penas os gregos. 
 Sua maior expressão foram as cidades- Estados (pólis), cujo o ideal era a 
auto-suficiência. 
 Seu governo também merece destaque, era admitido como democracia, porem não 
agregava todos da sociedade, apenas uma elite mais restrita. 
6.3. Estado Romano 
 No Estado romano, a origem familiar era muito importante. Desenvolve-se o 
cristianismo, o objetivo principal era tornar o mundo em um grande Estado cristão, por isso 
de tantas disputas entre papas e reis. 
 O império romano atingiu uma extensão inimaginável, e declinou porque tentou 
governar esse imenso território como se fosse a pequena Roma. 
6.4. Estado Medieval (Séc. V - Séc. XV) 
 A idade média é marcada essencialmente pelo cristianismo, invasões bárbaras 
e feudalismo. 
 A igreja passa a se fortalecer, ocorre um principio de separação entre política e 
igreja. O governo passa a se estabilizar desvinculando-se da igreja, essa passa a se firmar-se 
como instituição religiosa e menos política, nem tanto, já que a igreja ainda era 
extremamente influente. O poder se pulveriza com querelas entre Estado X igreja, as 
invasões bárbaras esquentam a tensão, árabes começam a fazer acordos comerciais com o 
norte da Itália, com o tempo o comércio entra em crise e o que passa a ser valorizado é a 
TERRA, portanto, qualquer cidadão que tivesse terra e a cercasse, tornava-a um feudo. 
 Cada feudo tinha suas regras, tornando a sociedade medieval muito instável e 
desconexa. 
6.5. Estado Moderno 
 Os tratados de Westfália tiveram um caráter documental da existência de um novo 
tipo de Estado, o estado moderno, que tinha características de unidade territorial dotada de 
um poder soberano. O Estado Moderno é constituído por 4 elementos, são eles: 
 Soberania 
 Território 
 Povo 
 Finalidade 
7. Soberania 
 O conceito de soberania é uma das bases para a formação do estado moderno. 
 No séc. XII, com o feudalismo, era difícil estabelecer o que era soberanis, já que 
haviam dois tipos de "poderes", o senhorial e o real. Já no séc. XIII os monarcas vão 
firmando-se como autoridade suprema, adquirindo domínio da justiça e da policia, e 
inclusive superando a autoridade papal, causando muitos conflitos entre Estado X Igreja. 
Somente no séc. XVI é que o conceito de soberania está completamente amadurecido. 
 Dentre as teorias sobre soberania, destacam-se: 
 De JEAN BODIN que acredita que a soberania é um poder absoluto e perpétuo, 
absoluto no sentido de que nenhuma lei humana pode interferir em seu governo, sua única 
limitação é curvar-se à Majestade divina, e perpétuo no sentido de que não a soberania não 
pode ser exercida por um tempo certo de duração. O monarca é superior em todos os 
aspectos e sob todas as pessoas. 
 De ROUSSEAU que já transfere a soberania para o povo e não mais para o 
monarca. 
"O povo é o único soberano" 
 Para ele, as características fundamentais da soberania são inalienabilidade e 
indivisibilidade. É inalienável porque representa a vontade geral, ou seja, não pode ser 
representada por quem quer que seja que não o povo. E é indivisível porque a vontade só é 
geral se for do TODO. 
 "O poder soberano, completamente absoluto, sagrado e inviolável, não ultrapassa 
nem pode transgredir os limites das convenções gerais." 
 Em termos gerais, a soberania está sempre ligada à uma concepção de poder, porém, 
não se pode negar o caráter jurídico que a soberania adquiriu com o tempo, anteriormente 
era puramente política, não importando ser legítima ou jurídico, apenas absoluto, nesse 
caso os Estados materialmente mais fortes dominam os mais fracos, que são reprimidos. 
Com o caráter jurídico que assumiu, tem-se o pressuposto de que todos os atos do Estado 
são passíveis de enquadramento jurídico, segundo essa concepção, não há Estados mais 
