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TRABALHO INDIVIDUAL SOBRE BPC

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6 serviço social.doc
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
FRANCISCA DA SILVA DE JESUS
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL – INDIVIDUAL
Benefício de Prestação Continuada – BPC: requisitos para sua concessão
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Salvador-Bahia
2015
FRANCISCA DA SILVA DE JESUS
ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL – INDIVIDUAL
Benefício de Prestação Continuada – BPC: requisitos para sua concessão
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Trabalho apresentado ao Curso Superior de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina [1) Serviço Social na Área de Saúde, Previdência Social e Assistência Social Maria Lucimar Pereira 2) Serviço Social e Processo de Trabalho Amanda Boza 3) Direito e Legislação Vanessa Vilela Berbel 4) Seminários da Prática VI Valquiria Caprioli 5) Estágio em Serviço Social II Valquiria Caprioli
Salvador-Bahia 
2015
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Sumário
1 INTRODUÇÃO	04
2 DESENVOLVIMENTO	05
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	09
4 REFERENCIAIS	10
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1 INTRODUÇÃO 
O trabalho apresentado tem como o tema Benefício de Prestação Continuada – BPC: requisitos para sua concessão, O benefício assistencial é uma prestação estatal destinada às pessoas carentes e necessitadas de ajuda social, segundo critérios dispostos em lei específica, não se exigindo filiação nem contribuição prévia à Previdência Social. Engloba pessoas hipossuficientes que sejam portadores de deficiência ou idosos com idade igual ou superior a 65 anos. 
Dessa forma, o público alvo doBenefício de Prestação Continuada consubstancia-se em pessoas que não têm meios de prover sua própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. Portanto, para ter direito ao benefício, o beneficiário terá de caracterizar seu estado de miserabilidade. Esta miserabilidade é aferida objetivamente, segundo a Lei Orgânica da Assistência Social, de acordo com o critério econômico estabelecido no artigo 20, §3º, da referida lei, sendo apurado sobre todas as rendas dos membros do grupo familiar, cujo resultado, por pessoa, deva ser inferior a ¼ do salário mínimo.
2 DESENVOLVIMENTO
	
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei Federal Nº. 8.742, de 07 de dezembro de 1993) é um benefício assistencial não contributivo, não vitalício, individual e intransferível garantido pela Constituição Federal de 1988 (artigo 203, inciso V). Consiste no pagamento de um salário-mínimo mensal a pessoas com 65 anos de idade ou mais e a pessoas com deficiência incapacitante para a vida independente e para o trabalho que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.
A Constituição Federal deu um passo muito importante para que o Brasil pudesse ter, finalmente, uma política nacional de assistência social que amparasse as pessoas mais carentes e necessitadas. O Estado possui o dever de prestar a assistência aos necessitados, mesmo que estes nunca tenham descontado para a previdência social. 
O item V, do art. 203 da C.F., por seu turno, introduz um critério de seleção dos beneficiários, dizendo que sóterão acesso ao benefício de prestação continuada aqueles que forem portadores de deficiência e os idosos que não puderem prover sua própria manutenção – ou seja: que não possam trabalhar, ou que não possam ser amparados pela família. Para os efeitos legais do benefício de prestação continuada, “idoso” é todo aquele que tem mais de 65 anos (art. 34 do Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003), e “portadores de deficiência” são aqueles que possuem deficiência física, deficiência mental ou doença mental.
O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC é uma transferência incondicional de renda para idosos ou pessoas com deficiência extremamente pobres realizado no Brasil desde 1993, este faz parte da política nacional de seguridade social, mais especificamente da assistência social e é assegurado pela Constituição Federal (art. 203 e 204). Possui natureza não contributiva, o candidato que preencher os requisitos de elegibilidade do BPC adquire o direito de receber o benefício independentemente de ter realizado contribuições anteriores para o sistema de seguridade. Este Benefício materializa-se como medida de seguridade social, cumprindo objetivos de proteger segmentos em situação de vulnerabilidade social, mediante transferência de renda, no valor de um salário mínimo as pessoas idosas ( a partir de 65 anos) e as pessoas com deficiência, consideradas incapacitadas para a vida independente e para ao trabalho, cuja renda familiar per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo. 
