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Ensaio sobre Macunaíma

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UNIVERSIDADE DO VALE DOS SINOS
UNISINOS
LILIAN RAQUEL PIANOWSKI
ENSAIO SOBRE MACUNAÍMA
DE MÁRIO DE ANDRADE
SÃO LEOPOLDO, JUNHO DE 2015.
INTRODUÇÃO
O ensaio terá como tema norteador o herói (personagem principal) do livro Macunaíma de Mário de Andrade. No entanto, também será abarcado o romantismo, características do momento e condições em que o livro foi escrito, além de descrever a vida do autor criador desta grande obra, que foi um marco na literatura brasileira. 
ROMANCE BRASILEIRO
O romantismo brasileiro inicia em meados século XIX, onde dois fatores foram de grande relevância: a Revolução Francesa e a Proclamação da Independência.
Nesta época, houve uma grande ascensão de burgueses, e foram estes indivíduos que acabaram com o absolutismo e impuseram seus gostos, interesses e valores. Isso influenciou não apenas na economia e na política, como também, na arte e na vida social como um todo. 
	“Já na literatura, a fase romântica rompeu com a tradição clássica, imposta pelo período árcade, e apresentou novas concepções literárias, dentre as quais podemos apontar: a observação das condições do estado de alma, das emoções, da liberdade, desabafos sentimentais, valorização do índio, a manifestação do poder de Deus através da natureza acolhedora ao homem, a temática voltada para o amor, para a saudade, o subjetivismo.”
Sabrina Vilarinho
Brasil Escola
As características do romantismo no geral foram o individualismo, liberalismo, liberdade de criação, idealismo, fuga da realidade, valorização da natureza (que entende as dores e angústias do homem, representa seu mundo interior) e sentimentalismo. Como afirma Vilarinho, também há uma valorização do índio, que passa a não ser mais qualquer índio, ele se torna um índio heroico, nobre, valente e destemido.
MARIO DE ANDRADE
	Mario Raul Moraes de Andrade nasceu em São Paulo em nove de outubro de 1893. 
	Como estudante, não se mostrava muito dedicado como os irmãos, pois suas notas eram baixas em quase todas as áreas, menos em português, disciplina em que se destacava.
	Depois de concluir os estudos, passa a crescer nele o desejo pela arte musical e literatura, sendo pela primeira vez, admirado pela família, mesmo que achassem incomuns e diferentes seus gostos literários.
 
MACUNAÍMA
	“Para compor esta obra, Mário de Andrade se inspirou na obra do etnógrafo (de etnografia, significa, segundo o dicionário Aurélio: disciplina que tem por fim o estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião, etc, e manifestações materiais de sua atividade) Koch-Grünberg “Vom Roraima Zum Orinoco” (um conjunto de lendas dos índios Taulipangues e Arecunás).
Mário de Andrade chamou essa obra de rapsódia (nome que na música significa composição que envolve uma variedade de motivos populares). Porém, também pode ser chamada de Romance pois apresenta semelhanças com os romances medievais.”
InfoEscola
Macunaíma é uma obra de grande relevância para a cultura brasileira. Criada para ser uma narrativa fantástica e malandra, trás a personagem de um herói do jeitinho brasileiro.
Mário de Andrade disse ter criado a narrativa em seis dias, afirmou ter ido para a Chácara de Sapucaia, Araraquara-SP, onde passou esses deis dias deitado em uma rede, durante suas férias. Para a elaboração desta obra, primeiramente, estudou muito as lendas e mitos folclóricos indígenas. 
Nesta narrativa, o autor descreveu e inventou muitos mitos de forma irônica, ou seja, a obra além de ser fruto de muita pesquisa, também é fruto de muita imaginação.
	“Na frente Macunaíma vinha de pé, carrancudo, procurando no longe a cidade. Matutava matutava roendo os dedos agora cobertos de berrugas de tanto apontarem Ci estrela.”
Macunaíma, página 39
PERSONAGEM MACUNAÍMA
Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, herói incomum, nasce preto, retinto e feio. Desde pequeno, mostrava-se mal educado, malandro, mal intencionado, com dificuldades para assumir responsabilidades, e fazia coisas de pasmar a todos. 
Quando pequeno, dormia na rede logo acima da rede de sua mãe e urinava nela, nos banhos em família tocava nas partes íntimas da cunhada, até os seis anos não falava nada, e sua primeira frase (que foi a frase mais utilizada pelo índio) foi: “Ai! Que preguiça!”. “Brincava” (transava) com todas as mulheres dos irmãos e com outras mulheres. Sua primeira mulher (“só sua”) foi Ci, incansável de desejo por sexo, que deixou muita saudade no coração do índio. 
Macunaíma, para muitos, é símbolo do espírito brasileiro, da malandragem e da esperteza. Sua personagem foi escrita para representar nosso povo. O índio leva sempre a vantagem sem fazer esforços, sem trabalhar, como no episódio da caça a anta. O índio, ainda, orgulha-se de suas “espertezas”.
CRÍTICA
	Acredito que a personagem indígena, realmente, represente cada um de nós em alguns aspectos, talvez, não exista alguém tão mal intencionado e preguiçoso como o índio, mas todos já tentaram se dar bem sem fazer grandes esforços, o famoso jeitinho brasileiro.
	
Bibliografia
ANDRADE, Mario de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 33ª Edição. Belo Horizonte: Livraria Garnier, 2004.
VILARINHO, Sabrina. Romantismo. Texto publicado no site Brasil Escola. http://www.brasilescola.com/literatura/romantismo.htm
InfoEscola. Mário de Andrade. Texto publicado no site InfoEscola. http://www.infoescola.com/literatura/mario-de-andrade/

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