fortes ou mais fracos, já que todos estão submetidos mesma noção de direito e a igualdade 
jurídica deve ser respeita sob pena de sanções. 
 Miguel Reale prefere uma definição predominantemente como política; 
"Soberania é o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu 
território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência." 
 A soberania é UNA porque não é admitido dois soberanos governando um mesmo 
Estado. 
8. Território 
 A maioria dos autores concordam em reconhecer território como indispensável para 
a existência do Estado. 
 Durante a Idade Média, com a multiplicação dos conflitos entre ordens e 
autoridades, tornou-se indispensável a definição de qual ordem era mais eficaz em 
determinado espaço, a soberania: que indicava o poder mais alto e território que indicava 
onde esse poder seria efetivamente mais alto. 
 Dentre as varias teorias sobre território, uma delas acredita que o Estado é 
proprietário de todo o território que cabe à ele, o que gerou muitas divergências, pois assim, 
as pessoas proprietárias de fazendas, casas ou qualquer outro bem de terra, não seria 
efetivamente dona daquela terra. 
 Jellinek apresenta o DIREITO REFLEXIVO, que nada mais é do que o replexo que 
o Estado tem sobre o povo, ou seja, o Estado exerce poder sobre as pessoas, isso é 
incontestável, o poder que ele exerce sobre o povo reflete no solo ou território que esse 
povo abita, fazendo com que o estado seja "dono" do território também. 
 Nessa noção de território prevalece o principio da IMPENETRABILIDADE, ou 
seja, nenhum estado ou soberano pode interferir na administração do outro sem prévia 
autorização. 
8.1. Território marítimo 
 O mar territorial para todos os países ficou estabelecido em 12 milhas para qualquer 
lado da costa, nos dias atuais a exploração econômica do mar é crescente e a preocupação 
com esse fator é grande. 
8.2. Território aéreo 
 Reconhece-se a faixa de ar que compõe o território como uma extensão territorial, 
mas é permitido a passagem inocente, ou seja, é permitida a passagem de aeronaves 
estrangeiras em território nacional sem prévia autorização, desde que respeite a integridade 
daquele território. 
8.9. Espaço Sideral 
 De acordo com um acordo feito pela ONU, Tratado do Espaço Exterior, o espaço 
sideral não pertence á ninguém. 
9. Povo 
 O termo povo, por seu uso inequívoco, acabou se tornando equívoco, há uma grande 
confusão entre o que é povo, população e nação. 
 População é pura e simplesmente uma expressão numérica, ou seja, quantas 
pessoas há em um território, contando os estrangeiros, quantas pessoas habitam aquele 
território em determinado momento. 
 Nação é formada por m grupo de pessoas que estão unidas por valores comuns, 
hábitos comuns e linguagem comuns. Há um adendo, na Revolução Francesa pessoas 
compartilhavam dos mesmos ideais de liberdade, isso trouxe uma noção denacionalismo, 
mas como Estado, e não como deve ser interpretado pelo termo nação. 
 Povo é aquele que tem relação jurídica com determinado território, possui direitos 
politicos sobre aquele território. 
 Jellinek acredita que o povo exerce sua cidadania de duas maneiras pela dimensão 
subjetiva (o povo age, faz suas leis), ou dimensão objetiva (o povo é objeto de ação de suas 
próprias leis). 
 Rousseau acredita que o povo assume ora ser cidadão (que elegem seu representante 
e assumem uma cidadania ativa) ora ser súdito (se submete ao governante que ele mesmo 
escolheu assumindo uma cidadania passiva). 
"Povo é o conjunto de individuos que, através de um momento jurídico, se unem para 
constituir o estado, estabelecendo com este um vínculo jurídico de caráter prmanente, 
participando da formação da vontade do estado e do exercício do poder soberano." 
 