É um benefício que possui orçamento definido e regras próprias, contribuindo para a garantia e ampliação da proteçãosocial, em forma, de renda básica, pois conforme preconiza os preceitos legais; A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, são política de Seguridade não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade para garantir o atendimento as necessidades básicas (LOAS, art. 1º) Instituído pela Constituição Federal de 1988, e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), n º 8742 de 07 de dezembro de 1993 o benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) é um benefício não – vitalício, individualizado e intransferível que se destina a pessoa com deficiência e ao idoso com as características já mencionadas, que vem sendo implementado desde de 1996. Até 1998 para fins do BPC era considerado idoso qualquer pessoa a partir de 70 anos de idade. Em 1998 essa idade foi reduzida para 67 anos, e a partir de 2004 passou a vigorar a idade a partir de 65 anos. 
O Benefício de Prestação Continuada – BPC substitui a Renda Mensal Vitalícia – RMV, que vigorou de 1974 a 1996. A RMV foi instituída pela Lei 6.179 de 1974 e era destinada aos maiores de 70 anos ou inválidos que não exerciam atividade remunerada ou que não possuíam algum rendimento, bem como não fossem mantido por sua família. No entanto exigia-se que tivesse exercido atividades remuneradas que estavam incluídas no regime da Previdência Social urbana e rural ( Gomes, 2004) O BPC é financiado pelo fundo Nacional de Assistência Social coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social – MDS por intermédio da Secretária Nacional de Assistência Social – SNAS, aimplementação, financiamento, coordenação geral, monitoramento e avaliação da prestação desse benefício, e ao Instituto do Seguro Social ( INSS), sua operacionalização. De acordo com Sposati (2004) o grande caráter inaugural do BPC é a questão de receber, acessar um benefício social como um direito constitucional independente do vínculo de trabalho, o que durante anos o pré requisito sempre exigido pela legislação social brasileira para obtenção dos benefícios. Para a autora ASSUMPÇÃO (2004) caracteriza o BPC como. Um dos maiores programas de renda mínima da América Latina, provendo, através de uma política de seguridade social não contributiva, um benefício mínimo mensal. (ASSUMPÇÃO, 2006, pg.73) Embora tenha sido regulamentado em 1993 ele apenas foi implantado de forma efetiva a partir de 1996. 
De acordo com o Art. 2º da LOAS : O benefício de prestação continuada é a garantia de 1 ( um ) salário mínimo mensal a pessoa portadora de deficiência e ao doso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem tê-la provida por sua família. De acordo com o decreto n 6.214 de 26 de setembro
de 2007 que regulamenta o benefício de prestação continuada da Assistência social devido a pessoa com deficiência a ao idoso de que trata a Lei n º 8.742, de 7 de dezembro de 1993. 
Para a concessão do beneficio o idoso deverá comprovar, contar com sessenta e cinco anos de idade, renda mensal bruta familiar, dividida pelo número de seus integrantes, inferior a um quarto do salário mínimo e não possuir outros benefícios no âmbito da Seguridade Social, ou de outro regime, salvo o de assistência médica e no caso derecebimento de pensão especial de natureza indenizatória.
Para fazer jus ao Benefício de ao Benefício de Prestação Continuada, a pessoa com deficiência deverá comprovar: ser incapaz para a vida independeste e do trabalho, renda mensal familiar inferior a ¼ do salário mínimo e não possuir outro e não possuir outros benefícios no âmbito da Seguridade Social, ou de outro regime, salvo o de assistência médica e no caso de recebimento de pensão especial de natureza indenizatória. É preciso pontuar que, foi necessário definir o conceito de família, o Art. 20 da LOAS expressa a concepção de família com “ a unidade mononuclear, vivendo sob o mesmo teto, cuja a economia é mantida pela contribuição do seus integrantes” por sua vez a lei, nº 9.720 de 30/11/1998 altera esse texto considerando como família o conjunto de pessoas elencadas no Art. 16 da Lei nº 8.213/1991, desde que vivam sob o mesmo teto tais como: I) O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido II) os pais; III) o Irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho. De acordo com Gomes (2004) o BPC tornou-se bastante seletivo e focalizado naqueles absolutamente incapazes de prover sua subsistência, os quais estão em situação de vulnerabilidade social praticamente irreversível. 
