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ANHANGUERA EDUCACIONAL UNIDADE SOROCABA CIÊNCIAS CONTÁBEIS / SEMI PRESENCIAL GERSON OLIVEIRA LEITE R.A.- Fso 9572400663 ATPS - GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO DE CUSTOS TUTORA : Profa. SILVIA REGINA FERREIRA do NASCIMENTO SOROCABA / SP SETEMBRO DE 2015 / 6° SEMESTRE INTRODUÇÃO O gerenciamento estratégico tem por objetivo desenvolver o conhecimento, a capacidade e a habilidade de profissionais de empresas privadas, instituições públicas e organizações sem fins lucrativos para elaborar, analisar e gerenciar projetos de qualquer natureza, porte ou complexidade, liderando equipes multidisciplinares, gerenciando recursos, tempo, orçamentos, riscos e implementando-os com sucesso. Além disso, o curso pretende fornecer capacidade analítica, técnicas e métodos que permitam ao profissional desempenhar tais atividades com eficácia e eficiência, atendendo às necessidades organizacionais que utilizam ou pretendem utilizar o gerenciamento de projetos como estratégia de gestão. O gerenciamento estratégico de custos fornece os dados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar para o futuro. A importância da apuração correta e legitima dos custos não só nas empresas de manufatura, como no comercio e no serviço, que auxiliam nos sistemas de informações contábeis essenciais no desenvolvimento operacional determinando custos e preços dos produtos e serviços. Torna-se imprescindível adentrar nessa área de grande sustentação e controle para as empresas, desvendando seus caminhos e alcançando seus objetivos. Público alvo: Executivos, consultores, empreendedores, administradores de empresas, contadores, engenheiros, analistas de sistemas e profissionais com graduação superior que lidam com projetos de qualquer segmento de negócio ou área de atuação, que tenham responsabilidade por implementação de mudanças nas organizações, que sintam necessidade de reciclagem, para poder atuar a um nível global de mercado. CONCEITOS BASICOS Terminologia de custos É relevante ao iniciar o estudo do gerenciamento dos custos em projetos que se utilize uma terminologia no sentido de evitar que se tenha vários nomes para um único conceito e também conceitos diferentes para uma única palavra. Inicialmente, tenta-se conceituar, Gastos, Investimentos, Despesas, Perdas, Custos. Gastos Sacrifício que a empresa arca para obtenção de um bem ou serviço, representado por entrega ou promessa de entrega de ativo (normalmente dinheiro) Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços recebidos, assim, temos Gastos com a compra de matérias-primas, Gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na distribuição, Gastos com honorários da diretoria, Gastos na compra de um imobilizado, etc. Investimentos Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. Despesas Gasto relativo a bens e serviços não correlacionados com a produção de bens e serviços, ou seja, dispêndio ocorrido fora da área de produção de bens e serviços. A comissão do vendedor, por exemplo, é um gasto que se torna imediatamente uma despesa. O equipamento usado na fábrica, que fora gasto transformado em investimento e posteriormente considerado parcialmente como custo torna-se, na venda do produto feito, uma despesa. A máquina de escrever da secretária do diretor financeiro, que fora transformada em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa (depreciação), sem transitar por custo. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Perdas Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Não se confunde com a despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade, não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. Exemplos comuns: perdas com incêndios, obsoletismo de estoques etc. O gasto com mão-de-obra durante um período de greve, por exemplo, é uma perda, não um custo de produção. O material deteriorado por um defeito anormal e raro de um equipamento provoca uma perda, e não um custo; aliás, não haveria mesmo lógica em apropriar-se como custo essas anormalidades e, portanto, acabar por ativar um valor dessa natureza. Custos Gasto relativo a serviço utilizado na produção de outros bens e serviços O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua Estocagem, sem que aparecesse nenhum custo associado a ela; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua venda. A energia elétrica utilizada na fabricação de um item qualquer é gasto (na hora de seu consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar pela fase de investimento. A máquina provocou um gasto em sua entrada, tornado investimento e parceladamente transformado em custo, à medida que é utilizada no processo de produção de utilidades. O conceito de custos se divide também em custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. Custos diretos É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado, ou ainda, são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Exemplos de custos diretos: -Matérias primas usadas na fabricação do produto -Mão de obra direta -Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços. Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais (produtos), individualmente considerados. Os custos diretos constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição é necessário para determinar estes custos. Custos indiretos Indireto é o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. Os custos indiretos são apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra indireta, rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc. Exemplos de custos indiretos: - Mão de obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado, como a mão de obra de supervisores, controle de qualidade, etc. - Materiais indiretos: são materiaisempregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e lubrificantes, lixas etc. - Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do setor fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, manutenção de equipamentos, etc. Custos Fixos Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem portanto do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura. Exemplos de custos fixos: -Limpeza e Conservação -Aluguéis de Equipamentos e Instalações -Salários da Administração -Segurança e Vigilância Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos. Custos Variáveis Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período. Exemplos de custos variáveis: -Matérias-Primas -Comissões de Vendas -Insumos produtivos (Água, Energia) Dados da empresa Fictícia Ltda. Balanço Patrimonial Empresa Fictícia Ltda. Ativo Passivo Circulante 530.000,00 Circulante 200.000,00 Disponibilidades 250.000,00 Fornecedores 140.000,00 Contas a Receber 180.000,00 Salários a Pagar 60.000,00 Estoques 100.000,00 Não Circulante 270.000,00 Não Circulante 250.000,00 Contas a Receber 80.000,00 Fornecedores 250.000,00 Imobilizado 190.000,00 Patrimônio Liquido 350.000,00 Capital Social 350.000,00 Total do Ativo 800.000,00 Total Passivo 800.000,00 DESCRIÇÃO DO PRODUTOS E SEUS COMPONENTES Produto / Preço de venda Caneta Azul / R$ 0,85 Caneta Vermelha / R$ 1,00 Componentes / Preço: Caneta Azul 01 tubo acrílico / R$ 0,20 tampa frontal / R$ 0,10 tampa traseira / R$ 0,05 carga R$ / 0,18 embalagem / R$ 0,02 Custo Unitário R$ 0,55 Caneta Vermelha 01 tubo acrílico / R$ 0,20 tampa frontal / R$ 0,10 tampa traseira / R$ 0,05 carga / R$ 0,23 embalagem / R$ 0,02 Custo Unitário R$ 0,60 Impostos sobre vendas: 27,5% Além dos custos acima listados a empresa incorre ainda em: Salários de mão de obra para montagem e embalagem dos produtos R$ 4.500,00/ mês Salários e comissões dos vendedores R$ 15.000,00 / mês Salários administrativos e Pro – labore R$ 20.000,00 / mês Sabe-se que são vendidas mensalmente 200.000 unidades de caneta vermelha e 530.000 unidades de caneta azul/mês CUSTO DE PRODUÇÃO : Caneta Azul Matéria Prima R$ 291.500,00 MOD R$ 3.180,00 Despesas R$ 25.387,00 Total R$ 320.067,00 Caneta Vermelha Matéria Prima R$ 120.000,00 MOD R$ 1.240,00 Despesas R$ 9.580,00 Total R$ 130.820,00 Preço de Custo Caneta Vermelha – 200.000 x 0,60 = 120.000,00 Caneta Azul – 530.000 x 0,55 = 291.500,00 Preço de Venda Caneta Vermelha – 200.000 x 1,00 = 200.000,00 Caneta Azul – 530.000 x 0,85 = 450.500,00 MOD = 4.500,00 CMV = 120.000,00 + 291.500,00 + 4.500,00 = 416.000,00 Despesas ADM =15.000,00 + 20.000,00 = 35.000,00 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 1.180.500,00 829.887,50 DIPONIBILIDADE 50.000,00 FORNECEDORES 51.500,00 CONTAS A RECEBER 830.500,00 SALARIOS A PAGAR 99.500,00 ESTOQUES 100,00 IMPOSTOS A PAGAR 178.887,50 NÃO CIRCULANTE 270.000,00 NÃO CIRCULANTE 250.000,00 CONTAS A RECEBER 80.000,00 FORNECEDORES 250.000,00 IMOBILIZADO 190.000,00 PATRIMONIO LIQUIDO 370.612,50 CAPITAL SOCIAL 350.000,00 RESERVA DE LUCRO 20.612,50 TOTAL ATIVO 1.450.500,00 TOTAL PASSIVO 1.450.500,00 Conclusão Segundo os resultados obtidos através desse Exercício, pelo método de custeio como foi solicitado na ATPS, concluímos que a Caneta azul foi o produto que apresentou a maior margem de contribuição, com um valor de R$ 320.067,00 enquanto a caneta vermelha apresentou uma margem de R$ 130.820,00. Esta diferença está atribuída ao custo unitário de cada produto e também da quantidade vendida, uma vez que, o custo unitário da caneta azul é inferior ao da caneta vermelha, R$ 0,55 e R$ 0,60 respectivamente e a quantidade vendida de canetas foi 530.000 e 200.000. A partir dos dados alcançados referente à proposta da Empresa Exploradora LTDA o grupo constatou a proposta como viável, pois apresentou um resultado positivo, uma vez que o preço de venda é superior ao praticado pela empresa. Bibliografia http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/custos_direitos.htm http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-fixo-variavel.htmBOMFIM, Eunir de Amorim; PASSARELLI, João. Custos e formação de preços. 5. ed. São Paulo: IOB, 2008. PLT 681.
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