RESUMO DE CIÊNCIA POLÍTICA 
(segundo semestre) 
 
Sistemas de governo: 
Parlamentarismo X Presidencialismo 
 
PARLAMENTARISMO 
 Parlamentarismo: Surge na Inglaterra, começa a se desenhar em 1925. 
Parlamentarismo não foi “pensado”. Contexto histórico: (Simon de Monfort) convidava 
barões para conversar e criticar o rei da época (Ricardo III), Simon morre, mas as reuniões 
para discutir política ficam “oficializadas” e com isso surge o PARLAMENTO, isso ocorre 
também para que o rei soubesse das críticas e seguisse o indicado, ou não. 
 XIV  Casa de nobre/casa do povo (Senador e deputado). 
 XV e XVI  Ninguém dava muita bola para o parlamento, por causa da monarquia 
absolutista. 
 XVII 1688/1689  Revolução gloriosa. 
 1642  Rei da Inglaterra é assassinado (Carlos I) por ter tentado implantar o 
catolicismo como religião oficial. Carlos II assume o cargo e governa até a sua morte, seu 
irmão assume James II era católico e sua filha protestante, o que era supostamente bom 
para o povo até que James arrumou um filho o que preocupou o povo e na Inglaterra 
bipartidária (Whigs/Tories), para salvar a vida James foge para Kent. O parlamento dá um 
golpe e com o trono “vazio” chamam a filha Mary para ser rainha e seu marido Guilherme 
Orage (holandês) para ser rei da Inglaterra com a condição de assinarem a “Bill of Rigsts” 
(1689), partilhando o poder com o parlamento. Ana filha de Mary assume e morre em 1714, 
sem filhos, que faz com que o poder passe para casa alemã (Jorge I) que não se importava 
com as questões da Inglaterra e o parlamento começa a ganhar força, depois da morte de 
Jorge I, seu filho Jorge II assume o cargo, mas também não se importa com as “coisas” da 
Inglaterra. Um dos ministros do parlamento começa a se destacar, primeiro ministro 
(Robert Walpoce). Jorge III quando é rei, começa a se interessar e é ele quem quer escolher 
o primeiro ministro (Lord North) em 1782, os parlamentares conversam com o rei e dizem 
que ele pode escolher, mas que eles têm que concordar com a escolha. 
 XVIII –XIX  Quando os parlamentares não apoiam o primeiro ministro, rola o 
“impeachment”, mas como isso é um processo traumático, os ministros percebiam que não 
tinham apoio e eles mesmos se retiravam para poupar o processo traumático para o País. 
 XX  Características do Parlamentarismo (hoje) 
 Cabe em monarquias (Inglaterra com: rainha e primeiro ministro) e repúblicas 
(Itália com: Presidente e primeiro ministro) 
 Chefe de Estado não exerce chefe de governo (1 ministro). Chefe de Estado é 
responsável por representar o país internacionalmente (não é usado dentro do país), já o 
Chefe de governo é quem toma as decisões políticas. 
República Parlamentarista: Chefe de Estado  Presidente. 
 Chefe de governo  1° ministro. 
Monarquia Parlamentarista: Chefe de Estado  Rei. 
 Chefe de governo  1° ministro. 
Responsabilidade política  Significa que o 1° ministro tem que contar com a maioria do 
parlamento, se não perde o cargo. Tem que estar a todo momento com a maioria do 
parlamento. Realizado pela renúncia “percebe que não tem a maioria e sai” ou verifica isso 
pelo VOTO DE DESCONFIANÇA, os ministros se juntam para votar e saber se tem a 
maioria. (O próprio 1° ministro pode pedir o voto de desconfiança, para saber se pode ou 
não continuar no cargo). Ocorre a queda de gabinete quando o 1° ministro perde a maioria. 
 Possibilidade de dissolução do parlamento  Tanto o chefe de Estado quanto o 
chefe de governo podem provocar a dissolução do parlamento, convoca uma nova eleição. 
 Mandato do chefe de GOVERNO não tem prazo certo depende da maioria, já o 
chefe de ESTADO é “herança familiar”. 
 Mitigação separação do poder  Executivo, legislativo, NÃO tem separação. 
 O Parlamentarismo vai se adaptando a realidade do país, porém tem dois grandes 
grupos: Dualista e Monista. 
 Dualista: parece com o parlamentarismo do séc XVIII não deixa clara a divisão do 
chefe de Estado e governo. 
 Monista: Países mais atualizados, conseguem deixar claro a divisão é um 
parlamentarismo mais “democrático”. 
 
BRASIL: Duas experiências (2,5) com o parlamentarismo. 
1847 – 1889  Imitação do parlamentarismo. 
1840  Golpe da maioridade. 
1889  proclamação da república. 
1891  constitucionalização. 
1961  Jânio Quadros 25/08/61  Renúncia. 
 Renunciou com a intenção de que pedissem para ele voltar. 
61 a 63  Fomos parlamentaristas por ideia do presidente da época para poder assumir 
acompanhado dos militares (Parlamento de brincadeira por que na verdade que comandava 
eram os militares). 
64  golpe militar. 
CH  85/86. 
ADCT  Art. 2° da constituição federal em 93 houve um plebiscito, monarquia, 
parlamentarismo, presidencialismo. 
 Parlamentarismo Republicano. 
 
 Presidencialismo Monarquia. 
 
 
 
PRESIDENCIALISMO 
 Presidencialismo: Não nasce com um contexto histórico. 
 Os americanos precisavam de um governo, sentaram em uma mesa e montaram um 
governo. (depois de sua independência). Não é a regra do mundo (existe mais 
parlamentarismo do que presidencialismo). 
4 Valores que estão na constituição americana: 
 Liberdade 
 Igualdade 
 Soberania popular 
 Separação de poderes. 
 
 Pensam nisso porque não querem um outro governo tirano, já que estavam de uma 
monarquia que consideravam tirana. 
 OBS: Fazemos mais cobrança na parte executiva “esquecemos” do legislativo, 
temos uma tendência a ficar no executivo principalmente no chefe que tem a “figura” de 
rei, as únicas diferenças são que não é passado de geração a geração e tem um prazo para o 
mandato acabar. 
O executivo se fortalece no presidencialismo. 
Estado Liberal  Estado Social. 
Unipessoalidade  Isso que faz com o que tenhamos a tendência de culpar alguém. 
 