Dessa forma o BPC se separa de uma política pública viabilizadora de direitos universais. Dado o seu grau de seletividade, torna-se, pois, um direito arbitrário, restrito, dependente especialmente de verificação de cumprimento dos critérios para acesso, deum atestado de necessidade o que marca os beneficiários pelo estigma de necessitado. (GOMES, 2004, p 94). 
A assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à Seguridade Social”.
Compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social, com observância dos princípios e diretrizes da universalidade da cobertura e do atendimento; uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; irredutibilidade do valor dos benefícios; equidade na forma de participação no custeio; diversidade da base de financiamento; caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.
Em complemento foi editada a lei 8.742 de 07 de dezembro de 1.993 que trouxe em seu artigo 1º a definição de assistência social com direito do cidadão e dever do Estado, sendo de caráter não contributivo, capaz de prover os mínimos sociais e com o fim de garantir o atendimento às necessidades básicas do cidadão.Tem por objetivo a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.(art. 2º, “d” da lei 8.742/93).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Deste modo, A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. tem como um de seus objetivos a proteção social exercida através da habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária, bem como sendo um de seus princípios a supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica.
 Considerando a situação exposta, há necessidade de uniformização do entendimento quanto ao critério objetivo a ser aplicado na concessão do beneficio de prestação continuada, tendo em vista que o critério utilizado nas Leis 9.533/97 e 10.869/03 é mais vantajoso para cidadão. Porém, a LOAS exige expressamente que a renda per capita do grupo familiar seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo .
Assim, devido à falta de uniformização da interpretação do fator renda per capita familiar para concessão do Benefício de Prestação Continuada a garantia constitucional ao benefício não está assegurada de forma uniforme, sendo que por se tratar de uma preceito constitucional não se pode aplicá-lo de forma distinta no território nacional. Ocorre, ainda, que em certas regiões do Brasil, o acesso à Justiça Federal é muito difícil, ainda mais, para um idoso ou uma pessoa portadora de deficiência, fato que leva o requerente a desistir de questionar no Judiciário o indeferimentoadministrativo, privando-se de um direito que poderia ser reconhecido por determinação judicial.
Por fim, cabe trazer que segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, em abril de 2012, o Brasil possuía 3.644.591 (três milhões seiscentos e quarenta e quatro mil e quinhentos e noventa e um) beneficiários do BPC. Com o método utilizado pelo Judiciário para verificar a miserabilidade da família, outras milhares de pessoas poderiam estar em gozo do benefício assistencial. Assim, faz-se mister uma urgente uniformização de interpretação para evitar que a norma constitucional seja aplicada de forma diferente no mesmo território vigente.
4 REFERENCIAIS 
ASSUMPÇÃO, Sâmara. Benefício de Prestação Continuada: uma estratégia para autonomia. Rio de Janeiro, 2004.
GOMES, Ana Lígia. O Benefício de Prestação continuada: Uma trajetória de retrocessos e Limites- construindo possibilidade de Avanços. In: Proteção Social de Cidadania. Inclusão de Idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. / Aldaíza Sposati , (org.) São Paulo: Cortez, 2004. p.191 a 226.
SPOSATI, Aldaíza. Benefício de Prestação Continuada como mínimo Social. In: Proteção Social de Cidadania. Inclusão de Idosos e pessoas com deficiência no Brasil.
www.mds.gov.br
www.previdenciasocial.gov.br
Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias. Porto Alegre, ano 8, nº 16, p. 20-45, jul./dez. 2006. 
EASTON, David (Org.). Modalidades de Análise Política, Rio de Janeiro, Zahar, 1970. Capítulo 7.
SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 133 p. SOUZA,
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