 Características do presidencialismo: 
1. O chefe de Estado e de Governo estão concentradas em uma única pessoa 
(presidente da república) Art 84  Diz quais são as medidas do presidente. 
(Atribuições). 
2. Não tem 1° ministro. Chefia unipessoal (concentrado na figura do presidente da 
república), mas isso não quer dizer que governe sozinho.  Vice presidente/ 
Ministros. 
 Aqui (Brasil) por uma razão histórica o vice presidente até tem importância, já que 
se ocorre algo com o presidente, é ele quem “substitui” o presidente. (O vice vem “junto” já 
que não somos nós quem escolhemos o vice) 
 Os ministros são considerados auxiliares já que fica “difícil” o presidente 
(unipessoal) entender sobre todas as coisas/áreas. O presidente pode AD NUTUM, admitir 
e demitir os ministros,contratam alguém que tenha conhecimento técnico ou capazes sobre 
determinados assuntos. 
3. É escolhido pelo povo, geralmente por eleição direta, mas não necessariamente, os 
EUA faz a eleição através de um colégio eleitoral por Estado, isso faz com o que o 
indivíduo que tenha mais votos não ganhe, ser mais votado não é sinônimo de ser 
eleito. 
4. Mandato com prazo certo. Brasil -> de 4 a 8 anos, podem se reeleger uma única vez, 
reeleição é um caso excepcional é um costume dos americanos. 
 
 1951, XXVII emenda na constituição americana -> 1 Reeleição. 
 1997, Emenda na constituição federal 16/97, reeleição uma vez no Brasil. 
  Deputado federal Rony Von diz a uma entrevista de que recebeu $$ 
para aprovar a emenda. 
5. Poder de sanção e veto do processo legislativo  é um ato conjunto (legislativo 
/executivo) projeto de lei. (Presidente e congresso nacional) 
 O presidente da república não pode dissolver o congresso nacional. 
 O que é melhor? Parlamentarismo ou presidencialismo? Não há uma resposta 
correta sobre esse “assunto”. 
Vantagens do presidencialismo: 1- Maior rapidez nas decisões políticas; 2- Unidade de 
comando; 3- Maior estabilidade do governo 4/8 anos; 4- Separação de poderes (evitar 
tirania). 
Desvantagens do presidencialismo (criticas): 1- Fortalecimento exagerado do executivo 
(desequilíbrio entre os poderes); 2- Estabilidade (ilusória) queda de um presidente é 
traumático, impacto; 3- Ditadura (ideológica) de prazo fixo (Dilma aliada de Lula, pode 
romper e fazer novos aliados e teremos que “aguentar”, pois pode fazer “o que quiser”; 4- 
Irresponsabilidade política, o gabinete não pode cair, o presidente só cai com crime de 
responsabilidade, “faz o que quiser” 
Sistemas híbridos: Um pouco de parlamentarismo e presidencialismo. 
Semipresidencialismo. 
Não tem uma lei que determina o que é cada sistema. 
 
 
Separação de poderes 
Não são poderes ao pé da letra. 
O certo seria falar em divisão, mas a “frase; separação de poderes” é errônea. 
Prova: Por que é uma expressão equivocada? Por que não são poderes, até porque o poder 
é um só, é usada erroneamente. 
 Aristóteles  (Primeiro a falar em três atividades do poder público). 
Politica 345 A. C. Leis  Administrar coisa pública com base nas leis. Julgar  Também 
com base nas leis. 
John Locke  (2 tratado do governo 1620) 
4 funções para o governo: 
Primeira função: leis  parlamento (atividade primária) 
Segunda e terceira função  rei 
Quarta função  presidir pelo bem público, independentemente da lei 
Segunda, terceira e quarta função são atividades secundárias 
Julgar é uma atividade secundaria, legislar é uma atividade primária. 
 
 Começa a dar ênfase e importância para o parlamento. 
Montesquieu 1748; Espírito das leis 
 Resgata a tripartição (Leis, administrar, julgar), para funções (legislativa, executiva, 
judiciário). Ideal que as funções sejam divididas e não fiquem concentradas em uma única 
pessoa. “O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente” os poderes servem 
para controlar os poderes entre si. 
 O parlamentarismo não tem uma separação tão visível. 
 Mostesquieu diz que estava se inspirando no John Locke para falar sobre a 
separação dos poderes. Com todas as falhas e furos essa teoria acaba influenciando outra 
teoria nos EUA 1787-> Influenciou a constituição norte americana 
 Separação de poderes / Estuda-la com a eficiência (Teoria do Montesquieu) 
 O legislativo só cria a lei, a sua competência acaba ai. Amarra o executivo e o 
judiciário, (Limita os dois) 
 Uma função impediria a outra, mas a realidade empurra e faz com o que o sistema 
funcione. As três funções tem que andar de forma harmônica e conjunta, sendo limitados 
entre si. 
Sistemas: Freios e contrapesos ou “CHECKS AND BALANCES”. A atuação limitada 
pelos outros dois. (Evitando a tirania) 
BRASIL 1824 constituição; divide-se em: 
Poder legislativo. 
Poder executivo. 
Poder judiciário. 
Poder moderador. (Poder que o imperador usava para derrubar qualquer decisão por 
justificativa de ordem pública) 
1889 -> Quando se torna uma república cortam o poder moderador, restando o 
legislador, executivo, judiciário. 
 ART. 2 da CF  São poderes da união, independentes e harmônicos (Aristóteles) 
entre si; Legislativo, executivo, judiciário (Monstesquieu)  Nessa ordem, por que o 
primeiro cria, depois executa e por fim julga. 
 Típicas Atípicas. 
Legislativo. Legislar. Administra: Folha de 
pagamento, quebrados, etc) 
Julgar (imptchemen) 
Executivo. Administrar. Legisla por medida 
provisória. 
Julgar: PAD Processo 
administrativo -> Poder 
público. 
Judiciário. Julgar. Administrativo: orçamento do 
TJ. 
Legisla (regimento interno, 
súmula vinculante. 
 
 Todos os poderes exercem todos os tipos de poderes, o que existe é uma 
predominância dos poderes. 
Ativismo judicial  EX: cidade com 10.000 habitantes e 100.000 reais. 
Pessoa precisa de um tratamento de 20.000 
Pessoa precisa de um tratamento de 35.000 
Dos 100.000 passou a ser 45000 
 Isso bagunça o orçamento da cidade (governo). Pode haver uma violação dos 
poderes, as vezes o judiciário “manda” realizar a promessa legislativo, mesmo sem 
dinheiro. 
 É difícil efetivar o direito, é diferente de reconhecer o direito. 
 Existe um abismo entre a lei e a realidade. 
 Não conseguem resolver através do legislativo e executivo e “correm”, partem para 
o judiciário, causando o ativismo judicial. 
 
Regimes de governo 
Autocracias e democracias 
 Autocracias: 
 (próprio; poder/governo) {Próprio governo}; {próprio poder} 
 Busca o fundamento em si mesmo. Exemplo: O Faraó  Uma figura de 
autocracia (o poder sou eu), não busca em outros elementos (O Estado sou 
eu). Sentido restrito (Se justifica em si mesmo). 
 
 Concepção ampla: Todo e qualquer regime que concentra seu poder em 
uma única pessoa. (Concentração de poder em uma pessoa/individuo) 
 Absolutismo, mas não necessariamente 
monarquia. 
 
 Democracia: 
 (povo, poder/governo) {Governo do povo}, {Poder do povo} 
Aristóteles  3 Formas de se governar o Estado. 
Monarquia: Governo de 1 única pessoa. 
Aristocracia: De um grupo. 
Democracia: Do povo 
Puras: Impuras 
Monarquia  Tirania. 
Aristocracia  Oligarquia. 
Democracia  Demagogia. 
Formas puras: monarquia, aristocracia e democracia. 
Formas impuras: tirania, oligarquia e demagogia. 
 Hoje as palavras tem outros significados. O contexto de “antes” não é o que 
temos hoje “democracia”. 
 
 
 
SÉC. XVIII 
 Revolução Inglesa (Gloriosa), John Locke 88/89. Assinatura da Bill of Rights 1689. 
 Revolução Norte Americana 1776 (1 momento)/1787 (2 momento). Evitar a troca 
de um tirano inglês por um americano (Separação de poderes) 
 Revolução Francesa 1789. Influencia para as outras revoluções. Todo mundo igual 
perante a lei (teoria). Na pratica acabou muito ruim, mortes, fome, etc... 
 Ideias básicas para a democracia atual: 
1. Supremacia da vontade popular. Tem que se sobrepor a vontade do povo, povo 
acima da vontade do rei. 
2. Preservação da liberdade em face do Estado. 
3. Igualdade de direito (é um ideal). Não é algo que está alcançado, buscam a 
igualdade. 
 Democracia Direta  Na Grécia antiga: "Democracia Direta" havia uma praça 
pública (ágora) onde as pessoas se reuniam para decidir diretamente sobre as os rumos da 
sociedade; a democracia direta é inviável para a realidade em que vivemos, pelo tamanho e 
em justaposição com a complexidade das questões; 
 Representativa  É a decisãodo povo sendo tomada pelos representantes por ele 
eleito em razão do sufrágio universal. 
 Democracia semi-direta  Cria mecanismos (plebiscito, referendo, iniciativa 
popular de lei, veto pop, recall), para que haja uma “consulta popular”. 
Plebiscito  consulta para tomar decisão. 
Referendo  consulta após a decisão para manter ou não. 
Iniciativa popular de (lei)  Art 62 da CF SS 2. 
Veto popular (não existe no Brasil) Aprova ou veta a lei (popularmente) 
Recall (também não existe no Brasil) Vota para juiz, delegado, etc. Pode-se tirar o cargo. 
 
Democracia: é a vontade da maioria, respeitado os direitos da minoria. 
 
 Passagem do "Estado de Força" - "Estado de Direito" - "Estado Democrático de 
Direito": 
 Estado de Força: Concentração absoluta nas mãos de um soberano. 
 Estado de Direito: todos devem respeitar as leis, mas não havia uma igualdade 
entre os indivíduos. 
 Estado Democrático de Direito: as leis são para todos, e todos são iguais perante a 
lei; quase que obrigatoriamente os direitos fundamentais estão "constitucionalizados", ou 
seja, possui uma constituição. 
 
Partidos políticos 
Conceituar é complicado. 
 
Benjamin  Partido político é uma reunião de homens que professam sobre a mesma 
doutrina política. 
 Tem falhas  Não tem o elemento (buscar poder). 
Paulo Bonavides  Organização de pessoas que inspiradas por ideias ou movidas por 
interesses, buscam tomar o poder, normalmente pelo emprego de meios legais, para nele 
conservar-se para a realização dos fins propostos. 
Fim do absolutismo  Grupos. 
Estado liberal  Privilegiava o indivíduo. Os partidos eram considerados anti-democrata, 
já que a bancada do partido tem que partilhar do “mesmo” princípio e interesses. 
Estado social  Coletivo (fundamental para a democracia), mais fácil para achar um que 
tenha os mesmos princípios que os seus. 
Partido político X Facção: a diferença é que partidos políticos buscavam o poder para 
perseguir o interesse público, já as facções eram deturpações da ideia dos partidos políticos, 
pois uma vez que atingisse o poder, não buscaria o bem público mas interesses próprios; 
nesse momento de teorização dos partidos políticos a facção era uma deturpação dos 
partidos políticos, mas ainda sob um ponto de vista legal. 
Classificação dos partidos políticos por: 
Max Weber: 
 Partidos de patronagem  São aqueles cujo os membros não querem chegar no 
poder para ter uma linha ideológica, quer ser eleito para ter o poder, alcançar o 
poder e ficar lá. Ex: PMDB. 
 
 Partidos ideológicos  são aqueles que mantém uma linha ideológica especifica. 
Ex: direita/ esquerda; centro esquerda/ centro direita. 
Bourdeau: 
 Partidos de opinião (de quadros)  São aqueles preocupados com a qualidade de 
seus membros, criar quadros políticos. Pessoas com uma certa característica. Ex: 
Pessoas com mestrado, só professores, etc. 
 
 Partidos de massa  São aqueles preocupados com a quantidade do que com a 
qualidade de seus membros, querem ser grandes, quanto mais pessoas, melhor para 
eles. Ex: partido do tiririca, etc. 
O partido de opinião não existe no Brasil, no Brasil só temos os partidos de massa. 
 
 
Sistemas partidários 
 Sistemas de partido de cada país. 
 Unipartidarismo ou sistema unipartidário: Só existe um partido no país, partido 
único. Ex: China. 
 Dentro do partido teriam debates, por isso não seria anti-democrático (em teoria). 
Na pratica, todos os países que tem esse sistema são uma ditadura. 
 Sistema bipartidário ou bipartidarismo: Dois partidos principais e micro partidos 
que ficam “em volta”. Ex: Inglaterra: Partido trabalhista X Partido conservador. EUA: 
Democratas X Republicanos. 
 Sistema pluripartidário ou pluripartidarismo: Vários partidos. 
Ex: Brasil com 147 mil partidos. 
Não existe um sistema melhor no ponto de vista da eficácia. 
Sufrágio 
 Direito que temos de participar das eleições políticas  formação da vontade 
política. 
Voto  exercício desse direito, da formação da vontade política. 
 Natureza jurídica de sufrágio: 
Direito: quem diz que é um direito, defende que é facultativo e universal. 
Função: quando se quer dizer que voto é um dever se fala em função, sistema de voto 
obrigatório, sufrágio restrito. 
Direito e função: direito e função de direito de função para dizer que é um direito e ao 
mesmo tempo é um dever. 
No Brasil: o voto não é obrigatório, o que é obrigatório é o comparecimento a justiça 
eleitoral. 
 Não existe sufrágio universal, a possibilidade de todo mundo votar. 
 Não existe essa universalidade total. 
 
 
Sufrágio restrito: 
Censitário ou pecuniário: Existe nos sistemas em que para votar precisa de 
determinado patrimônio. 
 Capacitário: Sistema em que votar é necessário determinado grau de instrução, 
escolaridade. 
 Racial: Negro não votava, existia nos eua. 
 Aristocrático: Titulo de nobreza, titulo de conde, barão etc.. 
Masculino: Só homem vota, mulher não pode votar. 
 
Sufrágio universal: 
 Certas restrições não fazem com que o voto perca sua característica de 
universialidade. 
Nacionalidade: só nacional é que pode votar. 
Residência: vota no local de seu domicilio eleitoral. 
Idade: requisito de idade não faz com que perca a universialidade. 
Sexo: restrição pelo sexo. 
Capacidade física ou mental: se for cega, surda ou muda tem capacidade de votar, mas ela 
não tem capacidade de entender. Deficiência mental não vota, mas não restringe a 
universalidade. 
Grau de instrução: voto não é obrigatório para analfabetos. 
Indignidade: direito políticos suspensos, se está cumprindo pena, não vota (até tem o 
direito de votar, mas é inviável) 
Serviço militar: quem presta serviço militar pode votar, mas não pode ser candidato e nem 
se filiar a nenhum partido político. 
Alistamento eleitoral: registro na justiça eleitoral. 
Sufrágio publico X secreto: 
 Voto publico (todos sabem quem votou em quem); secreto (o que temos hj, 
preservar a liberdade) 
Sufrágio igual x sufrágio plural: 
 Igual (todos votam uma única vez); plural (o voto de alguns vale mais, ou pode 
votar mais de uma vez) 
Sufrágio direto x indireto: 
 Direto (voto da atualidade, você vota no seu candidato); indireto (vota em um 
colégio eleitoral e o colégio escolhe o candidato) 
Sistemas eleitorais 
 Dois principais modelos: majoritário e proporcional. Um terceiro em 
desenvolvimento: distrital. 
 Sistema majoritário: maior numero de votos é encarregada de cuidar da politica, 
etc... Assume o cargo. 
 Problema: não são todas as parcelas que são representadas: 
 Ex: A: 27%, b: 23%, c: 24%, d: 26%, quem ganha é o candidato A, mas o eleitorado 
(resto) tem 73%, ou seja, não será representado no governo. 
 Para esse problema, cria-se o segundo turno. Ex: A:51%, D: 49%, continua tendo 
problema, porque quem não votou em nenhum dos dois no primeiro turno tem que votar 
(decidir) entre dois que não querem no poder, e o 2 turno não resolve o problema. 
 Sistema proporcional: (mais de uma vaga). 70 cadeiras na câmara do estado de SP 
e 28000000 eleitorado. 
 Se 2800000 votam no PV ( por exemplo) terá 7 cadeiras porque são 10% (a minoria 
consegue ser representada) 
Dois modelos do sistema proporcional: 
 Lista aberta: votando no individuo. Lista fechada: votando no pacote. É um 
problema porque pode ter alguém no pacote que você queira e alguém que você não 
queira. A lista aberta também causa problemas, porque em tese deveria resolver o 
problema, mas passa por cima do voto igual, porque cada lugar tem um valor de 
voto (dilui a responsabilidade política) 
 
 Sistema distrital: divide o estado de SP em 70 (circunscrição) já queem SP tem 70 
cadeiras e cada colégio distrital teria um numero de pessoas se elegendo. Quem 
votaria é quem está no distrito, cada distrito elegeria um candidato, se gostar do 
candidato de outro distrito não da para votar nele. 
 Distrital misto: um candidato eleito pelo bairro e o outro pelo todo do estado, ao 
invés de 70 seria 35, votaria em um do bairro e um do estado (estado inteiro representado, 
bem distribuído). 
BRASIL: SISTEMA MISTO ENTRE MAJORITÁRIO E PROPORCIONAL. 
 Sistema majoritário simples: não tem segundo turno (senador – legislativo 
art46CF), prefeitos em cidades com até 2000000 (art29,IICF) 
 Sistema majoritário com a maioria absoluta: perfeitos em cidades com + 
2000000. Governador (art28CF), presidente da republica (art77CF) 
 Sistema proporcional: maioria dos cargos legislativo só o senador que não. 
Deputado federal (art45CF), deputado estadual (art27ss1CF), vereador (art29CF) 
 
Federação 
Ideia básica de uma federação, o que significa: 
- congregar os valores de diversidade e unidade, ou seja, a ideia é conciliar os valores de 
unidade e diversidade. Pretende-se que haja diversidade dentro de uma unidade e unidade 
dentro de uma diversidade. Ex: sujeito norte americano, qual a opinião de duas pessoas 
sobre pena de morte, um a favor e um contra, o mesmo com o aborto. Dentro dos EUA 
pode-se optar morar num estado em que haja pena de morte ou que não haja, isso dentro de 
um mesmo país, com a ideia de preservar valores diferentes e realidades diferentes, sem 
que o país perca sua unidade. 
- surgiu nos EUA em 1776 as 13 colônias britânicas, declaram a sua independência da 
Inglaterra. As 13 colônias tornam-se Estados unitários e para evitar que a Inglaterra volta-se 
ao poder, se unem numa CONFEDERAÇÃO, confederação é um tratado internacional 
(chamado, artigo de confederação), neste tratado, se comprometeram a uma série de 
obrigações, ainda eram 13 estados soberanos, poderiam, porém o tratado gerava outros 
problemas, como: problemas de competência, legislação.... 
Em 1787, 11 anos após a independência, as 13 colônias se unem e se transformam num 
país, nos EUA, a partir dai, os EUA deixa de ser uma confederação e passa a ser uma 
federação, as 13 colônias deixam de ser estados soberanos e passam a ser um grande país. 
Características da federação ou do modelo federativo 
1. A união faz nascer um novo estado, e os estados que se uniram, perdem essa 
identidade, ou seja, os estados que se uniram deixam de ser um estado soberano e 
passam a fazer parte de um grande estado soberano. 
2. A base jurídica do estado federal é sempre uma constituição (os artigos de 
constituição, os tratados, não são a constituição). 
3. Essa constituição estabelece competências tanto para a União, quanto para os 
estados federados e não há uma hierarquia entre essas competências (a constituição 
já coloca quais são as competências do governo federal, estadual, e não existe 
hierarquia). 
4. Não existe direito de secessão (exemplo: em alguns estados do Sul, existem 
movimentos separatistas, um estado quer se destacar e montar um mini estado), 
portanto, secessão, seria direito de divisão do estado, do país. NÃO EXISTE. 
Secessão é permitida em uma federação! 
5. Só o estado federal tem soberania, os entes federados tem autonomia do ponto de 
vista interno. 
6. Cada esfera de competência possui renda própria, a União, os Estados, possuem 
renda própria, a renda é adquirida pelos impostos. 
7. A União e as demais entidades federadas dividem o poder político. 
8. Os cidadãos adquirem a cidadania do Estado Federal e perdem a cidadania do 
Estado anterior que deixou de existir. 
 
Diferenças de soberania e autonomia 
A autonomia ao contrário da soberania é interna, não externa. Só dentro do estado que o 
ente da federação tem autonomia, ela não se projeta perante a comunidade internacional. 
Autonomia se divide em: 1. auto-organização, 2. autoadministração, e 3. autogoverno. 
1. O ente da federação cria suas próprias normas (exemplo: Brasil, temos leis federais que 
valem no território nacional, estaduais que valem no estado de SP e municipais, para os 
municípios de SP, quem cria são os entes federativos). 
2. Os membros, os residentes daquela federação é que vão eleger seus representantes, 
nomea-los, é a população do ente federado que vai escolher seus representantes. 
3. O próprio ente federado que vai exercer suas competências sejam elas, legislativas, 
administrativas e tributárias, ou seja, é o próprio ente que vai arrecadar essa verba, os 
tributos, vai administrar a verba, exercer suas competências administrativas. Não pode 
sofrer influência de outro ente federativo, significa que o estado de SP não pode 
mandar no estado de SP nem vice-versa. 
 
Grande problema do Brasil, federação brasileira imitou a federação norte americana, 
pegaram um modelo feito para uma realidade e aplicaram em uma realidade totalmente 
diferente. 
 
Nos EUA – Estado forte e governo fraco 
No Brasil – governo forte e estado fraco 
 
Nos EUA – tradição do Common Law – Uso de costumes 
No Brasil – tradição do Civil Law – Uso da CF 
 
Obs: entes federativos – 4 no Brasil 
- União (governo federal) 
- Estado 
- Distrito Federal 
- Municípios 
Municípios foram muito fortalecidos, mas a intenção era enfraquecer o governo, não 
fortalecer os municípios em verdade.

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